segunda-feira, 4 de julho de 2016

capítulo 160

Chegamos no hospital e a doutora já nos aguardava. Eu sentia meu coração querer sair pela boca só de pensar no que pode acontecer a minha mulher ou aos meus filhos. Não! Luan, calma, não vai acontecer nada. Respirei fundo sentado no frio sofá de couro da sala de espera, sem saber notícia alguma!
Se passavam vários pensamentos ruins e o medo me dominava. Tentei me apegar a fé, a grande fé que tenho em Deus e em nossa senhora Aparecida, mas nada conseguia diminuir meu medo. Eu não vou suportar se algum muito ruim acontecer. Se eles nascerem agora, será muito cedo e eu sei o quão difícil é para os bebês que nascem prematuros. Sim, eu ando pesquisando muito desde que descobri a gravidez da Bele. Ah a Bele... Merda! Ela deve está tão nervosa e aflita quanto eu. Se eu pudesse estar ao seu lado agora... Senti as quentes lágrimas escorrendo por meu rosto. Estávamos tão felizes e tranquilos.

- Luan? - olhei assustado ao ouvir a voz da médica. Levantei de imediato.

- Como eles estão? E a Bele?

- Fique tranquilo. Todos estão bem. - meus ombros relaxaram, assim todo todos os meus músculos, como se um peso tivesse sido tirado de cima de mim.

- Eu posso ver...

- Claro! - respondeu antes que eu terminasse e com um sorriso no rosto eu limpei minhas lágrimas já agradecendo aos céus por nada de ruim ter acontecido a eles.
Entramos em seu temporário quarto e encontrei seu sorriso.

- Que susto hein, Pinguinho?! - acariciei sua testa a beijando em seguida. Antes que ela pudesse falar algo, a doutora se pronunciou.

- Já expliquei a ela, mas vou esclarecer pra você. Ela chegou com um início de parto precoce, mas nós conseguimos reverter e segurar os danadinhos aí dentro. Isso foi causado por alguma emoção forte, negativa, ou por falta de repouso. Eu pedi tanto, lembram? - Nos repreendeu suavemente.

- Ela é uma teimosa! - franzi a testa. - Tá vendo o que quase aconteceu? - A repreendi com o olhar.

- Desculpa. - falou baixo e eu desarmei novamente. Deixa de ser burro, Luan. Isso não é hora de culpá-la.

- Vou deixá-los à sós. - a doutora saiu, fechando a porta em seguida. Sentei ao seu lado, na ponta de estreita cama.
- Eu fiquei tão preocupado. - a olhava como se fosse o bem mais precioso que tenho e na verdade é. Um dos maiores!

- Eu também. - suspirou.

- Agora vê se segura suas pernas e essas raivas desnecessárias, ou eu já sei o que faço com você. - falei em um tom divertido.

- Ui, o que você faria, seu perverso? - me olhou com deboche.

- Não tá me levando a sério? - sorri irônico e ela riu. - Eu pego seu ponto fraco, faço greve de sexo com você. - seu olhar mudou para incrédula.

- Não! - franziu a testa, como quem desaprova meu castigo e eu me permiti rir.

- Então se comporta. - passei a mão por seus cabelos.

- Você me deixaria sem nada mesmo sabendo o quanto eu estou necessitada nos últimos tempo?  - fez cara de coitadinha.

- Deixaria. Mesmo sabendo que são seus hormônios e que fazendo sexo você se sente bonita e valorizada. - ela deixou o queixo cair surpresa.

- Nossa, Luan! - cruzou os braços e fez um bico emburrada. Ri novamente.

- É só você se poupar, Mabele. - falei carinhoso e ela continuava com a mesma postura. - O que aconteceu foi muito sério.

- Eu sei. Foi culpa daquela puta. Que menina puta! - se irritou.

- Ei, sem estresse! - me inclinei, selei nossos lábios e mordi sua bochecha em seguida. Eu não sei o que séria de mim, se por acaso algo tivesse acontecido com essa mulher. Cheirei seu pescoço. Como eu a amo! Passei a mão por sua barriga, sentindo todo seu corpo relaxado.

- Não me assusta assim mais não. - pedi e olhei seus olhos.

- Eu prometo. - sorriu e me beijou rapidamente. - Eu vou ter que dormir aqui. - fez careta.

- Sério?

- É, em observação. - coloquei minha cabeça em seus seio e logo comecei a receber um cafuné.

- Então vamos passar o resto da noite em um hospital. - sorri e ouvi sua linda e leve risada. Fechei meus olhos sentindo seu carinho. - Eu nem liguei pra ninguém.

- E nem vai ligar. Depois que sairmos daqui, contamos o que aconteceu. Está tarde. Agora se ajeita, menino! - me repreendeu. - Deita aqui comigo. - tirei minhas cabeça de seus seios.

- Não, a poltrona do acompanhante é aqui. - apontei para o assento ao lado.

- Rafa! - exclamou manhosa e eu sorri com vontade de apertá-la.

- Tudo bem, mas só porque você é uma mimada e manhosa que quer ter as vontades atendidas e eu não dou conta de negar. - falei já deitando ao seu lado. A cama é realmente estreita e mal coube nos dois. Mas, de ladinho, eu atrás dela deu certo. Minha mão estava pousada em sua barriga, enquanto eu sentia ela brincar com meus dedos. Não demorei muito à dormir sabendo que agora minha família está bem.

Acordei com a médica nos chamando.

- Doutora, me desculpa. Ela insistiu. - já fui levantando da cama.

- Tudo bem. - ela sorriu. - Ela já está liberada. Luan, por essa semana ela terá que ficar de repouso absoluto! Nada de trabalho ou esforços.

- Certo. Ela vai ficar deitada o tempo todo. Agora eu peguei uns dias de férias e vou ter tempo pra ficar de olho. - olhei minha pequena ainda dormindo.

- Que ótimo! Então você acorda ela e eu volto para medir a pressão.

- Obrigado doutora por se disponibilizar aquela hora da madrugada.

- Que isso, é meu trabalho. - sorriu e eu sorri de volta. - Agora acorda essa dorminhoca, veste ela e eu volto em dez minutos. - assenti e ela saiu.

Acordei minha esposa e depois de vestida com seu pijama a doutora veio e viu que realmente está tudo em ordem.
Fomos para casa e quando eu contei sobre o repouso absoluto, ela resmungou.

- Nem vem reclamar. Quando a gente chegar em casa vou ligar pro seu pai e pro Jô.

- Luan, não sou uma criança! Posso fazer isso. - me olhou feio e eu sorri.

- Tudo bem. Mas eu vou ligar depois pra confirmar que você não vai fazer nada nem em casa pelo notbook. - a olhei rapidamente á tempo de vê-la revirar os olhos.

Assim que chegamos em casa ela tratou de ligar para seus pais e logo em seguida para seu irmão que ficaram assustados com o acontecido, mas foram acalmados por ela. Eu deitei na cama, a observando falar com Gustavo em mais uma ligação, sentada também na cama. Eu poderia olhá-la por toda a minha vida! Decidi não ligar para minha família, necessito de descanso depois de uma noite conturbada.

- Ufa, encerradas as ligações. - sorriu e deitou de lado, olhando pra mim. - Tá cansado?

- Tô. - ri de leve.

- É que eu estou com vontade de fazer um negócinho, sabe? - acariciou minha barriga por baixo da blusa.

- Que negócinho? - Sorri me fazendo de desentendido.

- Amor com você. - seus olhos já pegavam fogo olhando pra mim. Está mulher está realmente louca por sexo! Bendita, maravilhosa gravidez! Ela nunca me procurou tanto quanto nos últimos meses.

- Não posso. - neguei mesmo contra vontade ao lembrar do aviso da médica.

- Porque?

- Porque você tá proibida de fazer esforço.

- Eu fico quietinha. Deixo pra você o esforço. - sorriu tão sem vergonha e desceu sua mão para meu membro o apertando por cima da calça. Puta merda!

- Para de atiçar. - segurei sua mão a tirando daquela área perigosa. - Você não vai fazer esforço nenhum e isso inclui sexo.

- Porra, Luan! - se irritou levantando da cama e se eu não estivesse excitado e com uma puta vontade de também transar com ela,  estaria rindo de seu desespero. Entrou no banheiro e eu me preocupei por ela novamente estar irritada. Levantei e abri a porta do banheiro à encontrando somente de peças íntimas. Que calcinha maravilhosamente pequena é essa? Sufoquei um gemido e a vontade de jogá-la na parede e amá-la por horas.

- Ei, segura as emoções. Lembra do que a médica falou? - ela que estava de costas pra mim se virou me dando a deliciosa visão de seus seios mais fartos que nunca por conta da gravidez, quase pulando para fora do seu sutiã.

- Você vai começar com essa merda de me negar se novo. - franziu a testa e eu suspirei.

- Você quer colocar em risco a vida dos nossos filhos?

- Claro que não. - se aproximou. Não, Mabele não faz isso! Sua gostosa! - Mas eu não vou fazer esforço, você vai. - mordeu meu queixo e passou a mão por volta da minha cintura.

- Não. - sussurrei.

- Seu amigo tá dizendo sim pra mim. - riu próximo ao meu ouvido.

- Ele não pensa direito. - seus olhos encontraram os meus.

- Faz amor comigo. - pediu e eu busquei todo vestígio de força que ainda restava dentro de mim e mais uma vez disse:

- Não posso. Não podemos. - me soltou bruscamente e virou-se de costas novamente e começou a tirar suas peças restantes. Paralizei olhando, sentindo um puto tesão. Tenho que sair daqui! Está tão gostosinha e me querendo! Passei a mão por meu rosto e quando ela abaixou ficando com a bunda pro alto enquanto terminava de tirar sua calcinha, meu membro pulsou. Em passos largos voltei para a nossa cama antes que eu mandasse se foder a pouca razão que me resta. Peguei meu celular na tentativa de tirar certos pensamentos e imagens da minha cabeça, então lembrei de ligar para meus pais, não queria ligar agora mais vai ser uma boa maneira de me distrair.

Como eu esperava eles ficaram super preocupados e até queriam vir aqui de imediato, mas eu expliquei que Bele precisa dormir e então eles disseram que a tarde vem aqui sem falta.
Depois de alguns minutos quando eu encerrei a ligação e já calmo, ela saiu. Com uma cara bem fechada passou direto para o closet e quando voltou vestia uma de minhas camisas, a deixando linda! Sua barriga esticava o tecido, o deixando um pouco colado em sua bunda. Fez um coque nos cabelos e sentou na cama, com as costas encostada na cabeceira. Já com o celular em mãos começou a mexer nele.

- Amor, vamos dormir. Você precisa descansar. - levantei e tirei minha calça, seguido da minha blusa e ela não me respondeu. Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, quando voltei minha emburradinha estava do mesmo jeito. - Larga esse celular!

- Para de me tratar como criança! - me olhou irritada e eu sentei ao seu lado.

- Vamos dormir, vai. Você é muito teimosa. - suspirei e ela bufou enfim deixando o celular na mesinha do lado da cama.

- Satisfeito?

- Muito. - sorri e ela deitou de barriga pra cima. - Nós temos que pensar nos padrinhos né, pinguinho?

- Você disse pra eu dormir e agora quer debater sobre quem vão ser os padrinhos?
- Grossa! - reclamei. Espero que quando ela acordar esteja com um humor melhor.


Ouvi meu celular tocar insistentemente e resmungando atendi.

- Luan, nós estamos aqui na porta, rapaz! - Meu pai? Merda, que horas são?

- Tô descendo. - desliguei e Bele dormia profundamente ao meu lado. Beijei sua bochecha antes de descer e receber meus pais.

- Cê tava dormindo? - Minha mãe perguntou, acariciando meu rosto.

- Tava. Foi uma noite cansativa. - sorri sem humor e logo nos sentamos.

- Como foi isso? - Meu pai me olhou com a testa franzida.

Quando já estava no fim da história, vi Bele descer as escadas, ainda com minha blusa. Nos olhou assustada.

- Eu não sabia que vocês viriam. - Ela sorriu envergonhada, talvez por sua roupa.

- O Luan nos ligou e viemos ver você. - Minha mãe sorriu e levantou-se. - Como está se sentindo? - acariciou a barriga de minha esposa.

- Com fome. - riu despreocupada e eu sorri ao ver uma das visões mais lindas: ela rindo.

- Então cê tá muito bem. - meu pai disse e logo em seguida a acolheu em um abraço. Falou algo que eu não pude entender.

- Vou trocar de roupa e já volto. - sorriu animada depois de defazer o abraço com meu pai. Me perguntei se ela está assim porque meus pais estão aqui ou se realmente está de bom humor.
Meu celular tocou e vi o nome da minja sogra.

- Oi, sogra. - sorri ao atender.

- Meu lindo, estou indo aí com o Joaquim e a Gabi.

- Certo. Meus pais também estão aqui. - ri de leve ao perceber a preocupação de ambas famílias.

- Já passa das quatorze horas, vocês almoçaram?

- Pior que não. Acordamos agora a pouco.

- Então deixa que eu faço junto com a Marizete. Minha filha merece. - sorri mais uma vez.

- Tudo bem. Esperamos vocês. - ela desligou e comuniquei aos meus pais sobre a vinda deles.

Quando Bele desceu sua família havia acabado de chegar, adentraram e ela estava tão animada! Nem parecia a mal humorada de horas atrás.
Fomos todos para a cozinha e ficamos em um papo divertido, espontaneamente eu e seu Joaquim trocavámos algumas palavras. Fico feliz ao ver que nossa relação está melhorando. As mulheres preparando o almoço, mas minha barriguinha não. Ela estava em altos papos, bem bobos com a Gabi.
Espero que quando todos forem embora, ela continue de bom humor, principalmente bem comigo.




O capítulo pequeno desta vez, eu sei. Mas e ai, vocês gostaram? Que susto o casal levou não é mesmo? Parece que alguém vai ficar sem sexo de novo, vai ficar irritada de novo. :|HAHAHA Palpites de quem serão os padrinhos?Quero ver se alguém vai acertar.
COMENTÁRIOS RESPONDIDOS.
Bjs, Jéssica. ❤

7 comentários:

  1. Gostei demais mesmo 👏👏👏👏👏
    Susto mesmo
    até eu me assustei
    kkkkkkk
    A Bele vai ficar Com uma mega raiva
    Ela tá ligada no 220
    A Amiga dela que esqueci o nome e Rober.

    Amooo quando responde

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  2. Bele negada novamenteeeee.. q sustoooooo Jéssica vc nao tem esse direitoo ta?! Alias vc tem sim kkkkkk continuuuaa

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  3. MEU DEUS QUE SUSTO!!!! AI VOU TE DAR UM TAPA KKKKKKKK minha mãe estressada com meu pai dnv, que novidade kkkkkk continuaaa

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  4. Gostei muito do capitulo,tomei um susto pensando que tinha acontecido algum grave.Sabe que eu amo ve Bele irritada,que a dorte esteja do lado do Luan e que ela ñ esteja brava com ele

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  5. Ufa, por pouco hein. Mabele tem que se comportar, porém é meio difícil com essas biscates em cima do Luan kkkk. COOOOOOOOONTINUA ;3

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