Capítulo 61

- Pi, olha quem chegou! - Ouvi Pi me chamar, olhei para trás mastigando um pedaço de carne, era Bele, linda como sempre: Mari, João, Gabi e dona Carol.

- Aow rapaz, que bom que cês vieram mesmo. - cumprimentei cada uma delas com um beijo no rosto e João com um abraço, Gabi logo veio para meu colo.

- Você quer carne, minha princesa? - me afastei do restante, indo até a churrasqueira.

- Quero. - pôs a cabeça em meu ombro. O restante sentou, numas cadeiras espalhadas pelo jardim.

- Cês querem também? - os olhei.

- Eu quero. - Mari fez bico. Ri de leve.

- Bele, depois eu quero falar com você. - falei assim que dei a carne para Mari, sentando em seguida.

- Ta certo. - sorriu sem graça, acho que por está na frente de todos. Assim que ela fechou a boca, Rober entrou com o Well e hímen, da equipe só eles ficaram de vir, o restante disse que aproveitaria o tempo com a família. Depois de cumprimentos eles sentaram, logo ouvi um som em altura ambiente, músicas sertanejas. Xumba, veio para o jardim logo em seguida junto com meu pai. Ficamos nós conversando, rindo e comendo e alguns bebendo. Na minha cabeça, só se passava o que eu tinha para falar, mostrar... Tomara que dessa vez dê certo e essa mulher volte pra mim. É minha última tentativa, se não der certo, bola pra frente, mesmo que doá, mesmo que seja difícil.

- Vamos dançar! - a Paiva disse com as meninas, que toparam na hora. Até a Gabi entrou na onda e foi também. Eu tentava me distrair, tira a ansiedade conversando com os meninos. Olhei no relógio e marcavam 5 da tarde. Já os outros convidados chegam e a bagunça fica completa. Bru gravava snaps com as meninas, em um ela mostrava somente a Gabi, dançando toda, toda. Depois de um tempo observando a mulher que tanto amo, tomei coragem e levantei chamando-a discretamente com a mão. Subimos até meu quarto em silêncio, certeza ela sabe o assunto dessa conversa. Entramos, ela sentou na cama, e eu peguei meu violão ficando em frente a ela, também sentado na cama.

- Primeiro cê escuta. Assim que acordei e veio cada palavrinha tão fácil na minha cabeça.. Escuta só. - Comecei a dedilhar as cordas do violão e ela me olhava atenta. Cê ta certa, eu ando mentindo demais. Ontem eu disse eu te amo né? Até o fim da minha vida né? Eu menti. Se tiver outra vida vou te amar também. - Um sorriso emocionado brotou em seu rosto. Fechei os olhos. - E tem mais.. Quando eu chegar cansado em casa, vou mentir que tô sem sono, que ainda aguento uma noite inteira ouvindo como foi seu dia. - Abri os olhos novamente encontrando um sorriso apaixonado e olhos brilhantes me olhando. - Eu só minto, porque a mentira até certo ponto, serve para omitir verdades que querem escapar. O coração que não freio, não tem filtro quando ama, quer gritar pro mundo que achou quem tanto procurou. Cê ta certa, eu tô mentindo demais.. Cê ta certa eu tô mentindo demais!

- Gostou? - perguntei e sem responder nada ela se aproximou me beijando. Que beijo gostoso.. Suas mãos acariciavam meu cabelo.

- Você é demais! - falou eufórica.

- Cê me perdoa, por todos os vacilos daquela noite?

- Perdôo porque eu não sou eu sem você, perdôo porque você é incrível e me faz me sentir amada como nunca ninguém conseguiu. Mas me promete não fazer mais isso? - me olhou séria

- Prometo. - sorri feliz em saber que tenha ela de volta. - Minha pinguinho. - falei pausadamente próximo a sua boca, sorrimos e nos beijamos novamente. Ficamos trocando carinhos e beijos. Matando a saudade um do outro. De repente ouvi batidas na porta, encerrei mais um de nossos beijos.

- Quem é?

- Tio, sou eu. Cadê vocês? Vamos descer, seus amigos chegaram. - Gabi disse com aquela voz doce, fininha.

- Vai lá, já tô descendo. - falei alto e não ouvi mais nada. - Bora amor? - estendi minha mão.

- Fala de novo. - falou abobalhada. Ri sem entender.

- O que? Amor? - arqueei as sobrancelhas.

- Eu senti saudade de ouvir isso. Você me chamando de amor. - me olhou doce.

- Ontem mesmo eu disse. - levantei e ela levantou também.

- Mas era fingimento ué.. - olhei para trás rapidamente.

- Vai pensando.. - rimos e descemos, encontrando os meninos. Cumprimentei todos e apresentei Mabele para aqueles que ainda não à conheciam. Ficamos numa rodinha e minha pinguinho se afastou, indo até as meninas.

* Mabele narrando

Depois de mais um declaração dessas, como dizer não? Eu já estava morta de saudade e morro de amor por ele, então porque não dá uma segunda chance? Todos merecem. Depois de conhecer os amigos, que eram desconhecidos por mim, fui para a roda das meninas.

- Me diga que voltaram! - Mari falou rígida.

- Voltamos. - sorri largamente e os gritinhos delas, inclusive da minha mãe e tia zezete. Me abraçaram.

- Mas depois daquela música, como dizer não né? - Tia disse.

- Você já sabia? - falei arregalada.

- Claro uai, ele passou o dia nisso e nos mostrou depois, querendo uma opinião. Dudu o ajudou nos arranjos, essas coisas. Mas a letra foi toda dele.

- Ele é muito fofo! Muito incrível! Muito lindo! Muito tudo!!! - elas riram.

- Quero ouvir essa música depois.. Pena que o João não é cantor, deve ser incrível depois de uma briga o cara fazer uma música inteira pensando em você. - Mari disse com um ar de encantada.

- Eu posso meu amor, chupa! - zoei e ficamos nesse clima bom. Depois de um tempo começou a esfriar e fomos todos para a sala. Os meninos reclamaram de fome e que só as carnes não estavam dando conta. E sobrou pra quem ir pra cozinha? Sim, eu,Bru e Mari. Minha mãe ficou de papinho com a tia dizendo que merece ter tempo para fofocar. Posso com isso? Foi divertido, tentamos fazer um risoto, eu mal participei, afinal não sei fazer nada. Ficamos no snap, onde a Bru sofria mexendo as duas panelas ao mesmo tempo, muitas vezes nos causando risadas. Começou a chegar notificações no meu celular do instagram que esta uma loucura mais que normal, desde ontem depois do meu momento donzela e agora com os snaps o negócio triplicou. Depois que ficou pronto, eu fui até a sala avisar que já estavam trazendo.

- Amor, aproveita e bate uma foto nossa. - Rafa pediu me dando o celular. Juntaram e bati.

- Pronto.

- Ficou massa. Vou postar! Valeu amor. - soltou beijo e começou a teclar no celular. Voltei à cozinha.

- E ai? É hoje?

- Calma querida, estou colocando na travessa. - Bru falou concentrada. Depois de tudo está nos conformes, deixamos na mesinha de centro. Eu levei os pratos e Mari os copos, junto com os talheres. Começaram a se servir e a zoeira era grande, eu gargalhava do que ouvia, assim como Bru e Mari. Sentamos nas poltronas e começamos a falar da gravidez da Mari.

- Então vamos decidir logo. Eu gosto de Emanuel. - eu disse, enquanto estavamos numa civilizada discussão sobre o nome do bebê.

- Não, esse é feio. Eu penso assim, já que não vou ser madrinha, eu decido o nome. - Bru apelou.

- Foi pro emocional.. Não cai Mari!

- Vamos decidir juntas! Vou pôr ordem nessa bagaça. - se fingiu de séria e rimos. Continuando a discutir sobre o nome. Rafa passou por nós, beijou meu rosto e correu até a cozinha, voltou com um negócio na mão e Sorocaba estava bem mais afastado distraído no telefone. Rafa pegou o que estava na mão, abriu e derramou o líquido. Sorri negando e mostrei as meninas.

- Sorocaba, o Luan ta fazendo safadeza! - Paiva alertou gritando. - Sorocaba olhou rápido.

- Bruna, filha da mãe! - Rafa disse rindo.

- Merece morrer! - Rober disse.

- Quem vai me matar, você? - falou com desdém, eu já ria da situação.

- Não me subestime! Posso te surpreender! - apontou o dedo.

- Frase feita? Nossa ta me supreendendo mesmo! - ironizou. Enquanto isso Sorocaba xingava o Luan. Aquilo estava uma bagunça! Depois de alguns minutos, sem decidir o nome do bebê, Rafa se chegou, cheirou meu pescoço.

- Quer ficar de dengo agora? - Paiva disse. - Não posso com isso, eu aqui solteira, carente, solitária, tenho que aturar um casal apaixonado. Sorte de vocês serem meu casal. Mas pode sair daqui. Ninguém merece ficar de vela. - falou com seu jeito espontâneo. Rimos e eu levantei, para dar uma atenção pro meu amor.

- Encalhada! - Rafa implicou e ela deu dedo. Sentamos no sofá, onde estava Robert e Hímen, distraídos cantando uma música sertaneja com os meninos. Rafa começou a cheirar meu rosto todo, me causando cócegas, ri.

- Para Rafa! - coloquei a mão em seu peito, tentando o afastar. Me olhou sorrindo.

- Minha cheirosa! - começou a cheirar meu pescoço, dando algumas mordidinhas, me causando arrepios. Sorri gostando da sensação. Beijou minha bochecha e enfim, chegou em minha boca, me tomando para um beijo lento, carinhoso, gostoso. Assim que encerramos, fiquei namorando com seu rosto, passando suavemente meus dedos em suas bochechas e barba. Selei nosso lábios três vezes. Na última ele segurou meu rosto, tentando enfiar a língua na minha boca. Bati em seu braço e ele riu.

- Dorme aqui hoje? Tô morrendo de saudade de você. - falou em meu ouvido.

- Saudade? Estamos grudados desde ontem! - me fiz de desentendida.

- Cê entendeu, cê sabe qual a saudade que eu tô falando. - sorriu malicioso me olhando.

- Fico sem graça.. Todo mundo vai perceber. - fiz careta.

- Que que tem?

- É constrangedor.

- Então vamos pra um motel, mando todo mundo ir embora agora.

- Você não tem um pingo de vergonha não? - Encolhi meus olhos. - Ta pensando que eu sou o que?

- Não quis te ofender.. É normal casais irem para motel, diferenciar amor.

- Você merece um tapa nessa cara de madeira. Eu não vou pra motel nenhum!

- Pra quem fez no camarim.. Que outros lugares a gente fez? - tentou lembrar.

- Shiu! - coloquei o dedo em sua boca, rindo ao lembrar. - Motel não! Eu durmo aqui.

- Assim é bom. - se aproximou.

- É? - segurei as laterais do seu rosto.

- É sim.. - sorrimos e nos beijamos novamente, longamente. Um beijo molhado. No fim, mordeu meu lábio com força.

- Amor! - bati em seu braço, pegando em meu lábio em seguida para ver se não sangrou.

- Deixa de ser exagerada. Nem foi tão forte assim..

- É porque não foi você que sentiu. - reclamei.

- Mais tarde cê vai sentir muito mais. - maliciou.

- Mais tarde que quero sentir mesmo. - entrei na dele.

- Cadê a moça recatada que não queria motel? Sumiu! - fez cara de espanto e eu gargalhei.

- Bobo. - o beijei e os meninos o gritaram.

- Ouve só.. Fizemos agora, ajuda aqui cara! - Mariano falou, se referindo à uma música que eles estavam compondo. Fiquei observando pela primeira vez, Rafa compondo, ajudando os amigos. Depois de um tempo decidi olhar meu instagram, acabei curtindo as postagens lindas sobre ontem e algumas coisas sobre hoje. Já era mais de uma da manhã quando os meninos começaram a ir embora. Nos despedimos e sobrou somente minha família.

- Vou dormir aqui. - sorri amarelo.

- Voltaram e voltou também as safadezas. - João reclamou.

- Cala a boca, idiota. - falei envergonhada.

- Tudo bem filha, esquece seu irmão e aproveita seu namorado. - minha mãe disse e Rafa me abraçou de lado.

- Diz o pai, que amanhã ele não precisa me esperar.

- Tudo bem. Marizete, Amarildo, obrigada por tudo! Amei o churrasco, as conversas. - começou aquela despedida e nós fomos nos recolher. Rafa tomou banho e saiu de cueca box preta, gostoso do caralho! Deitou ao meu lado e no mesmo instante levantei para tomar o meu, ele ficou no celular. Terminei e vesti uma blusa dele, somente a blusa.

- Esse filme é bom? - me referi ao que passava na tv.

- Não sei, mas a companhia do meu lado é muito boa! - colocou o celular de lado e veio para cima de mim, com um sorriso safado. Essa noite promete!



VOLTARAMMMMMM!!! gentex me desculpem a qualidade do cap, mas é que foi feito as pressas para não deixar vocês mais um dia sem capítulo. O que acharam? Sugestões são bem vindas.. E no próximo é hotttttt!! O que acham de cada uma comentar um pouco do que quer que role no hot ( mas tem que haver com os dois) e eu tenho encaixar. Se quiserem participar comentem ai! No próximo eu respondo os comentários ta? Porque agora os mosquitos estão me comendo e eu não aguento mais, vou pro quarto. Kkkkk 
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Bjs, Jéssica. ❤