Capítulo 151

Não demorou nem três minutos para Luan entrar no quarto. Sentou na cama e ficou me olhando, em seguida deitou de lado ficando de frente pra mim, eu também estava de lado.

- Isso é passado, amor. Hoje nós estamos casados, estamos bem e você tá esperando o filho nosso. Não tem porque passar o natal em um quarto sozinha só por causa daquela menina. - ele falava com todo o jeito do mundo e eu sentia as lágrimas querendo vir com força.

- Não é só por causa dela, eu tô cansada e tô gorda demais, todas as mulheres lá embaixo lindas e eu gorda, nem um salto eu tô em condições de colocar por tamanho cansaço. - desabafei, pode parecer bobo e vai ver que até é, mas isso me deixou mal.

- Cê não tá gorda, você tá grávida.

- Tô gorda sim, Luan. Você não vê? - olhei para meu corpo e quando voltei a olhar pra ele, ele ainda olhava meu corpo.

- Você tá muito gostosa, deixa de bobagem. - seu comentário não me convenceu. Fiquei calada e então ele falou novamente. - Bora descer?

- Não, amor. Me deixa.

- Não, vem comigo. - levantou e estendeu a mão pra mim. - Quero passar o natal como minha muié. Pode ser? Agarradinho com você. - o olhei em dúvida. Eu realmente estou me achando muito feia. Ele me olhava sorrindo.

- Você vai ficar comigo lá?

- Vou. O tempo todo. - sorri de lado e me dei por vencida. Entendi minha mão e ele segurou. Levantei e ele me abraçou.

 - Cê tá linda, amor. Deixa de pensar assim. - falou em meu ouvido e o cheiro de álcool tomava conta do quarto.

- Você não vai mais beber, ouviu Luan? - me olhou entediado e então saímos do quarto, voltando para a festa. Mas quando chegamos na sala já encontramos meu sogro.

- Estava indo atrás de vocês. Vamos trocar os presentes do amigo secreto.

- Então bora. - Rafa respondeu e então seguimos para onde todos estavam e por mais que eu estivesse torcendo para que a loira aguada não estivesse mais lá, sabia que seria em vão. Confirmei isso quando dei de cara com ela, conversando com Camila, uma das primas de Luan.

- O casal chegou! - um dos tios do Luan berrou totalmente bêbado, chamando a atenção de todos. Rafa riu e eu também.

- Vamos começar. - Luan foi na árvore que estava ao ar livre com todos os presentes embaixo dela e pegou seu presente.
Todos trocaram presentes e quem me tirou foi a Mariana, prima do Luan, já eu tirei Matheus, também primo do Luan. Ganhei um colar lindo! Muito delicado, gostei tanto que já coloquei na hora.

- Você gostou mesmo né? - Rafa comentou, me abraçando por trás, com o braço em volta do meu pescoço.

- Gostei e você gostou do seu? - olhei seu relógio, também em seu pulso.

- A Jéssica sempre acerta. - se referiu a sua prima.

- É realmente lindo. - ele beijou minha bochecha demoradamente e cheirou em seguida.

- Vamos comer? - Glória, tia do Luan chamou todos e então nos direcionados ao local do jantar e a loira aguada junto. Não vai embora nunca? Eu tentava transparecer naturalidade e acho que estava me saindo muito bem. Na mesa do jantar ela ficou do lado oposto ao nosso e eu percebia seus olhares sobre Rafa e eu, que a todo momento me tratava com carinho. Eu ainda estou me sentindo inferior em questão de beleza, mas como meu marido disse; estou grávida.

- Vocês ficam amanhã? - Dona Luiza perguntou, olhando Rafa e eu.

- Vamos ficar até o fim do dia. - ele respondeu.

- Vão lá em casa, preciso te ensinar como fazer os salgadinhos. - Falou diretamente comigo, simpática.

- Se eu amanhecer disposta eu vou sim, essa gravidez tem me deixado meio maluca. - rimos de leve enquanto todos conversavam, formando uma confusão de tantas conversas misturadas.

- Eu sei como é... - comentou e começou a comer novamente. É claro que eu não vou, disse isso somente por educação. Quando menos eu olhar pra essa tal Clara, melhor!
Depois de comermos voltamos para próximo da piscina e logo as meninas trataram de colocar um som em seguida começaram a dançar, Rafa e eu estávamos em pé. Ele me abraçava por trás, enquanto seu primo Matheus conversava com ele. A tal Clara se acabava de dançar junto com Bruna e todas as meninas. Revirei os olhos e comecei a prestar atenção na conversa de Luan e Matheus.

- Foi cara, cê não lembra dela? - Matheus riu, provando mais uma vez seu whisky.

- Não. Faz anos também né?!

- Ele nunca te esqueceu e nem de mim. - eu começava a ficar confusa com aquela conversa. - Conversamos muito, hoje em dia ela é formada em odontologia.

- Legal. A vida trás cada reencontro né, cara?!

- É verdade, agora eu não entendo como você não lembra daquele muié, parceiro! - Luan riu sem graça e logo imaginei que estavam falando de alguma ex pequete dele.

- Vocês vão ficar falando dessa ex do Luan na minha frente mesmo? - os olhei entediada e Matheus foi o primeiro a soltar uma gargalhada, em seguida Luan o acompanhou.

- É melhor parar mesmo, ela é muito ciumenta. - Luan disse e beijou meu pescoço em seguida. Neguei com a cabeça.

- E eu num sei disso, rapaz?! Vou dançar. - beijou minha bochecha e bateu na cabeça do Luan se afastando em seguida. Rafa me virou de frente pra ele.

- Ciumenta! - ele estava se divertindo com aquilo e era visível.

- Não, você ia gostar de que eu ficasse falando dos caras que já peguei na sua frente?

- Não vem virar o jogo não. - ele sorria e eu revirei os olhos. - Me dá um beijo bem gostoso?

- Não, seu bafo tá muito forte de bebida. - fiz careta e ele me olhou desacreditado e logo em seguida segurou meu rosto tentando me beijar, enquanto eu ria, desviando o tempo todo.

- Mabele, larga de bobagem! - me repreendeu e desistiu, o olhei ainda sorrindo e ele me olhava emburrado.
- Quando cê quiser fazer os trem lá, eu vou negar. - tinha as sobrancelhas erguidas.

- Você não dá conta de me negar.

- Paga pra ver... - olhou na direção das meninas, que ainda dançavam.

- Amorzinha! - Bruna gritou e então eu olhei. - Vem dançar. - olhei a Clara e achei melhor não.

- Não, tô bem aqui. - pousei minha cabeça no peito do Rafa, que me apertou em seus braços.

- Deixa ela aqui comigo! - ele gritou de volta, e eu vi minha cunhada revirar os olhos nos causando risadas. Logo Breno se aproximou e iniciou uma conversa. Eu estou gostando de passar o natal com eles, eu pensei que sentiria falta da minha família, mas me sinto completa com os familiares do meu marido. Se não fosse pela presença dessa aguada, estaria perfeito. Os dois conversavam sobre música e de repente veio na minha cabeça a sobremesa que comi. Nossa, eu comi muito! Comecei a sentir ânsia de vômito. Merda! Estava demorando... Em questão de segundos se tornou mais forte a minha vontade de vomitar, e eu sei que não vou segurar por muito tempo. Sem falar nada, sai dos braços do Rafa e corri para dentro da chácara e ouvi ele falar:

- De novo, cara! - logo me encontrei no primeiro banheiro que achei, fiquei de joelhos em frente ao vaso e despejei tudo que comi. Isso é tão desgastante! Senti suas mãos segurarem meus cabelos, quando novamente vomitei. E mais uma vez... E mais uma. Choraminguei e a ânsia passou por completo, levantei e lavei minha boca na pia. Quando virei de frente pra ele, ele me olhava preocupado e meus olhos estavam com lágrimas. Eu odeio vomitar! É uma das piores sensações da vida. Sem dizer nada ele me abraçou pelo pescoço e acariciou meus cabelos. Passei as minhas mãos por sua cintura e suspirei.

- Passou, agora tá tudo bem. - sua voz suave me trás uma paz simultaneamente.

- Isso é tão ruim, amor.

- Eu sei que é... - beijou meu ombro. - Como você se sente?

- Me sinto fraca.

- Quer comer? - comida! Ah não!

- Não, não não. Comida não! - neguei de imediato.

- Tudo bem, comida não. Então vamos sair desse banheiro. - desfez o abraço e segurou me mão me guiando para fora e logo percebi que era a cozinha. Como eu não me dei conta de que passei pela cozinha? Tô ficando maluca realmente!
- Não quer um suco? - ele parou no meio da cozinha me olhando. Ele fica tão lindo me cuidando. Sorri e ele agora tinha um olhar confuso.
- Que foi? - riu de leve.

- Você é tão lindo, sabia? - eu sorria boba e ele sorriu também.

- As vezes me dizem isso, todos os dias me dizem isso. - falou convencido me causando uma gargalhada.

- Deixa de ser convencido! - bati em seu ombro.

- Só se você deixar de ser irresistível. - ele sorria contido.

- Ah, nesse caso fica difícil né?! - falei convencida também e nós rimos, ele me abraçou, mordendo minha bochecha em seguida. - Canibal! - bati em seu ombro novamente, e uma bentida voz foi ouvida.

- Desculpa atrapalhar vocês, eu vim beber água. - Clara disse sorrindo e eu continuei seria.

- Que isso, não atrapalhou. - ele foi educado e voltou sua atenção pra mim, enquanto ela se dirigia até a geladeira. - Você quer o suco? - voltou com sua pergunta.

- Não, eu já me sinto melhor.

- Então vamos. - me abraçou de lado, passando o braço em volta dos meus ombros. Seguimos para onde todos estavam.

- Ela vai passar a noite toda aqui? - perguntei com os braços cruzados abaixo dos meus seios.

- Sei lá. - Rafa deu de ombros. Minha sogra chegou de repente me abraçando de lado e beijando meus cabelos, me fazendo sorrir.

- Você tá gostando?

- Tô, muito! - se não fosse o detalhe da Clara está aqui...

- Que bom, e meu netinho, como tá? - pousou a mão em minha barriga.

- Ou netinha em, Xumba?! - Luan disse sorrindo.

- Ele ou ela me fez despejar todo o jantar no vaso agora a pouco. - fiz careta e ela fez junto.

- É assim mesmo, meu amor. Quando ele ou ela nascer vai recompensar tudo que você passou. Quando cê ver o rostinho... - ela falou animada e alto, por conta da música.

- Eu sei que sim. - sorri.

- Vai nascer a coisa mais linda da vovó! - se curvou e beijou minha barriga. Olhei Luan que sorria bobo como eu.

(...)

Cheguei no meu limite de cansaço algumas horas depois. Fomos para o quarto, Luan e eu. Olhei as horas e já se passavam das três da manhã.

- Quando eu deitar aqui vou cair ferrada no sono. - ele riu enquanto tirava os sapatos e desabotoava sua blusa azul marinho. Fiquei observando ele fazendo aquilo concentradinho, coisa mais linda! Olhei seu volume entre as pernas, mesmo com a calça jeans escura é possível ver. Mordi meus lábios, sentindo meu corpo querendo gritar pelo dele. Sua camisa ficou totalmente aberta, me dando a privilegiada visão de sua barriguinha e uma pedaço de sua tatuagem no ombro. Suspirei e inclinei minha cabeça pro lado. Ele é um puto de um gostoso! De sabotou o botão da sua calça.

- Eu gostei demais de passar o natal com você. - sorriu ainda olhando sua calça que agora estava sendo tirada por ele.

- Eu também. - minha voz saiu rouca, merda! Ele me olhou imediatamente e sorriu.

- Eu conheço esse tom de voz. - tirou sua calça por completo ficando sua boxe amarela. Olhei em seus olhos e eu não conseguia esconder o desejo gritante que estou dele.

- Não tem nada demais na minha voz. - neguei mesmo sabendo o quanto ele me conhece, sei que ele vai se vingar por eu não ter o beijado a noite inteira.

- Quer vir tomar banho comigo? - engoli seco e minha levemente entreaberta.

- Você vai ficar com joginho. - ele riu.

- Não vou fazer joginho. - tirou sua blusa ficando somente de cueca e estendeu sua mão pra mim. - Tô com saudade do seu oral sabia? - segurei sua mão e levantei.

- Só do oral?

- De você todinha, só pra mim. - sussurrou e eu arrepiei totalmente. Sorri e me aproximei, passei meus braços em volta dos seu pescoço e o beijei, desta vez sem me importar se ele estava com bafo do álcool. Logo pulei em seu colo, arrancando um sorriso dos seus lábios. Seguimos para o banheiro e transamos, matando todo o desejo um do outro.






Meninas, eu sei que fazem alguns dias que chegou na meta e eu não postei antes porque infelizmente eu não estava conseguindo escrever por problemas pessoais, mas creio que o mais breve possível tudo se resolverá. Peço desculpas pela demora, sei que tenho o compromisso de postar quando chega a meta, mas desta vez realmente não deu. Agradeço pela paciência e pelos cometários. Respondi todos! E sobre o capítulo, o que acharam? Sei que não está tão bom, mas não queria deixá-las mais dias sem capítulo, fiz o possível. Não rolou treta entre a Mabele e Clara em!? 🙌 Marizete babando no futuro neto, ou neta e o Luan realmente não deu conta de negar sua esposa! Hahaha
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Bjs, Jéssica. ❤