Capítulo 59

Acordei, eram cinco da tarde. Desci tomei meu café e fiquei conversando com a Xumba, que também vai no show de hoje, aliás todos aqui de casa vão. Tô numa ansiedade rapaz.. Perguntei pela Pi e  está na academia com a Belinha, como ela costuma falar.

- Filho, aproveita e tenta convencer ela a volta pra você. - me olhou sapeca, acabei rindo.

- Num sei.. Ela já disse que acabou. - entortei a boca.

- Já disse pra você não desistir assim.. Deixa de ser bobo, aproveita que hoje ela vai ficar pertinho o tempo todo!

- É né? - sorri negando. Só minha mãe mesmo pra me fazer ter esperanças. - Deixa pra noite mamusca. Vamos ver o que ela nos reserva. - levantei. - agora eu vou tomar banho, quando a Pi chegar e o pai, manda eles tomarem banho também, uma seis e meia a gente sai.

- Certo. - ficou arrumando a bagunça da mesa. Durante o banho, eu só pensava nela. Naquele pingo de gente... Já disse que tô ansioso? Eu tô demais!!! Pareço um adolescente prestes a dar o primeiro beijo. Aquele nervoso, frio na barriga. Mas eu sei o nome disse. É amor, com certeza é amor o que eu sinto por ela.

* Mabele narrando.

Chegamos em frente a minha casa e gargalhavamos alto.

- Bru, que mico meu!!! - me apoiei nos joelhos e ri mais ainda, do mesmo jeito ela.

- Que vergonha! - sim, ela caiu na academia. Se estabacou no chão.

- Pelo amor de Deus.. E eu não sabia se te ajudava ou ria de você. - gargalhei.

- Bela amiga! - riu e ao mesmo tempo se fingindo de brava.

- Menina, deixa eu entrar, já o Luan passa aqui. - lembrei do show.

- Vocês vão juntos?

- É claro! Somos um casal pra todos né?! E a Paiva já chegou?

- Ainda não sei, ela não deu sinal aqui no whats. - olhou o celular.

- Já deve tá na sua casa, talvez se arrumando né? Era o que nós devíamos está fazendo. - ri.

- Verdade. Eu vou lá. Beijo.

- Beijo desastrada. Não vi ninguém na sala, talvez estavam todos se arrumando. Fui fazer o mesmo. Saindo do banheiro, bateram na minha porta. Não pode ser o Luan.. Abri a porta.

- Ah é você pai?

- Sim. - riu de leve. - Cê ainda ta assim? Eu já tô pronto!

- Tô vendo. Ta gatão. - passei a mão em seu braço.

- Eu tento né boneca. - fez graça. Rimos. - Mas vou ser direto, não quero te atrasar mais ainda. Faz um instagram pra mim?

- An? Você quer fazer um insta? Mas meu paizinho ta moderno demais!

- Quero ficar atualizado de tudo.

- Então me dá aqui. - rapidinho eu fiz e já bati ali mesmo sua foto. - Vai pôr que legenda?

- Coloca... - pensou. - Boa noite, algo assim. - ri colocando.

- Pronto, tá aí. - mostrei.

- Aê filhona, obrigado. Vou aprender a mexer enquanto vocês terminam de se arrumar. - já estava na porta quando falou. - Ah, o Roberto e a Cláudia, aqueles meus amigos, vão também.

- Hoje é gente demais! - sorri e ele concordou sorrindo. Saiu e eu fui corre para me arrumar. Depois de mais de uma hora fiquei pronta e acabei batendo uma foto no espelho do corredor, postando em seguida:

"Bora pro melhor show do mundo? "

 Já que é pra fingir, vamos fingir direito e também não deixa de ser mentira, pra mim é o melhor.

- Mabele!!! - ouvi meu pai gritar meu nome. Com certeza ele chegou. Me benzi e respirei fundo. Passar horas ao lado dele.. Meu Deus! Desci e o encontrei lindo e cheiroso como sempre:

            ( relevem, por a foto ser de show)

- Oi, cê ta linda! - sorriu e me abraçou.

- Obrigada.

- Bora? - se afastou.

- A Gabi já está pronta pai? - o olhei e ele tinha um sorriso lerdo no rosto.

- Ela vai conosco.

- Não, ela vai comigo. - arregalei o olho somente para que ele visse. Não quero ficar sozinha com o Luan.

- Não, ela vai comigo e sua mãe. Podem ir, já eu chego lá meu genro. - fez de propósito.

- Pai! - o repreendi e ele e Rafa riram. Revirei os olhos e saí na frente.  Assim que entramos no carro, Luan falou:

- Isso tudo de levar a Gabi com a gente é medo de ficar sozinha comigo? - me olhou com um sorriso malicioso. Puta que pariu! Vou resistir à ele, vou sim.

- Eu com medo? Claro que não. - olhei para frente e ele riu. Odeio quando ele faz isso. Deu partida.

- Cê ainda tem vontade de ser donzela?

- Nossa, você desenterrou agora. - acabei rindo. Comentei uma vez que queria ser donzela, mas desde que o conheci que não tem mais, por ser o acústico. - No acústico não tem mais donzela.

- Mas cê tem vontade? - insistiu e me olhou rápido.

- Não. - menti.

- Uhum, sei.. - sorriu. Como fica lindo dirigindo e sorrindo ao mesmo tempo. Demos a conversa por encerrado e ele me fazia rir com suas idiotices até chegarmos no local do show. Well já nos esperava no estacionamento. Saímos de mãos dadas e vários flashes sobre nós. Soltou minha mão para atender as meninas, eu fiquei um pouco mais afastada. Sorrindo e acenando para algumas que também sorriam pra mim. Várias gritavam: " Linda!" " Mabele, olha aqui! " " Mabeleee!!! "

- Tenho que ir amores. Nos vemos daqui a pouco. - falou com as meninas que gritavam. Entrelaçou nossas mãos novamente e antes de entrar demos de cara com o pânico.

- Olha só, Luan Santana! Luan, fala rapidinho com a gente?

- É rapidinho mesmo? É que eu tô atrasadão.

- Beleza. Pelo jeito o namoro está indo bem, mesmo depois daquele boato de traição. - me olhou rápido.

- Ta uma maravilha. Isso não passou de uma mentira. - sorriu e já foi andando.

- Ô Luan, e a vida profissional? Novos projetos? - tentava nos seguir e Rafa respondeu os olhando rapidamente.

- Melhor impossível. Vem novidade mais na frente. - finalmente conseguimos entrar no camarim.

- Os inconvenientes. - revirei os olhos.

- Deixa de ser boba. Esquece.. Tô lidando com essa pergunta à tempo, esses dias que maneraram mais.

- Cadê o povo? - perguntei ao ver que estava somente nós dois.

- Já chegam, não precisa ter medo. - fez graça

- Não tô com medo, idiota! - ele riu. Quando fechei a boca, Leide entrou junto com o Rober.

- Belinha!

- Leide! Que saudade! - nos abraçamos.

- Eu que estava.. - me apertou mais ainda o que me fez rir.

- E o meu caso? - olhei Rober depois de me afastar de Lelê.

- Eu tô aqui né, sempre te esperando. - rimos e nos abraçando, ele me tirou do chão e eu dei um gritinho e um tapa em seu braço.

- Eu estava com saudade de você também. - o olhei sorrindo. Fiquei feliz demais em revê-los.

- Fica com saudade por que quer.. Cê sabe pode vir nos shows quando quiser.

- Pode mesmo. - Rafa afirmou enquanto mexia no celular. Sorri sem graça e logo minha família e a família do Rafa chegaram. Ficou uma falassão louca, dentro do camarim. Eu conversava com meus ex sogros, Gabi estava na cola do Rafa que conversava com a Mari e João. Meus pais já atacavam o japa com o casal de amigos e Bubu tirava selfies com o Rober e as vezes gravava vídeos, provavelmente snaps. Quando começou os atendimentos, a pedido da Leide eu fiquei para ajuda-la a organizar alguns papéis, Gabi ficou comigo e o resto do povo foram pro camarote curtir o show do Bruno e Marrone. As piriguetes entraram, o contratante, aquela coisa de sempre. Estava distraída, ajudando a Leide e Gabi comia alguns docinhos que tinha na mesa.

- Amor! - ouvi Rafa me chamar e olhei rápido, que saudade de ouvir isso.

- Oi? - sorri olhando uma fã, que tremia ao seu lado.

- Ela aqui perguntou por você à uns dias atrás. - levantei.

- Sério? Que linda! - me aproximei e ela me abraçou, chorando. Fiquei sem saber o que fazer. Arregalei o olho. - Calma. - passei a mão em suas costas.

- Eu amo você demais. Aliás, amo vocês. O melhor casal do mundo! - me olhou com os olhos cheios de lágrimas e eu já sentia os meus se encherem também. Sou emotiva demais. - Não se separem jamais! Isso é uma ordem. - brincou entre lágrimas. Conti as minhas sorrindo.

- Não vamos não. - tive que menti. Como falar: já estamos! Não tem como.. Olhei Rafa que tinha um sorriso sem graça no rosto.

- Vamos para a foto? - Rober falou.

- Quero com os dois. Pode ser? - nos olhou.

- Por mim sim, se seu ídolo aceitar minha intromissão. - brinquei.

- Dessa vez eu deixo. - Rafa brincou também e ela ficou entre nós.

- Amei te conhecer pessoalmente. Linda, linda, linda! - meu sorriso era o maior possível.

- Linda é você. - beijei seu rosto, ela se despediu do Luan e saiu.

- Era a última. - Well disse ao abrir a porta e fechou a porta novamente.

- Não gosto de mentiras gente. - fiz bico.

- É só fazer o que prometeu à ela. - Rafa falou, contendo um sorriso.

- Não vem não... - o cortei.

- Belinha, neste caso é necessário. Já conversamos. - Leide disse.

- Eu acho que vocês deviam deixar de viadagem e voltarem logo. - Rober falou. - Se amam e ficam de mimimi. - fiquei totalmente sem graça.

- Por mim nem tinha acabado. - Rafa olhou em meus olhos.

- Gente.. Por favor... - fiquei sem saber o que falar. E virei olhando a Gabi. - Gabi, para de comer doce, já chega!

- Só mais um Bebele. - me olhou manhosa.

- Não!

- Sim. - ouvi a voz do Rafa atrás de mim e o olhei irritada.

- Da licença ela é minha irmã, não se mete!

- Os doces são meus e eu permito que ela coma. - implicou.

- Mas ela não vai comer! - peguei a mão da Gabi. - Vamos para o camarote.

- Não Bebele, eu quero ficar do lado do palco. O tio Rafa disse que pode.

- Então você fica com ela Leide?

- Não posso Belinha, vou ficar aqui no Camarim hoje. - erguei os papéis.

- Deixa de ser fresca muié, fica com ela do lado do palco. - Luan disse. Apenas suspirei vendo que não tinha outra saída. Chegou a vez da impressa e em todas as entrevistas perguntavam por mim e nosso " namoro". Apenas ficava observando de longe com a Leide.  Em todas Rafa dizia o quanto me ama, com um brilho no olhar. Sorria encantada, sem que ele percebesse. Ele foi um puto, mas não duvido do seu amor por mim. Depois de tudo, chegou a hora da oração. O abracei desejando boa sorte e recebi um beijo no pescoço. Fiquei junto com Gabi do lado do palco, cantando tudo!  Na hora da bailando gravei um snap na hora da reboladinha e no calor da emoção eu gritava animada. O Rafa é gostoso demais, rebolando então... Saí de baixo. Ria com o Rober, quando vi entrar um " sofá" vermelho, o mesmo que se usa com a donzela e eu não acreditei que o Rafael fosse fazer o que eu estava pensando. Comecei a prestar atenção no que ele falava.

- Cês lembram desse sofá? - sentou. - Rapaz.. Eu já fiz muita neguinha feliz nesse sofá, no meu colinho. - bateu na perna, malicioso e as meninas gritavam como loucas. - Infelizmente, o acústico não contém nada parecido, mas hoje eu abri uma excessão, para uma pessoa super especial. - fechou os olhos e eu ria nervosa, sem acreditar naquilo.

- Rober diz que é mentira? - o olhei e ele apenas riu e Rafa continuava.

- Cês sabem que eu sou louco de amor nessa mulher num sabem? - me olhou apontando e as meninas gritavam animadas. - Ela uma vez comentou comigo que tinha vontade de ser donzela, mas era impossível pois no acústico não tem, mas eu, eu aqui. - apontou o dedo no peito. - fiz isso se tornar possível. - as meninas gritavam e ele parou sorrindo. - Vem cá amor, eu vou realizar seu sonho. - esticou o braço, mordendo o lábio. O olhava sorrindo, apesar do nervoso eu estava amando!!! Que mulher não gostaria? Enfim, minhas pernas me obedeceram e eu fui ao seu encontro.

- Rafa, você é louco! - falei rindo, ele pegou minha mão e ficamos de frente um pro outro. A música começou. Passava a mão na minha bochecha e boca, fazendo caras e bocas, interpretando a música. Em determinado momento, pegou minha mão novamente e me fez sentar de frente pra ele. Se aproximou e cantava bem pertinho de mim, passando a mão no meu cabelo, fez um ato como se fosse puxar, olhou para as meninas com aquele olhar safado e ela foram a loucura. Eu sorria feito boba. Me deitou em seu colo e colocou o microfone na minha boca, me fazendo cantar um pouco. Depois beijou o alto da minha cabeça. Nos levantamos e ele pegou o buquê ao lado e me deu. Dançamos juntinhos, assim como ele fazia com as fãs. Sua mão estava quase em minha bunda, QUASE. No final, fez que iria me beijar, mas não foi. Acho que por respeito, ou medo do que eu pudesse falar depois.

* Luan narrando.

A abracei.

- Eu te amo. - disse em seu ouvido e todos gritavam: " Beija, beija,beija.. "

- Você é louco! - me olhou sorrindo com os olhinhos brilhando.

- Tão querendo beijo, posso? - passei a mão entre seus cabelos.

- Rafa.. - me olhou em dúvida e antes que ela continuasse, perguntei aos fãs.

- Beijinho ou beijão? - todos gritaram: " Beijão! " - A olhei sorrindo. - A voz do povo e a voz de Deus pinguinho. - brinquei e ela sorriu tímida enterrando a cabeça  em meu pescoço. - Ta com vergonha gente.. Vê se pode? - brinquei e ela me olhou, ali eu soube que poderia beija-lá. E foi isso que fiz. Beijei com vontade, com toda a saudade e com todo o amor que sinto. Nossas línguas dançavam em plena sintonia. Até que... A Gabi entrou no palco nos afastando o que nos levou a risadas, assim como todo o público.

- É ciumenta gente! - falei com a Gabi agarrada nas minhas pernas. - Cê é o que minha? - perguntei e coloquei o microfone em sua boca.

- Sua princesa. - falou manhosa e Bele ria do meu lado. O público se derreteu.

- Linda né gente?! - os olhei e entreguei Gabi a Bele, e quando começou o toque da próxima música, que Gabi ama! - Espera amor.. - Bele parou me olhando. - Deixa a Gabi comigo. Vem Minha princesa. - alcancei elas e trouxe Gabi comigo. - Vem cantar com o tio. - fomos para a ponta da passarela e sentamos. Cantando toda a música, junto com o público.




ROLOOU BEIJOOOOOO! E agora ? Como as coisas ficam? O que vocês acham? Meninas, sobre os comentários: Fico feliz demaaaaaaisss!!! Muito obrigada! Lilia, você me chamou atenção no que comentou, fquei emocionada em saber que eu te ajudo, por meio dessa minha louca história. E te digo uma coisa, Deus faz tudo por uma razão.. Mas na frente com certeza você entenderá o porque que ele permitiu que isso acontecesse. E ELE vai te ajudar a superar e eu espero continuar ajudando também! E à todas, mas uma vez, obrigadaaaaa! Morro de amores com os comentários.
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Bjs, Jéssica. ❤