domingo, 28 de fevereiro de 2016

Capítulo 102

Quando descemos do carro, Leila me chamou.

- Olha só o look do seu boy. - se referiu ao Luan e me mostrou uma foto que Rober havia postado: 


Sorri negando.

- Boba! - ele estava lindo, confesso.

- Essa calça tá muito apertada. - Gu reclamou da sua própria calça.

- Quem mandou vestir? - Leila perguntou e eu apertei a campanhia. Tia me atendeu.

- Oi minha linda! - me abraçou e em seguida abraçou meu amigos.

- Cadê a galera? - perguntei.

- Estão no jardim. Vão lá. - sorriu e assim fizemos, encontrando os meninos da foto, Paiva, Dani, Ana, Mari, João e meu afilhado.

- Boa noite gostosos! - Gu gritou e Bru gritou de volta, enquanto os outros sorriam. Minha amiga veio nos abraçar. Quando chegou minha vez, ela falou:

- Só faltava vocês.

- Você vai mesmo né?! - me lamentei.

- Vou Bele! - riu de leve.

- Eu tô muito feliz por você, mas eu vou sofrer tanto. 

- Vamos né? Porque eu não fico atrás. - suspirou e eu a abracei novamente. 

Logo nos juntamos ao resto da galera. Mari tentava colocar o Vitório no colo do Luan.

- Cuidado Mari! Eu não sei pegar direito. - sim, ele estava bem inseguro, sorri ao ver aquela cena. Ele vai ser um bom pai, com certeza.

- Luan, cuidado com a cabeça dele. Pega aqui ó. - o auxiliava, prestei atenção até que Dani chamou minha atenção.

-  Vitório é lindo não é?! - falou.

- Demais! - sorri boba e logo entraram em outro assunto, tomando minha atenção.
Depois de alguns poucos minutos, Tia Zezete apareceu.

- O jantar está pronto. - sorriu e então entramos. Breno sentou do lado da Bruna, é, eles combinam. Pelo jeito o tio gostou dele, já que conversavam animadamente. Eram várias conversas na mesa, causando aquele barulho todo. Eu conversava com Dani e Paiva, que sentaram perto de mim. Percebia Luan me olhar as vezes, enquanto conversava com Caio, Marquinhos e Rober.

- Amiga, você viaja que horas? - Bru falou um pouco alto, chamando minha atenção.

- Duas da madrugada.

- Quase o mesmo horário que o meu. - sorriu e voltou a comer.

- Cê vai hoje? - Luan que estava à minha frente perguntou.

- É, daqui a algumas horas.

- Páris de novo né? A Brunoca comentou antes de você chegar. - Rober disse.

- É, mas rapidinho eu volto. 

(...)

Já estávamos no jardim novamente, rolavam músicas. Breno, Caio, Marquinhos e Luan cantavam. Sentei no sofazinho mais distante e peguei uma foto minha e da Bubu de algum tempo atrás e postei: 

" Feliiiiiizzzzz demais por você! Você sempre correu atrás, batalhou... Fez por merecer todas as suas conquistas. Eu vou ficar com saudade. Com muita saudade! Eu te amo. ❤❤❤ " 

- Amorzinha, vem cá! - Bru me chamou enquanto já dançava um funk junto com Gustavo. Os meninos tocavam Anitta no violão. Fui até eles e estranhei Luan não ter vindo atrás de mim em nenhum momento. Não que eu me importe... 

Comecei a dançar e percebi Luan me olhar feio. Eu tomava cuidado com meu vestido, que era um pouco curto. Gu pediu meu celular para retornar uma ligação.

- Você não tem crédito?

- Tenho que colocar. - riu. - Me dá ai, mão de vaca. - revirei os olhos e o entreguei. 

- Ô Bele... - Ouvi Luan me chamar e virei vendo ele levantar se aproximando. - Toma cuidado com esse vestido cara, tá muito curto. - franziu as sombrancelhas, incomodado. Sorri negando.
- É sério, cê fica dançando, esse caras secando. - falava baixo e mesmo todos " distraídos", eu sei que estavam prestando atenção em nós. Quando eu iria abrir a boca pra falar algo, Gu gritou:

- Bele, o Anderson tá ligando aqui. Não deixou nem eu fazer minha ligação! - reclamou e vi Luan ficar com uma cara nada boa. Fiquei sem reação, Gustavo já estava do meu lado e eu não conseguia me mexer.

- Atende ele. - Luan ergueu as sombrancelhas. Apenas peguei o celular e atendi.

- Oi Anderson. - eu e Luan ainda nos olhavamos. - Tô aqui na Bubu. - me virei me afastando e ouvi Luan gritar, fazendo graça com alguém.

- O Luan tá aí também? - com certeza ouviu a voz dele.

- Tá né, é a casa dele também. - ri fraco.

- Entendi. - falou indiferente. - Já cheguei em São Paulo, tava pensando de ir pra sua casa, mas não quero te incomodar. Eu vou ficar por aqui.

- Não Anderson! Vou te buscar.

- Não faz isso. Nem se atreva a vir aqui. Fico de boa aqui baixinha. - falou despreocupado.

- Tem certeza?

- Tenho. Depois eu aproveito a viajem toda com você. - falou malicioso, rindo em seguida. Me fazendo rir também.

- Então eu vou aproveitar minha amiga mais um pouco tá?

- Beleza, vou comer alguma coisa aqui também. Beijo linda! - sorri do seu jeitinho carinhoso.

- Beijo. - desliguei e suspirei. Voltei para próximo de todos e Luan mantinha sua cara fechada, coisa que não é dele. Só ria quando os meninos falavam algo e eu ficava totalmente confusa, com um misto de sensações. Ele com a cara mais feia do mundo aqui e o Anderson plantado no aeroporto. Merda! 

- O que aconteceu? - Gustavo parou um pouco de dançar e ficou do meu lado.

- Você ainda pergunta? - suspirei, com uma vontade de chorar. - Você falou do Anderson na frente do Luan! - falávamos baixo, no mesmo instante ele arregalou os olhos.

- Puta que pariu! Desculpa amiga! Eu não me liguei. Juro! 

- Tudo bem. - suspirei. - Mas agora ele fica com essa cara de bosta. - o olhei e vi ele me olhando, mas logo desviou.

- Sou um burro! - se culpou.

- Para! Esquece... - passei a mão por meus cabelos e Rober falou:

- Quero dançar com meu antigo caso. - brincou vindo em minha direção, sorri de lado e aceitei. Dançamos um arrocha que tocava. As palhaçadas do Rober conseguiram me distrair.

(...)

- Vou beber água. - falei depois de ter dançado algumas músicas. Rober assentiu pegando Paiva pra dançar, eu entrei e fui até a cozinha. Bebi água e já voltei dançando. Quando cheguei próximo a galera, escorreguei e dei de bunda no chão. Todos olharam preocupados. 

- Meu Deus! Eu falei pra você procurar um pano pra enxugar isso Luan. - Bruna repreendeu seu irmão.

- Eu nunca imaginei que a desastrada ia voltar dançando e iria escorregar logo na cerveja que derramou. - respondeu irritado. O olhei feio. Sentindo uma dorzinha na parte posterior da perna. Ele se abaixou, junto veio Bru, João... Enfim, todos ficaram em volta.

- Calma, eu não morri. Consigo levantar sozinha. A desastrada aqui consegue. - Levantei e Luan passou a mão nos cabelos.

* Luan narrando.

Bele estava me fazendo ficar com ciúmes, com aquela dancinha e o vestido curto. Sem me aguentar, fui falar com ela. Pedir né?! Não sou obrigado a ficar vendo esse tipo de coisa, mas, o viadinho ligou e ela ficou totalmente paralisada. Me subiu uma raiva tão grande! Mas quando ela atendeu, fiz questão de falar alto só pra ele saber que eu estava junto com ela. Com uns minutos depois, ela entrou, mas logo voltou dançando. Pouco antes eu tinha derramado a cerveja do meu copo, só não imaginava que a destrambelhada fosse escorregar e cair. Ainda irritado, eu me preocupei e todos ficaram em volta. Depois de soltar uma indireta, levantou-se sozinha e mesmo com as meninas e seu irmão querendo ajudar ela não quis e entrou com uma cara nada boa.

- Luan, vai falar com ela! - Pi praticamente me obrigou.

- Não vou não. Ela mesmo disse que não foi nada demais. - dei de ombros e vi minha irmã me olhar feio.

- Vai pelo menos pedir desculpas cara, cê que derramou o trem. - Rober me aconselhou e mesmo bufando, eu reconheci que estava errado. Entrei e encontrei meus pais, já indo para o Jardim.

- Cadê a Bele?

- Tá lá dentro. Disse que caiu, mas que não foi nada demais. - meu pai disse e então eu fui até a cozinha e encontrei ela toda torta, com uma " bolsa" de gelo, na parte posterior da perna, enquanto resmungava.

- Filho da mãe. Quem ele pensa que é? Nem se importa! - bufou e eu fiquei observando. Ela não me viu. - Desastrada é meu nariz! Ele que derramou sei lá o que e a culpa é minha? - suspirou e continuou falando sozinha. - O pior de tudo é que essa porra da doendo pra caramba. Ah meu Deus, ta roxo. - choramingou. Não resisti em sorrir do seu jeitinho. Fica mais linda ainda brava. 

- Tá tudo bem? - falei e ela me olhou assustada.

- Que susto! - reclamou. - Tudo ótimo não tá vendo? - ironizou.

- Desculpa, eu não imaginei que você fosse escorregar.

- Você é um idiota! - de repente seus olhos se encheram de lágrimas.

- Eu? Porque? 

- Porque é! - bufou sentando na cadeira. - Isso tá doendo. - me olhou com uma carinha de dor.

- Deixa eu ver. - fiquei de joelho e olhei. Peguei em sua perna para visualizar melhor, realmente estava roxo. Ouvi um soluço, ela chorava. - Tá doendo tanto assim? - a olhei totalmente preocupado.

- Luan, sai daqui! Por favor..  - pediu baixo. Ela não podia está chorando somente por isso. 

- Cê num tá chorando só por isso... - falei desconfiando, ignorando o que ela havia acabado de pedir.

- Eu vou embora, é o melhor que eu faço. - levantou decidida e eu levantei também, por ela está sem salto, ficava baixinha. Deixando bem aparente nossa diferença de tamanho. - Sai da minha frente! - me olhou.

- Para de chorar, cara. - limpei suas lágrimas levemente e ela fechou os olhos com meu toque. Passei minha mão por debaixo do seus cabelos e a abracei. Estava tão molinha... Seus braços envolveram a minha cintura e respirou fundo. 

- Você é um cafajeste. - dei um tapinha em minhas costas.

- E você uma tratante! Tá com aquele viadinho. - resmunguei e logo ela tentou sair dos meus braços.

- Me solta. - continuei segurando-a. Dei um beijo em seu pescoço e ela não parava de se mexer. 

- Bora acabar com isso. Seu amor sou eu. Não é Anderson, Andre, José... Sou eu! - ela foi parando de se mexer. Talvez, por saber que eu não a soltaria. Senti seu cheiro, ouvindo um suspiro alto dela. - Eu tô morrendo de saudade de você. - sussurrei em seu ouvido. Senti ela completamente entregue a mim. Afastei meu rosto para olha-lá, seu rostinho um pouco vermelho pro conta do choro que já havia cessado e sua maquiagem borrada, a deixavam mais linda. Senti ela minha, como a muito tempo não sentia. Beijei sua bochecha levemente, lentamente. Me afastei novamente e vi seus olhos fechados. Olhei sua boca e mordi meu lábios, era muita tentação! Beijei sua outra bochecha.

- Luan... - sussurrou.

- Oi? - falei no mesmo tom e levei minhas mãos para as laterais de seu rosto. Beijei a ponta do seu nariz.

- Para com isso. - me olhou e em seguida para minha boca, respectivamente meu olhar foi para a dela. Sem esperar mais nada, encostei meus lábios nos seus. Dei um selinho longo, outro... E em seguida iniciei o beijo, ela correspondia. Passou as mãos em volta da minha cintura novamente. Nosso beijo continuou lento, nossas línguas dançando numa sincronia única. Levei uma de minhas mãos entre seus cabelos e a outra continuou em seu rosto. Suas mãos faziam um carinho em minhas costas. Subindo e descendo... Que beijo maravilhoso ela tem! Eu me curvei um pouco e ela estava na ponta dos pés. Uma de suas mãos foram para meus cabelos e ela mordeu meu lábio entre o beijo, o puxando e logo em seguida voltou a me beijar. Minhas duas mãos agora estavam acariciando sua cintura, as vezes eu apertava também. Sua língua viajando em minha boca, era uma das melhores sensações. Um beijo longo, e se eu pudesse prolongaria mais. Mas a falta de ar, não permitiu. Encerrei com selinhos e encostei minha testa na dela sem controlar meu sorriso de felicidade. A olhei e seus olhos se mantiam fechados, aproveitei e voltei a selar nossos lábios sendo correspondido. Quando minha língua pediu passagem para outro beijo, ela se afastou rapidamente. Passou a mão nos cabelos e seu olhar estava confuso... Não sei. 

- Ah, meu Deus! Eu vou embora. - passou por mim rapidamente e eu corri atrás e consegui alcança-la.

- Ou, espera! - segurei seu braço.

- Luan, me solta por favor. - falou com jeito. - Você não sabe o que tá se passando aqui dentro. - suspirou. 

- Não esquece nunca que eu te amo. Não esquece também que eu nunca vou desistir de você, de nós. - sorri de lado e ela saiu em passos largos me deixando ali na sala com o maior sorriso de bobo, de felicidade. Porra, eu beijei ela! Beijei aquela boca novamente. Passei as duas mãos no cabelo, ainda extasiado. Como eu amo essa mulher caralho! 

* Mabele narrando.

Sai la de dentro com meu coração disparado. Eu estava confusa e até a dor já tinha esquecido. Mordi meus lábios tentando segurar o meu sorriso. Que beijo maravilhoso! Ao mesmo tempo veio o Anderson na minha cabeça. No aeroporto, me esperando. Droga! Não era pra eu ter beijado o Luan. Não era!

- Luan falou com você? - Bubu me perguntou assim que cheguei até eles.

- Falou. - respondi vagamente. Eu não estava raciocinando direito. O que eu fiz? Meu Deus! - Mari, me deixa pegar o Vitório um instantinho. - sorri e ela passou o pequeno para meus braços já dormindo. Vi Luan voltar com um sorriso lerdo no rosto. Eu me deixei levar, mas também eu estava com tanta saudade do beijo desse cretino. Merda de amor, merda!






Todas pirando em 3,2,1... Hahaha TEVE BEIJO SIIIIIM! Mas e agora como fica esses dois? E essa viajem da Mabele? Só digo uma coisa: vai acontecer uma coisa inesperadaaaa! Obrigadaaa por todos os comentários!!!!
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Bjs, Jéssica. ❤

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Capítulo 101

Quando chegamos, Mari e Vitório foram recebidos calorosamente. Todos queriam ver o rostinho e parabenizar os mais novos papais. Quando tudo acalmou, sentamos e as conversas rolavam soltas na sala. O centro das atenções eram Mari, João e meu afilhado, claro. As pessoas não demoraram tanto, se justificando por Mari está cansada, mesmo ela insistindo para que ficassem. Acabou ficando somente a família dela, minha família, Luan e Bruna. Vitório dormia profundamente.

- Luan, você podia tocar pra gente né? - meu irmão deu a ideia, já que Luan havia trazido seu violão.

- O Vitório pode acordar. - me preocupei.

- Que nada! Tem que acostumar com a voz do padrinho. - Mari sorriu despreocupada. E então ele começou a tocar, só não esperava que ele escolheria aquelas músicas, me deixando totalmente sem graça. Logo de cara, tocou a que fez pra mim da outra vez que terminamos. Com certeza meu rosto estava vermelho de tanta vergonha, ainda mais com os olhares e sorrisos das pessoas. Ele também não fazia questão de disfarçar, vez ou outra me olhava com um sorrisinho no rosto, sem se importar com a presença do meu pai, que tinha a cara fechada. Logo em seguida cantou a que ele me pediu em namoro, do Jorge e Matheus. Eu já não sabia onde enfiar minha cara. Luan está fazendo de propósito! Cachorro! Seu " repertório" só tinham músicas com letras que nos descreviam, ou letras de declaração. Ouvi meu pai respirar fundo do meu lado. Ele também percebeu, com certeza! Só um idiota não perceberia. Alguns minutos já haviam se passado e ele continuava. Agradeci ao céus, quando meu celular tocou. Fui para a cozinha e quando olhei, suspirei. Era Anderson.

- Oi baixinha! - falou animado.

- Oi! E ai, como tá?

- Eu tô bem. E você também né? Vi sua postagem. Madrinha babona! - brincou.

- Sou mesmo. Você viu o tanto que ele é lindo? Tô babando aqui ainda. - sorri.

- É lindo mesmo. Parabéns viu? Cuide muito bem do seu afilhado.

- Nem se preocupe. - ri de leve. 

- Onde você tá?

- Tô no Rio mesmo. Trabalhando!

- Na praia, com suas pranchas. - ri de leve.

- Isso mesmo! - a família dele tem uma reconhecida marca de pranchas no Rio de Janeiro. - Acabou de chegar um cliente. Depois a gente se fala coisa linda.

- Tá, beijo.

- Beijo! - desliguei sorrindo. Eu gosto do jeito carinhoso que ele me trata. Quando virei, dei de cara com Luan chegando. 

- E ai! - sorriu descarado.

- Luan, você tá fazendo isso de propósito né? Quer me deixar sem graça. - fui direta e ele riu despreocupado.

- Não foi minha intenção.

- Não, realmente. - ironizei. - Deixa de ser fingido. - ele riu e eu ouvia a voz do tio cantando.

- Eu disse que não vou desistir de você. Foi sério. - falou firme, com os olhos nos meus.

- Vou voltar pra sala. - eu não queria falar sobre aquilo, quando fui passar ele ficou em minha frente, bem próximo. - Para Luan! - suspirei.

- Não. Não paro não. Quando você vai dar o braço a torcer? Esquecer esse orgulho e voltar comigo? - passou a mão em meus cabelos, carinhosamente.

- E quando você vai respeitar meu tempo? - devolvi outra pergunta. 

- Até quando, Mabele? Já fazem dois meses. Eu tô morrendo de saudade de você. - suspirou, olhando cada parte do meu rosto. - Minha pinguinho de gente. - sussurrou em meio a um sorriso e com sua pura ousadia, passou os braços em volta da minha cintura e me abraçou, cheirou meu cabelo e eu já tinha os olhos fechados. Parece que perco as forças quando ele se aproxima. Fico mole, vulnerável.

- Luan, se alguém aparecer vai pensar besteira. Me solta. - falei totalmente rendida ao seus beijos no meu pescoço. Levei minha mãos as suas na tentativa de que ele me soltasse.

- Cê vai na gravação do meu DVD semana que vem? - ignorou total o que eu disse.

- Não, eu tenho que ir pra Páris. - afastou o rosto me olhando. 

- Vai quando?

- Isso não te interessa. - fui grossa e levei minhas mãos aos seus braços na nova tentativa de que ele me soltasse. 

- Deixa de ser grossa, tampinha! Nem tamanho de gente tem e é cheia de marra. - riu. Que risada gostosa! Com certeza ele queria me irritar. Estava conseguindo. 

- Luan seu filho da mãe, me solta! - ouvi a voz da tia Zezete o chamando. Suspirei aliviada. Segurou meu rosto com uma mão e disse:

- Te amo nervosinha. - sorriu lindamente e quase eu me perco naquela boca tão próxima, mas logo voltei a pensar e sai de seus braços voltando para a sala. 

- Vamos embora? - falei assim que cheguei na sala. Eu precisava sair dali. Luan vai me pôr doida! 

- Já? Queria ficar mais com meu netinho. - minha mãe se lamentou, sentada ao lado da Mari.

- Eu tô cansada, Mãe. - inventei a primeira desculpa que apareceu. Ela assentiu com a cabeça. Gabi ficou fazendo drama também, queria ficar com seu sobrinho. Estava toda convencida porque já era tia. O que nos causou risadas em vários momentos. Começamos a nos despedir de todos e eu fui falar com o cretino que tinha o sorriso mais sem vergonha da face da terra! 

- Tchau. - falei assim que o abracei.

- Tchau pinguinho. - sua mão estava em meus cabelos e ele se aproveitou para deixar um beijo em meu pescoço, me arrepiando. Ele não queria disfarçar, não fazia questão disso. Por último abracei Bubu e então fomos realmente embora, já dentro do carro, meu pai disparou:

- Esse Luan é mesmo um cara de pau. - falou um tanto irritado, enquanto dirigia.

- Ele tá determinado em te conquistar de novo né filha? - minha mãe me olhou sorrindo do banco da frente.

- Gente... - antes que eu pudesse falar algo, meu pai me interrompeu.

- O que ele tanto queria com você na cozinha? Eu percebi que vocês ficaram um tempão lá. - continuou com seu semblante sério.

- Você voltou a namorar o tio, Bebele? - Gabi perguntou com um sorriso explícito de felicidade.

- Não Gabi. - suspirei. 

- Joaquim, para de se meter na vida da Mabele, ela já é adulta, já se sustenta, tem a própria casa. Chega de ciúme besta! - foi dura com ele, que bufou e permaneceu calado. Meu pai já é ciumento e depois de saber o que o Luan fez, só piorou. 

* Luan narrando.

Depois de deixar Mabele totalmente sem graça com as músicas que cantei, fui atrás dela na cozinha e consegui uma aproximação. Eu amo aquela coisa linda! Mesmo cheia de marra, fica claro o quanto ela ainda me ama também. Conseguiu fugir de mim mais uma vez e logo quis ir embora. Isso é... Medo? Não sei, mas ela ficava totalmente desconcertada com minha aproximação. Quero ver até quando ela vai aguentar. Pouco tempo depois que sua família foi embora, nós fomos também e no carro, o que eu fiz gerou comentários.

- Pi, cê é louco! Cê viu a cara que o tio fez? - Bruna se referiu ao pai da Mabele.

- Ele não vai me impedir de nada. 

- Pode me dizer o que está se passando nessa cabeça? - minha mãe disse. 

- Eu não aguento ficar sem ela. Dois meses se passaram, é muito tempo sem ela! Vou lutar até Bele voltar comigo.

- Como você tem tanta certeza que ela vai voltar? - desta vez, meu pai que estava dirigindo perguntou.

- Ela me ama, pai. - ri de leve. - Isso é o suficiente pra mim.

- Ai, ai... Só quero meu casal de volta. - Bru suspirou e eu a olhei do banco da frente.

- Cê vai ter.

- Agora, você presta bem atenção nessa sua vida, Luan! Se vocês voltarem e você fizer merda, esqueça o que tem entre as pernas. - falou séria.

- Tá ouvindo né cara? - Meu pai me olhou rapidamente.

- Gente, cês pensam que eu sou maluco? Nem se preocupem com isso. - passei a mão no cabelo, e nem tentei me defender novamente daquela maldita história. Ninguém me entendia. Logo entraram no assunto Vitório. Fomos falando sobre ele, e quando percebi já havíamos chegado em casa.

(...)

Três dias depois.

Voltei de mais alguns shows. Agora só voltarei aos palcos daqui a três dias na gravação do meu DVD. O nervosismo já me consume. Bru vai embora pro Rio hoje, mas no dia da gravação ela vai até Goiânia. Sim, meu próximo DVD será lá. Eu estava curioso também, ela disse que assim eu chegasse teria uma conversa conosco. Não faço a mínima ideia do que se trata. Cheguei em casa e os encontrei ma cozinha, rindo de algo.

- Bom dia família! 

- Olha só, até que enfim você chegou! - Bru sorriu, vindo me abraçar, logo em seguida minha mãe e por fim meu pai.

- Pode nos contar o que você tanto quer falar? - fui direto, eu estava curioso. Sentei em uma das cadeiras vazias da mesa, junto dele.

- Então... - tinha um sorriso contido. - É que eu tô namorando! - sorriu feliz, com os olhos brilhando.

- Com quem? - sim, aquilo me incomodou.

- Com o Breno. - logo lembrei. A gente se vê muito nos shows e até em casas noturnas, além do mais ele já ficou com a Bele a anos atrás. Eu não esqueceria nunca! 

- Você tá feliz filha? - minha mãe perguntou.

- Muito mãe! 

- Cuidado em Bruna? Trás ele aqui, quero conhecê-lo. - Meu pai disse.

- Pai, eu já vou embora hoje. No jantar de mais tarde, ele vem e vocês conversam.

- Como vai ser esse namoro a distância? Vai dar certo mesmo? - perguntei.

- Do mesmo jeito que o seu e o da Jade deu. Do mesmo jeito que o seu e o da Bele deu.

- Cuidado com esse moleque! - avisei. Sim, eu estava com ciúmes, mas tinha que aceitar. Fazer o que? Ela cresceu. Já é uma mulher feita. - Vou dormir um pouco. - realmente eu estava exausto e mais tarde ainda terá o tal jantar. 

* Bruna narrando.

Depois de várias ficadas e desencontros, Breno decidiu me pedir em namoro. Estava claro que um sentimento rolava entre nós. Assim que isso aconteceu, contei pra Mari, Bele e Paiva, que ficaram surpresas, mas me desejaram felicidades. Esperei Luan voltar de viajem para contar a minha família de uma vez só. Não foi tão difícil, com meu primeiro namorado ele reagiu pior. Percebi seu jeito enciumado, mas ele foi tranquilo. Assim como minha mãe e meu pai.

- Acho que ele ficou enciumado né? - comentei com meus pais, depois que ele subiu.

- Sempre é assim. - minha mãe riu fraco.

- Já ele acostuma. - meu pai levantou e beijou o alto da minha cabeça. 

- Vou ligar pra Bele. - sorri, querendo dividir com alguém e no momento a única que estava disponível era ela. Subi para meu quarto e logo ela me atendeu.

- É hoje né?! - se lamentou.

- Ô minha amorzinha, nós vamos continuar nos vendo em qualquer folga que eu tiver. - sorri triste. Eu vou morrer de saudade dela.

- É. - riu fraco.

- Quero te contar uma coisa.

- Fala! 

- Contei pra minha família sobre o Breno.

- E ai? Reagiram bem?

- Foi tranquilo, Luan ficou enciumado, mas foi de boa. - ri de leve. - Tô tão feliz amiga!

- E eu tô feliz demais por você. Ciúmes e Luan, já são quase sinônimos. - rimos. - Já ele acostuma.

- Foi o que meu pai me disse. Você vem mais tarde né? 

- Tô louca aqui arrumando minhas malas. Também viajo nessa madrugada, você sabe. Mas eu vou sim. - dei um gritinho e ouvi sua risada. 

- Então eu vou desligar amorzinha. Paiva já já tá chegando por aqui. Vem também? Passar o dia comigo? 

- Queria muito! Muito mesmo. Mas tô atolada de coisas hoje, amiga. - suspirou.

- Tudo bem, então nos vemos no jantar.

- Tá. Beijo. - sorri e desliguei. Graças a Deus tudo está dando certo. Quero ver esse jantar... Luan com certeza vai ficar no pé da minha amiga. Sinceramente, mesmo com toda a sacanagem do meu irmão eu torço para que eles voltem.

* Mabele narrando.

O dia se passou rapidamente e chegou a hora do jantar da Bubu. Desta vez será somente para a família e o mais íntimos. Vai ser um momento de conversas, como um encontro de amigos. Eu estava quase roendo a unha de tanto nervoso. Luan com certeza não vai sossegar e Anderson vai comigo pra Páris. Sim, ele e sua cara de pau mais uma vez. Confesso que gostei, eu gosto da companhia dele. Ninguém ainda sabe que ele vai comigo, isso foi muito de última hora e sorte que ainda haviam passagem para meu vôo. Sai do meu apartamento já pronta para o jantar, antes de entrar no elevador, bati uma foto e já dentro do elevador postei:

            " hello night! " 

Entrei em meu carro e depois de passar na casa de Gustavo e Leila, fomos para a casa da minha amiga. Meu coração estava acelerado e eu sentia até medo dessa proximidade do Luan. Fui sem saber o que este jantar me reservava.





E aii meninas! Desculpem a demora, mas estou sem tempo e hoje meu celular não ajudou. Comentem o que achando capítulo!!! Luan tá firme e forte nisso de reconquistar Mabele. E essa viajem? Anderson vai junto. E o jantar? Como será? 
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Bjs, Jéssica. ❤

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Capítulo 100

Gente, quem diria que eu chegaria até aqui. Capítulo 100!!! Só quero agradecer por me acompanharem e embarcarem nessa história comigo.
Ofereço esse capítulo a Manu, que completou mais um ano de vida ontem. Parabéns linda! E mais uma vez, paz, saúde, felicidade. Continue sendo essa doçura se pessoa. ❤
E agora, tenham uma boa leitura. :)

Na madrugada do dia 23 acordei com meu celular tocando. Sem olhar o nome, atendi.

- Mabele, a bolsa da Mari estourou! - Era João, aparentemente nervoso.

- Calma. Vocês estão onde?

- Aqui em casa né?!

- Então vai pro hospital! Tô chegando lá também. Muito cuidado enquanto dirige tá? E pode deixar comigo, eu ligo pro nossos pais.

- Tá, tá. - respondeu agoniado e desligou. Respirei fundo procurando calma. A hora chegou! Meu coração estava uma mistura de alegria com preocupação. Tomara que corra tudo bem com a Mari e com meu afilhado. Enquanto trocava de roupa, pedi a Deus que tudo corresse bem. Me vesti assim:

Passei a escova rapidamente no meu cabelo e corri pro elevador. Lá dentro liguei para minha mãe, aproveitei e liguei para Bubu também. Depois de deixar todos informados. Dei partida e fui para o hospital, por já saber onde era, eu não demorei a chegar, não tinha transito também e isso tudo me ajudou. Eu estava nervosa também. Não posso negar! Fui a primeira a chegar e não encontrei ninguém, fui até a recepção em busca de informações e a recepcionista me disse que os dois já estavam na sala de parto. O que me restou foi sentar e rezar pra que tu corra bem. Poucos instantes depois minha família chegou junto com Bubu.

- E ai? - Minha mãe perguntou.

- Eles já estão na sala de parto.

- Vai dar tudo certo. - Bru disse sentando do meu lado e pegando em minha mão, na tentativa de me acalmar.

- Não acredito que o João teve coragem de ver o nascimento. - Meu pai riu, nos causando leves risadas também.

- A Gabi ficou com quem? - perguntei.

- Na casa da Marizete. - minha mãe fez careta. - Eu não queria incomodar, mas foi o único jeito. - sorri assentindo. Algumas horas se passaram e nada de notícia. Eu estava ansiosa demais! Preocupada demais! Para piorar tudo, não acreditei quando vi Luan entrar, apressado, com os olhos assustados. Puta merda!

- E ai gente? Vitório nasceu? - Tão bonitinho preocupado.

- Ainda não, Pi. Senta aqui, se acalma. - ele sentou no mesmo sofá em que eu estava, mas ao lado da irmã recebendo um carinho nas costas.

- Oi gente, Boa noite! Desculpa, eu nem falei. - riu sem graça.

- Tudo bem, querido. - minha mãe respondeu sorrindo. Meu pai apenas sorriu e eu nem sabia o que fazer. - Você tá nervoso em?! Imagina quando for um filho seu? - minha mãe fez graça e então o olhei.

- Nossa senhora, eu acho que nem chego no hospital de tanto nervoso. - passou a mão no cabelo nos causando risadas, apenas meu pai que deu um sorriso pequeno. Ele não engole o Luan depois de tudo.

- Tô com fome gente. - Bru reclamou.

- Eu confesso que estou também. - minha mãe riu fraco. E então meu celular tocou, levantei me afastando.

* Luan narrando.

Assim que cheguei de mais uma viajem, meus pais me disseram que Mari já estava no hospital e então de imediato eu fui pra lá, quero está presente nesse momento do meu afilhado e dos meus amigos. Assim que cheguei me deparei com a família da minha ex, já sabia que os encontraria, mas estava nervoso demais para me importar com a presença deles, dela. Reclamaram de fome, o celular de Mabele tocou e eu decidi ficar, estava nervoso demais, não conseguiria comer nada. Mabele voltou, ficando somente nós dois. Eu estava tão magoado com ela e até com raiva. Eu sei, não tenho esse direito, ela está solteira, mas é difícil pro meu coração entender isso. Ela sentou do meu lado, um pouco afastada. Baixei a cabeça, eu não queria falar com ela.

- Você tá muito nervoso, Luan. Calma, vai dar tudo certo. - a olhei e a filha da mãe estava com aquele sorriso lindo me olhando.

- Não consigo ficar tão tranquilo quanto você. - passei a mão nos cabelos e ela suspirou me olhando. - O que foi?

- Nada. - sorriu sem graça e pegou o celular.

- E ai, como tá a relação com o viadinho do carnaval de Salvador? - não, eu não me segurei. Ela me olhou incrédula.

- Luan, por favor...

- Por favor digo eu, Mabele! - ela abaixou a cabeça olhando seus dedos. - Eu tô sofrendo muito sabia?

- Você fez por merecer. - me olhou firme, assim como eu a olhava. - Era pra gente tá junto, mas você estragou tudo.

- Você não acredita no que eu digo! Aquela lá que se jogou em cima de mim.

- Porque você deu brecha! - respondeu de imediato.

- Olhar é dar brecha? Cara, para com isso! A gente se ama, não tem sentido ficarmos separados.

- Você voltaria comigo se eu tivesse te traído?

- Do jeito que eu te amo, eu voltaria sim!

- Não seja assim, Luan. É claro que não voltaria! Eu te conheço. - encolheu os olhos me olhando.

- Você me disse coisas horríveis quando terminamos, mas a pior de tudo foi você duvidar do meu amor. - neguei com a cabeça. - Eu te amo demais, porra!

- Para com isso...

- Você já me esqueceu? Diz olhando pra mim!

- Luan... - suspirou olhando pro lado.

- Para de fazer isso comigo!

- O que eu tô fazendo com você?

- Me deixando confusa, culpada. Ou você pensa que eu fiquei bem sabendo que você ficou super mal naquele dia do seu aniversário?

- A Bruna te contou?

- Contou.

- Aquela não foi a única vez que chorei depois que terminamos. Eu não tenho vergonha de falar. Eu ando sofrendo demais, não aguento mais ficar longe de você, Bele. E ficar próximo é pior ainda, dá vontade de beijar, de abraçar e eu não posso!

- Luan, esse não é o momento...

- Eu já te pedi perdão várias vezes. Pode ter certeza que se arrependimento matasse, eu estaria morto. Me desculpa Bele, para de me fazer sofrer. Volta comigo. - eu poderia está sendo um trouxa, mas pra quem já foi várias vezes, mais uma não fará diferença. Eu precisava falar, eu não aguentava mais.

- Luan, nós estamos em um hospital. - tentava fugir do assunto.

- Você tá amando aquele viadinho?

- Claro que não!

- Então o que você quer com ele?

- Respondo se você me responder o que quer com putas diferentes todos os dias? - não escondeu seu incomodo em falar aquilo, segurei meu sorriso.

- Eu tô tentando te esquecer, mas não dá, não adianta. - respirei fundo, sendo sincero. - Eu sinto tanta saudade de você. - sorri a olhando. Ela passou a mão no rosto, sem saber o que falar. - Me perdoa? Em Bele?

- Luan, agora não é o momento!

- E qual é o momento?

- Não sei.

- Tá vendo? Você não facilita! - abaixei minha cabeça desesperado. Eu não aguento.

- Não consigo passar por cima disso tudo e simplesmente voltar com você.

- Você não acha que tá exagerando?

- Não! Não acho. - me respondeu firme e eu fique olhando-a, nossos olhares se cruzavam. E então sussurrei:

- Eu te amo. Muito! - ela desviou o olhar e eu sorri. Que vontade de beijá-la. Linda!

- Acho que vou comer alguma coisa. - mudou de assunto, me fazendo rir fraco. Levantou e eu levantei junto.

- Vem cá. - a puxei delicadamente pela mão e a abracei.

- Luan... - falou receosa

- Eu não vou desistir de você. - falei em seu ouvido, enquanto acariciava seus cabelos. - Eu não vou desistir! - suas mãos estavam em minha cintura, tentando me afastar delicadamente. Desfiz o abraço e ela se virou indo para a lanchonete do hospital. Quer saber? Não vou desistir mesmo! Ela vai voltar pra mim. Ah, se vai! Antes que eu pudesse respirar, duas funcionárias do hospital vieram pedir uma foto, atendi de bom grado.

* Mabele narrando.

Depois de conseguir fugir do Luan, eu respirei aliviada. Puta que pariu! Eu juro que não esperava. Ele dizendo que me ama, que saudade de ouvir isso. Ao mesmo tempo que eu suspirava apaixonada, eu lembrava da sacanagem que ele fez e o medo me consumia. Se eu voltasse com ele e ele me traísse de novo? Lembrei dele dizendo que estou exagerando, discordo totalmente. Claro que não estou. Ele foi um safado sim! Mas meu coração gritava pra que eu voltasse com ele. Ô meu Deus, que confusão dentro de mim.
Encontrei Meus pais e Bru acabando de comer.

- Você estava lá com o Luan? - meu pai perguntou.

- Estávamos conversando. - sentei.

- Conversando? - meu pai não entendeu.

- É pai! - olhei o cardápio, enquanto os três me olhavam. - Vão ficar me olhando mesmo? O que tem demais nisso? - Bru riu de leve, da minha irritação.

- Vou lá ficar com ele. - levantou-se, me deixando a sós com meus pais.

- Não está passando pela sua cabeça voltar com ele não é? - me repreendeu.

- Joaquim, por favor! Ela decide o que que da vida. - Agora minha mãe o repreendeu.

- Gente, vamos encerrar o assunto. - pedi. E no mesmo intante, ouvi Bru nos chamar.

- Nasceu, meu amor nasceu! - levantamos rapidamente e fomos em passos largos para a sala de espera, encontrando meu irmão contando tudo muito emocionado ao Luan.

- É lindo! Vocês precisam ver. - falou nos olhando e eu logo o abracei.

- Parabéns papai mais lindo!

- Obrigado boneca. Eu tô tão feliz! - seu sorriso era gigante. Logo recebeu outros abraços e sentamos, esperando poder ver a Mari. O sol já aparecia, mas não tinha nenhum pingo de cansaço ou sono nos nossos rosto, apenas sorriso, grandes sorrisos de pura felicidade.
Alguns longos minutos depois o médico apareceu.

- Nossa paciente está bastante cansada, mas como vocês são poucos, podem vê-la de dois em dois.

- Vai lá, pai mãe, podem ir. - meu irmão falou e de imediato os mais novos avós levantaram, cheios de alegria. - Depois os padrinhos vão. - sorri sem graça.

- Tomara que ele tenha puxado a mim né cara? - Luan fez graça.

- Como ele vai puxar a você, Pi? - Bru perguntou ainda rindo.

- Rezei muito, porque se nascer a cara desse daí, ou da Mari... Tadinho do meu afilhado! - ninguém conseguiu segurar o riso, e João deu um tapa em sua cabeça.

- Ele é lindo! - meu irmão disse todo bobo.

- Tô doida pra ver a Mari! Cadê a mãe e o pai que não volta?! - falei ansiosa, arrancando leves risadas deles. Cinco minutos se passaram e chegou a minha vez e de Luan. Fomos na companhia do doutor, que não poupou elogios ao Luan e quando chegamos na porta do quarto da minha amiga, ele disse que teriamos cinco minutos. Entramos e eu encontrei seu rostinho abatido.

- Meu amor! Você conseguiu trazer o Vitório ao mundo! Parabéns mamãe! - falei enquanto me aproximava e quando cheguei perto a abracei.

- Tô muito feliz amiga. Obrigada por todo o apoio! - falou me apertando.

- Eu que te agradeço, por não ter desistido dessa gravidez.

- Posso abraçar minha amiga também? - Luan falou e só então nos soltamos. Se abraçaram e ele também disse algumas coisas a ela, que eu não entendi bem e logo em seguida ficou do meu lado.

- Eu nem sabia que você tava aqui, Luan! - Mari disse sorrindo.

- Cheguei de viajem e os meus pais disseram, corri pra cá. Tinha que acompanhar esse momento.

- Obrigado! Eu não poderia ter escolhido padrinho melhor. - ele apertou a mão dela, com um sorriso no rosto.

- Como ele é Mari? Tô doida querendo ver meu Vitório. - perguntei.

- É lindo!

- Então puxou a mim. - Luan fez graça, nos fazendo rir.

- Bobão! - falei e ele me olhou sorrindo.

- E vocês dois? Não se mataram... Ah, lembrei, agora vocês são amigos. - nos olhos maliciosa.

- Amigos não, convivemos bem. - corrigi.

- É, mesmo ela me fazendo raiva, eu não deixo de amar. - falou na cara de pau me olhando com um sorriso sapeca, e eu não sabia onde esconder minha cara.

- Tá igual um tomate! - Mari se referiu ao meu rosto.

- O Luan me deixa sem graça. - passei a mão no rosto e ele riu.

- Onde que levaram o Vitório? - Ele perguntou mudando de assunto.

- Foi fazer alguns exames. Daqui a algumas horas eu posso ir embora, claro que estiver tudo bem.

- Vai estar! - afirmei. Conversamos mais um pouco e o médico bateu na porta, entrando em seguida.

- O tempo de vocês acabou. - nos despedimos dela e saímos. - Vocês são namorados? - O médico perguntou, enquanto iamos até a sala de espera. Ele era bem simpático.

- Não. - respondi de imediato.

- Combinamos né?! Eu também acho. Tenho tudo haver com ela. - Luan me olhou sorrindo, ele tá adorando! Filho da mãe! Quer me deixar sem graça. O médico apenas riu e nos deixou na sala de espera, levando desta vez Bru e João. Com cinco minutos certinho, eles voltaram.

- Bom, Mariana será liberada ainda hoje, mas somente no fim da tarde. Vitório está passando por exames e ela também passará. Aconselho que vocês descansem.

- Eu posso ficar até a hora de liberar? - meu irmão disse e o médico assentiu.

- Filho, não esquece de comer.

- Pode deixar, mãe. - nos despedimos dele e fomos para casa, desta vez Bruna foi com Luan. Fiquei na casa de meus pais e assim que cheguei em meu antigo quarto, dormi.

(...)

O fim do dia chegou e todos os amigos da Mari, família estavam na casa dela e do meu irmão. Fui até o hospital, queria sair de lá com ela.

- Mari, bate uma foto antes. - falei depois de quase babar no Vitório, de tão lindo que é! - Vou postar. - assim que falei a enfermeira a ajudou a pegá-lo nos braços de maneira correta. Depois de tudo, fomos embora e dentro do meu carro, antes de sair, postei a foto:
"Meu príncipe chegou ao mundoooo! É a coisa mais linda! Amiga, parabéns! Eu amo vocês ❤ "
Maquei Mari e João na foto, logo vi a postagem do Luan a mesma foto, e na legenda ele falava da felicidade de ser padrinho do Vitório. Sorri ao ler aquilo e ouvi uma buzinada.

- Bora pra casa! - era meu irmão e então fomos a caminho da surpresinha pra Mari. Mal sabia que, quem se surpreenderia seria eu.





E ai, o que acharam? Vitório mal nasceu e já aproximou nosso casal. Luan mudou totalmente a postira e agora está mais determinado que nunca! O que será que vai no próximo?
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Bjs, Jéssica. ❤

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Capítulo 99

Acordei cedo e fui na padaria comprar algumas coisas pro café da manhã. Ainda estava tentando entender a maluquice do Anderson. Sim, minha cabeça ainda estava uma confusão enorme. Quando entrei no meu apê, o encontrei já acordado.

- Você acorda cedo assim? - estranhei.

- Sim. Bom dia né? - sorriu lindamente.

- Bom dia! Trouxe algumas coisas da padaria. - arrumei a mesa e quando estava terminando ele me puxou para seu colo.

- Cadê meu beijo? - o olhei e segurei seu rosto, o beijando em seguida. Quando encerrei, ele continuou de olhos fechados. - Hum, que beijo bom! - sorriu, me fazendo sorrir também.

- Bobo! Vamos comer. - sai de seu colo e sentei ao lado dele. Tudo aquilo era bem estranho! Nunca eu deixei que uma pessoa invadisse tanto a minha vida como Anderson está fazendo agora.

- Você vai passar o dia por aqui? - me perguntou.

- Não, a tarde eu vou trabalhar e de lá eu vou pra academia.

- Então só vamos nos ver a noite?

- Sim. Você vai ficar aqui até quando?

- Amanhã no final da tarde eu vou embora.

- Ah sim. - comemos em meio a conversas. O que eu estava achando mais estranho era estar gostando de está com ele. Depois do café fomos para meu quarto.

- Aqui é muito aconchegante! - comentou deitado ao meu lado.

- Eu que fiz tudo de decoração. - falei convencida e ele riu.

- Baixinha metida! - ficou de lado, me beijando em seguida. Sua mão estava na minha cintura, mas logo o beijo tomou mais intensidade e ele ficou quase em cima de mim. Suas mãos desceram indo para a lateral das minhas pernas.

- Espera Anderson. - falei ao perceber onde aquilo estava indo.

- Relaxa baixinha. - voltou a me beijar e que se foda! Eu também queria. O Luan já ficou com várias! E aquelas duas que ele levou pro hotel, não fez questão de me esconder. Quem pensa no ex numa hora dessas? Sim, eu mesma!

(...)

Acabou rolando mesmo. Ele fez tudo muito bem! Faz tempo que eu não transava com ninguém e foi bom relaxar. Ficamos ofegantes na cama.

- Você é foda em?! - me olhou ainda com sua respiração irregular.

- Você que é! - ele riu e então me abraçou.

- Você é encantadora sabia? - falou baixinho.

- É, já me disseram isso algumas vezes. - dei de ombros e ele riu. Ficamos conversando mais um pouco, até que eu fui tomar banho. Precisava ir trabalhar. Mas antes fui na marmitaria da frente e trouxe duas marmitas pra nós. Comemos e enfim eu fui trabalhar em meio as reclamações dele, que ficaria a tarde toda sozinho ali. Nos dias de hoje não é confiável deixar uma pessoa que você mal conhece na sua casa, ainda mais sozinho, mas eu confiei.
Cheguei na loja e comecei a fazer alguns trabalhos. Luciana havia mandando alguns emails querendo minha presença logo em Páris, mas só vou quando o meu afilhado nascer. Expliquei isso pra ela mais uma vez. Como ontem, hoje não tinha muito o que fazer, então as quinze e trinta eu fui para a casa dos meus pais e tomei banho, comi alguma coisa. Em instantes a Bru chegou.

- Vamos? - perguntou.

- Vamos! - peguei minha garraginha de água e no caminho ela puxou a conversa  que tanto queria conversar comigo.

- Bele, esse Anderson tá mexendo com você?

- Não sei! Eu gosto de está com ele, mas nem se compara ao que eu sinto pelo seu irmão. - suspirei.

- Ontem ele ficou mal. Quando chegamos em casa ele começou a chorar, estava muito irritado. Agora imagina só, quando ele descobrir que o Anderson é o cara do camarote lá, no carnaval. Não quero nem imaginar... - fiquei sentindo uma culpa enorme, ele chorando por mim? Mesmo depois de tanto tempo.

- Ele tá bem agora?

- Tá com uma baita dor de cabeça.

- Nossa Bru, tô me sentindo péssima!

- Você não tem culpa, está solteira, mas meu irmão fica sofrendo e é tudo que eu menos quero. Certo, ele foi um puto com você! Mas ele te ama. Então se for pra continuar com esse Anderson, faz de tudo pra ele não ficar sabendo. Te peço amiga!

- Tudo bem. Pode deixar. Compreendo seu lado, entendo totalmente! Mas não fiz de propósito, ele viu o nome ou ouviu. Sei lá!

- Deve ter sido. Deixando uma coisa bem clara: ele é um puto, mas eu amo vocês juntos e torço por uma volta de vocês. Então esse Anderson pra mim não tem vez. - falou cheia de razão e eu acabei rindo.

- Entendi o recado. - a abracei pelo pescoço. - Desculpa viu?

- Não tenho que te desculpar de nada. O Luan fez por merecer né? Acho que ele esquece o que aprontou.

- É... - sorri pequeno. - Vamos encerrar esse assunto né? Não gosto de lembrar. - ela assentiu e logo iniciou outro assunto e assim chegamos na academia, fizemos nosso treino e no fim da tarde voltamos para casa. Falei rapidamente com minha família, por amanhã ser sábado, Gabi insistiu para ir dormi comigo, e eu negava insistentemente.

- Não Gabi! Eu quero descansar.

- A Bebele não me ama mais, Mãe! - fez drama chorando para minha mãe, que me repreendeu com o olhar.

- Qual o problema de levá-la, Mabele? - Puta que pariu! Eu não vou dizer a verdade. Ela me mata!

- Nenhum mãe, quero dormir, descansar. Amanhã eu prometo que te levo tá Gabi? No fim do dia, venho te buscar. - tentei achar uma solução, ela estava toda emburrada e minha mãe me olhava desconfiada. Ela me conhece, sabe que nunca nego nada a Gabi. - Bom, tenho que ir. - fui beijar minha irmã que se afastou. Chata! Abracei minha mãe e em seguida fui embora. Que L O U C U R A!

* Luan narrando.

Passei o dia com dor de cabeça, depois de chorar por aquela filha da mãe! A noite tive que ir viajar e então fui trabalhar. Como ela previa, rolava uma confusão loucas nas redes sociais. Fotos dela chegando e saindo da boate onde comemoramos meu aniversário. Eu estava pouco me importando. Minhas fãs já estavam malucas, felizes demais com uma possível volta de nós dois. Pobres garotas, estão totalmente enganadas. Ela está com outro!

* Mabele narrando.

Quando cheguei em meu apartamento, Anderson insistia para jantarmos juntos.

- Acho melhor não, tô cansada.

- Deixa de lero! Quando você vai aceitar de primeira algo que eu te propôr?

- Tá! Nós vamos, insistente.

- Sabia que isso era só charme. - falou convencido me fazendo gargalhar no sofá.

- Mas enquanto não chega a hora do nosso jantar. Me ajude a arrumar a casa. - levantei e ele me ajudou em tudo de bom grado e me fazendo rir com suas idiotices.

* Luan narrando.

Acabei desabafando sobre tudo com Robeval. Eu já não suporto mais essa situação.

- Cara, depois de tudo que você me disse, é melhor você segui sua vida.

- Mas no dia que a gente conversou ela deixou claro, que ainda não tinha esquecido toda a decepção, disse que sempre sentirá um carinho por mim. Me diz cara, dá pra entender?

- É de deixa qualquer um confuso mesmo. Vai ver ela tá tentando seguir a vida, esquecer você. Cê deve fazer o mesmo irmão.

- Mais Rober? Mais? Eu já perdi as contas das mulheres que levei pra cama e nada adianta! Nada! Isso foi mandinga. - Testa acabou rindo. - É sério cara, não tem outra explicação.

- Ela te laçou como nenhuma outra. Isso só acontece uma vez na vida.

- Logo ela? Que porra! - deitei na minha cama, colocando a mão em meu rosto. Não aguento mais esse sofrimento todo. Não dá!

- Vou dormir cara, já é madrugada.

- Valeu por me ouvir mais uma vez. - ri fraco, ainda com as mãos em meu rosto.

- Tamo junto, cê sabe! - o olhei e sorri agradecido. - Até amanhã boi.

- Até viado! - ele saiu e eu fiquei deitado, olhando o instagram quando me deparei com uma foto, que me fez ter uma irá enorme! Mabele e o viadinho do camarote de salvador:

Que porra é essa? Vários e vários fã clubes postavam e me marcavam naquela foto. Alguns a xingavam, outros se lamentavam e outro a defendiam. Fui diretamente em seu ig, mas ela não havia postado nada. Fui nas fotos em que meus fã clubes postavam e achei o instagram do infeliz e mais uma vez não acreditei. Era muito pra mim. Ele era o Anderson. Minha vontade era de jogar o celular longe, ligar pra ela e dizer pra que ela nunca mais olhasse na cara dele. Mabele é minha! Que porra! Sem alternativas eu soquei a cama repetidas vezes, na tentativa de fazer com que minha raiva fosse embora. Não deu certo. O pior de tudo foi a legenda: " Jantar com a baixinha! " Que porra de baixinha meu irmão! Que intimidade é essa? Minha respiração estava irregular de tamanha raiva que eu estava sentindo. Filha da mãe! Que raiva dela, dos dois! Eu sei fiz a merda toda, mas eu não merecia sofrer tudo isso. Tô comendo o pão que o diabo amassou.

* Mabele narrando.

Anderson tirou uma foto nossa, antes de sairmos. Fomos o caminho todo conversando. Eu ia dirigindo, já que ele não conhece nada de São Paulo.

- Esse restaurante é bom mesmo né?

- É! Confia em mim.

- Tudo bem. - pegou o celular e com um tempo ouvi ele resmungar. - Que porra é essa daqui?

- O que? - o olhei rápido e já voltei a minha atenção pro trânsito.

- As fãs do seu ex, estão me xingando muito! Não só eu, mas você também. - arregalei meu olhos e abri a boca, sem acreditar. Puta que pariu!

- Você postou nossa foto?

- Postei ué, não era nada demais. Tá cheio de notificações aqui.

- Pronto, tudo vai ficar mais infernal que antes. - suspirei ao lembrar que já rolava o maior bafafá por conta das minhas fotos ontem no aniversário do Luan.

- Relaxa! Se quiser eu apago. - me olhou preocupado e nós chegamos no restaurante.

- Não, o estrago já tá feito, já devem ter várias espalhadas.

- Tem mesmo. Me desculpa. - me olhou culpado e eu encostei minha cabeça no volante. É muita pressão em cima de mim. - Mabele?

- Oi? - o olhei com os olhos já cobertos de lágrimas. Eu não consegui segurar.

- Nossa cara, se eu soubesse que isso te deixaria assim jamais teria postado. Desculpa mesmo! - se desculpava arrependido e as lágrimas desceram. - Para de chorar, por favor.

- É tanta pressão... Desculpa!

- Desculpa por que? Cara eu tô agoniado com isso!

- Desculpa por ter te colocado nessa bagunça, elas não vão te deixar em paz.

- Eu que postei a foto. A culpa não é sua. Relaxa. Para de chorar. - me abraçou forte, acariciando meus cabelos. - Promete que não vai ficar pensando nisso?

- É impossível. - falei abafado. Ele se afastou olhando meu rosto.

- Seu sorriso é tão lindo! Não deixa que essas lágrimas estraguem ele. Não se sinta culpada por todos esses xingamentos.

- Como não, Anderson? Sua vida vai ser exposta.

- Eu não me importo! Para com isso. - limpou minhas lágrimas deixando um beijo em seu rosto. - Vamos jantar como já havíamos planejado? - me perguntou.

- Vamos. - sorri pequeno.

- Isso que é lindo. Esse sorriso. - passou a mão em meus lábios. - Essas lágrimas não ficam legais em você. - fez careta, fazendo graça e as limpou completamente.

- Foi só um momento de explosão sabe? À muitos dias, várias situações, várias coisas vem fazendo uma confusão na minha cabeça.

- Eu entendo. Não é fácil se desligar de toda essa coisa que ronda o Luan Santana.

- É...

- Então vem, vamos jantar. - sorriu e abriu a porta, em seguida abrindo a minha.

(...)

Os dias se passaram e ainda rolava minha foto com Anderson, aquilo estava enchendo! Mas nada se podia fazer, me restava torcer para elas esquecerem logo isso e deixar a nossa vida, principalmente a dele que não tem nada haver com isso, em paz! Não vi mais Luan, continuava viajando e sinceramente não queria ver tão cedo, ele deve está com raiva e tudo que eu não quero é discutir novamente. Falei Lô que me apoiou total a ficar com o Anderson, ela não engole a sacanagem que o Luan fez comigo. Eu vou conversando com Anderson quase todos os dias. Estamos na contagem regressiva para o nascimento do Vitório e sinceramente, ultimamente a única coisa boa que está acontecendo é a vinda dele. O resto é pressão, incerteza, confusão.



Tá uma divisão... Algumas gostando do Anderson, outras não. Uma coisa não podemos negar, principalmente depois deste capítulo... Ele é mto foto! Quem não gostou nadinho foi o Luan. E ai? O que acham que vai ser daqui pra frente? Será que vão aguentar ficar um sem o outro mesmo se amando? Sei não... Vamos ver! Bele tá orgilhosa e magoada demais. Luan sofrendo demais, depois da merda que fez. Enfim... Até o próximo capítulo suas lindas! Obrigada pelos cometários!!! 
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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Capítulo 98

Mesmo receosa eu fui para meu apartamento me arrumar. Quando terminei já se eram quase onze da noite. Fiquei assim:

Antes que eu ligasse, Bruna me ligou.

- Oi?

- Cê tá pronta? Já estamos aqui. - falou em meio ao barulho alto de música.

- Tô, mas não sei onde fica.

- Nós já viemos aqui, mas anota o endereço e com a ajuda do gps você chega rapidinho. - falou gritando e em seguida me passou o endereço certinho. Dentro de vinte minutos eu consegui chegar no local, que por sinal estava com uma boa quantidade de fotógrafos, todos já sabiam que o Luan estava ali, com certeza. Eu fui alvo deles e já imaginei a confusão que isso vai dar. Minha entrada estava liberada e com facilidade cheguei ao camarote, que era totalmente climatizado e fechado. Bem reservado mesmo. Estava totalmente lotado! Tentava encontrar Bruna com o olhar, mas nada! Até que alguém cutucou minhas costelas, olhei pra trás assustada.

- Marquinhos, filho da mãe! Você me assustou! - ele riu com seu inseparável copo de bebida.

- Tá procurando quem?

- A Bruna.

- Pensei que fosse o aniversariante. - falou malicioso e eu gargalhei.

- Deixa de ser bobo! Você sabe cadê ela?

- Tava dançando com a Paiva e a Gabriela mais lá pra frente.

- Beleza. - beijei seu rosto e fui atrás da minha amiga. Logo consegui encontrar, já que ela se acabava de dançar com outras garotas.

- Chegou amorzinha! - gritou e logo veio me abraçar.

- Já tá se acabando em?! - falei em seu ouvido.

- Claro que sim! - gargalhou. - Se quiser alguma coisa pra esquentar, vai no bar. É tudo nosso! Tudo liberado!

- Open bar?

- Isso mesmo! - ela riu enquanto se balançava no ritmo da música.

- Eu vou lá. - me afastei e quando cheguei no bar me deparei com Luan juntamente com Dudu seu produtor e Sorocaba.

- Pensei que cê num vinha. - sorriu assim que me viu.

- Eu tenho palavra! - sorri também o cumprimentando com  beijo no rosto, fiz o mesmo com seus dois amigos que já conhecia. Aliás a maioria dos presentes eu conhecia. Pedi minha bebida. Eu estava um pouco sem graça. Tô tentando me acostumar com essa nova relação existente entre Luan e eu.

- Cê conseguiu chegar de boa? - falou novamente, enquanto seus amigos engataram em uma outra conversa.

- Consegui. Mas estava cheio de fotógrafos lá fora. - fiz careta. - Você não acha que vai dar o que falar?

- Há muito tempo eu não me importo com isso! - riu despreocupado, me fazendo sorrir também.

- Tá tudo muito lindo viu? E ó, eu não consegui comprar nada pra você. - sorri sem graça.

- Que isso muié! Precisa não. Sua presença é o suficiente. - passei a mão no cabelo. Eu estava muito, mas muito sem graça! Luan não fazia questão de disfarçar seu jeito de olhar, aliás eu acho que nem ele percebia o jeito que me olhava.

- Eu vou dançar ali com a Bru.

- Vai lá. Aproveita! - sorriu e eu me afastei com o coração quase na boca. Porra de nervosismo chato! Comecei a dançar de leve e quando o efeito da bebida começou, eu me soltei. Quando percebi já dançava horrores. Começou uma série de músicas sertaneja com aquela pegada do arrocha, então os meninos pegaram alguém pra dançar. Lucas Lucco me chamou e então dançamos uma música, quando acabou todos trocaram de casais e eu acabei ficando com Douglas, dançando mais uma música. Ele me arrancava risadas. A próxima foi com o Rober e todos já soavam, com ele não foi diferente, rimos e aproveitamos o pouco tempo para conversar rapidamente. Na próxima música quem me puxou foi Luan.

- Até que enfim, consegui te achar. - ri e passei a mão em volta do seu pescoço, quando meu celular tocou.

* Luan narrando.

Bele chegou na festa, completamente linda! Trocamos poucas palavras e na hora em que a maior parte da galera dançava, eu consegui achá-la depois de algumas músicas, assim que começamos seu celular que estava em sua bolsinha tocou. Paramos para ela ver quem era e com a tamanha proximidade eu conseguir ver o nome. Anderson. De novo? Que porra é essa!

- Luan, eu preciso atender. - sorriu pequeno.

- Não uai! Depois cê retorna. Vamos dançar. - passei meus braços em volta da sua cintura. Ela não vai falar com esse viadinho! Seu celular voltou a tocar, uma... Duas... E na terceira ela parou a nossa dança de novo.

- Eu realmente preciso atender. - fez careta e eu assenti, mesmo sem gostar muito. Logo agora que eu estava sentindo seu cheirinho. O que esse filho da puta tanto liga pra ela? Respirei fundo e quando estava indo em direção ao bar pegar uma bebida, Paiva me puxou para dançar a próxima música com ela.

- Não tô afim, Paiva. Cansei! - sorri pequeno.

- Que cansei garoto! Vai negar dançar comigo? - decidi dançar com ela, mas meu pensamento estava no banheiro do camarote. Sim, Bele foi pra lá, atender o tal Anderson.

* Mabele narrando.

- Você o que Anderson? - perguntei novamente, sem acreditar no que acabei de ouvir.

- Eu tô no aeroporto de São Paulo. Acabei de chegar! - riu.

- Você zoando! - ri sem acreditar. Ele me ligou mais cedo, enquanto eu estava na casa da Tia Zezete, e disse que havia pensado bastante em mim e que a qualquer hora viria em São Paulo me ver. Claro que eu não botei fé naquilo.

- Tô falando sério pô! Vem me buscar? Eu vim pra te ver, você não pode me deixar plantado aqui. - Falava brincalhão e eu não conseguia acreditar, minha boca estava aberta de tamanha surpresa.

- Você é maluco, cara! - acabei rindo.

- Deixa de papo, vem logo aqui!

- Maluco! Tô chegando. - eu ria negando e desliguei. Ele é doido! Meu Deus! Quando sai do banheiro, fui atrás da Bruna para me despedir, ela sabe de tudo quanto ao Anderson e quando contei que ele estava aqui, ela teve a mesma reação que eu. Procurei Luan com o olhar e quando o encontrei, ele já me olhava de longe, enquanto bebia algo. Fui até ele me justificar.

- Luan, eu preciso ir. - fiz careta.

- Beleza. - ele sorriu fechado. Ele está chateado?

- É que um amigo meu chegou na cidade e eu não sabia. Preciso ir busca-lo. Me desculpa. Eu mal cheguei né?

- É. - riu sem humor. - Vai lá. - beijou meu rosto. Ele havia ficado chateado sim! O conheço o suficiente para saber disso. Mas o que posso fazer? Merda! Sai dali e mais uma vez fui alvo de flashes, entrei em meu carro rapidamente e fui direto pro aeroporto encontrar o maluco. Dentro de poucos minutos cheguei e fui para o local de desembarque.

- Anderson, tô aqui no desembarque. - falei assim que ele atendeu.

- Beleza, tô chegando ai. - desligo e eu fiquei esperando. Quando de repente senti dois braços em volta da minha cintura me abraçando por trás. - O Gatão aqui chegou! - ao ouvir sua voz, gargalhei. Ele é sempre cheio de gracinhas.

- Então vamos, gatão? - ele passou o braço em volta do meu pescoço.

- Cê tava onde? Eu te atrapalhei? - riu sem graça. Talvez percebeu isso, por conta da minha roupa e da minha maquiagem forte.

- No aniversário de um conhecido. - Não, eu não falaria que estava no aniversário do Luan.

- Desculpa! - fez careta e eu o olhei sorrindo.

- Sem problemas! Não imaginei que você fosse tão maluco assim!

- Você ainda não viu nada! - gargalhou e nós entramos no meu carro.

- Você nem me conhece direito, vai que sou uma sequestradora. - brinquei.

- Se fosse seria bom. Não precisava pedir resgate. Eu ficaria de boa com você. - sorri sem graça, concentrada no trânsito.

- Qual o hotel que você vai ficar?

- No seu apartamento! - respondeu de imediato.

- Você é um cara de pau mesmo!

- Eu vim pra ver você, sou seu amigo, ou quase isso. Nada mais justo. - seu sorria estava estampado em seu rosto o tempo todo. Tenho que admitir, ele tem um sorriso lindo! E um humor único.

- Tudo bem, eu arrumo o sofá pra você. - brinquei e ele gargalhou.

- Nossa, o sofá? Perdi minha dignidade. Se fosse um colchão no chão seria melhor. - fomos até meu prédio nesse clima. Vou admitir outra coisa... Eu adoro conversar com ele! Em várias conversas nossas pelo whatsapp eu descobri que ele é muito divertido! Muito engraçado e um tremendo cara de pau.

(...)

- Tô morto de fome! - falou assim que sentou no sofá na sala, enquanto eu ainda estava em pé o olhando sorrindo. - O que foi?

- Eu ainda não tô acreditando nisso. - ri negando.

- Vem cá. - sentei ao seu lado. - Eu fiquei com muita vontade de te ver de novo. Não pensei duas vezes eu vir pra cá. Eu te avisei mais cedo. - falou enquanto acariciava meus cabelos.

- Eu não acreditei né?! - ele riu e se aproximou, encostando seus lábios nos meus iniciando um beijo lento e longo, cheio de carinho que ele encerrou com leves selinhos.

- E ai, o que você vai fazer pra gente comer? - Gargalhei no mesmo instante e ele me olhava sorrindo, mesmo sem entender nada.

- Você não me conhece mesmo! Eu não sei cozinhar. - ele arregalou os olhos.

- Não acredito! Tava bom demais pra ser verdade... Linda, cheirosa, beija bem, um jeito encantador, mas não sabe cozinhar. - falou brincalhão. Mais uma vez ele com suas graças. Dei um tapa em seu ombro.

- Não sei fazer nada, mas tenho o endereço de um japa maravilhoso! Você vai amar! - peguei meu celular e liguei, pedi o de sempre e em seguida desliguei.

- Você nem perguntou se eu gosto, baixinha.

- Você não gosta? - fiz careta e ele riu de leve.

- Eu gosto, gosto sim. Tô zoando. - colocou sua mão entre meus cabelos me beijando novamente. É, ele beija muito bem!

* Luan narrando.

Mabele conseguiu estragar meu humor. Ela tem alguma coisa com esse cara! Eu tenho certeza disso. Comecei a beber sem parar, até Bruna chegar até mim me repreendendo.

- Para de beber tanto!

- Bruna, quem é ele em?!

- O que é, Luan? Ele quem?

- Esse Anderson. O que ele tem com a Bele?

- Porque isso de novo? - desviou da minha pergunta.

- Eu vi na hora que ele ligou e ela correu feito cadela pra ir encontrar ele. - falei sem esconder a raiva que eu estava sentindo.

- Luan... - ela respirou fundo. - É um cara que ela ficou. - sabia!

- Quem é ele?

- Você não conhece! Pelo menos eu acho que não.

- Porra! - passei a mão entre meus cabelos, sentindo uma das piores sensações. Ela tá com outro! - Esse lance deles é sério?

- Você vai querer mesmo falar sobre isso logo hoje? Enquanto seus convidados, seus amigos queridos estão aqui para comemorar mais um ano de vida com você? - respirei fundo e ela tinha razão. Mabele não merece! Filha da mãe! Sem falar nada voltei com ela para onde tinha uma roda dançando muito e eu fiz comecei a dançar também. Mesmo tentando, eu não conseguia deixar de pensar. O sorriso estampado por fora, mas por dentro eu estava destruído novamente.

* Mabele narrando.

Ficamos trocando alguns beijos e quando o japa chegou, sentamos no chão e colocamos a comida na mesinha de centro.

- É bom mesmo viu?! - Anderson falou de boca cheia.

- Eu disse! - falei convencida e ele assanhou meu cabelo. - Para! - reclamei rindo, quando meu celular vibrou, era  mensagem da Bruna. Logo fui olhar, talvez seja algo relacionado ao Luan e quando li a mensagem, vi que não estava enganada.

" Bele o Luan sabe quem é o Anderson? "

" Claro que sabe! O Anderson é o cara que eu fiquei em Salvador! Não lembra? "

" Jesusssss amado! Tinha esquecido! "

" Por que? Ele perguntou algo? "

" Fez um questionamento. Não sei como, mas ele sabe o nome do cara e já tava enchendo a cara. " - Suspirei ao ler aquilo. Posso ter falado que queria ele sofrendo muito quando terminamos, mas no fundo eu não desejo isso não.

" Não acredito! "

" Relaxa, já consegui fazer ele deixar o copo. Depois a gente conversa. Precisamos!!! "

" Tá. Beijo. "

- Vai ficar no celular agora? - Anderson perguntou.

- Não. - sorri. Fiquei sentindo uma culpa...

- Aconteceu alguma coisa?

- Não, porque? - menti.

- Sei lá, você ficou com uma cara.

- Tô normal! - ri fraco. Ele logo tratou de me fazer rir. Isso é especialidade dele. Quando terminamos de comer, coloquei um filme e ficamos abraçados no sofá. Já era madrugada quando fomos cuidar em dormir.

- Eu poderia dormir com você né? - sorriu malicioso.

- Não, não poderia. - ri.

- Porque? Dormir junto de outra pessoa não é nada demais. Não acredito que você pensou besteira! - encolheu os olhos me olhando.

- Não, você é um bobinho, inocente. - ironzei e ele riu, mordendo minha bochecha. - Tem um quarto pra você. Faz pouco tempo que eu consegui organizá-lo.

- Tudo bem. - foi pegar suas malas que ainda estavam no chão da sala e as levou para o quarto. Depois de deixar tudo prontinho pra ele, eu sai e ele me deixou até a porta.
- Obrigada por me hospedar aqui.

- Fui obrigada né?! - fiz graça e ele riu.

- Você adorou que eu sei!

- Convencido! - ele me puxou para mais uma beijo e quando eu me despedia, ele dizia: " só mais um. " e me beijava novamente. Quando enfim deitei na minha cama, fiquei pensando na loucura que se está minha vida. Na minha cabeça uma confusão de pensamentos. Eu estava preocupada com Luan, Bru queria falar comigo, eu gosto de está com o Anderson, mas não esqueci o Luan... Tudo muito bagunçado na minha cabeça. Suspirei pesado e fui tomar banho e tentar dormir em seguida.




Acho que muitas vão ficar confusas e decepcionadas, pois a mairia esperava recaída, mas foi totalmente ao contrário. O que estão achando dessa chegada do Anderson? 
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Bjs, Jéssica. ❤

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Capítulo 97

Chegou o dia do aniversário do Luan. Não nos vimos mais depois da despedida da Bubu. Ela só vai embora realmente no final deste mês. Pela parte da manhã eu fiquei no meu apartamento e fui para a academia com Bubu. Depois da acadêmia fui pra casa de meus pais. 

- Hoje é aniversário do Luan não é? - minha mãe disse, enquanto estávamos nós duas na cozinha.

- Uhum. - respondi enquanto comia.

- Como tá essa relação de vocês? - sim, eu contei tudo pra ela.

- Normal. Não vi mais ele depois daquele dia. - chamei Élvis em seguida para que ele viesse comer. Logo mais tomei banho e fui para a loja, não tinha muito o que fazer, então as três da tarde eu voltei para a casa dos meus pais e fiquei de bobeira com a Gabi.

* Luan narrando.

Hoje eu vou passar o dia em casa e a noite vou fazer um show aqui em São Paulo mesmo. Meu celular tocou, era Sorocaba.

- Diz Soro! 

- Parceiro, parabéns! Felicidades! Você sabe que tamo junto né? 

- Obrigado. Tamo junto demais! Você vai mais tarde na baladinha né? - sim, eu fechei um camarote para meus amigos e eu.

- Claro! Já viu eu dispensar festa? - rimos.

- Beleza então. Até mais tarde. 

- Até. - desliguei e ouvi meu pai me chamar na cozinha. Bubu, Xumba e ele estavam por lá. Quando entrei dei de cara com um simples bolo e eles cantando parabéns. Fiquei imensamente feliz, mesmo sendo tudo tão simples.

- Parabéns Pi, que Deus te abençoe a cada segundo mais. Eu te amo. - Bru falava abraçada a mim.

- Obrigado. Eu que te amo! - em seguida foi minha mãe.

- Meu filho, parabéns! Que Deus te proteja sempre. Muita saúde, paz, felicidade! - eu sorria ao ouvir suas palavras.

- Obrigado mãe. - beijei seu rosto.

- Eu te amo. - falou olhando em meus olhos.

- Eu também. - selou nossos lábios. Ela fazia isso comigo e com a Bru também. Em seguida meu pai me abraçou.

- Filhão parabéns! Muito sucesso, amor e paz na sua vida. Te amo! 

- Eu também te amo, Pai. Como vocês organizaram Isso? - perguntei depois de desfazer o abraço com meu pai.

- Depois a gente explica, agora vem comer. Tô louca pra experimentar! - Bubu falou ansiosa.

- Chegou da academia e vai comer doce. - a repreendi e em seguida ri, indo partir o bolo. Comemos e logo lembrei de Gabi. - A Gabi ia amar esse bolo de maracujá. 
- Ia mesmo. Ela é louca por doce. - Bru disse sorrindo.
- Liga pra lá Bubu, pede pra ela vir aqui. - apelei e ela riu assentindo com a cabeça. Levantou e se afastou com o celular no ouvido. 

* Mabele narrando.

Estava brincando de boneca com Gabi, quando o telefone fixo tocou, levantei para atender.

- Oi? 

- Bele? - logo reconheci a voz da Bruna.

- Oi Bru. Sou eu.

- É que o Pi tá querendo ver a Gabi, tipo muito! - riu.

- Então vem buscar ela.

- Vem você pra cá uai. Já chegou da loja né?!

- Já sim.

- Então vem. 

- Melhor não, Bruna.

- Porque não? Vocês dois agora se tratam feito gente.

- Tá. Mas não vou demorar muito. - avisei e ela comemorou. - Beijo sua louca.

- Beijo. Vem logo! - desliguei e comuniquei a notícia a Gabi que ficou radiante. Avisei a minha mãe e logo fomos, no caminho eu postei uma foto que Gabi bateu minha um pouco mais cedo na piscina:

" Vestido M A R A V I L H O S O: @titica ❤ " 

Sim, era somente pra fazer marketing. Mas eu realmente estava com ele desde a hora que fui pra loja e eu também estava apaixonada de tão lindo que achei. Chegamos em frente a casa dos Santana. Toquei a campanhia e logo o vi abrindo a porta. Gabi não esperou mais nada e pulou nos braços dele. Eu sorria ao ver a cena. E ouvi tudo que ela dizia:

- Tio, parabéns, tudo de bom viu? Que Deus te abençoe. Eu te amo! - com aquela voz doce ela sussurrou algo que não entendi, mas causou risadas da parte do Luan.

- Obrigada minha princesa. Eu que te amo! - beijou seu rosto. - Entra Mabele. - pela primeira vez falou comigo, assim fiz e ele fechou a porta. - Tem um bolo gostoso demais pra você lá dentro. - falou com Gabi que arregalou os olhos, ele a colocou no chão e ela correu rumo a cozinha. 

- Essa por doce é igual formiga. - sorri negando.

- Verdade. - passou a mão no cabelo, ele estava sem blusa, apenas de bermuda. - Tudo bem? 

- Tudo. E com você?

- Tudo jóia. - tomei a iniciativa de abraça-lo.

- Parabéns viu?! Tudo de bom na sua vida sempre. Você sabe que eu te desejo sempre o melhor. - ele me apertava.

- Eu sei. - aposto que tinha um sorriso no rosto, confirmei isso quando ele afastou o rosto para me olhar. - Obrigado. - agradeceu e beijou minha bochecha.

- Quero bolo também ué. - desfiz o abraço e ele riu.

- Vamos. - fomos para a cozinha encontrando todos lá, depois de cumprimentá-los, comemos. Estava realmente muito bom! 

- Cê vai mais tarde na baladinha do Pi? - Bru me perguntou.

- Baladinha? - a olhei sem entender.

- É, vai acontecer depois do show. - Luan explicou.

- Acho melhor não, eu trabalho amanhã.

- Só na parte da tarde. - Bru revirou os olhos.

- Deixa de desculpa e vai se divertir Bebele! - Tia Zezete disse.

- Eu posso ir? - Gabi perguntou nos causando risadas.

- Infelizmente não. - Luan falou com todo jeito do mundo. - Mas você pode ficar aqui comigo até a hora do show. O que acha? - ela sorriu e disse:

- Eu acho maravilhoso! 

- Então fechou, mais tarde você vai conosco Bele. - Bru confirmou e eu a olhei feio, causando risadas entre eles. Decidimos ir pra sala assistir um filme. O celular do Luan de minuto em minuto tocava, Gabi estava deitada no colo dele como uma bebê, no mesmo sofá estava Bru e o tio. No outro estava tia Zezete e eu, que estava deitada com a cabeça no colo dela recebendo um cafuné maravilhoso. Eu já estava quase dormindo, quando meu celular tocou. Era o Anderson, levantei rápido e me afastei para atender.

- Oi Anderson!

* Luan narrando.

Depois de conseguir conversar com Mabele e ter uma relação amigável com ela, eu me sentia melhor. Com um peso bem menor que antes. Quando Bru ligou pra casa dos pais dela, eu não esperava que ela viesse com Gabi. Fiquei completo depois que ela chegou. Sim, eu estou lutando pra esquecê-la, mas por enquanto nenhum avanço. Bru convenceu-a de ir conosco para a balada depois do show, eu comemorei por dentro. Fomos assistir um filme, com um tempo depois o celular dela tocou, mesmo afastada eu ouvi ela falar: " Oi Anderson! " Que diabos é Anderson? Franzi as sombrancelhas e tentei lembrar de alguma amigo dela com esse nome, mas nunca ouvi falar de nenhum Anderson. Sem segurar a minha curiosidade perguntei a Bubu, baixinho enquanto todos estavam concentrados no filme.

- Bruna, quem é Anderson? - ela me olhou e ficou sem saber o que responder, ai tem! - Em? - incentivei para que ela falasse.

- Luan, não atrapalha meu filme! - resmungou voltando a olhar a tv. Pra ela ter evitado de me responder, alguma coisa esse Anderson tem. Mabele voltou com um sorriso idiota no rosto. No mesmo instante eu torci para que o que se passava na minha cabeça fosse maluquice minha. Deitou no sofá junto da minha mãe novamente, enquanto eu fiquei pensando várias merdas, sentindo meu coração apertar, só de pensar que ela pode está com outro. As horas se passaram e o filme acabou. Gabi reclamou de fome e então me mãe com todo o jeito do mundo levantou-se, pois Bele dormia profundamente. Bruno subiu para colocar o celular pra carregar e meu pai acompanhou minha mãe. Tirei o dvd e desliguei a televisão. Quando virei a olhei. Tão linda dormindo! Não resisti e me aproximei ficando de joelhos bem próximo a ela. Passei a mão lentamente por seu cabelo e ela deu um meio sorriso. Será que estava sonhando? Sorri junto e acabei beijando seu rosto levemente, não só uma vez, mas várias vezes! Todo seu rosto. Nossa senhora, como eu a amo. Merda, eu amo demais! Olhei seu rosto novamente e ela se mexeu e no mesmo intante a companhia tocou me assustando. Levantei rápido e fui atender. Era Marquinhos e Douglas com suas namoradas.

- Aô meu fiote! - Marquinhos falou animado, me abraçando em seguida e me desejando várias coisas boas. Eles falavam alto e quando entramos encontrei Bele sentada com a cara amassada sem entender o que acontecia.

- Cês acordaram ela! - os repreendi.

- Só podia ser os dois escandalosos! - resmungou nos fazendo rir. Os meninos me olhavam sem entender, talvez tirando conclusões precipitadas. 

- Isso não é hora de tá dormindo não! - Douglas brincou.

- E nem é hora de perturbar o sono dos outros. - falou sonolenta. - Vou pra casa. - Fiquei sério, não queria que ela fosse embora.

- Não Mabele, fica mais! Eu prometi a Gabi que ela ficaria comigo até a hora do show.

- Mas ela pode ficar. Eu tenho que ir. - levantou-se e eu suspirei insatisfeito. Foi até a cozinha, com certeza pra se despedir da minha mãe. Sentei com os meninos na sala.

- Vocês voltaram?  - Douglas perguntou

- Não. - ri fraco.

- Estranhei ver ela aqui, mesmo com essa nova amizade de vocês. - Marquinhos ironizou.

- Uai, nós podemos nos dar bem depois de tudo. 

- Pode, pode... - ironizou mais uma vez.

- Até que você agarra ela e acabou amizade! - Douglas fez graça, me levando a risadas.

- Vontade não falta!

- Ela é linda! - Juliana, namorada do Douglas disse.

- É demais. - sorri bobo.

- Entendi agora porque de todo esse amor. - Namorada do Marquinhos disse.

- Não é só a beleza exterior, ela é mais linda por dentro.

- Esse tá destruído mesmo! - Marquinhos fez graça nos fazendo rir novamente, quando Bele apareceu.

- Tchau gente, eu já tô indo. - sorriu.

- Vem cá Mabele, deixa eu te apresentar pras meninas. - depois de apresentá-las as duas, eu a deixei na porta. - Você vai mais tarde né? 

- Vou, Luan. - riu fraco.

- É pra ir mesmo, se não a Bubu te arrasta pelos cabelos.

- Eu sei disso. Depois cê pede pra ela deixar a  Gabi tá? 

- Tudo bem. 

- Vou indo. - ela já estava se virando quando segurei seu braço.

- E meu abraço? - vi um sorriso sem graça brotar em seu rosto me abraçando em seguida, na ponta dos pés. Baixinha linda! - Tchau. Até mais tarde. - beijei seu pescoço.

- Até. - desfez o abraço e realmente foi embora. Respirei fundo fechando os olhos. Que saudade de beijar essa boca! Que saudade! 

- Ô Luan! - ouvi a voz do meu pai e então fechei aporta e voltei para a sala, ficamos conversando até que deu a hora de ir me arrumar pro show. Acabei dando uma paradinha pra ver algumas publicações. Eram várias! Dentre elas me deparei com uma linda:
Hoje seria a segunda vez que eles iriam comemorar essa data juntos, mas infelizmente o destino não quis assim. Mas tenho certeza que um sentimento bom ficou! Ah disso eu tenho absoluta certeza. Um amor tão grande, tão recíproco como o de vocês não acabaria por conta da " falta de tempo". O que Deus escreve ninguém apaga! E eu tenho certeza que o destino de vocês é ficarem juntos por toda uma eternidade. Isso sim era amor de verdade! Sempre vai ser, porque se tem uma coisa que eu acreditei deste o primeiro momento e vou acreditar até o fim da minha vida é no amor desses dois. Eu sei que hoje é o dia dele, mas eu só queria compartilhar a saudade enorme que eu tenho desses bobinhos juntos. Não percam tempo! @luansantana @mabelebricio ❤"

Sorri ao ler aquilo e ao ver aquela foto, foi em um dos inúmeros shows que Bele compareceu. Lembro que ela postou no tempo, por falar nisso ela não apagou nenhuma das fotos que postou de nós dois. Eu devo criar algum tipo de esperança por isso? Não sei, mas eu entendo como um bom sinal. Pelo menos nossas fotos ela não quis ou não teve coragem de apagar. Lembrei que tenho horário por show e corri pro banheiro. Pra variar no fim das contas eu cheguei atrasado no local. Atendi meus fãs, emprenssa, contratante e seus convidados. Quando fique sozinho com Testa para aquecer a voz, conte sobre a visita dela hoje e não escondi minha felicidade.

- Já fazem dois meses e você ainda ama a encrenca como antes. Não diminuiu nem um tiquinho! - falou surpreendido.

- E o pior é que eu tô tentando! Quantas mulheres eu já levei pra cama depois que terminamos? Nem lembro mais! Nenhuma me fez esquecer dela, ou amar aquele pingo de gente um pouco menos.

- O negócio foi sério! - se referiu ao nosso amor.

- Cê lembra ano passado? Fizeram uma surpresa e a Jade organizou. Ela ficou toda bicudinha por causa disso. - sorri bobo ao lembrar. 

- Lembro. - Testa riu. - Ela era uma graça com ciúmes de você.

- Era tão bonitinha com ciúmes, cara! 

- Toma. Concentra agora. - me deu um dos trem que uso pra aquecer a voz. Ficamos calados o restante do tempo. Tudo está tão diferente depois de um ano. Quem diria... 



E aiiii!!! Gente, quando o Luan descobrir quem é Anderson... Acho que a reação não vai ser muito boa  e sobre essa baladinha? ELA VAAAAII! Amizade reinando! Hahahaha
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Bjs, Jéssica. ❤