sexta-feira, 3 de junho de 2016

Capítulo 148

Chegou o dia da consulta e eu mal posso esperar para que chegue a hora de estar frente a frente com a doutora. Quero tirar minhas dúvidas e principalmente deixar claro de uma vez por todas para o Rafael que não tem problema transar na gravidez, que ele não vai me machucar ou machucar o bebê. O ridículo cumpriu o que disse e me negou no dia do almoço e também no dia seguinte. Eu ando com os nervos a flor da pele. Ele não pode me deixar assim! Já comentei que tudo que venho sentindo ultimamente é absurdamente intenso? Então, no caso do sexo também. Quando bate a vontade, é tão forte que não pode ser adiada, mas o Luan, filho da mãe, não entende isso e me deixa assim; estressada ao extremo.

- Acorda, Luan! - desta vez gritei esgotada de tanto chamá-lo enquanto juntava suas roupas que estavam na poltrona.

- Pra que acordar agora? - disse sonolento.

- Você tem que me ajudar, temos que ir na consulta ainda hoje.

- Essa consulta é depois do almoço, ainda são dez horas. - o olhei e ele me olhava com o celular na mão. Suspirei inaudível. Eu quero ele! Muito! Tirei meus olhos da perdição. Soltei as roupas na poltrona novamente e passei a mão por meus cabelos lembrando do meu sonho nada decente com ele está noite.
- Ei, o que foi? - o olhei e agora estava sentado sem blusa e eu lembro que ele dormiu somente de cueca.

- Nada. - não vou demostrar minha necessidade dele, ainda mais sabendo que ele vai me negar mais uma vez.

- Vem cá. - sorriu lindamente e eu suspirei novamente, fazendo o que ele pediu. Sentei na cama.

- Fala...

- Vem cá, amor! - abriu os braços e eu não pude negar seu pedido. Ele me abraçou e cheirou meu pescoço demoradamente me fazendo arrepiar. - O que cê tem?

- Nada, Luan. - revirei os olhos, mesmo sabendo que ele não está vendo. O cheiro dele é tão maravilhoso!

- Tá muito estressada sabia? Não acorda seu amor com carinho, acho que o trenzinho tá bravo né? - sorri e ele acariciava meus cabelos.

- Eu te chamei mil vezes e você não ouviu. - Me justifiquei e ele puxou meu cabelo de leve fazendo com que nossos olhares se cruzassem. Ele selou nossos lábios repetidas vezes. Em seguida voltou a cheirar meu pescoço, segurando meus cabelos com firmeza, fazendo com que minha barriga se contorcesse, gostando do que ele estava fazendo. Ele não facilita!
- Levanta! - tentei parecer firme, mas minha voz me traiu. Ele me soltou e me olhou sorrindo. Com certeza ele sabe o que causa e sabe exatamente o que o meu tom de voz significa.

- No que você tá precisando de ajuda? - contia um sorriso safado e sei que essa pergunta teve um fundo de malícia. Revirei os olhos e ele gargalhou.

- No almoço.

- Só no almoço? - provocou.

- Pode parar! - apontei o dedo pra ele e ele ergueu as mãos pra cima em sinal de rendimento.

- Beleza, vou voltar a dormir então. - fez graça e deitou.

- Luan! - rosnei irritada. - Levanta agora! Não testa minha paciência! - levantei e ouvi sua risada novamente. Neguei com a cabeça e peguei suas roupas, saindo do quarto em seguida. As deixei na máquina de lavar junto com outras e fui para a cozinha. Comecei a cuidar no almoço de olho na agenda de receitas da minha mãe, tem desde as receitas mais simples as mais complicadas. Isso vem me ajudando e muito! Coloquei a água na panela e coloquei no fogão. Enquanto esperava ferver, fui lavar a alface para preparar uma salada. Depois de lavá-las as coloquei dentro de um recipiente e no mesmo instante senti suas mãos pousarem em minha barriga e seu membro no início do meu bubum, pela enorme proximidade.

- Deixa eu falar com meu filho ou filha? - pediu e deixou um beijo em meus cabelos. Apenas virei de frente pra ele e ele se agachou, ficando com o rosto na altura da minha barriga.
- Ô meu amor, como tá aí dentro? Tudo bem? Mamãe tá uma pilha de nervos. Cê sabe né? - riu de leve e eu já sorria boba. - Daqui a pouco nós vamos numa consulta e eu quero muito que tenha um jeito que saber se você é menina ou menino. Papai te ama viu? - beijou minha barriga, coberta por minha camiseta justa. Levantou, ficando mais alto que eu. Percebi seus olhos descerem para os meus seios, mas logo desviou e me beijou rapidamente. Estava se afastando quando eu segurei seu braço.

- Tô querendo um beijo de verdade viu? - Ergui as sobrancelhas e ele sorriu se aproximando novamente. Afundou suas mãos em meus cabelos e mordeu meu lábio inferior, em seguida me beijou já com sua língua invadindo minha boca, fazendo o reboliço maravilhoso! Deixando tudo da minha barriga pra baixo se contorcendo. Minhas pernas ficaram inquietas e eu necessitava de mais! Fiquei na ponta dos pés e aproximei meu corpo do dele, nos deixando totalmente colados. Minhas mãos na estavam na barra da sua calça de moletom. Suguei sua língua e ele gemeu. Puta que pariu, ele gemeu! Eu não posso acreditar nisso! Minha vontade era de arrancar sua blusa e assim fiz... Tentei, porque ele deteu minha ação, segurando minhas mãos. Viado!
- Amor! - reclamei com a boca encostada na dele.

- Não. Só depois da consulta, dependendo do que a médica vai falar. - passei meus braços em volta do seu pescoço e eu juro de pés juntos que eu nunca senti a e nunca passei tanta vontade com um homem dentro da mesma casa que eu. Que merda! Cheirei seu pescoço e fechei meus olhos com força ao perceber que até seu cheiro me deixa com tesão. Credo, eu tô tarada demais! O que essa gravidez tá fazendo comigo?
- Tem uma água no fogo... - me lembrou, acariciando minhas costas. Suspirei saindo de seus braços. De repente eu me enchi de raiva novamente. Ele me negou de novo! E não importa a porra das justificativas dele. Senti minha visão embaraçar, e não, não era sintoma de desmaio, eram lágrimas. Lágrimas causadas por pensamentos que eu criei nos últimos segundos. Eu devo tá bem gorda e feia, sei lá... Ou será que tô desleixada demais? Eu conheço o marido que tenho e eu sempre consegui tudo que quero com ele, na maioria da vezes... Quando o assunto era sexo então, eu nunca precisei insistir tanto. Aqui estou eu mais uma vez com a alto estima lá no chão.

- Eu deveria comer um mamão, uma tapioca, mas eu quero esse bolo aqui que minha sogra trouxe. Onde sua mãe compra, amor? - enquanto ele falava eu limpei minhas lágrimas e engoli o choro.

- Não sei. - voltei a lavar as folhas da alface, com vergonha de olhar pra ele. É, com certeza eu não estou tão atraente com essa camiseta vermelha e essa calça  xadrez, que na verdade é meu pijama. Que porra de não está atratente, Mabele! Eu fiquei nua na frente dele e nada!

(...)

Quando o almoço ficou pronto, comemos e eu fui elogiada pela comida que fiz, o que me fez sorri e ficar um pouco contente. Eu não conseguia para de olhá-lo e me perguntar se o motivo era somente a preocupação por eu estar gravida, ou se tem algo a mais.

Ficamos pronto para ir na consulta, e antes de sairmos eu postei um snap:
Durante o caminho fomos falando sobre o bebê e nossas curiosidades, o que me fez esquecer o acontecido de horas atrás.

- Olha só, finalmente conheci os mais novos papais do Brasil! - a doutora disse simpática, assim que entramos. Nos comprimentou com beijo no rosto. Sentamos em seguida. - Vamos começar, tudo bem? - assenti com a cabeça e Rafa entrelaçou sua mão na minha. - Você já sabe de quanto tempo é sua gravidez?

- Sim, nove semanas.

- Hum... - ela anotava algo em um papel. - Você trouxe seu exame de sangue? - assenti mais uma vez e o peguei em minha bolsa. Ela olhou, analisou e mais uma vez fez anotações. - Eu vou acompanhar toda sua gravidez e também vou fazer seu parto, ok?

- Ok. Doutora, eu tenho uma pergunta.

- Pode fazê-la.

- Eu já estou com dois meses de gestação e minha barriga não cresceu. Pelo menos é o que dizem, mas eu acho que estou mais gorda.

- Em alguns casos a barriga só aparece a partir do terceiro mês. Por enquanto isso não é algo para se preocupar. - ela sorria e eu fiquei aliviada.

- Tem algum método pra saber logo o sexo do bebê? - Luan perguntou.

- Bom, tem. Mas eu aconselho a vocês, que esperem até o quarto mês e então faremos o ultrassom. Que é o mais popular, prático e seguro na minha opinião.

- Eu não tenho pressa. - falei.

- Vocês tem mais alguma dúvida? - Ela perguntou.

- Eu tenho. - Rafa se pronunciou. - Sexo é liberado? - a médica riu de leve.

- É aconselhável usar preservativo e evitar contato com o sêmen, devido ao risco de infecção por doenças transmitidas por ele. Se tudo estiver correndo bem, sexo durante a gestação é até positivo, porque fará com que Mabele se sinta bonita e valorizada. Além disso, contribui para um relacionamento saudável entre vocês.

- E pro bebê? Não prejudica em nada? - Ele seguiu perguntando. Enquanto eu já dava pulos por dentro com o que a doutora falou.

- Não, não vai machucar o bebê. O espesso tampão de muco que fecha o colo do útero ajuda a protegê-lo contra infecções. O saco amniótico e os fortes músculos do útero também protegem o bebê. Pode ser que depois do orgasmo o bebê fique meio agitado, mas é porque coração dela está batendo mais rápido, e não porque ele saiba o que está acontecendo ou sinta algum tipo de dor.

- Eu e Luan estávamos atentos a toda sua explicação.

- Viu? - o olhei. - Eu disse que não tinha nada demais!

- Não custava nada esperar pela opinião de uma profissional, Bele.

- Bom, precisamos fazer o primeiro ultrassom pra saber como tudo está dentro dessa barriguinha. - pousei minha mão sobre minha barriga automaticamente.

- Claro, vamos. - levantamos e ela abriu uma porta na lateral de sua sala e dentro havia uma cama e uma pequena tela, entre outras coisas que não identifiquei.

- Atrás daquela cortina, você vai se trocar e vai vestir o que tem lá, tá bom?

- Certo.

- O papai vai ficar?

- Sim. - Luan e eu respondemos ao menos tempo sorrindo. Tirei toda minha roupa, inclusive lingerie. Voltei e deitei como ela havia pedido. Subiu a espécie de vestido que eu estava, me deixando nua da barriga para baixo. Passou um gel e começou com alguns movimentos com o auxílio de um treco que não sei o que é. Nossos olhos estavam focados na telinha e confesso que não estava conseguindo entender nada, mas eu via algo. A emoção me consumiu por completo! Meu filho, ou filha se formando!

- Se feto tem cerca de 2,3 centímetros de comprimento e apenas 2 gramas de peso. Os pulsos estão mais desenvolvidos, os tornozelos já se formaram e os dedos das mãos e dos pés são claramente visíveis. Os braços vão ficando mais compridos e já se flexionam nos cotovelos. Ao fim da semana, as estruturas internas dos ouvidos estão concluídas. - a doutora se pronunciou enquanto apontava onde estavam os dedinhos das mãos e dos pés. Minhas lágrimas já rolavam em meu rosto, olhei meu marido que também não segurava as lágrimas. Tinha os braços cruzados na altura do peito e parecia que naquele momento só existia ele e aquela telinha.

- Nosso filho, amor. - me pronunciei, com a voz embargada pelo choro.

- Ou filha... - sorriu me olhando e passou a mão por meus cabelos.

- Na 9° semana, na 10°, Você pode estar com a impressão de estar ficando maluca. Um dia está feliz da vida, no outro de péssimo humor. Por mais que essa instabilidade emocional incomode, principalmente mulheres que gostam de estar no controle da situação, ela é normal e deve continuar por toda a gravidez. Um dos motivos da turbulência nas emoções são os hormônios, que estão a toda no corpo.

- Ela anda bem bipolar mesmo. - Rafa disse rindo de leve, nos contagiando.

- Ainda tem alguns meses pra você aguentar. - a doutora fez graça.

- Eu aguento. - riu. E doutora me deu um espécie de papel para que eu secasse minha barriga.

- Tá tudo certo com seu bebê. Tenho mais algumas coisas para passar...

(...)

Chegamos em casa e eu estava numa felicidade sem fim, assim como Luan.

- Cê viu os dedinhos?

- Eu só entendi quando ela apontou. - confessei enquanto subiamos as escadas.

- Eu também. - ele riu. -Você tem que tomar todos os cuidados que ela disse viu? Usar repelente pra não ter perigo dessas doenças.

- E você tem que transar comigo sempre que eu quiser. - abri a porta do quarto e ele riu. - É sério. Não lembra do que ela falou? Isso me faz bem, faz com que eu me sinta bonita e valorizada. - ele sentou na ponta da cama me olhando.

- Vem cá, eu vou fazer você se sentir bonita e valorizada, agora. - seu olhar fez com que minhas pernas ficassem como geléias. Procurei firmeza e consegui andar até ele. Não conseguia acreditar que finalmente eu o teria por completo!

Nos amamos e eu me sentia tão tranquila, tão bem, tão relaxada. Meu desejo foi realizado. Não existe sensação melhor que um orgasmo, não agora.





Oiiiii suas lindas! O que acharam do capítulo? TEM MAIS UM HOJEEE! 🙆 Já eu posto o próximo. Comentários respondidossss!
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2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Oii,adoraria que o bebe fosse um menininho,Thomas o nome.Ou se fosse menina Alice,pq Nicole n dá, td fic é Nicole ou aquele outro nome lá q eu esqueci mais q tb é enjoativo de tanta fic q tem...
    Avisa p Luan q sekiçu é mt bom p BB,e q sekiçu é vida!
    #ContinuouJéssica?

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