Capítulo 93

Chegou o dia em que Luan vai viajar para Orlando. Como sei disso? A Bru me disse. Ela vai também. Ela e uma grande turma de amigos, eu também iria, mas aconteceu o que aconteceu. Já estamos no finzinho de Fevereiro e minha viajem para Páris que seria esses dias, foi adiada. Só vou próximo mês depois do nascimento do meu afilhado. Isso foi um pedido de Mari. Ninguém entendeu, até porque eu vou a trabalho e voltaria logo, mas decidimos atender o pedido dela. Já estamos nos preparando, pois quando Vitório vir ao mundo ela irá passar o dia com minha mãe que tem tempo livre e João ficará um tempo em casa também. Tudo vai sobrar pra mim e minha vida que já é uma correria só vai ficar mais corrida ainda. Fui para a empresa de meu pai e hoje vamos começar mais uma obra eu e Murilo como sempre. Já somos parceria, sempre nos damos bem e fazemos um bom trabalho juntos.

* Luan narrando.

Acordamos cedo e então fomos viajar, vôo comercial mesmo. Sentei com Bru e Paiva. Fomos conversando até que o sono me venceu. É, eu estava bem cansado! Os últimos preparativos para o DVD estão sendo feito e isso anda me esgotando, mas sei que tudo será recompensado. Só acordei quando chegamos em Orlando, desta vez ficaremos em um condomínio que ultimamente vem sendo bastante usado por brasileiros. Fomos comprar o chip para ficarmos atualizados de tudo e voltamos, mas não paramos em casa, logo fomos conhecer um dos lindos lugares daqui. No caminho, enquanto ainda estávamos no carro ouvi Bruna falar com Mabele.

- Cheguei amorzinha. - falou assim que Mabele atendeu. - Sim, cheguei bem. - riu fraco e ficou mais um tempo em silêncio. - É claro! Pode deixar, vou aproveitar demais! Você tem que ver o condomínio que ficamos. É muito lindo, aconchegante sabe? - ficou em silêncio novamente e eu prestava atenção em tudo. - Você tá aí porque quer! Já era pra está de férias também. - riu e continuaram conversando até chegarmos na nossa primeira parada. Que grude essas duas! Diferente de Gabi e eu, elas não deixaram a amizade de lado. Continuam na academia juntas e saindo juntas. Bru vive por lá quando tem tempo livre e pelo que meu pai me disse Mabele sempre vai lá em casa, quando eu não estou, é claro.

* Mabele narrando.

A ansiedade estava enorme para a chegada do Vitório. Na minha família só falávamos disso. Eu já imagino até o rostinho dele. No fim do dia João me chamou para ir jantar com ele e Mari, aceitei. Então fomos para sua casa e chegando lá tudo estava arrumadinho.

- Mari, eu só não vou ajudar. - falei quando chegamos na cozinha.

- Folgada!

- Convidada. É diferente. - brinquei e rimos. João sentou do meu lado, perto da bancada.

- Tenho que falar um negocinho com você. - falou com jeito.

- O que é? - fiquei curiosa.

- Amor, deixa isso pra outra hora. - Mari disse nos olhando.

- Não, você já adiou demais. Eu vou falar. - eu estava começando a ficar receosa.

- Fala de uma vez! - o olhava curiosa.

- É que... Eu e a Mari. - olhou minha amiga. - Nós dois decidimos quem vai ser padrinho do Vitório junto com você. 

- Até que enfim! - ri os olhando. - Demoraram até demais. Quem vai ser o felizardo? 

- É o Luan. - minha amiga disse com um sorriso sem graça.

- Que? - fiquei de cara com aquela notícia. 

- Isso mesmo. Nós ainda vamos comunicá-lo. - João disse. - Ele é muito amigo nosso e nós não achamos ninguém melhor que ele pra ser padrinho do nosso moleque. - suspirei os olhando cabiscaixa.

- O que eu posso fazer não é? - respirei fundo. - Eu sei que ele vai ser um bom padrinho. Dedicado e muito babão! - sorri ao imaginar, levando os dois a sorrirem também.

- Ele foi um puto com você, mas ele é tão carinhoso quando o assunto é o Vitório. - Mari disse.

- É, ele foi um otário com você, apesar de que pensando bem eu acho que ele não tenha tanta culpa... - falou cuidadoso e eu arregalei os olhos e abri a boca sem acreditar.

- Você o que João? Não, me diz que eu ouvi errado! - me irritei.

- Chega do assunto gente! Por favor, não quero passar nervoso. - Mari falou colocando as mãos na boca de João, na tentativa de calá-lo.

- Vou embora. - levantei e ele veio atrás, ouvi Mari resmungar. 

- Boneca, por favor. Para com isso! - estávamos na sala.

- Para com isso? Você é um idiota João! Porque não faz uma igreja pro santo Luan? - ironizei irritada.

- Cara, ele olhou, mas a louca que caiu em cima dele. Você tem que vê isso, meu! - tentava ser paciente.

- Não foi você, foi eu quem sentiu, foi comigo. Você não sabe o que é essa sensação. Não sabe o quanto eu fiquei magoada, decepcionada. Então fica na tua! - quando virei para sair dali, ele segurou meu braço me fazendo virar e olhá-lo, me abraçando em seguida.

- Desculpa! - acariciou meus cabelos. - Eu tô me metendo onde não devo. - beijou minha cabeça. - Não fica brava comigo.

- Eu tô chateada, é diferente.

- Então não fica chateada. - fiquei calada. - Em minha boneca?! Me responde ué! - afastou meu rosto me olhando, eu tinha vestígios de lágrimas em meus olhos. - Desculpa! 

- Tudo bem. - suspirei olhando pra cima e em seguida o olhei novamente. - Eu também me meti a um tempo atrás no seu relacionamento com a Mari e você me desculpou. 

- É, eu lembro bem de você fazendo pressão pra eu casar com ela. Causou maior briga entre nós dois. - sorriu pequeno.

- Desculpa. - sorri

- Eu que peço desculpa! 

- Tá desculpado. - o abracei e ele me tirou do chão me levando no colo até a cozinha.

- Consegui impedir a fuga dela, amor! - brincou com a Mari que riu nos olhando.

- Vocês dois e essas brigas que não duram cinco minutos.

- Esquecendo nossas brigas... Eu quero comer! - falei alto e sentei junto com João, que a todo momento beijava meu rosto, meu cabelo. Alguns minutos depois tudo ficou pronto e nós comemos em meio a risadas. Já era bem tarde quando eu finalmente fui para meu apartamento. Hoje eu não terei o Élvis comigo, ficou com minha mãe. Depois de tomar um belo banho, eu fiquei pensando no que João disse. Não concordo de jeito nenhum! A culpa foi do Luan sim! Ele deu brecha pra aquelazinha. Mas homens, são homens.

* Luan narrando.

(...)

Os dias se passaram e o que era pra ser sete dias em Orlando se tornou onze. Apesar de eu não gostar de frio, aqui eu pude aproveitar como a muito tempo não conseguia. Esqueci e me distanciei dos problemas. Hoje é o dia em que voltaremos para o Brasil, resolvi postar uma foto minha de uns dias atrás: 

" Cabooooou! Tô querendo morar aqui, como faz? Hahahahahaha"

Minhas neguinhas foram a loucura no mesmo instante e eu me divertia ao ler seus comentários desesperados e suas " ameaças", como sou feliz em tê-las comigo. Desde ontem que eu não dava uma olhada no instagram, então decidi ver as novidades e não acreditei quando vi as repetidas fotos que meus fã clubes postavam. Mabele jantou com um pequeno grupo de fãs em São Paulo. Ela é maluca! Sorri negando e lendo mais uma das tantas legendas de um dos muitos fã clubes: 

" ainda me perguntam por que eu AMO essa mulher!!! Mesmo com o fim do namoro ela continua essa pessoa maravilhosaaaaa! Um grupo de cinco meninas ficaram sabendo que ela jantaria nesse restaurante e foram atrás. E a linda depois dessa e outras fotos, chamou as meninas para jantarem com elas. Luaaaaaaaaan volte com ela logo! Pelo amorrrrrrdiiii! Mabele, você é uma pessoa incrível demais! @mabelebricio ♥ "

Quem me dera se dependece de mim a nossa volta, não teria existido fim. Olhei mais um pouco me deparando com outra foto, nem olhei a legenda, era gigante também: 

Mas é uma linda e assim sem maquiagem forte ainda fica mais. Que saudade senhor! Que saudade dessa mulher! Suspirei e fui em seu ig, tinham algumas novidades e eu percebi que uma foi lá em casa. Como sempre, ela vai lá quando eu não estou.

Chegamos no Brasil a noite e quando chegamos eu tive uma maravilhosa visão. Era Mabele com Gabi, saindo da minha casa. Desci rapidamente e chamei Gabi.

- Minha princesa! - Gabi olhou pra trás com um sorriso, diferente de Mabele que tinha surpresa no olhar. Logo Gabi correu para meus braços, enquanto sua irmã comtinuou parada onde estava. Bru desceu e já foi abraçar Mabele.

- Vocês estavam indo embora? - Perguntei a Gabi.

- Sim tio. Que saudade de você. - me abraçou novamente e eu sorri muito feliz! 

- Gabi, vamos. - Mabele a chamou séria.

- O tio chegou agora, deixa eu ficar. - fez bico olhando-a.

- Não! Nós já passamos muito tempo aqui e o Luan chegou agora de viajem, tá cansado.

- Não, deixa ela aqui, Mabele. 

- É amorzinha, você fica comigo no quarto, quero te contar várias coisas! - Bru falou animada e ela olhava minha irmã como se estivesse sem saída. 

- Tudo bem. - riu fraco e nós entramos. Coloquei Gabi em meus braços e sai correndo com ela, enquanto se ouvia seus gritos e risos.

- Só podia ser o Luan. - minha mãe disse quando chegamos na cozinha. Coloquei Gabi no chão e fui abraçar minha mãe. - Que saudade de você filho. 

- Eu também estava com muita saudade. - desfiz o abraço.

- A Bebele tá aqui? - sussurrou com um sorriso sapeca no rosto.

- Tá no quarto com a Bru. - acabei rindo.

- Quem convenceu ela a ficar aqui? 

- Gabi e a Pi.

- Vou falar com a Bubu. - subiu e eu fui para a sala com Gabi, assim que sentamos no sofá, meu pai desceu as escadas e sentou conversando conosco. Gabi estava deitada em meu colo.

- Eu tenho muita vontade de conhecer a Disney. - Gabi disse encantada com minhas histórias.

- Quando eu voltar com sua irmã eu te levo. - Brinquei piscando o olho e ela gargalhou. Meu pai ria negando. - Ela tá linda demais né pai? - comentei.

- Como sempre foi, Luan. - riu me olhando.

- Eu vou contar pra ela. - Gabi disse em um tom de ameaça.

- Não pode. Segredo nosso tá? - eu não podia pagar de trouxa mais uma vez.

- Tá bem. - pagou em minha barba.

* Mabele narrando.

A algum tempo eu tentava ir embora e tia Zezete me segurava em sua casa. Eu sabia que Luan e Bruna voltariam hoje e eu não queria ter me esbarrar com ele. Quando enfim consegui ir embora, já era noite e quando sai, os encontrei chegando. Valeu sorte! Obrigada! Tudo que eu menos queria. Gabi como sempre grudou e começou com a manha dela. Bruna não ajudou me convidando também. Fiquei sem saída. Ele a colocou nos braços e saiu correndo, me causando um sorriso. Logo subimos para o quarto da Bru e quando chegamos lá eu falei:

- Você esqueceu que eu não quero ficar no mesmo lugar que ele? - a repreendi sentando na cama.

- Aí desculpa! Juro que não lembrei, tô tão empolgada pra te contar tudo. - sorriu sentando de frente pra mim e então revelei. Começou a contar cada detalhe e minha tia entrou sentando conosco, eu não estava totalmente a vontade sabendo que ele está lá embaixo. Quando ela me contava as palhaçadas que ele fez eu gargalhava junto com tia Zezete. Passamos mais de uma hora conversando, eu nem vi o tempo passar. 

- Bubu? - ouvi a voz dele e em seguida colocou a cabeça dentro do quarto.

- Oi pi? 

- É que a Gabi dormiu.

- Nossa, então eu já vou indo.

- Tá, mas não esquece amanhã começar academia de novo. - Bubu disse.

- Pode deixar. - todos nós nos levantamos e descemos. 

- Eu levo ela com você até a casa dos seus pais. - Luan disse assim que chegamos na sala, Gabi estava esparramada no sofá.

- Não precisa, eu acordo ela.

- Não, tadinha cara. - ele disse. - Eu faço questão. - já foi pegando a menina nos braços enquanto eu tinha a cara fechada. Ele não entendeu que eu não quero aproximação? Já deixei isso bem claro, várias vezes! Revirei os olhos, enquanto Bru e os tios tinham um sorriso no rosto. Como não ficar constrangida assim? Abracei todos e então nós fomos, eu estava calada até que ele começou a falar.

- Cê tá sendo muito dura comigo. - me olhou, enquanto eu olhava pra frente.

- Eu não quero ter aproximação com você. Já te disse mil vezes pra desaparecer da minha vida. - falei sem olhá-lo.

- Isso é dá boca pra fora. - falou cheio de certeza e eu fechei meus olhos por um segundo, pedindo paciência a Deus. Não quero discutir novamente.

- Pense o que você quiser. - ele se calou e fomos em silêncio até a casa de meus pais.

- Cuidado. - falou enquanto passava Gabi para meus braços, quando fizemos isso ele deixou um beijo na testa dela. 

- Obrigada. - agradeci séria e com um esforço abri a porta, fechando em seguida. Encontrei meus velhos no sofá assistindo filme, assim que meu pai me viu com Gabi dormindo, levantou e a pegou nos braços.
- Vou pegar o Élvis e vou embora. - Sorri pequeno e o peguei deitado no sofá. Eu só conseguia pensar no encontro com ele. No seu cheiro... Que porra de saudade filha da puta! Me despedi de meus pais e entrei no meu carro. - Filho, seu pai poderia ser menos cafajeste né? - eu costumava conversar com ele, mesmo sabendo que nunca vai me entender, muito menos me responder. Fomos para meu apartamento e quando eu finalmente deitei na minha cama me pus a pensar nele. Quando eu estou conseguindo pensar menos, vem a vida e me coloca frente a frente com ele. Mereço!





E aiiiiii, Teve encontro dos dois novamente! Isso foi bom? Ou não? Sobre o comentário crítico da anônima: Olha só, primeira coisa, eu uso as ideias de vocês sim! Não afirme o que você não sabe. Já usei várias vezes ideias das meninas. Outra coisa, nenhuma história é só flores, então tem que ter separação como qualquer outra! E por ultimo eu não sei que que capítulo exato eles vão voltar. Se tá chato pra você, eu sinto muito! Sinto mesmo, porque eu sempre tento, me esforço ao máximo pra deixarem minhas leitoras satisfeitas e graças a Deus a maioria continua gostando. Tem que ter paciência, é claro que eles vão voltar, mas no momento certo. Até o próximo!
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Bjs, Jéssica. ❤