Acabei acordando minha amiga com a discussão com o idiota. Decidimos descer e para minha surpresa a maioria das pessoas estavam acordadas, inclusive Gabi.
- Bom dia Bele! - abriu os braços e eu a abracei.
- Bom dia minha prin. - beijei seus cabelos.
- A mamãe e o papai vão vir logo? - perguntou inocente enquanto seguimos para a cozinha.
- Logo mais eles estão aqui. Você já comeu?
- Já sim. - sorriu. - Vou brincar com o Pedro. - saiu correndo para próximo de um dos nossos pequenos primos. Cumprimentei quem estava por ali e me deixaram ciente de que estava tudo bem, pois já haviam falado com minha mãe hoje. Fiquei mais tranquila. Acabou ficando somente eu a Lô na cozinha.
- O que o Luan fez? - perguntou pela segunda vez, já que na primeira eu não quis falar.
- Aquele idiota, me cobrando por que não liguei pra ele, dando de dramático, chateado. Ele não entende que eu não queria atrapalhar esses momentos de família dele.
- Nossa amiga, tenso! Mas vocês dois estavam nervosos. Depois vocês se acertam. - não respondi nada e continuei comendo. Logo Mari chegou até nós com sua barriga linda de seis meses. Iniciamos uma conversa e mesmo com o acontecido da madrugada todos estavam com um sorriso no rosto, até porque nós já sabemos que realmente está tudo bem com meu pai.
(...)
O dia correu e nós na correria também, eu acabei esquecendo Luan e a raiva que ele me fez, pois meus primos me faziam rir o tempo todo, enquanto nós fazíamos as comidas. A porta se abriu e eu já sabia que era meu pai. Deixei a panela no fogo e corri para recebe-lo, assim que o vi abracei apertado.
- Pai, nunca mais me dá um susto desses, por favor!
- Desculpa minha boneca, pode deixar agora eu vou me cuidar. - acariciava meus cabelos.
- Eu fiquei com tanto medo de te perder.
- Mas não perdeu e hoje nós vamos nos divertir muito. - afastou o rosto e me olhou sorrindo eu sorri junto e beijei todo seu rosto, até que Gabi chegou e o agarrou reclamando de saudade. Depois de todos os abraços e sorrisos trocados, as mulheres foram para a cozinha e desta vez os homens ficaram na sala junto com meu pai. Eu ria do que minha avó falava, quando meu celular tocou, olhei na tela e era Bru.
* Luan narrando.
Passei o dia com essa discussão na cabeça, conversei com Xumba que mais uma vez deu razão a Bele e me deu uma bronca grande, pois eu ao invés de acalma-lá acabei brigando. Já estava no fim do dia e eu tive uma ideia, não daria o braço a torcer, até porque ao meu ver eu não estou totalmente errado. Ela não iria me falar nada! Chamei a Pi no canto e pedi para que ela ligasse para Bele, pra saber como ela estava. Claro que ela me cobrou explicações e eu falei tudo, assim como eu ela ficou assustada quando soube do infarto do meu sogro. De imediato ela ligou, colocou no alto falante assim eu poderia ouvir tudo. Logo nas primeiras chamadas ela atendeu com aquela voz linda e meiga.
- Oi Bru!
- Oi amorzinha. Eu fiquei sabendo do que aconteceu com o tio. Como você tá?
- Agora eu tô bem. Ele chegou faz pouco tempo, tá alí na sala conversando. - onde ela estava tinha muito barulho de conversas e risadas.
- Nossa, que susto ele deu em?! Pelo amor de Deus!
- Eu ainda vou dar uma bronca nele. Vou pôr ele pra fazer exercício e tudo mais. - falou cheia de razão e eu acabei sorrindo.
- Tá certa cunha. Mas me diz, você e o Pi se acertaram? - repreendi minha irmã com o olhar.
- Seu irmão merece uns tapas na cara! Ele me deixou chateada e tão irritada, você não tem noção! - eu acabei sorrindo mais ainda do seu jeitinho irritado. - Ele não entende que eu não quis atrapalhar esses momentos em família, que pra ele são tão raros. Veio cheio de razão. Idiota!
- Idiota mesmo! - olhei piroca sem acreditar. - Mas ele se preocupa com você, e talvez ele queria ter te ajudado e está contigo mesmo de longe quando tudo aconteceu. - concordei com a cabeça, era exatamente isso que eu queria.
- Eu sei, mas nessas horas a gente não pensa direito. Eu estava nervosa, era madrugada e eu não queria incomodá-lo. Você me entende?
- Entendo. Mas acho que vocês tem que conversar.
- É... - respondeu vagamente.
- Então minha linda, eu quero aproveitar pra te desejar um feliz natal, eu sei que hoje é a véspera, mas também serve né? - riram de leve. - Te amo muito e tô com saudade.
- Eu também tô morrendo de saudade. Feliz natal pra todos aí. Amo você! - eu sorria feito bobo, minha namorada é uma linda!
- Óh, dá uma freiada na comida. Quando a gente voltar, vamos sofrer. - Pi riu.
- Que freiada o que... Eu vou comer tudo que tenho direito. - falava rindo e consequentemente eu sorria. - Depois eu me acerto com a academia.
- Verdade né? Vou fazer o mesmo que você. Então, manda um beijo pra todos e pede pro tio tomar cuidado! Cuida dele direitinho. Beijo.
- Pode deixar. Beijo! - desligou.
- E ai, satisfeito? - me olhou.
- Não né? Ela acha que tem razão.
- Vocês dois tem um pouco de razão. Cê sabe que ela não vai te ligar né? - sorriu. - Ou você liga, ou passa o natal brigado com ela.
- Sei. - respondi indiferente. - Valeu Bubuzinha. - baguncei seu cabelo e ela reclamou.
Logo fomos tomar banho para a ceia logo mais. Eu já tinha beliscado algumas coisas que eu vi na cozinha. Vou passar por cima do meu orgulho e vou ligar pra Bele.
* Mabele narrando.
Depois da ligação Bubu terminamos tudo que tínhamos para fazer e fomos nos arrumar para logo mais. O Rafa não vai me ligar mesmo. Eu que não vou. Coitado dele se está esperando que eu ligue. Depois do banho eu comecei minha maquiagem enquanto Lô estava no banheiro. Meu celular tocou novamente, era ele. Suspirei e pedi a Deus que não fosse mais confusão. Meu coração acelerou, ele causa essas sensações em mim. Pareço uma adolescente boba.
- Oi. - falei assim que atendi.
- Amor, cê ainda ta brava comigo? - sorri do seu jeito dengoso.
- Você ainda tá bravo comigo? - fiz a mesma pergunta sorrindo.
- Depende de você.
- Como assim?
- Você tem me prometer que quando acontecer algo grave na tua vida, cê vai me ligar.
- Tá me desejando mal? É isso mesmo? Cadê o espirito natalino? - brinquei e ouvi sua risada. Lindo.
- Boba! Promete?
- Prometo. Me desculpa se te magoei, mas você tem que entender meu lado Rafa. Eu só não queria atrapalhar esses momentos que são tão raros pra você.
- Tudo bem, me ponho no seu lugar. Te desculpo pinguinho. - eu já estava completamente derretida. Como eu queria abraça-lo. - E você?
- Eu o que?
- Me desculpa por ter sido um idiota?
- Nossa, muito idiota! - ouvi sua risada novamente. - Te desculpo coisa linda.
- Então estamos bem de novo?
- Estamos bem de novo. - confirmei.
- Saudade de você... - suspirei. Porque ele faz isso?
- Eu também grandão.
- Grandão?
- É, cê é enorme!
- Você que baixa demais.
- Idiota!
- Mas não precisa ficar brava. Isso tem um lado bom. - falou sério.
- Qual?
- Quando forem pintar as paredes de algum lugar, podem te chamar pra pintar a parte perto do chão. - Não me aguentei e gargalhei.
- Rafael, seu viadinho! Se você estivesse do meu lado agora levaria um tapa.
- Eu sei disso. - riu. - Mas ei, eu não sou viadinho coisa nenhuma! - gargalhei e Lô saiu do banheiro. - Cê sabe disso muito bem.
- Então machão, tenho que desligar. Estou na maquiagem ainda e você vai me atrasar.
- Você e seu lado sensível. - ironizou.
- Feliz natal viu? Muita paz, saúde, felicidade e sucesso pra você.
- Obrigado. Desejo tudo em dobro pra você. Feliz natal! Te amo!
- Eu também.
- Eu também não é eu te amo. - reclamou.
- Cê tá muito carente.
- Só queria ouvir um te amo. - aposto como ele está com um bico lindo nos lábios.
- Te amo. Te amo. Te amo. Tá bom assim? - Lô ficou no meu lado e começou a passar base com um sorriso no rosto.
- Assim tá bom. Beijo na boca de língua.
- Beijo. - ri desligando.
- É o amoooooor! - Lô cantou e eu bati em seu braço rindo. - Essas brigas de vocês não duram 24 horas. - não respondi, apenas sorri. O que ela disse é verdade mesmo. Depois que terminamos fomos apreveitar a noite. Eu estava com um vestido estampado rodado. Rolou o amigo secreto, a ceia e depois a Leila chegou com o Gustavo. Então começamos a dançar. Dançar muito! Todos se divertiam de suas maneiras. Só se via sorrisos por toda a parte. Eu estava feliz. Meu pai em casa comigo. Tudo bem entre eu e o Rafa... Deus é maravilhoso mesmo. A comemoração foi até pela manhã. Alguns se excederam e estavam bêbados, meus avós já tinham dormido, mas o restante aguentava firme.
- Vem cá Bele, vamos tirar uma selfie! - Leila me chamou e eu fui prontamente, chamei Lô e Mari que estavam do meu lado, mas negaram alegando estarem feias. Eu fui e na selfie estava eu, Leila, Gustavo e meu primo.
- Nossa todos com caras de arrasados. - Gu disse rindo.
- Tá nada! - Leila afirmou gargalhando. Ela já estava bem alegrinha.
- Como os boys vão me querer assim, amiga? - Gu me perguntou.
- Eles te querem sempre! Todos os sábados você tem novidades pra me contar. - encolhi os olhos e ele riu. Olhei as horas no meu celular e já marcavam mais de seis horas da manhã. Eu decidi ir dormir, juntamente com a Mari, Lô e Jô. Alguns tios continuaram, juntamente com primos, Leila e Gu. Estes são fortes! Cheguei no meu quarto e depois de um banho eu desabei na cama e não vi mais nada.
* Luan narrando.
Depois da ceia, do amigo oculto, nós fomos beber um pouco e reviver histórias antigas de família. Nós acabamos conseguindo convencer dona Luiza de vir passar conosco, desta vez sua neta veio junto. É bem gostosinha, sempre prestei atenção nela, mas nunca chegamos a ficar. Da última vez que estive aqui, naquela viajem com a Bele, ela havia saído. Eu bebia perto do Max e Matheus, meu primo. Ela dançava junto com a Pi e Sthefany, eu olhava descaradamente. Ah, qual é? Olhar não é nada demais.
- Limpa a baba, Luan! - Matheus zuou, percebendo meus olhares. Neguei sorrindo.
- Ela é gostosa cara. - comentei provando um pouco da minha bebida.
- Caí entre nós que é mesmo. - Max confirmou.
- Vocês babando, mas só eu posso pegar. - Matheus disse e nós gargalhamos.
- Porque fodão? - perguntei.
- Porque eu sou o único solteiro, uai. - deu de ombros.
- Cê é um viadinho cara, não pega ninguém. - Max disse rindo.
- Cê num sabe de nada meu filho, vive viajando pelo Brasil. - se defendeu. E eu já olhava ela dançando novamente, mexendo em seus cabelos loiros. Confesso, me senti atraído por ela e se não fosse Mabele, ela não me escaparia hoje. O sol já aparecia, mas eu não tinha noção das horas. Seu olhar começou a cruzar com o meu e ela me soltava sorrisos discretos eu sorria também negando. Ô Luan, calma! Cê é comprometido! Os meninos continuavam a conversar e eu tentava desviar os olhares dela. Com um tempinho depois a bebida do meu copo acabou, fui atrás na mesa ali do jardim, mas a que eu queria só tinha na geladeira. Merda! Fui até lá e enchi meu copo novamente. Eu já estava um pouco alterado. Me encostei no balcão e fiquei pensando na neta da dona Luiza. Ela não podia ser menos gostosa? Fechei os olhos, tentando expulsar meus pensamentos, quando senti braços em volta da minha cintura, abri os olhos assustado e a tentação loira me olhava com um sorriso muito mal intencionado. Puta que pariu! Começou a beijar meu pescoço, seu corpo estava bem colado ao meu.
- Cheiroso.. - falou e mordeu meu pescoço em seguida.
- Não vai rolar, eu tenho namorada. - Eu falei aquilo mais pra mim do que pra ela. Isso só pode ter sido a bebida.
- Ela tá longe. Eu só quero curtir. - segurou meu rosto, passando o dedo por meus lábios. Veio em direção ao meus lábios, mas eu desviei.
- Cê é muito atraente, mas não dá... - eu olhava sua convidativa boca.
- Não é o que os seus olhos dizem. - ergueu a sombrancelha de uma maneira sexy. Merda, mil vezes merda!
- Não posso. - eu negava com a cabeça.
- Cê já ta alegrinho, amanhã nem vai lembrar se algo rolar. - mordeu meu queixo. Eu engoli seco.
- Não, não... - segurei seus braços, na tentativa de tirá-los da minha cintura, em vão.
- Qual é? - segurou meu rosto com uma das suas mãos e antes que eu pudesse desviar ela selou seus lábios no meu, mas tudo rapidamente. Eu me afastei de imediato, como se aquilo me despertasse. Não, não pode!
- Você é louca? Em? - Eu falava irritado.
- Você que é! Me olhando a tempos e agora fica de charme. - falou irritada também.
- Porra! Meu Deus... - coloquei as mãos na minha cabeça.
- Calma cara, não foi nada demais. Mal escostei na tua boca. Ninguém vai saber. - falou mais calma.
- Ninguém pode saber mesmo. Eu tenho namorada garota. Isso nunca aconteceu, ouviu?
- Beleza. Relaxa. - levantou as mãos em ato de rendição. Eu sai dali atordoado. Essa porra de bebida só me faz fazer merda. Mas não foi culpa minha, não deu tempo de desviar, mesmo assim eu me sentia culpado. Como se tivesse traído a Mabele e querendo ou não isso foi traição. Mas não foi por intenção minha. Ô Porra! Fui para meu quarto, pra mim a festa tinha acabado ali. Deitei na cama e coloquei a mão na minha cabeça e me pus a pensar. O medo de alguém saber e principalmente dela saber me consumiu, junto com a culpa por isso ter acontecido. Se ela souber ela não vai me perdoar nunca. Pelo que eu conheço dela... Como eu queria que aquilo tudo fosse um pesadelo. Quer saber? Não bebo mais na minha vida! Só acontece merda quando eu me afogo na bebida. Fiquei perdido em pensamentos, desesperado, com medo, com culpa.
Só uma coisa: CONFIEM EM MIM! Acabou rolando merda né? E ai? O que será que vai ser daqui pra frente?
META: 5 COMENTÁRIOS.
Bjs, Jéssica. ❤
Já tava tudo bem ai o Luan vai e faz meerdaaa homens kkk
ResponderExcluirContinuaa
Já tava tudo bem ai o Luan vai e faz meerdaaa homens kkk
ResponderExcluirContinuaa
Meu deus como o Luan é mal caráter,to muito brava com ele aqui afss
ResponderExcluirTua sorte é que eu confio em você porque se não Jeeh,nem te conto kkkkkk
Sendo rapido ou nao,traiçao esta na inteçao e ele tava com a intençao desde olhou pra menina a noite toda descaradamente. Mas confio em voce e sei que isso nao vai ficar só entre "eles" ... Bjs Naty
ResponderExcluirMabele arranca o pinto deeeele \o/
ResponderExcluirRolou uma merda bem grande neh? Pelo menos que ele seja honesto e sente com ela e conte a verdade, o que rolou.
ResponderExcluirContinuaaa!
ResponderExcluir