quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Capítulo 75

- Acorda amor! Acorda muié, temos uma hora, antes de partir.

- Pra onde? - falou sonolenta.

- Bahia mainha! - brinquei e ela continuou de olhos fechados.

- Como você invadiu meu quarto?

- Peguei um cartão reserva na recepção. Uma das muitas partes boas de ser o Luan Santana.

- Nossa, vou reclamar com o gerente. - brincou ainda sonolenta.

- Deixa de frescura, levanta logo! - depois de muito custo ela levantou indo para o banheiro, ainda tentei ir junto, mas recebi um não. Filha da mãe! Fui para meu quarto, arrumar o que era preciso.

(...)

Estávamos no hall do hotel, eu, Lô e minha pinguinho. Por incrível que pareça nós fomos os primeiros a chegar. Fiquei de bobeira no celular, enquanto os outros não chegavam. Acabei pedindo um tereré e voltei para onde as meninas estavam. Sentei na cadeira e fiquei olhando o insta, quando começou a chover notificações do nada, mas que o normal. Fui olhar e vi a foto que Bele havia postado agora: 

       "Neguinho viciadooo! " 

Sorri a olhando, que já me olhava com um sorriso travesso no rosto.

- Sacanagem! - falei e ela riu. Lô parecia está em outro mundo no seu celular também. Comentei varias risadas. Em pouco tempo chegaram e depois de atender fãs no hotel e no aeroporto, partimos para Bahia.

 Assim que chegamos lá, eu fui para a academia com os parceiros, desta vez consegui convencer minha namorada a ficar no mesmo quarto que eu. Já foi um avanço. Quem sabe isso não seja um bom sinal... Eloísa e ela foram conhecer um pouco da cidade, aquelas duas adoram bater perna. Na academia eu me irritava com facilidade, aliás, todos esses dias. Basta eu ficar muito tempo sem ter relação sexual que fico assim, não só eu, mas qualquer homem. No meu caso ainda piora, pelo antigo costume de praticamente todas as noites ter uma na minha cama e de repente a história mudou. Sou compromissado e fiel. Aquela filha de uma mãe, fica com essa coisa desnecessária de fazer greve. Porra, eu já tô passando do meu limite. Depois de concluir todos os exercícios, voltamos no carro que eu aluguei. Cirilo no volante, como sempre.

- Cara, cê anda muito irritado - Rober riu. - Quase quebra a catraca da academia na hora de sair. Só porque travou. - todos riram e eu continuei serio.

- Vai pra porra!

- Que isso boi, a Bele tá com você esses dias, ainda não relaxou? - he-man disse rindo. Tocar naquele assunto só me deixou mais estressado.

- Pior que não! - passei a mão nos cabelos, nervoso.

- Vixi, ta ruim em?! - Cirilo falou.

- Ela inventou uma porra de uma greve. - acabei " desabafando" em meio a minha raiva. - Já tô ficando louco.

- Eita boizera, tá lascado - Rober fez careta.

- Mas o que você aprontou? Ai tem! - he-man perguntou.

- Ciúmes. Andei vacilando, dando ataque de ciúmes e a muié resolveu se vingar desse jeito. - suspirei.

- Não é fácil não... - Cirilo disse concentrado no trânsito.

- É boi, cê ta recebendo o que merece. - rober disse e eu me calei, refletindo. Logo eles entraram em outro assunto. Fazendo palhaçadas, zoando um ao outro. Chegamos no hotel e pra variar, tinham algumas meninas por ali, as atendi e comentaram comigo que Bele havia acabado de chegar também. Assim que entrei dei de cara com ela no hall do hotel. Tirei meu boné e me aproximei, os meninos acenaram pra ela e subiram.

- Já voltou do passeio?

- A idiota da Eloísa esqueceu o celular e nós viemos buscar. Vamos almoçar agora, pensei que você demoraria mais. - passou a mão em meus cabelos, carinhosa. - Bora com a gente?

- Acho que vou ficar por aqui mesmo. Tô cansadão e ainda tenho uma entrevista daqui a pouco. Aqui no hotel mesmo.

- Entendi. - sorriu e me abraçou, sem se importar se eu estava suado ou não.

- E você toda empacotada. - acariciei suas costas por cima de sua jaqueta.

- Peguei agora. Passei rapidinho no meu quarto. Deixei meu filho lá, dei comida e peguei essa jaqueta.

- Mas pra que uai? Aqui faz muito calor.

- Porque me protege do sol. - deu de ombros e eu gargalhei.

- Casal, façam uma pose. - Eloísa chegou eufórica, já com o celular apontado pra nós. Pinguinho saiu do meu abraço e ficou de lado.

- Nossa Luan, que cara de arrasado. - riu vindo nos mostrar.

- Ta mesmo! - Bele concordou.

- Vão se ferrar! - elas riram. - Vou subir amor. Quando você chegar, vai passar a tarde comigo! - olhei para sua amiga jogando uma indireta e selei nossos lábios em seguida.

- Indireta recebida com sucesso. Vamos saber dividir as pessoas, amigo. Eu mal vejo ela. - falou com ar de superioridade e eu gargalhei.

- Aproveitem! Beijo. - beijei minha namorada novamente e depois beijei o rosto de sua amiga. Eu nem parecia aquele cara irritado de minutos atrás, só fico mais tranquilo quando estou com ela, não sei que poder é esse de me fazer tão bem, mesmo sendo a causadora de todo meu estresse. É.. Essas coisas de Deus, essas coisas de amor, é impossível explicar. Subi para meu quarto, e enquanto tomava banho, fiquei pensando: no dia em que fizermos um ano de namoro, essa greve já tem que ter ido para os ares, meus planos incluem certas coisas bem interessantes e greve nenhuma pode me atrapalhar. Sinceramente, se ela quis me dar uma lição, ela conseguiu. Ô sofrimento grande. Tenho que lembrar de controlar minhas palavras quando eu sentir ciúmes daquele pingo de gente. Só é pequena, mas é bonita! Filha da mãe... linda, gostosa, cheirosa.. Tem um sorriso, uns peitos. Nossa, é impossível não suspirar ao lembrar dela despida e junto com essa imagem rolam flashes na minha cabeça... Ela gemendo, suando, respirando descompassado, com a boca entreaberta, me arranhando, gemendo meu nome, suspirando de prazer. Porra, não acredito! Eu excitado novamente. Coloquei o chuveiro no mais frio possível e tentei pensar em outras coisas. Com muito esforço consegui e me acalmei. Ah, dona Mabele, me aguarde quando essa greve acabar. Você vai me pagar o novo e o velho!

* Mabele narrando.

- Lô, acho que vou postar essa foto. Não ficou tão ruim. Tirando a cara de bosta do Rafa. - rimos.

- Posta amiga. - ela ficou olhando o cardápio, enquanto eu postei: 

" Sinceramente? Eu te amo! " 

Fiquei observando a euforia das meninas. Todas já sacaram que a foto era de hoje. Por está rolando várias outras, minha e dele com a mesma roupa. Já que o hotel havia um número considerável delas.

- As meninas são umas lindas! - comentei ainda encantada.

- São mesmo. Até comigo. - sorriu. - Agora larga o celular e escolhe o que você vai comer.

- Tudo bem. - ri de leve e fiz o que ela pediu. Enquanto esperávamos a comida ficamos conversando.

- Ele ta levando de boa esse negócio da greve né? - Lô riu.

- Mais ou menos. Ele tentou nesses dias.

- E você foi forte. Parabéns amiga! Não é fácil resistir aquele homem. - bateu sua mão na minha. Acabei rindo.

- Ou! Se situa garota. Estamos falando do meu namorado. - me fingi de brava.

- Amiga, sinceridade ué. Não sou sega. - olhou as unhas.

- Mudando de assunto aqui. Você e o Rober? Como tá esse negócio?

- Não ta meu bem. Somos somente amigos. - me olhou com um sorriso contido.

- Conta outra!

- Verdade sua louca!

- Se eu fosse você aproveitava. Vamos voltar pra casa amanhã.

- É né? - fez careta e rimos em seguida. - Não, somente amizade. Sabe minhas regras. - piscou o olho e eu revirei os meus.

- Você já descobriu até quando vai ficar no Brasil?

- Não sei ainda. Tô de férias, então estou na tranquilidade. - sorriu leve.

- Como você não me disse antes que estava de férias? - a olhei boquiaberta.

- Achei que não tivesse importância. - deu de ombros e eu neguei com a cabeça. - Quando voltarmos eu vou viajar novamente. Ver minha família lá no Rio grande do sul.

- É mesmo. Sua família é de lá. Só não entendo porque você não tem sotaque.

- Anos morando fora. Acabei perdendo. - a comida chegou e nós continuamos conversando. Se eu pudesse paralisar os momentos com a Lô eu paralisaria. Sinto saudades demais disso, que era minha rotina. Mesmo depois de um ano, ainda não acostumei totalmente a ficar sem ela. Depois de mais ou menos uma hora, voltamos para o hotel. Lô acabou postando foto nossa, uma das tantas que já tiramos. Ao chegar no nosso andar. Well estava de plantão na porta.

- O pessoal da entrevista chegou né?! - perguntei, já entendendo o motivo dele está ali.

- Sim, faz pouco tempo. - fiz careta.

- Nossa, esse salto tá me mantando.

- Pra que salto direto? - me olhou rindo.

- Olha pro meu tamanho Well? - arregalei os olhos e ele riu mais ainda.

- Vou pro quarto da Lô. Quando acabar pede pro Rafa me ligar, por favor?

- Tudo bem. Vai lá. - beijei seu rosto e bati na porta da minha amiga, que me atendeu somente de toalha.

- Que sexy, já pensou se fosse o Rober? - zoei.

- Tô rindo. - revirou os olhos e eu gargalhei. - Isso tudo já é saudade?

- Não, é que ta rolando a entrevista com o Rafa. Não posso entrar, se não vou atrapalhar tudo. - sorri sem graça.

- Entra. - riu de leve e eu já me joguei na cama. Conversando com ela, enquanto os minutos passavam. Bateram na porta alguns minutos depois.

- Tá aberta! - Lô disse e meu príncipe entrou todo sorridente.

- Eita preguiças! - falou ao ver nós deitadas.

- A entrevista acabou agora? - perguntei e ele me pegou nos braços de repente. Soltei um grito de surpresa.

- Nesse minuto. - selou nossos lábios.

- Lindos bebês! - Lô fez voz de criança e nós rimos.

- O Elvis saiu na entrevista e tudo. Agora as meninas vão matar a curiosidade. Contei que dei ele de presente pra você.

- Sério? - sorri encantada.

- Sério. Agora vamos pro quarto? - assenti. Acenamos para a Lô e saímos. Ele me levou nos braços até o quarto. Me fazendo rir. Bobo! Deitamos na cama e ele já veio me abraçar, colocando a cabeça em meu pescoço, cheirando. - Mesmo você viajando comigo é uma loucura de qualquer jeito né? A gente mal se viu hoje, minha cheirosa. - mordeu de leve e eu arrepiei.

- Verdade. Sua vida é bem doida.

- A sua não fica atrás. - riu de leve me olhando. - Você ainda não me disse até quando vai ficar viajando comigo.

- Amanhã eu vou embora, meu bem. - acariciei seu rosto.

- Já? - fez careta.

- Já rapaz! - sorri o olhando.

- E essa greve? Como fica? Acaba agora? Eu já aprendi, amor. Você já me fez penar demais. - falou beijando todo meu rosto levemente.

- Dois dias de greve e você penou demais? - Ri debochada.

- É porque vocês mulheres tem controle sobre essas coisas. Nós homens, não!

- Vou pensar no seu caso. Agora você pode sair de cima de mim? Vou tomar banho.

- Beleza. Pensa com carinho. - falou enquanto eu caminhava em direção ao banheiro. Entrei e ouvi ele gritar. - Que foto foi essa que cê postou? - gargalhou.

- Aquela que a Lô tirou. - respondi de dentro do banheiro.

- Nossa, tô feio demais!

- Ta nada.. Ta é gostoso! - ouvi sua risada novamente e entrei no box, me permitindo relaxar. Quando terminei, o encontrei concentrado no celular ao ponto de nem me ver saindo do banheiro. Vesti minha minha calcinha e coloquei uma blusa grande, quase cobrindo todo meu bumbum. Ele dava algumas risadas sozinha e aquilo já estava me deixando intrigada. Deitei ao seu lado, tentando disfarçar minha curiosidade. Liguei a tevê e ele não me deu a mínima atenção, continuando com suas risadinhas contidas e as vezes gargalhava. Não me segurei mais e perguntei: 

- Com quem você tanto conversa? - o olhei séria.

- Tô olhando os comentários na nossa foto que cê postou. Cara, elas discutindo e é cada comentário sem vergonha! - gargalhou e eu acabei sorrindo. Cheguei mais perto, o abraçando pela cintura.

- Deixa eu ver. - ele me mostrou e realmente aquilo estava uma loucura total! Passei a perna por cima da sua e me aconcheguei mais.

- Que isso em?! - deixou o celular de lado e olhou minha perna. 

- Minha perna, ué. 

- Que perna... - sorriu malicioso. 

- Bobo! - sorri e ele colocou o celular embaixo do travesseiro e se virou, ficando de lado, de frente pra mim. Pegou minha cintura com firmeza. E porra! Que pegada! Mordeu meu lábio o puxando, repetidas vezes levemente. 

- Rafa... - hesitei, com medo de não resistir a suas investidas.

- Xiu. - selou nossos lábios, os olhando. Já meus olhos não saiam dos dele. Me beijou pra valer, pôs as mãos em meus cabelos com firmeza. Nossas línguas dançavam juntas, nunca sincronia absurda! Ele e esses beijos que me deixam louca. Se aproximou mais ainda, na tentativa de ficar mais próximo ainda de mim, coisa que era impossível. Encerrou o beijo com selinhos. Desceu sua mão para minha perna, acariciando. Seus olhares se cruzavam. E então ele me beijou novamente, desta vez pegando minha bunda com vontade e fez questão de juntar mais ainda sua intimidade a minha. Eu estava com saudades de me entregar a ele, de sentir o prazer enorme que ele me proporciona como jamais ninguém conseguiu. Saudade de ouvir ele se declarar durante e depois de nos amarmos. Saudade! Mas dois dias não são nada! Tenho que ser firme. Cortei o beijo, ainda deixando nossas bocas juntas.

- Eu sei o que você quer...

- Sabe? Então me dá o que eu quero. - olhou em meus olhos, com um certo tesão. Sim, ele já estava excitado.

- Por enquanto não.

- Deixa disso amor! - puxou o som do r, e eu quase me derreto. - Eu tô louco de saudade de você. - veio pra cima de mim, atacando meu pescoço. Fechei os olhos. - Faz um amorzinho comigo. Faz um amorzinho com teu nego. Faz? - Eu já estava entregue. Mas lutava para que minha razão falasse mais alto.

- Não Rafa... - falei baixo. Merda! Ele vai perceber. 

- Você quer tanto quando eu. - sua mão percorreu a lateral do meu corpo, como se o moldasse. Olhou em meus olhou, selou nossos lábios, uma, duas, três vezes. Até que iniciou mais um beijo maravilhoso. Foda-se greve! Eu quero esse homem agora! Minhas mãos foram para seus cabelos, os puxando, acariciando. Ele sorriu ao perceber que eu havia me entregado. Começou a subir minha blusa, deixando minha barriga a mostra. Beijo a baixo do meu umbigo e foi subindo, lentamente. Eu observava tudo atentamente. Quando ele iria tirar minha blusa totalmente o celular tocou. O meu celular.

- Não atende não! - suplicou. 

- Eu vou atender. - como se eu despertasse de um sono, minha razão voltou com tudo. - Você fica me seduzindo. Mas eu não vou cair nessa não neguinho. - levantei, ainda desnorteada. Peguei meu celular. - Você para com isso viu? Respeita essa greve! - apontei o dedo e ele riu me olhando com o olhar mais sem vergonha do mundo! Sentei na poltrona, atendendo minha mãe. Que começou a conversar e ele novamente entrou no banheiro. Com certeza se aliviar do jeito dele. Ainda vou dormir uma noite com essa tentação. Como eu vou aguentar? Senhor, dai-me forças pra resistir a esse homem!





Meus amores, desculpem a demora. Tô gripada de novo ( só pra variar) Então não estava escrevendo. Mas fiz um esforço e como acordei melhor, consegui postar. O que estão achando? Até o próximo!
META: 6 COMENTÁRIOS. 
Bjs, Jéssica. ♥

7 comentários:

  1. Meu Deus pensei que a greve ia acabar, até eu já não tô aguentando,imagina o Luan. Kkkkk quero hot!!!

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  2. Meu Deus pensei que a greve ia acabar, até eu já não tô aguentando,imagina o Luan. Kkkkk quero hot!!!

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  3. Bele penando pra resistir ao Luan hahahahha. Bjs Naty

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  4. Continuaaaaa sua linda!

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