Meu dia foi normal como qualquer outro. A única diferença era em mim mesma. Eu estava bem mais feliz! Estava na casa dos meus pais. Tenho que falar que Rafa e eu voltamos a namorar. Sei que o único que com certeza vai ter uma reação nada boa é meu pai. Pra quem gostava tanto do Luan, ele mudou muito e não tiro sua razão. Ele tomou minhas dores. Estávamos sentados na sala assistindo.
- Boneca, você não vai pra academia hoje? - com certeza estava estranhando minha demora ali.
- Não sei. - fiz careta e ele sorriu negando.
- Vou tomar um banho. - selou os lábios de minha mãe que estava ao seu lado e subiu as escadas.
- Pode ir falando... Sei que aí tem coisa! - Minha mãe disse. Ri de leve. Como ela pode me conhecer tão bem?
- Tem mesmo... É que... eu e o Rafa estamos juntos de novo. - coloquei uma mecha atrás da orelha.
- Juntos? - arregalou os olhos. - Juntos pra valer mesmo?
- Uhum. - sorri fechado. Eu não tinha certeza de qual séria a reação dela.
- Minha filha, se você o ama e está feliz é isso que importa. Você sabe que só quero o seu bem e outra coisa; você já é adulta o suficiente pra tomar suas próprias decisões.
- Ai Mãe! Muito obrigada pelo apoio. - sentei no mesmo sofá que ela e a abracei.
- Vou está com você sempre, meu amor. - afastou o rosto e beijou minha bochecha. - Agora deixa eu deduzir mais uma coisinha... - encolheu os olhos e eu sorri. - Você tá apreensiva em relação a reação do seu pai não é?
- Exatamente. - suspirei.
- Não precisa. Ele não tem que aceitar nada. Você já é dona da própria vida.
- Mas a opinião dele, aliás de vocês, é muito importante pra mim.
- Eu sei. Vamos esperar ele voltar e então você fala. Eu tô aqui com você. - beijou meus cabelos. O apoio de dona Carol, com certeza já é meio caminho andado. - Agora me conta como foi isso! Ele foi falar com você? - perguntou animada e então eu contei tudo animadamente também. Tenho minha mãe como uma das minhas melhores amigas. Depois de lhe contar tudo ela disse: - Esse merece palmas! - rimos. - Brasileiro mesmo em filha?! Não desistiu.
- Verdade, mãe. - meu celular tocou. - Olha quem é. - mostrei meu celular e era ele. - Oi amor. - sorri e minha mãe me olhava sorrindo também.
- Oi pinguinho. Onde cê tá?
- Na casa dos meus pais.
- Ixi... Já falou com eles?
- Com minha mãe sim. - sorri a olhando do meu lado. - Mas com meu pai ainda não. Manda energias positivas tá? - brinquei e ele riu.
- Pode deixar! Saudade viu?
- Eu também tô. - suspirei.
- Quando cê falar com seu Joaquim, me liga tá?
- Você não vai tá fazendo show não?
- É só mais tarde. Pode me ligar.
- Tá certo.
- Beijo na boca!
- Outro na sua. - ri de leve.
- Te amo.
- Eu também. Cuidado por aí...
- Não se preocupe. Beijo. - sorri e desliguei. Se eu me sinto insegura? Claro! Depois de uma traição não tem como ter a mesma segurança, mas eu vou confiar e quem sabe eu consiga adquiri aquela antiga segurança que tinha. Antes que eu comentasse sobre a ligação do Rafa, ouvi a voz do meu pai.
- Você ainda está por aqui? - nem esperou eu responder e então continuou. - Vou buscar a buscar Gabriela. Vamos comigo?
- Espera paizinho, eu preciso falar com você. - eu disse com todo o jeito do mundo. Ele franziu as sombrancelhas sem entender. Sentou-se no sofá.
- Pode falar!
- Então... - engoli seco. - É que eu voltei a namorar com o Rafa.
- Você o que? - perguntou sem acreditar.
- Isso mesmo que você ouviu, pai.
- Como você é ingênua a esse ponto? Tá na cara que ele vai te trair com outras. Fez uma vez... Aliás, uma vez que você ficou sabendo. Ele vai continuar com isso, Mabele Brício! Não acredito que criei uma filha tão ingênua! Tão cega! - ele foi muito duro com as palavras. Eu senti meu olho de encher de lágrimas. O medo de ser verdade tudo que ele me disse, me consumiu.
- Joaquim, olha como você deixou a menina! - minha mãe o repreendeu e eu não consegui segurar as lágrimas.
- Eu tô falando pro bem dela! O Luan é um moleque. Não é pra você.
- Chega Joaquim! - minha mãe se alterou e levantou-se. - Mabele já é madura o suficiente! Não vou admitir que você fique insinuando esse tipo de coisa.
- Então quer dizer que eu tenho que ficar calado? Não posso abrir os olhos da minha filha? Olha Carol, eu não sou você que passa a mão na cabeça e apóia tudo mesmo não sendo o melhor pros nossos filhos!
- Você tá querendo dizer o que com isso Joaquim? Que eu não quero o bem dos meus próprios filhos? - eles discutiam como se eu não estivesse ali. Tudo por minha causa. Merda! Decidi tomar uma atitude, mesmo entre lágrimas eu levantei e disse firme:
- Olha aqui, pai. Eu vim comunicar a vocês porque são minha família e não deveriam ficar sabendo pela tv, ou algo assim. Não quero brigas, muito menos por causa de mim. Eu respeito muito a opinião dos dois, opiniões essas de grande importância. Mas eu o amo, pai! Se põe no meu lugar; você deixaria a minha mãe porque seu pai, ou outro alguém fosse contra? Em?
- Não é bem assim. São situações diferentes. Ele te fez de boba! Você não enxerga?
- Pai chega! - gritei. - Eu vou embora. O que eu tinha de comunicar já comuniquei. - peguei minha bolsa e Élvis que estava deitado no chão.
- Mabele, espera! - fingi não ouvir e continuei a caminhar. - Eu tô falando com você, Mabele Brício! - abri a porta e bati com força. Entre no meu carro e dei partida. Queria sair dali logo. Enquanto eu dirigia as lágrimas desciam em meu rosto. Com certeza eles vão continuar discutindo. Meu pai foi muito duro comigo! Ele praticamente disse que sou uma burra por está voltando com o Luan. Será que não sou? Merda, mil vezes merda! Eu estava magoada, com um sentimento de culpa e até com medo de que tudo que ele disse naquela sala fosse verdade. Élvis como se entender veio para meu colo e deitou ali me olhando.
- mamãe não tá bem, meu amor. Você sabe né? - o olhei rapidamente. - Vai passar. Eu sei que vai. - respirei fundo e tentei segurar as lágrimas. Quando eu estava chegando em frente ao prédio onde moro, vi que Luan me ligava. Não atendi. É melhor conversarmos depois que eu estiver calma.
Quando entrei em meu apartamento, me despi e entrei no banheiro. Liguei o chuveiro e fiquei pensando em tudo sentindo minhas lágrimas se misturaram com a água quente do chuveiro. Eu estou tão magoada com meu pai! Depois de alguns longos minutos eu saí do box e me olhei no espelho me deparando com meu rosto vermelho e meus olhos inchados. Em enrolei na toalha e quando sai do banheiro ouvi meu celular tocar novamente. Fui até a cama e o peguei... Luan novamente. Respirei fundo e decidi atender.
- Oi?
- Que voz é essa? O que aconteceu? - sua voz tinha um tom preocupado.
- Eu falei com meu pai. - senti as lágrimas escorregarem por meu rosto.
- E ai? O que ele disse? Coisa boa não foi né? Pra você tá assim...
- Ele começou a falar um montão de coisa lá e minha mãe e ele começaram a discutir... Foi horrível! - passei a mão por meu rosto. Eu não queria contar os mínimos detalhes, mas já sabia qual seria sua próxima pergunta.
- O que exatamente ele disse? - respirei fundo e mesmo contra minha vontade comecei a contar:
- Ele disse que você vai continuar me traindo, que eu sou uma ingênua... Cega... - suspirei enquanto as lágrimas tomavam conta do meu rosto.
- Amor, você sabe que isso não é verdade. - fiquei em silêncio. - Sabe não sabe?
- Rafa... - suspirei.
- Não me diz que você acreditou nele...
- Luan eu tenho medo. Já te disse que tenho medo de acontecer de novo.
- Você não confia em mim? Cara aquilo foi um deslize! Aquela louca que me atacou. - se alterou.
- Calma! Eu tô confiando em você, mas é normal eu sentir medo.
- Se você sente medo, não confia em mim. - falou baixo, agora em um tom decepcionado.
- Se coloca no meu lugar, poxa! - desta vez eu que me alterei.
- Eu te prometi que nunca vou errar assim novamente não foi?! Acredita em mim...
- Eu preciso tanto de você aqui. - suspirei e sentei na cama. - Eu já sabia que séria assim. Não vai ser fácil pra mim, Rafa.
- Eu já disse que tô com você. Infelizmente eu não posso está do teu lado fisicamente agora e você não imagina o quanto eu me odeio por isso! mas meu amor, nós vamos enfrentar tudo que for preciso.
- Uhum. - foi o que eu consegui falar.
Tudo que eu queria era seu abraço.
- Não dá moral pro que estão falando... Nós sabemos do nosso amor, o quanto ele é forte e verdadeiro. Tão forte e verdadeiro que passou por cima das desavenças.
- Eu queria tanto seu abraço. - suspirei e ouvi um suspiro vindo dele também.
- Onde você tá?
- No meu quarto.
- Como você tá?
- De toalha. Acabei de sair do banho. Mas porque essas perguntas?
- Deita na sua cama. Tira essa toalha e deita, se enrola.
- Rafael...
- Faz o que eu tô falando. - assim fiz mesmo sem entender. - Tá enroladinha?
- Tô.
- Agora escuta: eu te amo e eu vou está junto de você sempre! Pra te apoiar e te defender. - sorri pequeno. Ele falava tão sereno. - Agora você tem que dormir.
- Eu não vou conseguir.
- Vai sim! Espera um minutinho amor. - em seguida ouvi sua voz mais distante. - Testa eu tô ocupado agora! Dane-se horário. É coisa importante. Amor? - sua voz voltou a ficar próxima.
- Oi? Você tem que ir pro show né?!
- Isso não interessa agora. Eu vou te fazer dormir.
- Eu não sou bebê! - acabei rindo.
- É minha bebê sim. - sorri apaixonada. - Posso cantar pra você?
- Por favor né?! - então ele começou.
- Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida. - fechei os olhos ao ouvi sua boz de voz nessa música. Ah, como eu o amo.
- Deveria ser eu cantando pra você. É Você e vai e volta. - ouvi sua risada e acabei sorrindo. Como ele consegue me trazer a paz interior tão naturalmente?
- Vou cantar outra. - começou novamente. - É pouco dizer Que é você a minha outra metade É pouco dizer Que daria a vida, meu destino e algo mais Já não me alcançam as palavras não Pra lhe explicar o que sinto E tudo que você esta causando em mim E até no frio sinto o seu calor E tudo é doce quando está em sua voz E se vem de você Vou te provar, te fazer sentir Que cada dia eu volto a te escolher Por que me dá, seu amor sem medida Vou dividir a minha única vida Com você. - senti meu corpo relaxar totalmente e ainda com os olhos fechados eu sorria.
* Luan narrando.
Depois do que ela me disse do seu Joaquim eu fiquei puto de raiva! Tentei acalma-la, já que percebi que ela tão estava nada bem. Comecei a cantar e na segunda música percebi sua voz já sonolenta. Sorri aliviado por está conseguindo fazê-la relaxar. Comecei a cantar outra.
- Já era amor antes de ser Já era seu antes do sim Já era nós antes que eu pudesse escolher Eu te encontrei e me perdi Eu permiti acontecer, aconteceu sem avisar Isso que é amar Vida, você entrou na minha vida E mesmo com tantas feridas Você me aceitou e o seu amor cicatrizou Tanto eu errei tanto e tanto perdoou Será que eu mereço tanto amor Onde eu fui pedra você plantou flor E vou seguindo assim Um passo atrás do outro e não pela razão E graças a você eu sou mais coração Dizem que a vida ensina, Mas você que me ensinou o que é o amor Eu vou seguindo assim Me desculpe por tudo que eu te fiz passar Era meu jeito torto de amar Eu agradeço a Deus por ter você aqui e ser o meu amor. - ouvi sua respiração pesada e tive a certeza de que ela havia dormido. Assim eu ficarei mais aliviado. Eu sei, não está sendo fácil pra ela. É o pai dela! Testa bateu na porta do meu quarto novamente. - Tô indo cara! Tô indo! - no caminho até o local do show eu contei toda a história ao Testa.
- E o que você vai fazer? - me perguntou.
- Quando eu voltar, vou conversar com ele. Não dá cara! Ficar falando um montão de coisa pra Bele. Ela é muito emotiva, você sabe.
- E nesse caso, ainda piora.
- Chegamos! - Well falou e claro que percebi, minhas fãs já gritavam. Agora era hora de colocar um sorriso no rosto e fingir que tudo está as mil maravilhas. Vou ter uma conversa com seu Joaquim, ah vou sim!
O negócio foi tenso em... O Luan foi um amorzinho! E essa conversa dos dois? O que vai dar?
META: 10 COMENTÁRIOS.
Bjs, Jéssica. ❤
Que lindo esse "amor sem medidas" com certeza um dos capítulos mais apaixonantes/emocionantes 😍
ResponderExcluirContinua
Awwnn muito lindo da parte da luan cara, o Joaquim tem que parar com essa marra, espero que ele pare com isso quando o luan conversar com ele
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPosta maissssss!!!!!!
ResponderExcluirai luan é muito fofo nossa
ResponderExcluirQue lindo! Luan super romântico com ela... Ele fez certinho, cuidou mesmo de longe. *-* Continua!
ResponderExcluirContinuaaaaa! Hahahahahaha Deixa eu perguntar uma coisa... Existe a possibilidade da Mabelle ficar grávidíssima? Porque assim, eles tem relação constantemente, e algum dia podem esquecer a camisinha ou deixar de tomar o remédio. Ficaria muito feliz com ela grávida!!! Beijos
ResponderExcluirContinua logooooo, por favor, linda! Tô amando!
ResponderExcluirSou nova aqui no blog, comecei ler há pouco tempo e não consigo mais parar... Meu nome é Maya! Gostaria de dizer que você escreve muitíssimo bem, parabéns! Continua hehehehehe Luanzinho super amor, awm ^^
ResponderExcluirBeijos!
Eita tomara que dê tudo certo com o pai da bele
ResponderExcluirele foi sincero né
mais o Luan disse que mudou
e pior que foi ela que se insinuou a doida lá
continua
Tomara que o Luan converse logo com o pai da Bele e ele entenda.
ResponderExcluirele tem razão em querer defender a filha.
Mais ele exagerou um pouco.
Espero que ele não fique contra o relacionamento
se a bele resolveu dar uma chance pro Luan.
Vai ter que confiar nele né.
pelo menos um pouco.
continua
Ariane pinheiro
So tenho uma coisa a dizer sobre Esse capítulo Que capítulo mais fofoo!! 😄
ResponderExcluirMds, mds, mds tô amando simplesmente 😍
Tô curiosa para saber O que vai acontecer nos próximos capítulos?
Continua assim que puder❤(cantarolorei 🎶)
😄😘