sábado, 9 de julho de 2016

Capítulo 161

Fazem dois dias desde minha ida ao hospital. Hoje é aniversário do Vitório, sim, um aninho de vida. Fiquei muito insatisfeita por não poder ajudar nos preparativos, já que ajudei a decidir tudo. Mas logo hoje não posso. O exagerado, vulgo Luan, nem ao menos queria deixar eu ir á festa. Depois de uma discussão eu venci. Vesti um vestido preto, folgado e bem elegante. Infelizmente não pude usar salto.

- Vamos? - o chamei.

- Bora. - pegou a carteira e fomos para o buffet. Eu venho tentando controlar meu estress, mas ficar sem sexo não está sendo fácil. Hoje foi um dos dias que ele passou o dia no Espirito Santo e só chegou a tempo de irmos para a festa de aniversário. Acabei passando o dia com minha sogra, que foi a única que estava com tempo livre. Já que Bru foi ajudar nos preparativos assim como minha mãe.

- Cê tá linda. - sorriu pra mim, assim que descemos.

- Você também. - beijei sua bochecha e entramos, encontrando nosso afilhado junto com os pais vestido como um rapazinho. Terno, gravata borboleta, calça social. Não resisti e quando percebi já estava abaixada o apertando.

- Que coisa mais linda da dinda! - falei com voz de bebê.

- dindinha. - ele só fala assim, no diminutivo, meio embolado.

- Deixa eu falar com meu moleque! - Ouvi a voz do Luan que logo ficou do meu lado. Levantei.

- Tudo ficou tão lindo! - elogiei olhando tudo em volta.

- Do jeito que eu quis. - Mari sorriu. Os abracei, um por um.

- Eu queria ter vindo ajudar, mas não deu. - Luan já estava do meu lado com o braço em volta da minha cintura.

- Tinha gente o suficiente para ajudar. Você sabe, tinha o buffet mas sempre tem algo para se fazer. - Mari disse.

- É, e você não podia vir fazer esforço. Tem cuidar dos meus sobrinhos. - João passou a mão por minha barriga.

- Se dependesse do Luan eu nem ao menos viria a festa. - reclamei revirando os olhos e eles riram.

- É isso aí, boi! Cuida direitinho.- Meu irmão disse. Como sempre concordando com Luan.

- Quando vocês vão viajar? - Luan mudou de assunto, se referindo a viagem que demos de presente para o Vitório.

- Logo depois da gravação do seu DVD. Vou tirar uns dias e vamos.

- Eu queria tanto ir. - Fiz bico e Luan pegou Vitório nos braços.

- Cê não pode! - Jô reforçou o que eu já sei.

- Saudade da Disney. Você vai amar, meu amor! - acariciei a bochecha do Vitório que sorriu.

- Mickey! - Exclamou todo animado.

- Você vai ver. Vai tirar foto também. - beijei seu nariz. Logo chegaram umas tias da Mari, as cumprimentei com um sorriso e depois de Luan deixar Vitório no chão, entramos e procuramos uma mesa, como sempre ficamos junto de sua família. A minha ainda não tinha chegado. Bruna puxou um papo sobre meus filhos, ela anda me pressionando para que eu diga logo os nomes, pressionando o Luan também. Eu ainda fico muito em dúvida.

- Pra acabar com isso nós só vamos contar depois que nascer! - Luan disse firme e vi ela o olhar incrédula.

- O que? Como você é ridículo, Luan! São meus sobrinhos. Eu mereço saber os nomes. - Luan riu assim como todos nós, menos ela.

- Nós ainda náo decidimos. Quando isso acontecer o mundo pode tá acabando, mas eu vou te avisar. - Ironizou.

- Muito bom. - falou com ar de superioridade. E logo começamos a falar sobre outros agradáveis assuntos.
Logo os minutos se passaram e eu não consegui segurar minha boca. A todo momento beliscava algo. Estava um tanto chato ficar o tempo todo sentada, então eu descontei tudo na comida.

- Mabele, chega! - Luan tirou o salgadinho da minha mão, quando eu já o levava a boca.

- Me deixa pelo menos comer! - me irritei. Isso de ser privada de tudo, está me deixando estressada.

- Você não pode exagerar. Pensa um pouco nos nossos filhos. - me repreendeu, enquanto sua família estava distraída conversando. Suas palavras me atingiram como um tapa.

- Você tá dizendo que eu não penso neles? - senti meus olhos embaraçando.

- Vai chorar? Aqui? - ele suspirou e eu peguei meu celular, entrando no instagram. Ele quis dizer que eu não penso nos meus filhos! Logo eu? Que estou me matando pra deixar tudo em ordem no quartinho deles, entrei em uma dieta, ando comprando tudo com tanto carinho pra eles.
- Ei, eu não quis dizer isso. - falou suave e passou o braço em volta de meus ombros.

- Mas disse, Luan. - o olhei com os olhos cheios de lágrimas, a qualquer segundo elas escorrerão por meu rosto.

- Amor, para com isso. - franziu a testa. - Eu me expressei mal, desculpa. É claro que você pensa neles, mas você não parava de comer. Sabe que não pode ser assim. - limpou minhas lágrimas que desciam.

- O que aconteceu? - minha sogra nos olhos assustada.

- Nada. - Luan respondeu por mim. Vi sua família visivelmente relaxar nas cadeiras. O abracei.

* Luan narrando.

Fiz sinal para meus pais e minha irmã que só era mais um de seus choros por bobagem. Não é motivo chorar pelo que eu disse. Tudo bem, posso ter me expressado mal, mas ela levou ao pé da letra.

- Me desculpa? - pedi novamente.

- Desculpo. Mas você pensa isso? - perguntou com voz abafada por estar de encontro com meu ombro.

- Já disse que não, pinguinho. Para de chorar. - desfiz o abraço. - Vem cá, vamos no banheiro. - Levantamos sobre os olhares de minha família. - Vai lá, limpa essas lágrimas e retoca a maquiagem. - sorri quando chegamos em frente ao banheiro. Não esperava por mais um de seus repentinos choros. Entrou e eu fiquei a esperando.

- Oi, posso te dar um abraço? - Uma moça, por volta dos dezenove anos chegou até mim.

- Claro. - sorri e ela me abraçou apertado. - Eu admiro muito você e seu trabalho. De verdade! - falou ainda abraçada à mim.

- Obrigado. - pousei minha mão em seus cabelos. Desfez o abraço.

- Pode tirar uma selfie comigo? - sorriu sem graça.

- Posso. - ela posicionou o celular e fizemos pose. - Pronto.

- Obrigada. - fez menção de me abraçar novamente e acabou que nossos rostos foram para o mesmo lado, quase causando um beijo. Sorri sem graça assim como ela e finalmente nos abraçamos. - Tchau. - beijou minha bochecha e se afastou, sorri negando com a situação. Olhei pro lado e vida Bele me olhando, com uma cara péssima.

- Já?

- Você tava se esfregando com aquela menina? - franziu a testa. Porra, de novo não!

- Não, Mabele. Ela pediu uma foto.

- Uma foto e vocês quase se beijaram. Eu vi! - estava irritada.

- Não foi proposital. - Suspirei pedindo paciência. - Vamos voltar pra lá e para com isso. - estiquei meu braço para alcançar sua mão, mas ela recuou e em seguida passou por mim, sem ao menos me esperar. Essa mulher está maluca! Endoidou de vez! Passei a mão por meu rosto e quando iria seguir atrás dela, encontrei Rober. Sim, ele também foi convidado.

- A encrenca tá com uma cara... - riu e me abraçou.

- Bobeira dela.  Chegou atrasado, boi!

- Mas cheguei cheiroso. Olha. - mostrou o pescoço para que eu cheirasse.

- Saí daqui, rapaz! - Rimos.

- E as bebidinhas?

- É aniversário do meu afilhado, cara! - bati em sua cabeça e ele fez careta.

- E ai, beleza? - João chegou até nós também.

- Pra ficar beleza pura falta o whisky. - Rober disse e eu neguei com a cabeça rindo.

- Vai ter! - meu cunhado esfregou uma mão na outra.

- Opa, é por essas e outras que eu gosto desse cara. - Rober abraçou João, beijando seu rosto.

- Esse cara tá muito viado hoje. - Falei e eles riram.

- Depois das 22 horas, boi. - se referiu a bebida e saiu cumprimentando outros convidados. Quando iriamos dar o primeiro passo para sair dali, ouvi outra voz feminina me chamando.

- Posso tirar uma foto com você? - Mais uma mulher, bem bonita, assim como a outra.

- Claro. - ela logo ficou do meu lado e pediu para que o Rober tirasse. - Obrigada, você é lindo! -  me olhando.

- Obrigado, linda. - fui gentil e ela me abraçou se afastando e seguida.

- Que mulher, meu irmão! - Rober babava no rebolado da ruiva, quando Bele apareceu com Bubu. Vindo em nossa direção.

- Deita e rola pra ela, Luan. - disse assim que passou por nós e vi Bruna rir.

- Cê entendeu? - perguntei quando elas entraram no banheiro.

- Não. Quem tava olhando pra ruiva era eu. - Rober gargalhou.

- Bora sair daqui. - pedi e voltamos a mesa de meus pais. Rober sentou onde a Bele estava antes. Em pouquíssimos minutos, ela voltou com minha irmã.

- Você é muito cara de pau, Rober. - o olhou com os olhos encolhidos.

- Senta do colo do patrão, uai. - ele fez graça e ela me olhou com desdém.

- Não. - negou. Me fazendo a olhar feio.

- Levanta, Rober! - minha mãe disse e ele levantou afastando a cadeira para a Bele. Ela sentou e ele foi providenciar uma pra ele. Fiquei olhando a Bele, enquanto ela ria do quase tombo do meu amigo. Odeio quando ela ficar com ciúmes sem motivo e me tratando com indiferença.

(...)

A festa toda se passou e eu sendo ignorado. Depois de um certo tempo foi liberada as bebidas, mas eu prefiri não beber. Só fiquei mais por causa dela, mas pra mim a festa já deu a algum tempo.

Acabei me distraindo com meu afilhado e Gabi. Me chamaram para cantar e os levei juntos. O que me rendeu boas risadas. É maravilhoso estar com os dois. Os amo tanto, mesmo com o pouco tempo que tenho para vê-los.
Depois de alguns minutos meu pai assumiu o comando do microfone. Aquilo estava uma bagunça! Uma grande e boa bagunça, que até me fez esquecer a indiferença de minha esposa. Estava bebendo água, olhando meu pai cantar, quando ouvi a voz dela.

- Quero ir embora, Luan. - a olhei, com toda a atenção. Como pode ser tão linda?

- Então vamos. Você já falou com sua família?

- Ainda não. Quer vir comigo? - ela parecia mais calma.

- Claro. - quis pegar na sua mão, mas prefiri não fazer isso. Ela ainda está brava e quando chegarmos em casa ela vai falar muito, eu sei.

Depois de nos despedir de todos os conhecidos, entramos no carro. Ela ligou o som que tocava Cristiano Araújo. Fomos o caminho todo calados, ela focada no celular, olhando as fotos que rolavam do aniversário. Sei disso pois a cada parada nos sinais eu olhava o que ela estava fazendo.

Chegamos em casa e entramos em silêncio. Liguei a luz da sala e ela logo subiu. Eu esperava uma de suas ironias, indiretas. Mas não. Estranhei e fui até a cozinha. Peguei um pedaço de lasanha que minha mãe mandou para mim e Bele. Esquentei no microondas e comi logo em seguida. Lembrei também de postar uma foto do Vitório comigo.
Depois subi e assim que abri a porta a encontrei somente com uma lingerie rosa pálido, passando óleo corporal em sua barriga. Fazia isso com tanto carinho e concentrada que nem ao menos me viu entrar. Fiquei paralisado olhando a cena.

- Eu penso muito em vocês viu? Desculpa por ter comido demais. A mamãe exagerou e isso não faz bem pra vocês e nem pra mim. Desculpa a mamãe? - falava tão doce, sentada na cama. Sorri bobo. - Prometo não enfiar mais o pé na jaca viu?! Quero vocês saudáveis e só podem vir no mês certinho. - sorriu. - Eu amo muito vocês. Muito! Vocês com certeza são o melhor presente que eu já ganhei, de todo o coração eu amo os dois. - ela olhou em direção da porta e me pegou sorrindo, logo sua expressão mudou. Se tornou séria e voltou a passar o óleo, agora nas pernas. Suspirei ao perceber que ela ainda está bem puta comigo. Segui para o banheiro, mesmo sentindo vontade de senta ao seu lado e enchê-lá de beijos. Tão linda falando com nossos filhos! Tomei um banho rápido e quando voltei ela estava deitada ainda de lingerie. Vesti uma cueca boxe e deitei ao seu lado olhando o filme que passava. Com certeza já era mais de meia noite. Está tão cheirosa! Me aproximei e passei a o braço em volta de sua barriga, enterrando minha cabeça na curvatura do seu pescoço.

- Agora você vem me agarrar? Lá você nem ao menos me abraçou. - estava demorando...

- Você tava brava comigo, não lembra? - a olhei.

- E ainda tô! Aquelas putas em cima e você adorando.

- Para de taxar toda mulher que chega perto de mim de puta.

- Eu taxo o caralho de puta se eu quiser. - rebateu.

- Se eu disse que você está exagerando não vai adiantar não é?

- Não, porque você quase beijou uma e quase ficou de quatro pra outra. - me olhou. - Eu sei que eu não tô tão bonita assim, mas me respeita!

- Mabele, você continua linda. E eu não te derespeitei. Quem tava olhando era o Rober.

- Uhum, tá. - voltou a olhar a tevê.

- Amor! - exclamei. - O que eu preciso fazer pra você parar com essas paranóias?

- Faz amor comigo. Hoje! - respondeu de imediato me olhando.

- Você não pode. - me afastei.

- Luan, eu não vou me esforçar. - me puxou pelo braço, tentando fazer com que eu me aproximasse novamente. Já estava de lado e como eu não saí do lugar ela se aproximou. Beijou meus lábios castamente. Enquanto eu já não entendia mais nada. Ela não estava com raiva? Ou só estava de charme?

- Eu não vou fazer amor com você sabendo que a médica pediu repouso absoluta. - ela se afastou e com uma cara nada boa voltou a olhar o filme que passava. Suspirei e decidi assistir o filme também. Pode ficar brava, eu não vou descumprir ordem médica.











Ooooi  meninas! Eu demorei né? Mas possstei! Mabele tá viajando legal né? E o Luan com a maior paciência do mundoo!  Gostaraaam? 
Não respondi os cometários porque meu cel não está ajudando. Tô a quase uma hora tentando postar.
Bjs, Jéssica. ❤

12 comentários:

  1. ai minha mae n me respeita, tá mt chata aaaaaaaaaaaaaa! mas ela é linda meu bombom então eu relevo, coitado do meu pai luan kkkkk amei??!?/? continuaa

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    1. Tá bem loucaaaa! Hahaha. Ô meu amor, obrigada pelo comentário. ❤

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  2. A Bele ta um trem viu, te contaar,o q uma gravidez nao faz ne?! Continuuuuaa

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    1. A gravidez tá deixando ela loucooonaa!Zaira, sua linda! Obrigada pelo comentário. ❤

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  3. Ai meu deus kkkk.Essa Mabele ta muito loucaaa kkkk,tadinho do Luan

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    1. Ele tá penaaando! HAHAHA, Obrigadaa por seu comentário, amor!

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  4. imaginando o lesado do Luan dessa jeito ��kkkkkkkkk raazooo vinhadun

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  5. Como assim o Luan tá negando fogo? Kkkkkkkkk, CONTINUA <3

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    1. Ordens da médica né amor?! Hahahaha, Continuei! Obrigada por comentar!

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