• Três meses depois •
Estou com noves meses, só esperando a vinda dos gêmeos. Luan não saí do meu lado por nada. Se vou à algum lugar ele vai junto e se ele tem que sair me leva junto, à menos se tiver pra ficar comigo. Como sempre com seu cuidado extremo comigo. Lindo! Hoje ele foi Dudu, tirou uns dias de férias, mas não para totalmente. Como minha mãe se encontra em casa, fiquei com ela.
- A Gabi veio com história de namorado, acredita? - minha mãe disse, enquanto preparava o almoço com Joana.
- Sério? - Ri.
- Muito sério. Ela é muito nova pra pensar nisso.
- Ela vai fazer nove anos. Nessa idade eu nem sonhava com namorados. - lembrei.
- Pois é, as crianças se hoje em dia... - suspirou. - Ainda bem que não beijou. É coisa inocente, pelo menos até agora.
- Sabe, fico imaginando como será quando meus filhos estiverem nessa fase. - passei a mão por minha barriga.
- Não é nada legal. - ela riu.
- Não é mesmo. - Joana disse. Ela tem um filho que já é casado.
- Se não é legal, pro Luan vai ser horrível. Ele é muito ciumento. Tadinha da minha princesa. - rimos.
Almocei ao lado delas e do meu pai que chegou da empresa. Já eu, dei uma pausa no trabalho. Sorte minha que trabalho com a família. Foi um dia divertido, agradável. No fim da tarde Luan ligou e disse que estava me esperando lá fora.
- Oi! - sorri ai entrar em sua mais nova ferrari e o beijei rapidamente.
- Oi, tudo bem? - passou a mão em minha barriga.
- Sim e com você?
- Tudo ótimo. - selou nossos lábios e então fomos para casa enquanto ele contava como foi no Dudu. Adoro a maneira de como ele me conta sobre seu dia, todo entusiasmado.
- Bora assistir série. - falou assim que chegamos em casa eu confesso que tudo que queria era dormir, mas aceitei. Sentamos no sofá e logo começou e logo também o sono passou.
Quando paramos já era noite. Ele foi até a cozinha e eu subi. Tomei um banho e vesti uma de suas camisetas juntamente com uma calcinha. Assim que terminei de secar meu cabelo ele entrou com um saco de jujubas na mão, vi que restavam poucas. Eu amo jujubas!
- Você tava comendo escondido de mim? - Encolhi os olhos e ele deu de ombros.
- Não uai.
- Sei, Luan. - voltei a atenção ao espelho e logo em seguida comecei a passar hidratante, enquanto ele comia e brincava com Élvis ao mesmo tempo. Ele é tão quietinho, obediente. Já pensamos também em como será sua reação com à chegada de nossos filhos, afinal ele é tratado como um filho e é o único até agora. Espero que dê tudo certo.
Olhei Luan novamente quando terminei de passar o creme e vi que só restava uma jujuba, a rosa, à que eu mais gosto!
- Nem vem! É a última. - me olhou como se soubesse meus pensamentos.
- Luan, você vai me negar uma jujuba? Você comeu o pacote todo!
- Bele é a que eu mais gosto. - ele levantou e eu me aproximei, antes que eu chegasse mais perto ele correu e subiu na cama. - Não vou te dar. Você não pode exagerar no doce.
- Deixa de desculpa esfarrapada! - eu sorria. Serio que ele vai me negar?
- Não é desculpa. Me deixa comer!
- Você é muito egoísta. - me aproximei da cama e quando eu ia subir ele desceu. - Luan! - Exclamei e gargalhei em seguida.
- Não! - Exclamou firme, rindo também. Ficamos de frente um pro outro no meio do quarto, eu e ele sorrindo, enquanto Élvis latia, animado, como se entendesse algo.
- Luan, não acredito que você tá fazendo isso tudo. - coloquei as mãos na cintura, enquanto a risada vinha com força novamente.
- Eu tava morrendo de vontade. É a última. - ele tirou a jujuba do pacote. Eu me acabava de tanto rir. Ele parece uma criança! - Para de rir! - me repreendeu sorrindo. De tanto rir, senti minha calcinha molhar. Merda! Eu não acredito que fiz xixi nas calças. Logo o líquido escorreu por minhas pernas. Ah não! Não é urina.
- Mabele, cê fez xixi? - me olhou incrédulo.
- Não, foi a bolsa... A bolsa estourou! - arregalei os olhos sentindo o nervosismo e a ansiedade tomar conta de mim. No mesmo instante ele paralisou, mas somente por segundos, quando dei conta ele já estava bem próximo à mim.
- Vamos pro hospital. Ai meu pai! É agora! É agora! - ele disparou a falar me olhando tão assustado.
- Pega a bolsa deles no closet e a minha. Tá tudo junto. - falei calmamente, apesar de estar ansiosa. Ele foi em passos largos enquanto já falava com alguém ao telefone. Senti mais uma contração, desta vez mais forte. Eu senti o dia todo, mas não pensei que a bolsa fosse estourar hoje, estavam fraquinhas.
- Você sentiu dor? - Luan gritou do closet.
- O dia todo. - ele ficou voltou a falar com a pessoa do outro lado da linha e então eu fui atrás de um short.
- Os intervalos eram de quanto tempo? - me olhou assim que eu estava entrando. Agora parecia um pouco mais calmo. Logo deduzi que é a doutora.
- Não sei. Mas era um grande intervalo. Não pensei que fosse estourar a bolsa hoje. - falei enquanto procurava um short e ele voltou a sua conversa. Em poucos minutos desligou.
- Vamos, a doutora já está a caminho. - senti mais uma contração e me inclinei para frente. - Ai meu Deus! - ele está bem nervoso, tadinho.
- Calma, isso é normal. - repirei fundo e me apoiei nele.
- Porque você não me disse das contrações? - me repreendeu.
- Eu estava gostando de ouvir você falar sobre seu dia.
- Só não vou brigar, porque agora não é hora. Mas era pra você ter falado! - passou a mão pelos cabelos enquanto a outra estava em volta da minha cintura. Ele está bravo e nervoso. Que combinação boa...
Chegamos no carro e entramos. No longo caminho para o hospital ele ligou para sua mãe e ela ficou encarregada de avisar ao restante, enquanto eu só sentia as dores ficando mais forte e os intervalos entre elas mais curtos.
- Calma, amor. - ele tentou me acalmar, quando eu soltei mais um gemido de dor. - Estamos chegando. - sua respiração está irregular, mostrando todo sua agitação. Paramos no sinal e desta vez eu não segurei o grito. A contração foi forte. - Amor, tudo bem?
- Claro que não, Luan. Eu estou com contrações e a merda do hospital... É tão longe. - falei entre dentes com certa dificuldade.
- Merda! - ele resmungou e de repente entrou numa rua, na tentativa de fugir do congestionamento.
Chegamos ao hospital, cerca de quarenta minutos depois. As contrações tomando conta de mim, os intervalos de dez minutos. Fiquei aliviada quando vi a doutora.
- Qual os intervalos? - ela perguntou, enquanto outros já vinham com uma cadeira de rodas.
- Dez minutos. - Luan respondeu.
- Certo. Você vai assistir?
- Claro! - respondeu de imediato.
- Ela vai passar por alguns exames antes. - começou a caminhar atrás de mim jundo dele, enquanto um enfermeiro me levava na cadeira. - Fica na sala de espera, eu já venho te chamar. - Ah, não! Me separar do Luan? Não! Antes que eu pudesse reclamar... Mais uma contração veio me fazendo gritar. Olhei nos olhos do meu marido, ele me olhava com a testa franzida e disse baixinho.
- Calma, já já eu tô com você. - soltou beijo de longe e eu já não pude ver ele, entramos em outra ala do hospital. A doutora falava com o outro enfermeiro que a acompanhava.
- Prapara tudo. Ela está bem perto, temos que ser rápidos. - entramos numa sala e me transferiram para a cama.
- Vai ficar tudo bem, não vai? - a olhei.
- Vai, fica calma tá? É necessário alguns exames, rapidinhos. - mais uma vez gritei de dor. O enfermeiro veio até mim e mediu minha pressão, enquanto o outro já olhava meus batimentos cardíacos. Mais uma contração. Grito. Dor. Ansiedade. E medo. Eu quero muito que tudo dê certo. Eu preciso do Luan! Ela me despiu ao ver que com as dores eu já não tenho condições de fazer isso. Colocou uma espécie de vestido, os mesmos que eu vesti para fazer os ultrassons.
Entre dores, passos rápidos, uma falação enorme. A equipe médica entrando... Não sei quantos minutos já haviam se passado, mas eu acho que minhas contrações se tornaram mais frequentes. Meus olhos encontraram os dele. Ah, ele chegou! Está comigo novamente. Em passos largos veio até bem próximo de mim, segurou minha mão.
- Mabele, vamos começar. Pronta para ver seus filhos? - a doutora disse bem humorada.
- Sim. - sorri. Luan beijou minha testa.
- Vai dar tudo certo. Eu tô aqui e toda a família já chegou.
- Vamos, Mabele. Pode fazer força. - A médica orientou. Atendi seu pedido, e me esforcei, Luan segurando firme minha mão. - Pode parar. - voltei a deitar na cama, soltando um grito de alívio. Minha respiração descompassada. Depois de alguns momentos. - Vamos novamente, mamãe? - comecei a forçar, dando meu máximo, enquanto o grito escapava de minha boca. - Muito bem! - Ela disse e eu pude voltar a deitar. - Mais uma vez. - pediu depois de segundos de pausa. Força e dor mais uma vez.
- Você vai conseguir. - Luan disse.
- Boa! - a médica disse animada. Enquanto eu sentia a dor dominar. Não pensei que fosse tão intenso.
Já não sei quanto tempo estávamos aqui, mas com certeza já se passou uma hora pelo menos, quando eu ouvi duas frases que me impulsionaram.
- Vamos, Bele. Eu já consigo ver a cabecinha de um deles. - Ah, meu Deus! Fiz mais força, até que não aguentei mais e cai na cama. Respiração completamente ofegante, o suor escorrendo em meu rosto, brotando na minha testa sem parar.
- Vai, amor. Falta pouco. Vamos! - Luan me deu força mais uma vez e de novo eu dei tudo de mim. Sentindo um deles sair dentro de mim, lentamente. Meus gritos se faziam presente.
- Vamos, vamos! - a médica falava. Cai na cama novamente. - Ele ou ela ainda não saiu completamente. Mais um pouco! - voltei a forçar e desta vez senti que um de meus filhos nasceram. Ouvi o choro e olhei. Pequenininho. Banhado de sangue. Ah meu Deus, que emoção! As lágrimas escorreram com uma facilidade nunca vista. Quando percebi já levavam o bebê para os braços do Luan que o olhava com toda adoração do mundo! Os olhos brilhando, passando todo o amor, toda a emoção.
- É o nosso menino. - ele me olhou e logo beijou a testa de nosso filho. Nosso Enzo.
- Mabele, falta a princesinha. Bora lá? - a doutora falou mais uma vez e voltei a fazer força, soltando mais um grito até ouvir outro choro. Eles nasceram! Eu consegui! Deitei na cama, completamente esgotada, quando percebi a médica já trazia minha filha.
- Parabéns! - a colocou em meus braços. E Luan que já não estava com Enzo, se inclinou para apreciar mais de perto nossa filha. Eu só conseguia sorrir e chorar. Nossos filhos! Frutos de nosso amor, uma mistura nossa! Nunca, nunca eu imaginei sentir uma emoção ao menos parecida, muito menos narrá-lá. Nunca senti um amor tão avassalador!
- Precisamos levá-lá. - a doutora voltou a falar. E eu entreguei nossa Melissa.
- Eu quero muito que o Luan dê o primeiro banho neles. - pedi.
- Você acha que pode, papai? - a doutora o olhou.
- Vou dar meu melhor. - ele está tão feliz! Nós estamos! Dois pedacinhos nossos no mundo, uma ligação para a vida toda. Ai meu coração! Cheguei a ver quando Luan saiu com dois dos enfermeiros e nossos filhos, enquanto a doutora continuou comigo. Ele fazia algo entre minhas pernas, mas eu já não sinto nada. A dor ainda é muito presente, só não ultrapassada minha alegria, minha emoção. Com esses pensamentos, eu dormi rapidamente.
* Luan narrando.
Quando eu olhei os rostinhos, tive quase certeza que iria cair durinho no chão. Cada partícula do meu corpo vibrava de alegria junto com meu coração. Nossos filhos nasceram! E são lindos! Depois de mais de três horas eles chegaram ao mundo. Enzo e Melissa. As duas pessoas mais importantes da minha vida, os donos do meu amor mais sincero e profundo. Eu os banhei mesmo receioso, uma enfermeira me ajudou. Nasceram carequinhas! Eu não queria largar, sair de perto, porém a enfermeira disse que eles iriam passar por exames necessários. Infelizmente os deixei. Sentindo uma emoção... Uma emoção que eu desejo a qualquer pessoa! Uma emoção que eu nunca imaginei ser tão forte, tão linda e tão inexplicável...
Fui de encontro ao familiares que me olharam ansiosos. Ao vê-los, eu me entreguei ao choro. Ao forte choro. Eu estou feliz demais! Senti minha mãe me abraçar.
- Ô meu amor, eu sei que é uma das sensações mais inexplicáveis. - acariciou minhas costas. - A doutora disse que correu tudo bem. Acabou de vir aqui.
- Eles são lindos! - falei com a voz embargada. Logo recebi o abraço de todos e na hora do meu sogro, ouvi palavras inesperadas.
- Obrigada por ser esse marido para minha filha e agradeço desde de já pelo pai maravilhoso que você já é para meus netos. - desfez o abraço e me olhou. - Eu te devo desculpas. Me perdoe por todos os desaforos e por tão ter apoiado a volta de vocês naquele tempo.
- Eu entendo completamente seu Joaquim. Se alguém fizesse isso com um dos meus filhos, eu reagiria igual. Agora eu posso ver. Não tenho o que desculpar, você é pai assim como eu sou agora. - sorrimos um para o outro. Minhas lágrimas sessaram e a alegria cintinuava me dominando. Me levaram para comer e acabou todos comendo. Meu pai repassou que haviam alguns repórteres e fotógrafos aguardando lá fora. Lelê cuidando de tudo. Minha mulher nunca foi tão guerreira, persistente, determinada. Me trouxe a maior das alegrias da minha vida. Nossos filhos.
Capítulo regadoooo de emoção! Nasceraaaaam! Melissa e Enzo, com base nas sugestões de vocês.
Qual gostou do capítulo? Seu Joaquim pedindo desculpas, depois de anos. Reconciliação e muito amor!
Obrigada por cada comentário.
TODOS RESPONDIDOS!
http://25razoes.blogspot.com.br/2016/06/capitulo-40-amor.html
http://cantadals.blogspot.com.br/2016/06/capitulo-7-vejo-vantagens.html
Dêem uma olhada nessas duas fanfics da Sofia, já cheguei a indicar uma delas, mas no link anterior as meninas não conseguiram ler, mas agora vai dar certo.
Bjs, Jéssica. ❤
Aí que emoção 😢😢😢
ResponderExcluirMeio core ❤❤❤❤❤
Nem lembro no nomes que indiquei
Mais acho que nenhum dos meus foram escolhidos 😭😭😭😭😭
Gostou mesmo? 😍
ExcluirMeu core** ❤❤❤❤❤
ResponderExcluirAta lembrei
eu sugeri Melissa 😂😂😂😂😂😂
Exatooo! HAHAHA
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue lindooooo❤❤❤❤❤❤❤❤
ResponderExcluirPena que já vai acabar 😢
Faz outra hein?! 😍😍😙
Continuuua
Ainda faltam alguns capítulos, Manu. 🙊 Estou pensando se farei outra. Continueeei, amor!
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ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJéssica vc nao tinha o direito de me fazer chorar cara, ai meu core nao guenta .. Nao lembro os nomes que eu comentei daquela vez, mas acho q coloquei Melissa ♡.. Awnnnnnnn cara, chorei seriiooo.. quero o proximo com fotinhaaa em?!
ResponderExcluirFico tãooo feliz que você tenha gostado, minha linda. 🙆💜
ExcluirQuero fotos pra ontem dona Jessica.
ResponderExcluirPedido atendido, linda! 😘
ExcluirQue lindo Nasceram continua por favor
ResponderExcluirContinuei, amore! 💜
ExcluirNasceram 👏👏👏.
ResponderExcluirSiiiim! 🙆
ExcluirAi que linda colocou os nomes que eu sugeri,amo esses nomes Enzo e Melissa.Que emoção desses dois,quero fts já ♥♥♥
ResponderExcluirEntão já sei que gostou da escolha dos nomes! Haha 💜😊
ExcluirMEU DEUS MEUS IRMÃOS NASCERAM!!!!!!!!!!! Eu chorei tanto, tanto com esse capítulo, parabéns por essa fic maravilhosa, você é d+++! continuaa
ResponderExcluirÔ mulherzinha, tu que é maravilhosa com esses comentários lindos. Continuei! 💗
Excluircontinuaaa
ResponderExcluirContinuei! 😚
ExcluirNasceraaaaaaam coisa mais linda 😍, só acho que poderia ser Mayra 😂.
ResponderExcluirContinua
Ps ainda da tempo de mudar o nome
Empolgada não, além! 😂 Quem sabe de uma próxima vez... 🙊
ExcluirNasceraaaaaaam coisa mais linda 😍, só acho que poderia ser Mayra 😂.
ResponderExcluirContinua
Ps ainda da tempo de mudar o nome
Aaaaaaa nasceram! Coisas lindas! Enfim, nasceram. Agora só alegria!😍😍😍 quero maissss!!!
ResponderExcluirDemorou, mas nasceram. 🙆😍
ExcluirJa imagino o Luan de verdade sendo pai ��������
ResponderExcluirVai ser mto bonitinho! Haha
Excluiracho que o Luan não iria assistir o parto pq ele caia durinho no chão kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirTambém acho! KKKKKKKK
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