sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Capítulo 64

- Essa boate é muito foda! - Gu falou eufórico, balançando o copo no alto.

- Louco, louco, louco. - comentei rindo. Já havia algumas horas que estávamos ali.

- Cadê o Pi e o João que não voltam com nossas bebidas. - Bru reclamou.

- É verdade, estão demorando demais. - Mari falou desconfiada, tentando olhar em direção ao bar, mas estava lotado. Impossível vê-los.

- Calma, já eles chegam. Deve ser porque está lotado demais, não estão vendo?

- Eu quero boys! - Gu gritou um pouco distante de nós, virando o copo de uma vez só na boca. Ele já estava "alegre". Rimos assim como algumas pessoas que estavam perto. Continuamos dançando. Tocava Cristiano Araujo, eu amo!

- Olha lá a Leila. - Mari apontou rindo, olhei e vi minha amiga no maior " amasso" com um carinha.

- Nossa, a gata ta soltinha! - zoei, colocando a mão na boca. Rimos em seguida. Os meninos chegaram, nos entregaram as bebidas, o da Mari era somente um suco, por conta da gravidez.

- Porque demoraram? - Mari já foi tomando satisfação.

- Estava lotado e o Luan encontrou uma amiga. - João disse e eu olhei meu namorado.

- Que amiga? - estranhei e ele passou a mão no cabelo.

- Cê não conhece. - pareceu não querer falar muito sobre essa tal amiga, apenas arqueei as sombrancelhas, desviando o olhar dele. Começaram a conversar e eu distraída no celular, dançando de leve. Só pra lá e pra cá. Me deparei com uma foto do Bruno, acabei dando um like, bem na hora que o Rafa me abraçou por trás, vendo o que eu estava fazendo, tentei ser rápida rolando para cima.

- Espera. Volta aquela foto. - ele não sabia que eu seguia meu ex.

- Não. Pra que isso? - me fiz de brava.

- Volta Mabele! - pediu autoritário, acabei voltando. - Cê anda curtindo foto do seu ex? Seguindo ele?

- Não quero discutir, mas se for pra discutir você quem vai perder. Porque não foi eu, quem mentiu pra você e foi para o aniversário da ex e ainda ficou bêbado, quase comendo uma meninas no vídeo e ainda fazendo a namorada se passar por corna em todo o Brasil. - ele me soltou e ficou calado. O olhei e ele tinha uma cara nada boa. - Que foi? Não gostou? Ta vendo como você não tem moral alguma pra reclamar, eu só curti uma foto, diferente de você.

- Vai ficar passando isso na minha cara? - me olhou.

- Não, só vou relembrar quando necessário. - sorri irônica e virei novamente, ele se afastou indo em direção ao Gustavo. Ah, fala sério, vem cheio de marra como se tivesse moral para reclamar de algo. Me poupa! Passo na cara mesmo, quantas vezes preciso for. Não tenho amnesia. Bru, Mari e João, perceberam o jeito que ele saiu e me olharam como se esperassem uma explicação. Apenas voltei a olhar meu celular. As vezes eu olhava para onde ele estava, e via sempre alguém querendo foto, ou alguma siliconada se exibindo, mas ele nem dava bola, tinha o olhar distante e virava o copo na boca e instante em instante, encostado na grade do camarote. Gu enlouquecia descendo até o chão, mesmo se a música não se encaixasse em sua dança. Sorri olhando aquilo. Não posso negar, Rafa fica lindo bravo, da vontade de morder.

- Não vai falar com ele? - Bru falou em meu ouvido por conta do som alto, apenas balancei a cabeça negativamente. - Vocês são dois putos. - revirou os olhos e voltou a dançar. Mari ria me olhando, assim como João. Algumas horas depois decidimos ir embora, Gu bêbado e Rafa também, mas não chegava ao ponto do Gustavo, não havia vestigios de sobriedade nele. No estacionamento começou uma confusão. Rafa e Gu já estavam no carro, mas quando Leila disse que não iria conosco, Gu enlouqueceu, saindo.

- Você ta louca? Vai dar de primeira? Vamos para casa Leila! Agora! - falava embolado, mas com raiva.

- Gustavo você está bêbado e não manda em mim. - falou tranquila.

- Não estou não! - apontou o dedo na cara dela.

- Cara, entra no carro. - João pediu.

- Leila, você é uma biscate mesmo. - negou com raiva. - Tomara que engravide, pra deixar esse fogo no rabo. - Ele morre de ciúmes dela na verdade, isso é explicito. Mas é aquela coisa de irmão.

- Tchau gente. - Leila se de pespediu sem dar importância à ele. Assim que ela se afastou ele tentou alcança-lá, mas João foi mais rápido o impedindo e pondo ele dentro do carro.

- A Mari vai dirigindo o meu, já que não bebeu e eu vou no seu, já que não bebi também. - João disse

- Beleza. Os "bebum" vão com você. Eu vou com a Mari e a Bru. - pisquei e ficamos assim. Assim que chegamos em casa, todos entraram. Todos irão dormir aqui, ninguém estava com disposição de passar na casa de cada um. Rafa subiu na frente e as meninas fizeram careta.

- Boa sorte amiga. - Bru disse.

- Relaxa. - sorri. Ao entrarmos eu tirei minha roupa e meu salto, ficando somente de langerie. Sentei na cama e fiquei o observando, tentava abrir a calça, sem conseguir, em pé, próximo ao banheiro.

- Quer ajuda?

- Não, sei me virar sozinho. - foi grosseiro, apenas sorri negando com a cabeça. Bobo. Alguns instantes depois ele enfim, conseguiu. Quando tentava tirar a calça totalmente, perdeu o equilíbrio e quase caiu, mas se apoiou na parede.

- Toma cuidado, cara. - sorri e ele bufou. Estava mesmo com raiva de mim. Quando ficou somente de cueca entrou no banheiro. Deitei e liguei a TV, mas então lembrei do Gu, peguei um roupão e fui vê-lo. Assim que abri a porta do quarto onde ele se encontra, o vi no décimo sono, ainda de roupa, com as pernas para fora da cama, todo torto.

- Gustavo, deita direito. - tentei ajuda-lo, ouvindo somente um resmungado, depois de muito custo, consegui tirar sua roupa e fazê-lo deitar como se deve. O cobri com o edredom e liguei o ar-condicionado. Quando cheguei no quarto, meu bebum bravo já estava deitado de bruços, somente de cueca. Não me olhou e eu fui direto para o banheiro, mas rapidamente tomei banho, vesti uma das blusonas que tenho de dormir.

- Não vai falar direito comigo mesmo? - perguntei assim que deitei igual à ele, o olhando.

- Não. Quero dormir agora, então ajuda. - falou seco e eu sorri me aproximando, passei a mão por suas costas e cheirei seu pescoço. Ele não demostrou nenhuma reação. Repeitei sua raiva, mas acabei dormindo assim, grudadinha nele.

...

Acordei e já se passavam das três da tarde. Dormi demais. Amarrei meu cabelo e olhei Rafa que ainda estava no décimo sono. Fiz minha higiene matinal e quando voltei, fui acorda-lo.

- Neném, acorda. - passei a mão em seus cabelos e nada. - Rafa? - beijei seu rosto passando a mão em sua barriga. - Amor, acordar! - falei mais alto e ele despertou me olhando com dificuldade.

- Que dor de cabeça. - reclamou.

- O Gu deve está no mesmo estado que você. Vem tomar banho comigo.

- Não. Eu bebi, mas não esqueci de ontem.

- Ainda Rafael? - o olhei entediada, sentando e ele sentou também. Ficamos naquela posição de " indiozinho" de frente um pro outro.

- Toda vez que tivermos uma discussão, cê vai passar o que eu fiz na minha cara?

- DR matinal. Ótimo! - revirei os olhos. - Foi preciso, porque você vem cheio de razão, mas não vê meu lado e tudo que eu aguento também.

- É claro que eu vejo, só não gosto de lembrar da burrada que fiz. Foi uma fase triste, foi onde a gente ficou separado e em toda discussão você vai fazer questão de me lembrar isso? Não gosto de lembrar. - passou a mão no cabelo, um pouco cabiscaixo.

- Então para de impor coisas que você não tem moral pra pedir! - falei com jeitinho. - Eu aceito de boa sua amizade com a Jade, sua aproximação e porque com o Bruno não pode?

- Cê aceita de boa? - arqueou as sombrancelhas.

- Não tanto, mas relevo!

- A diferença é que esse Bruno é doidinho por você, já a Jade não. Entre nós é somente amizade. Só!

- Vai pensando neguinho.. Vai pensando. - Ironizei.

- Para de ironia!

- Para você de ser tão cego, ao ponto de não ver que ela ainda sente algo por ti! - me alterei um pouco.

- O que importa isso? Eu te amo e tô com você. Foda-se o que ela sente. Ela é passado, assim como todas as outras. - falou firme, sem tirar seus olhos dos meus.

- O mesmo eu te digo. O que importa o Bruno sentir algo por mim, se é você que eu amo, que eu quero? Em? - ficou em silêncio, de cabeça baixa. - nós somos dois inseguros, isso sim. - ri fraco.

- É claro que eu tenho insegurança, cê é incrível Bele. Qualquer cara queria uma namorada como você. Esforçada, carinhosa, companheira e atenciosa. Já eu, mal tenho tempo pra mim... Tenho medo de você se cansar e com esse Bruno em cima direto, vocês voltarem, sei lá. - falou cabisbaixo e eu me aproximei, colocando minhas mãos nas laterais de seu rosto.

- Amor, eu te escolhi já sabendo quem você é e tudo que vem com você. Aliás, eu não escolhi nada. Deus te escolheu pra mim, porque o amor que eu sinto por ti, ultrapassa qualquer distância. Eu sei que quando você chegar de viajem, vai vir ficar comigo e me dar toda a atenção, sei também que esse é seu trabalho e milhares de pessoas dependem de você, não me refiro somente ao funcionários, mas as suas fãs também. Nesse tempo em que estamos juntos, eu já fiquei sabendo que cada história linda, de como você ajuda essas pessoas, com o simples ato de cantar. Então eu só te admiro, por tudo que você representa, por tudo que você faz e isso inclui, todo o amor que eu sei que você tem por mim. Então relaxa, não tem Bruno, não tem Caio Castro, não tem Taylor que me faça deixar você. Ah, mas aquele Taylor é bem gostosinho. Um lobo daquele eu queria. - Brinquei no final e ele gargalhou. - Te amo, te amo, te amo, te amo. - beijei todo seu rosto e em seguida dei selinhos em seus lábios.

- Eu que te amo, minha pequena gostosa. - maliciou, mordendo minha bochecha.

- Sai canibal! - ri. - Vamos tomar banho?

- Vamos. Mas tem que ser um banho caprichado! - falou enquanto íamos em direção ao banheiro.

- Você só pensa em sexo? - coloquei a mão na cintura, o olhando já dentro do banheiro.

- Não, mas com você assim, com essa blusinha. - passou a mão no tecido. - Toda gostosinha pra mim, e sabendo também que eu vou viajar e só vou te ver daqui a muitos dias, é impossível pensar em outra coisa. - me puxou pela blusa e começou a beijar meu pescoço. - Vou escovar os dentes. Já eu entro no box, pra gente tomar banho gostoso. - falou em meu ouvido e eu assenti, entrando no box. Poucos minutos depois ele entrou e quando eu me dei conta, já estávamos nos amando, debaixo do chuveiro, com a água caindo entre nós.

* Luan narrando.

Nada melhor que depois de uma pequena discussão, acordar, receber uma declaração e ainda se resolver com a pessoa que você ama. E pra fechar com chave de ouro, fazer amor debaixo do chuveiro. Até a dor de cabeça desapareceu, mesmo com a ressaca. Quando descemos, a maioria dos familiares da Bele ainda estavam aqui. Todos no jardim. Minha sogra fez questão de preparar um café bem forte pra mim, por conta da Jojô está de folga. Depois disso fomos encontrar o restante das pessoas no jardim. Graças a Deus eu me dei muito bem com a família da minha namorada e sinto que eles gostaram bastante de mim também. Gustavo já havia ido embora, meu sogro disse que ele estava com uma dor de cabeça e um humor terrível! Fiquei conversando com um e outro, até que a dor de cabeça voltou. Fui atrás da pinguinho, que estava com o avô.

- Amor, tô com dor de cabeça. - fiz careta.

- Vem, vamos pegar um remédio pra você. - levantou prontamente e me deu um que segundo ela era ótimo! Minha sogra adentrou no local.

- Tudo bem Luan? - me olhou preocupada.

- Dor de cabeça de ontem. - sorri de lado.

- Bebe demais, mãe. Da nisso! - Bele me repreendeu.

- Vem, arma uma rede pra você no jardim, onde não tenha muita conversa.

- Acho que vou pra casa. Não quero incomodar mais.

- Que incomodar o que rapaz. Venha!

- Nem eu sou tão mimada assim. - Bele riu.

- Só um pouco mais né Mabele? - dona Carol colocou as mãos na cintura e Bele gargalhou. - Vem filho, deita um pouco, depois você vai pra casa, aproveitar um pouco sua família.

- Tudo bem. - fomos e eu deitei junto com a Bele, mas rapidamente dormi com seu cafuné.

* Mabele narrando.

Fiquei velando seu sono e observando seu rosto, que estava em meus seios. Tão sereno, essa barba, essa boca, passei a mão levemente sobre eles, até que Gabi apareceu.

- Ele dormiu? - sussurrou e eu concordei sorrindo.

- Sabe que eu esqueci de dar seu presente mocinha!

- Ah, então me da logo. - falou animada, mas baixo.

- Como se o Rafa está praticamente em cima de mim? - observei sua perna sobre a minha, meu braço sobre minha cintura e sua cabeça em meus seios.

- Eu queria Bebele. - fez bico.

- Quando o tio acordar eu te dou, apressadinha.

- Tudo bem né.. - entortou a boca, um pouco insatisfeita e saiu. Pequei meu celular, já que não tinha nada pra fazer. Fui para o instagram e acabei postando uma foto do Rafa dormindo. Com a legenda " Meu neném. " as meninas estavam morrendo de amores e eu sorria lendo cada comentário, um mais encantador que o outro.

- Eita homem de sorte esse.. - João chegou falando alto.

- Fala baixo idiota! - ele riu. - Cadê a Mari?

- Ta deitada também, agora a mulher só dorme. - negou rindo.

- Claro, ela está grávida. É assim mesmo.

- Amanhã nós vamos saber o sexo do bebê.

- Tomara que seja menino, nós decidimos o nome. Aliás, a Bru né. - ri lembrando do dia.

- Tô curioso demais! - passou a mão no queixo. Mania.

- Amanhã você mata essa maldita! - brinquei, Rafa se mexeu e eu passei a mão em seus cabelos.

- Eita que dengo com esse dai viu?!

- Ciúmes?

- Não né. Já acostumei.

- Ótimo. - sorri. - Cadê a Bru mesmo? Não vi ela depois que desci.

- Assim que acordou, tomou café por insistência da mãe e depois foi embora, dizendo que dormiria mais um pouco. Estava acabada. - riu.

- Ela bebeu também. Acordei de boa. - continuamos conversando, até que Rafa acordou.

- Cala a boca malacabado! - olhou feio para João.

- Deixa você de ser folgado! - rebateu rindo. Rafa virou o rosto, acho tentou dormir novamente, dei impulso com um dos meus pés no chão, e comecei a balançar a rede. João foi atrás da Mari para irem embora.

* Luan narrando.

Acordei e o sol já estava se pondo, mas as conversas da família da Bele continuavam a todo vapor. Ela mexia no celular.

- Acho que já vou embora. Viajo amanhã.

- Já? - fez bico me olhando.

- Já meu amor. - sorri e ela continuou com o bico. Ficamos namorando um pouco, alguns minutos depois levantei e me despedi de todos, e marcamos um churrasco na chácara da família, qualquer dia. Na hora de me despedir na minha pinguinho, foi aquele olhar triste de sempre, ela tentava disfarçar, mas eu sempre reparava nisso. Disse que quando eu chegasse na cidade avisasse que tinha chegado. Como sempre faz. Fui para casa, aproveitar minha família, já que amanhã cedo viajarei.



Demorou a chegar na meta e eu demprei a postar, mas está ai.. Esse dois em? Brigando em um dia se amando no outro. Lindos! Será que a paz vai continuar, como vai ser? O que vocês acham? 
META:5 COMENTÁRIOS.
Bjs, Jéssica. ❤

5 comentários:

  1. Owwnn, que lindo... Continua #PeloAmorDaVirgemMaria

    ResponderExcluir
  2. Luuan vem dormir cmg, aqui tbm tem rede. KKKK e esse Gus, kkkkk parece meu amg.

    ResponderExcluir
  3. Caraa, tua fic é umas das mais perfeitas que ja li. Parabénss, você arrasa!Tem alguma Fic te sirva de inspiração?

    ResponderExcluir
  4. Já tem grupo da Fanfic? Se não super apoio você fazer haha ��

    ResponderExcluir