Capítulo 116

Um mês se passou desde que Luan e eu voltamos. Semana que vem ele estará de volta dos seus shows e terá o batizado do Vitório. Eu tô numa ansiedade enorme! Estou ajudando a Mari em todos os detalhes, não só eu, mas Leila e Gustavo também estão envolvidos. Uma amiga da Leila, que organiza eventos em geral, está realmente à frente de tudo. Hoje mais uma vez, vamos nos reunir na casa da Mari para decidir sobre as lembrancinhas que serão entregues a cada convidado.

(...)

Depois de horas nós decidimos o que havia pra resolver hoje. Já se passava do meio dia e a Mari tadinha, revezava entre nós e o fogão. Gu ficou de babá do Vitório por um dia e eu faltei trabalho para vir. Meu afilhado estava tão lindo!

- Gente, já que resolvemos eu vou terminar o almoço. -Mari mais uma vez levantou indo para a cozinha.

- Vai gente, vamos tirar uma selfie. - Chamei Leila e sua amiga, já que Gu estava do quarto do Vitório. Tentamos três. - Acho que alguma ficou boa. - rimos.

- Bora ajudar a Mari nesse almoço. - Raissa, amiga de Leila nos chamou e então fomos. Em alguns minutos nós já estávamos almoçando. Gu desceu e disse que Vitório havia dormido. Ele é tão calminho.

(...)

Já no caminho para casa, voltamos todos juntos no meu carro. Mas Gu era quem estava no volante. Editei uma das foto que tirei com as meninas mais cedo e postei:

" Tá ficando tudo muito lindo! ❤ #batizadodovitório † "

Depois de deixar cada um em suas casas, sobrou somente eu. Fui para meu apartamento. Tomei um banho e fiquei com meu filhote na cama. Pelo menos aqui eu tenho a companhia do Élvis. Fiquei assistindo tevê e batendo várias fotos com ele, até que decidi postar uma:

       " Meu companheiro! ❤❤❤ "

* Luan narrando.

Estava voltando da academia com os viados de sempre, quando me deparei com as postagens da minha pinguinho. Tão linda! Aqueles olhos e aquele sorrindo tem tanto poder sobre mim. Ando com tanta saudade... Faz dias que não nos vemos. Curti as duas e voltei a prestar atenção no assunto deles.

- Olha ai! O cara tá apaixonado mesmo! - He-man disse rindo.

- Vai casar mesmo Rober? - Well gargalhava enquanto dirigia.

- Vão pra porra! - ele disse " irritado", mas rindo também.

- Do que cês tão falando?

- Do Rober com aquela amiga da Bele. - He-man disse.

- Ah, esses dois são uns moles! Principalmente você Roberval. Conversa com a muié quase todo dia e fica só nesse chove não molha.

- E você boi, não pode falar nada! Pra pedir a Bele em namoro foram quantos meses mesmo?

- Seis meses, mas você tem que entender que a situação era diferente.

- Diferente em que? A Eloísa é igual a Bele era, nada de apego e blá, blá, blá.

- Mas eu tomei coragem cara. - fomos debatendo sobre isso até chegar no hotel.

(...)

Uma semana depois...

Havia chegado o dia do batizado do meu afilhado. Eu tô num nervoso... Cheguei em casa pela madrugada e não consegui dormir nadinha, já que acordei seis da manhã para ir à igreja. Fui com minha família. Vai ser um batizado diferente, individual, para evitar tumulto com a minha presença. Já no carro, Piroca me mostrou um snap da Bele, quando paramos no sinal. Sim, minha irmã também veio. Bele estava linda:

- Tá linda demais. - sorri olhando.

- Em tudo a Bele tá linda. - Pi riu olhando meus pais no banco de trás, me zoando.

- Claro uai. - o sinal abriu e continuamos até chegar na igreja. Assim que chegamos, haviam algumas pessoas. A família da Mari e como era de se esperar a família da Bele. Gabi logo correu para meus braços assim que entrei na igreja. A coloquei em meus braços e abracei forte. Que saudade!

- Tio, eu senti tanta saudade.

- Eu também. Muita saudade! - beijei seu ombro e logo senti suas mãos segurarem as laterais do meu rosto e beijou minha bochecha sem parar. Me causando risadas.

- Gabi, vem pra cá. - Seu Joaquim a chamou.

- Vai lá. Depois a gente se vê. - beijei sua bochecha e ela foi. Assim que chegou até seu pai, percebi que ela reclamava de algo.

- Pi, vem sentar aqui. - minha irmã me chamou e sentei junto da minha família.

- Cadê a Bele em?! -olhei toda a igreja tentando achá-lá.

- Acho que ainda não chegou. - Bru disse e eu bufei. Ela vai atrasar até hoje? Neguei com a cabeça.

Mari e João chegaram com o Vitório, sendo o centro das atenções e quem faltava chegar para tudo acontecer? Sim, Mabele. Até o padre já estava no altar. Mari começou a ligar para sua amiga, enquanto todos aguardavam.

- Gente, peço paciência e a compreensão de vocês a destrambelhada da Bele, está no trânsito congestionado, mas já está bem perto de chegar. Obrigada. - Suspirei.

- Só podia ser a Bele. Que papelão! - passei a mão no rosto, com vergonha por ela.

* Mabele narrando.

Eu me atrasei total para o batizado, mas a culpa foi totalmente do trânsito. Quando Mari me ligou dizendo absolutamente todos esperavam por mim, me desesperei. Que vergonha! Depois de sua ligação, em cerca de quinze minutos eu consegui chegar. Entrei em passos largos na igreja e todos me olharam. Sorri sem graça.

- Desculpem a demora, o trânsito realmente me pegou de surpresa.

- Tudo bem, agora vamos começar. - João disse e logo procurei Rafa com o olhar, afinal nós somos os padrinhos. Ele levantou e me olhou. Sorri e me aproximei sentando junto dele.

- Que papelão em?! - ele sussurrou, enquanto o Padre já começava a falar.

- A culpa não foi minha! - tentei me explicar e ele segurou meu rosto, selando nossos lábios.

- Oi amiga! - Bubu falou animada, esticando o braço. Demos as mãos sorrindo, já que Rafa estava entre nós.

- Oi meu amor! Oi tia, oi tio! - falei com meus sogros também. Vi minha família mais à frente. Depois falo com eles... Todos sentados prestamos atenção em tudo que o padre falava. Sobre o batizado e todo seu significado e importância. Na hora de Batizar Vitório Rafa e eu fomos no altar, juntamente com Mari e meu irmão. Como é de costume Rafa pegou o afilhado em seus braços e o padre molhou a cabeça do pequeno e todos observavam encantados. Comigo não era diferente, Rafa o segurando só me deixavam mais boba ainda. Observei seus trages. O maluco veio de gola pólo, meu Deus!

(...)

Fomos para o local do buffer, estava tudo tão lindo e aconchegante. O local havia muito verde e uma área coberta, mas era somente o teto, não haviam paredes. Rafa já estava com Vitório nos braços próximo a família de Mari, enquanto eu conversava com minha família. Meu pai anda tentando se aproximar. Em uma conversa com minha mãe ela me disse que ele conversou com ela alegando que não adianta ficar nesse clima comigo, já que eu amo mesmo o Rafa e ele não pode impedir. Eu confesso que estou fazendo um charme, dando um gelo. Ele foi muito duro comigo e me deixou magoada.

- Bele, você pode vir aqui? - Raissa me chamou e logo fui ao seu encontro.

* Luan narrando.

Eu estava todo bobo com Vitório em meus braços, conversava com os pais da Mari e logo mais parentes dela e da família da Bele começavam a chegar.

- Imagina quando for você. - A mãe da Mari comentou.

- Eu vou ser babão demais! - confessei em meio a um sorriso e por consequência lembrei da Bele, a procurei com o olhar, mas não encontrei.

- Ô, me dá meu filho um pouco! - João chegou próximo à nós sorrindo e então lhe entreguei o Vitório.

- João, vai ter uma cervejinha né?! - O pai da Mari falou. João riu e eu sorri.

- A Mari não queria de maneira alguma, mas vai ter sim! Já, já tá chegando. - piscou o olho e se afastou.

- Eu vou tentar encontra a Bele. - me afastei do casal atrás da minha pinguinho. Ainda não tive a oportunidade de ficar a sós com ela. Procurei, até encontrar Gustavo.

- Onde está indo gostosão?

- Atrás da pinguinho, cê viu ela?

- Ela tá lá na cozinha. - apontou para um cômodo, que havia mais distante de onde estávamos.

- Merda! Não tem como você ir lá e chamar ela? - eu queria a atenção da minha namorada.

- Tá o maior bafafá, parece que deu errado alguma coisa. Fui tentar entrar lá e a Mari gritou comigo.

- Vixi. - fiz careta.

- Gu, meu amor! - Bru se aproximou alegre, abraçando Gustavo. Ouvi alguém gritar meu nome, olhei e vi meu cunhado me chamar. Fui e percebi que era a bebida que havia chegado. Aproveitei para cumprimentar alguns familiares da minha namorada. Os homens logo se juntaram em uma roda, sentamos e começamos a beber.

* Mabele narrando.

Depois de resolver um pequeno problema com a comida na cozinha, eu voltei para a festinha e tudo já estava bem animado! Vi alguns familiares e logo fui falar com eles. E acabei sentando na mesa com algumas tias e minha vó paterna que é uma gracinha!
Alguns minutos depois, Leila chegou com Bubu.

- Vem dançar! O Luan tá cantando lá fora. - Minha cunhada me convidou e realmente percebi que Rafa não estava ali, como a maioria dos homens. Leila sentou no meu colo.

- Só tem homem lá? - perguntei.

- Não, tem umas tias da Mari fazendo uma bagunça. - Bru riu.

- Sério? Bora lá. - ia levantar, mas Leila falou.

- Não, antes vamos fazer o snap - a folgada pegou meu celular que estava na mesa e entregou a Bubu. - Vai Bru! - pegou uma plaquinha.

- Ah, não. Vai ser eu no seu colo. - trocamos de lugar e eu fizemos pose.

- Pronto. - Bubu disse e então levantamos e eu olhei a foto postando em seguida:

- Agora bora dançar! - Leila já saiu dançando. Causando gargalhadas em Bubu e em mim.

Quando chegamos onde rolava a folia, logo vi Rafa dançando com uma das primas da Mari. Ele sorria e em uma mão segurava o copo que com certeza estava com cerveja, já outro braço, estava em volta da cintura da criatura. Parecia ser tudo muito inocente, mas eu não gostei. As danças do Luan sempre são rebolando demais, coladas demais. Os homens cantavam e batiam palmas no ritmo da música. Realmente as tias da Mari estavam no meio da bagunça e as gargalhadas se misturavam. Quando chegamos próximos a eles, cumprimentei aqueles que já conhecia e com um sorriso pequeno e de braços cruzados, observava Rafa dançar.

- A patroa chegou, Luan! - um dos homens gritou e Rafa fingiu ou não ouviu e continuou dançando. Realmente era tudo muito inocente, um momento de diversão. Mas eu fiquei incomodada. Posso né?! Leila e Bru já entraram no ritmo cantando a música também e acabei rindo delas, quando finalmente a música acabou. Rafa veio pro meu lado sorrindo e suado. Continuei de braços cruzado e ele me abraçou apenas com um braço, já que no outro sua mão não largava o copo de bebida. beijou meu ombro coberto pelo tecido do vestido. E logo voltou a me olhar.

- Você não vai encher a cara né?!

- Não. Eu te procurei tanto, amor.

- Sério? Nem parece, tava dançando aí, se divertindo. - não consegui esconder meu incomodo e ele olhou pra cima gargalhando. Continuei séria.

- Cê ficou com ciúmes? - segurou o riso.

- Não. - olhei pro lado e ele riu novamente.

- Não te conheci ontem, Mabele. - observei rapidamente e vi que Leila agora dançava com um dos tios da Mari. - Foi só uma dança, uai.

- Tá. - olhei em seus olhos e ele cheirou meu cabelo. - Não vai ficar bêbado! - bati em seu ombro de leve.

- Não vou não. - senti sua mão descer das minhas costas, para minha bunda ele me olhou e eu o repreendi com o olhar ouvindo sua gargalhada. Como é lindo! Sua mão voltou a ficar em minhas costas. Aproximou sua boca da minha e mesmo com o hálito forte de cerveja, eu o beijei com minhas mãos em seu rosto. Ele aprofundou ainda mais o beijo, o deixando mais rápido, nossas línguas viajavam na boca um do outro numa sincronia perfeita. Minhas mãos que estavam em seu rosto foram para seu cabelos, os puxando de leve. Por um momento eu esqueci que haviam várias pessoas perto de nós. Naquele beijo parecia só tinha nós dois. Eu senti tanta saudade esses dias...

- Ei, vocês dois! - Ouvi a voz fina da Gabi. Encerramos o beijo e a olhamos. Ela tinha as mãos na cintura e nos olhava feio.

- Minha princesa! - Logo Rafa se abaixou ficando da altura dela.

- Quero comer alguma coisa. - falou toda manhosa. Ela sempre fica assim perto do Rafa.

- Tem comida em todo lugar, Gabi! - Encolhi os olhos a olhando e ela me deu língua.

- Não pode fazer isso! - Rafa a repreendeu.

- Vamos comigo, tio. - passou a mão nos cabelos dele.

- Vamos, eu aproveito e pego minha touca com minha mãe. - ele levantou e os dois deram as mãos. - Vem amor! - me chamou e os acompanhei.

Enquanto Rafa foi buscar a touca, eu fiquei gravando snap com ela e acabamos tirando uma foto também:

- O Rafa faz todas as suas vontades né bonitinha?! - ela riu. Que menina sapeca!

- Ele não vai voltar mais? - o procurou com o olhar.

- Você não queria comer? Então vamos atrás de comida ué. - ouvi ela bufar. É claro que eu sabia que ela queria mesmo era ficar perto do Rafa. Eles mal se vêem. Perto da mesa onde tinha alguns salgadinhos, Rafael estava sentando com seus pais, já de touca.

- Tio, você não voltou mais! - Gabi reclamou.

- A mãe tá falando com minha tia no meu celular. Tô esperando elas encerrarem a ligação. - ele me olhou, se explicando.

- É ela que tá cobrando explicações! - ri.

- Tira uma foto minha com ele, Bebele. - já foi tentando sentar no colo do Luan que a abraçou. Bati e postei no snap. Logo apareceu um de nossos priminhos a chamando para brincar e como qualquer outra criança ela correu para a área verde, se juntando com ele.

- Posso tirar uma selfie com você? Sou muito sua fã! - brinquei e ouvi o tio rir, ele estava prestando atenção.

- Claro que pode linda. - me abaixei um pouco, para ficar na altura do rosto dele. Tiramos algumas.

- Nossa, eu tô muito feliz! - continuei meu teatro e meu namorado e meu sogro riram.

- Senta aqui. - me puxou para seu colo, onde eu fiquei por um bom tempo recebendo carinho.
- Me passa as fotos que a gente tirou. Vou postar. - ele me pediu e eu enviei pelo whatsapp. Fiquei de olho no meu insta e em poucos instantes vi que ele havia postado uma preto e branco:

" Batizado do nosso Vitório com minha pinguinho ❤ "

(...)

A festa foi até à noite e na hora de ir embora, Rafa acabou me convencendo junto com a Bru de dormir na casa deles. Eu disse que iria em casa e logo depois chegaria lá. Parece que tô vendo quando eu chegar lá esses dois disputando minha atenção.




Capítulo maiorzinho... O que acharam? Bele se atrasando pro batizado... Seu Joaquim tentando se reaproximar... Bele com ciúmes... Enfim, o que acharam do capítulo? 
PS: não postei ontem, porque eu não consegui terminar o cap :/ 
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Bjs, Jéssica. ❤