Capítulo 113

Acabei chegando somente na segunda-feira em casa por conta da forte chuva que impediu todos os vôos. Cheguei pela manhã, quase meio dia. Comi algo e logo fui na empresa do seu Joaquim. Quero resolver isso logo. Mamusca me encheu de perguntas, mas eu não esclareci nada. Apenas disse que iria resolver um problema. Quando cheguei em frente a empresa, entrei e torcia para que Bele não me visse, não antes que eu falasse com seu pai.

- Bom dia! Veio ver a Bele? - a secretária disse, acho que é Soraya o nome dela. Não me lembro muito bem.

- Bom dia! Não, eu vim falar com seu Joaquim, ele tá?

- Está sim! Só o instante, eu vou saber se ele pode lhe atender agora. - apenas assenti com a cabeça e olhei pro lado, para a sala da minha pinguinho. Que vontade de entrar ali e agarrá-la, matar toda minha saudade, mas antes eu tenho que resolver o que vim resolver.

- Ele disse que você pode entrar. - sorri e fui ao lado contrário da sala da Bele. É, a sala dos dois é de frente uma pra outra. Bati na porta, entrando em seguida. Vi seu semblante sério, sentado na cadeira, rodeado de papéis.

- Bom dia seu Joaquim!

 - O que veio fazer aqui? - me aproximei e sentei na cadeira a sua frente.

- Eu quero falar sobre meu namoro com a Bele. - ele riu irônico.

- Falar o que? Quer tentar me enganar como está enganando ela? Eu não sou ingênuo igual minha filha, Luan. - digamos que ele estava irritado. Já eu, tentava manter minha calma.

- Eu sei que é difícil confiar depois de tudo. Mas eu já expliquei que a garota lá que veio pra cima de mim tentando me beijar.

- E você é um santo! - ironizou.

- Olha seu Joaquim, eu vim aqui tentar falar civilizadamente e é isso que eu estou fazendo, enquanto o senhor só me ataca.

- Queria que eu te abraçasse? Você é um moleque, Luan! Mudei todo meu conceito sobre você.

- O senhor pode pensar o que quiser! Só quero deixar claro, que a Bele está confiando em mim, é isso que importa. E o senhor querendo ou não, nós vamos ficar juntos. Agora eu não admito que o senhor use palavras tão pesadas com ela e a deixe tão magoada.

- Você não admite? - riu alto. - Quem é você? Eu sou o pai dela! Tenho o direito e o dever de abrir os olhos da minha filha! Por mais que seja uma verdade dolorosa, eu tenho que ser sincero.

- EU NÃO VOU TRAIR SUA FILHA! - gritei, esgotado de suas insinuações. Ele levantou da cadeira.

- Quem me garante? Você já fez uma vez! - se alterou também, mas não como eu.

- Eu garanto! Olhando pra você, seu Joaquim, eu digo: Nunca mais vou vacilar com a Mabele. Eu a amo, como nunca amei e nunca vou amar outra mulher.

- Você vai ter que me provar isso.

- Eu vou provar! O senhor vai ver a felicidade no sorriso, no olhar da sua filha. Nós vamos ver muito felizes e eu nunca mais vou mágoa-la daquele jeito. Eu juro, por minha família, por tudo que é mais sagrado. - ele assentiu, ainda com sua postura séria. - Só peço que tenha mais cuidado com as palavras. O senhor é de extrema importância pra ela. E ela ficou completamente arrasada naquele dia.

- Pode se retirar. - foi grosseiro mais uma vez. Suspirei e virei as costas pra ele e sai dali. Que homem orgulhoso! Já sei a quem a Mabele puxou.

- Está tudo bem? - a secretária perguntou. Com certeza ouviu os gritos.

- Sim. - sorri pequeno. - A Bele tá perto de sair?

- Tá sim. Daqui à uns dez minutos ela tá indo embora.

- Não fala nada que me viu aqui tá? - ela assentiu, sem entender. - Obrigado. - sorri e quando cheguei em frente ao meu carro, entrei e fiquei esperando que ela saísse. Preciso pelo menos dar um beijo.
Enquanto ela não saía, fiquei pensando na minha conversa com seu Joaquim. Eu ainda vou calar a boca dele e ainda vou ouvir um pedido de desculpas. Ah, vou sim!

... Quinze minutos depois...

Vi ela saindo da empresa, toda distraída olhando o celular. Estava com uma saia justa, quase até o joelho e uma blusa estampada manga longa, juntamente com um salto preto. Ela fica muito sexy com essas roupas! Quando estava chegando em frente ao meu carro, baixei o vidro.

- Psiu! - ela se quer me deu moral. Que lerda! Já estava passando reto. - Bele! - falei mais alto e só então ela voltou e me olhou sem acreditar e logo sorriu. Abriu a porta do carro, sentou ao meu lado e logo me abraçou forte.

- Que saudade neguinho! - eu sorria o tempo todo. Afastou o rosto e me beijou, com as mãos nas laterais do meu rosto. Que saudade do beijo magnífico dessa mulher! Foi um beijo longo, onde tentamos matar um pouquinho da saudade um do outro.

- Cê tá bem? - passei a mão na lateral do seu rosto.

- Tô ótima! - ela tinha um sorriso gigantesco e lindo! - Você veio me buscar, não aguentou até o fim do dia? - riu.

- Não foi bem isso. Eu tava louco de saudade de você sim, mas eu vim aqui resolver uma coisa. - ela ficou séria, me olhando sem entender nada.

- Que coisa?

- Conversei com seu pai.

- Você o que? Rafa, como foi isso? Pelo amor de Deus!

- Eu não quero que ele fique te magoando, então eu fui lá e tentei conversar. Ele me atacou com palavras e eu acabei me alterando, mas por fim, eu disse que provaria pra ele que não vai mais acontecer nada parecido com aquilo e que eu vou te fazer muito feliz.

- Você é um maluco sabia? - sorriu de lado.

- Maluco por você. - sorri e selei nossos lábios.

- Espero que ele se convença e que dê apoio ao nosso namoro.

- Ele vai, meu amor. Pode ter certeza.

- Deus te ouça.

- E agora, vamos pra onde gatinha?

- Você eu não sei, mas eu vou no meu carro, almoçar, e em seguida vou pra loja.

- Que fora eu levei agora em?! - me fiz de ofendido.

- Isso tudo é pra ganhar beijinho? Não precisa neném, eu dou beijinho. - começou a beijar todo meu rosto lentamente. Me arrancando um sorriso. Que saudade desse jeitinho carinhoso. Fiz bico e ela entendeu selando nossos lábios, uma, duas, três vezes.

- Você fica tão sexy com essas roupas. Fica ainda mais gostosa. - mordi meu lábio inferior, apertando sua perna. Ela gargalhou.

- Que safado!

- Eu tô louco de saudade de fazer amor com você. Três meses! Sabe o que são três meses sem você? - ela sorriu e me abraçou, mordendo meu pescoço. - Para de me provocar. Eu sei que cê não vai fazer nada agora! - gargalhou. Safada! - Que gosto tem me deixar excitado pra nada? Cê não vale nada, Mabele.

- Amor! Assim eu fico ofendida. - senti mais uma mordida e suas mãos puxando meu cabelo de leve.

- Para, Bele. - segurei suas mãos tentando tirá-las do meu cabelo. Eu estava gostando muito daquilo e no estado que estou, logo ficaria excitado.

- Você quer que eu pare? - sussurrou em meu ouvido. Bandida!

- Amor! - falei de olhos fechados, completamente entregue, enquanto ela continuava atacando meu pescoço, com beijos, chupões e mordidinhas. Se afastou e me olhou mordendo os lábios. Não sei se era eu que estava com muita vontade dela, mas aquele olhar estava me fazendo perder a noção.

- Você vai almoçar comigo? - sorriu.

- Eu posso?

- Que pergunta, Rafa! Claro que pode. - riu de leve.

- Então vamos. - ela me deu um selinho rápido e saiu do carro, me permiti olhar sem bumbum, que bumbum, senhor! Em poucos instantes ela parou do meu lado já dentro do seu carro.

- Em qual nós vamos?

- Naquele que a gente costumava ir.

- Tá. - deu partida e eu segui logo atrás.

* Mabele narrando.

Assim que saí da empresa tive uma surpresa maravilhosa! Meu Rafa, me esperando. Ele me disse foi falar com meu pai, e eu achei muito bonitinha a atitude e preocupação dele. Depois de trocarmos carinhos, fomos para o restaurante, onde comemos e conversamos um pouco mais. Claro, apareceram pessoas querendo fotos e aquela coisa de sempre. Quando terminamos, fomos rumo à nossos carros. Paramos em frente ao dele. Rafa se encostou no carro e eu fiquei em sua frente, entrelaçou uma de nossas mãos.

- Assim que cê sair da loja, me liga que eu vou correndo pro seu apê.

- Pode deixar, eu ligo sim. - selei nossos lábios. - Obrigada pelo almoço, pela surpresa e por sua companhia. - sorri apaixonada e com ele não era diferente. Me abraçou e beijou meus cabelos.

- Minha pequenininha! - agora beijou minha bochecha.

- É melhor você ir, amor. Daqui a pouco aparece alguém, não é seguro ficar assim na rua.

- Então entra aqui rapidinho comigo. - me olhou com uma carinha de coitado. Ri.

- Entrar ai pra que? - ele sorriu, um sorriso totalmente sem vergonha.

- Quero ficar mais um tempo com você.

- Rafael... - encolhi os olhos, desconfiada de suas intenções.

- Deixa de pensar maldade! Entra, rápidão. - decidi atender seu pedido. O afastei pro lado a abri a porta, enquanto ele deu a volta no carro, entrando pelo outro lado. Assim que sentou, já foi colocando uma de suas mãos entre meus cabelos e me beijando. Nossas línguas entraram naquele disputa gostosa, enquanto eu percebia ele ficar mais próximo de mim e o nosso beijo só ficava mais quente. Quando o ar começou a me faltar, eu encerrei o beijo.

- Rafa, você é um sem vergonha! - falei ofegante e ele beijava meu pescoço. Sua mão passou por meu seio e em seguida ele abriu um dos botões da minha blusa. - Amor, o que você tá fazendo? - coloquei minha mão em cima da sua. Sem me responder nada, ele atacou minha boca novamente em um beijo molhado e não menos quente. Sim, aquilo estava despertando meu desejo. Sentia ele desabotoar botão por botão. Já estava na metade. Encerrou nosso beijo e com a boca entreaberta, olhou meus seios, cobertos pelo sutiã. Beijou a área descoberta e minha mão automaticamente puxou seu cabelo. Eu não posso transar com ele aqui. Não na frente de um restaurante, não quando eu deveria está no meu trabalho. Porra, meu trabalho!

- Amor, eu tenho que ir pra loja! - me afastei e comecei a abotoar minha blusa, ele me olhava com tesão. Puta que pariu, Rafael! Porque você faz isso comigo?

- Merda! - me observava.

- Você é um safado! Não deveria ter entrado aqui. Olha o que você faz! Me faz perder a hora e em pouquíssimos minutos, está tirando minha roupa. Pervertido! - terminei de abotoar minha blusa e o olhei, o filho da mãe tinha um sorriso pra lá de malicioso.

- Pior sou eu que tô excitado agora. - olhei sua calça e percebi o volume.

- Porque você procurou. Beijo. - selei nossos lábios, ele segurou meu cabelo dando início a um beijo, quando percebi que ele iria prolongar demais, encerrei. - Tenho que ir. - suspirou pesado, fechou os olhos e encostou a cabeça no seu assento. Não consegui segurar meu sorriso. Mal sabe ele, o quanto eu também estou com vontade dele. Afinal, três meses não são três dias.

- Te amo. - falou ainda de olhos fechados, como já estava.

- Te amo também. Até mais tarde. - me olhou de lado. Beijei sua bochecha e sai dali, tentando arrumar meu cabelo. Sentindo meu coração acelerado e o desejo te tê-lo por completo a flor da pele. Entrei em meu carro, respirei fundo, tentando me acalmar e parti para meu trabalho.

* Luan narrando.

Depois de uns amassos no carro, resultou em: eu excitado e ficando na vontade. Fiquei ali por alguns minutos, tentando me acalmar. Coloquei uma música pra tentar pensar em outra coisa que não fosse aquela mulher com aquelas pernas, aquela bunda e com aquele beijo. Assim que senti meu amigo dar uma acalmada, fui para casa. Quando cheguei passei a tarde toda com meus pais, até que dormi no colo da minha mãe, sentindo seu cafuné.

* Mabele narrando.

Saí da loja já estava anoitecendo. Hoje foi bem puxado! Cheguei em casa e me permiti sentar no sofá por uns instantes. Élvis veio todo alegre me receber. Fui para meu quarto com ele e tomei banho. Deixei meu cabelo molhado, se não secar até a hora de dormir, eu seco. Vesti um short e um cropped até o meio da barriga. Liguei pro Rafa que me atendeu com uma voz rouca.

- Você tava dormindo, preguiça? - sorri.

- Tava. Cê já chegou?

- Sim. Tô só esperando você.

- Já eu chego aí. Beijo.

- Beijo. - desliguei e fiquei no sofá assistindo, esperando sua chegada.



Oi meninas! E ai, o que acharam da conversa do Luan com seu Joaquim? E o clima esquentou entre os dois em?! Haha próximo capítulo tem continuação e outra coisa: vou tentar voltar a responder os comentários de vocês. Realmente, meu celular não ajuda, mas os comentários deste capítulo serão respondidos!
META: 10 COMENTÁRIOS.
Bjs, Jéssica. ❤