Assim que cheguei em casa, procurei por meu pai. O encontrei na cozinha.
- Chegou faz tempo, pai? - perguntei e me mãe me olhou preocupada.
- Estava chorando, filho?
- Acabou mesmo, mãe. - ela fez uma cara de descontento. - Pai, precisamos falar com a Lelê pra anunciar.
- Vamos lá. - levantou e me abraçou de lado pelo pescoço. - Não fica assim não, filhão. - apenas assenti. Eu devo ficar sorrindo pros quatro cantos? Claro que não!
* Mabele narrando.
Não sei de onde tirei forças para me manter firme na frente dele. Nunca vi o Luan tão frágil, mas também não vou aceitar o que ele fez. Tenho que seguir minha vida. Não vai ser fácil, mas eu vou conseguir. Fui para a loja do shopping, precisava ocupar me cabeça. Ao chegar lá, infelizmente encontrei João.
- Já voltou? - riu me abraçando.
- Já. - respondi vagamente, não queria falar sobre esse assunto que anda machucando tanto.
- Veio fazer o que aqui hoje? - estranhou.
- Estava um saco ficar em casa sem fazer nada. - fiz careta. Ele riu. Sentei na cadeira que havia em sua sala.
- Espera só um instante, vou ligar pra Mari. Ainda não parou de fazer esse teatro. Só faltam dois meses pro Vitório nascer e ela não para. - negou com a cabeça e se afastou. No mesmo instante meu celular tocou, era o Luan. Respirei fundo e atendi.
- Oi?
- Já anunciei. Só liguei pra te informar do motivo que a Lelê decidiu com meu pai. Falaram que foi por causa do meu pouco tempo, nosso relacionamento esfriou.
- Essa foi a mesma desculpa com a Jade.
- Eu sei. Mas eles decidiram isso. - falou seco.
- Tudo bem. Tchau. - ai meu coração!
- Tchau. - desligou e eu fechei os olhos, sentindo meu coração apertado. Eu o amo, mas também estou com muita raiva de tudo que aconteceu. Tô sofrendo demais.
- Ela tá aqui no shopping com a Bruna, se acabando de comer. - João disse, voltando para próximo de mim. Seu sorriso desfez ao ver meu semblante. - O que aconteceu?
- Ai Jô. - suspirei e as lágrimas teimaram em cair novamente. - Eu e o Luan terminamos. - sua boca ficou entreaberta no mesmo instante.
- Porque? Vocês estavam tão bem... Isso foi sério mesmo Bele? - me olhou desconfiado.
- Sim. Mas eu não quero falar sobre isso tá? Você me entende? Eu já vim pra cá pra esquecer. - ele assentiu compreensivo.
- As meninas estão chegando aí. - sentou do meu lado, mudando de assunto. Limpou minhas lágrimas.
- Não comenta nada com elas.
- Tudo bem. - me abraçou de lado pelo pescoço e beijou meus cabelos. Logo ele tratou de ir me contando as novidades sobre a vida dele. Falamos também sobre a viajem que vou fazer para Páris. É necessário e João não vai sair de perto da Mari nesses últimos meses de gestação.
Logo as doidinhas chegaram morrendo de rir.
- Miga! - Bru disse animada. Levantei e nos abraçamos. - Ainda não sei porque vocês voltaram mais cedo dessa viajem. - sorriu.
- Depois de conto. - pisquei e Mari já veio me abraçar.
- Saudade de você. - me apertava.
- Eu também. Como tá meu afilhado? - me afastei pegando em sua barriga.
- Tá bem, mexendo muito.
- Meu amor, você vai ser danadinho em? - comecei a conversar com Vitório.
- Ô se vai. - João suspirou pesado.
- Quem diria em? Vocês dois juntos e agora vão ter um filho. - sorri os olhando.
- Verdade. Quem diria que o João deixaria de ser um galinha. - Mari o olhou e ele gargalhou.
- É o amor né barrigudinha?
- Para de me chamar assim! - se irritou nos fazendo rir.
- Bru, e os testes pra malhação?
- Então, é próximo mês. Tô ansiosa demais. - sorriu nervosa.
- Você vai conseguir. - a abracei de lado.
- Deus te ouça. Não quero levar mais um não. - fez bico.
- Deixa disso! Você vai conseguir. - Mari falou.
- É Bubu, vai sim. - meu irmão falou.
- Tomara gente. - sorriu. - Se depender da torcida de vocês eu já passo pra protagonista. - fez graça e nós rimos.
* Luan narrando.
Depois de anunciar, liguei pra ela. Assim que encerrei a ligação meu pai continuou comigo e conversou. Me deu orientações, conselhos e até tentou me consolar. Amanhã eu já volto para os shows, os últimos já que no próximo mês eu fico de férias, ferias essa que não vai mais ter ela. Deitei na minha cama, agora sozinho e suspirei. O pior de tudo é ter a certeza de que eu fiz por merecer. Eu sou um burro! Agora eu a perdi de vez, eu sinto isso. Bateram na porta.
- Entra. - minha mãe entrou.
- Vim arrumar sua mala. - sorriu.
- Tá. - sorri de lado.
- Já viu como está os fãs? - me perguntou enquanto abria a porta do guarda-roupa.
- Vagamente. Está a loucura de sempre. Uns comemoram, outros triste, brigas e tudo aquilo que a senhora já sabe.
- Nossa... Filho você sabe que tem nosso apoio, nosso colinho.
- Eu sei, o pai me disse a mesma coisa. Obrigado. - sorri.
- Pode ser difícil, mas nós estamos juntos viu?
- Xumba, você não existe. - soltei beijo. - A Bruna é que nem imagina ainda, pelo menos eu acho. - suspirei.
- Se prepara pra quando ela souber. - falou colocando a mala em cima da minha cama com alguma roupas.
- Eu sei. - peguei meu celular e querendo ou não, mesmo eu lutando contra, os momentos com Mabele passavam na minha cabeça. O início. Eu penei demais pra ter aquela mulher e agora por uma burrice eu a perdi. Eu sei que não acho mais ninguém igual a ela. Eu sei disso também. Meu celular tocou, era João. Com certeza já está sabendo de tudo.
- Fala parceiro. - atendi.
- E ai boizeco? Fiquei sabendo do término.
- Pois é cara. Ela te disse o motivo?
- Não. Ela tá abalada demais.
- Agora imagina eu? - ri fraco.
- O que aconteceu afinal? Tudo estava tão bem, vocês viajaram juntos e tudo.
- Cara... - suspirei me preparando para contar toda a história novamente. Minha mãe me olhava preocupada. Ela sabe que isso está me fazendo muito mal. Quando terminei, fiquei esperando uma reação dele.
- Complicado... - ficou em silêncio. - Eu entendo o teu lado, já aconteceu comigo de olhar pra outras, quem nunca não é? Mas esse beijo cara.
- Não foi beijo, ela só encostou e eu afastei.
- Mesmo assim, acho difícil a Bele entender isso.
- É, eu tentei falar, mas não adiantou nada.
- Parceiro, só te falo que dessa vez eu acho que ela não volta não. - foi sincero e aquelas palavras me atingiram tão forte!
- É...
- Fica bem, Luan! Vocês vão superar. - tentou me dá força.
- Valeu.
- Então, vou voltar ao trabalho. Ela acabou de sair daqui com a Bubu e a Mari.
- A Bruna tava ai? - arregalei os olhos.
- Tava.
- Ela tá sabendo? - passei a mão nos cabelos. Não vou aguentar mais julgamento.
- Não. Pelo jeito não.
- Ah, beleza. - fiquei aliviado.
- Então depois a gente se fala. Falou.
- Tá. Valeu. - desliguei.
- A Bubu já sabe? - minha mãe perguntou.
- Não. Graças a Deus.
As horas se passaram rapidamente e logo fui dormir, depois de ser quase obrigado a comer por minha mãe.
* Mabele narrando.
Hoje o dia também não foi fácil. Falei com meus pais, quando fui buscar o Élvis. Decidi contar toda a verdade e meu pai ficou bem bravo com o Luan, como eu já previa. Já minha mãe estava mais preocupada em como eu estava e sentindo. Fiquei com eles durante um tempo e dei atenção a Gabi também, que reclamava pois eu vou levar o Élvis embora.
Quando enfim cheguei em casa, tirei meu salto e deitei na cama com meu filho de lado.
- Você vai me lembrar aquele traste sempre, sabia? - olhei Élvis. Decidi ir tomar banho e enfim fui dormir.
* Luan narrando.
Estava no bicuço, a caminho de mais um cidade. Todos da equipe já estavam sabendo do nosso fim. Lelê, negão, Rober, He-man tentaram me consolar com palavras amigas e eu agradeci. Para eles eu contei o verdadeiro motivo.
Chegamos no hotel e assim que coloquei os pés dentro do meu quarto, o celular tocou. Bruna.
- Oi Piroca?
- Você é um puto em Luan? Nossa cara, não esperava isso de você. Fazer isso com a Bele? Que caráter você tem? Em? Me diz? - disparou irritada.
- Não vou nem me defender, até porque não vai adiantar. É Deus no céu e a Bele na terra.
- Não é isso! Eu só estou do lado certo. Não vou te apoiar sabendo que errou, que traiu. Isso é tão ridículo, Luan! Você prestes a fazer 26 anos. Quando você vai criar juízo?
- Bruna, por favor. Eu cheguei de viajem agora. Preciso descansar pro show mais tarde. - suspirei, tentando ser paciente.
- Vai dormir com a consciência tranquila. Tô decepcionada com você. - desligou e eu bufei. Porra! Os pais da Mabele também devem tá querendo que eu evapore. Vou ter me afastar da Gabi. Com que cara eu vou na casa deles? Merda! Deitei, na tentativa de dormir, mas não consegui. Minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos. Deu a hora de ir para a academia. Me arrumei, desci e comi algo leve com os meninos. Fomos o caminho todo conversando e eles me faziam rir. Nunca deixam as palhaçadas de lado. E pra mim no momento isso é bom. Preciso me distrair. Fizemos o treino completo, eu recebia alguns olhares de algumas gostosas, mas eu não tinha cabeça pra mulher agora. Aliás, tinha cabeça só pra uma que não quer saber de mim. Chegamos no fim da tarde no hotel, atendi algumas das meninas que estava na entrada do hotel. Várias perguntas sobre o fim do namoro e eu tentava ser simpático ao falar daquilo. Sinceramente essa parte de ter que dar explicação pra todos é muito chato! Tudo que menos quero é falar sobre o assunto, mas não posso simplesmente me negar a falar.
Quando cheguei em meu quarto, deitei e quando vi, já havia dormido.
* Mabele narrando.
Estava na empresa do meu pai, com a rotina de volta. Não vou para minha vida por conta daquele sem caráter. O telefone tocou.
- Mabele, o Bruno está aqui. - Soraya disse e eu me assustei.
- O que? - não acreditei.
- O Bruno...
- Manda ele entrar. - a interrompi. Queria saber o que esse outro traste quer. Bateu na porta e entrou em seguida.
- Bom dia! - sorri.
- Bom dia. O que foi? Meu pai não te viu aqui não?
- Por sorte não. - riu e sentou e minha frente. - Como você tá?
- Bruno, você veio saber como eu estou? Me poupe! Pensei que fosse algo relacionado a trabalho. - revirei os olhos.
- Fiquei sabendo do término do seu namoro e vim saber como você tá. Fiquei preocupado, você parecia amar muito aquele cantorzinho.
- Ah, você preocupado? Que lindo! - ironizei. - Você sempre quis que isso acontecesse. Mandou aquelas flores pro meu apê no dia do meu aniversário, na intenção de causar discórdia. Ainda usou a Soraya pra isso. - encolhi os olhos.
- Não foi com intenção de nada! Só queria mandar porque eu lembrei. Quis demonstrar carinho, pô.
- Uhum, sei. - suspirei e ele ficou me olhando sorrindo. - Qual é?
- Você fica linda de todo jeito, cara! - continuou sorrindo.
- Bruno... - olhei pro teto, não acreditando naquilo. - Por favor, se não era nada, se retira daqui por favor. Não quero ser arrogante, mas eu preciso trabalhar.
- Tudo bem, nervosinha. Tô indo. Espero te encontrar mais vezes. - pegou minha mão, que estava em cima da mesa e beijou, se retirando em seguida.
Mereço isso? Termino em um dia e no outro o cara aparece, tentando algo. Meu Deus! Que carma esse Bruno! Respirei fundo e acabei rindo da cara de pau dele. Não fez questão de disfarçar a sua felicidade. Não perde tempo! Quem deve está aos pulos de felicidade é a Jade, aquela nojenta. Tratei de expulsar esses pensamentos e voltar a minha atenção ao trabalho. Quando meu expediente na empresa acabou, eu fui embora. Quando sai da minha sala, Soraya tinha um buquê de flores nas mãos.
- Hum, Soraya... - brinquei.
- Não são pra mim. É pra você. - arregalei os olhos sem acreditar.
- Pra mim? Não acredito que o Luan mandou essa flores mesmo depois de tu...
- Foi o Bruno. - me interrompeu.
- O Bruno? Meu Deus do céu! Eu não mereço. - fechei os olhos e Soraya riu.
- Ele não perdeu tempo né?
- Aquele lá não é bobo. - neguei com a cabeça e peguei as flores, colocando-as no vazo do lixo, ali perto.
- Mabele... Porque você fez isso? - Soraya tinha a boca entreaberta.
- Tudo que eu menos quero é homem na minha cola. Muito menos ex, muito menos o Bruno. Tchau. - a abracei e fui para a loja em seguida. Tomara que o Bruno desista dessa ideia de me " conquistar" porque comigo não cola mais. Muito menos agora.
Demorei mais voltei. Hahaha expliquei tudo no whats. Sobre o capítulo: e essa aparição do Bruno? Hahahaha Mabele não é boba e parece que não caiu no papinho dele. Eu quis passar a reação de algumas pessoas próximas aos dois. O que acharam de tudo?
META: 7 COMENTÁRIOS.
Bjs, Jéssica. ❤
Acho normal o sofrimento dos dois,afim nineguem ta imune de sofrer né?! Só espero que o Luan aprenda com esse erro e esse Bruno evapore kkkk. Bjs Naty
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPosta mais plis!!
ResponderExcluirPuts meu comentei no capítulo anterior e nem deu moral....:(
ResponderExcluirPedi pra me colocar no grupo e não colocou até agora....
Continua. ..
Esse bruno é cínico. ..até demais...affs
Ainda bem que ela não caiu....
Achei ótimo
Esqueci de como o Bruno é traste kkkkk mas a minha opinião não muda kkkkk
ResponderExcluirContinuaaaa
Continuaaaaaaaa
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBele precisa urgentemente de um gringo gato, sarado e gostoso.
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