Capítulo 106

Quatro dias depois...

Hoje eu volto ao Brasil, tudo está mais calmo e o aeroporto foi reaberto. Aqui alguns salões fazem atendimento a domicílio, então eu e Lô chamando o nosso cabeleireiro preferido. Decidi escurecer meu cabelo, tirar as mechas loiras e Lô vai apenas hidratar e cortar. Anderson reclamava por ter que aturar nosso dia mulherzinha. Vamos viajar somente a noite.

(...)

Horas depois...

- O que vocês acharam? - perguntei sobre meu cabelo.

- Eu amei! Arrasou né Marcos?! - Lô disse.

- Tá linda. Mais linda ainda. - Anderson sorriu me olhando.

- Eu também gostei muito! Ninguém sabe que eu decidi escurecer, quando a galera do Brasil ver isso... Vão pirar! - rimos.

As horas correram, e quando me dei conta já estava no aeroporto me despedindo da minha doidinha.

- Eu vou ficar com saudade. - se lamentou, abraçada a mim.

- Eu também. - suspirei.

- Você pode ir pra lá quando quiser, Lô. - Anderson disse. - Se quiserem ir pro Rio, minha casa está de portas abertas. - desfizemos o abraço.

- Obrigada bonitão. Assim que der eu vou mesmo. - sorriram e ouvimos a última chamada do nosso vôo. Nos despedimos pra valer e fomos rumo ao Brasil. Eu queria logo chegar no meu pais.

* Luan narrando.

No meio da madrugada eu cheguei em casa. No último show eu acabei pegando uma gostosa que foi no camarim. Ela se insinuou e então acabamos na cama do hotel. Ela mandou bem, mas só serviu para suprir minhas necessidades. Todos dormiam, apenas subi para meu quarto e em poucos minutos dormi.

* Mabele narrando.

Cheguei em casa e somente deixei minhas malas e tomei banho, mesmo com parte do meu braço ainda enfaixado. Logo corri pra casa dos meus pais, eu estava morrendo de saudade do meu filho e deles, claro! Sem falar da Gabi, minha princesa. Fui recebida com abraços apertados.

- Que susto você nos deu, filha! - minha mãe suspirou, enquanto eu recebia o abraço da minha irmã.

- Vaso ruim não quebra assim não! - brinquei e ela me olhou feio.

- Bebele, esse daqui é seu machucado? - apontou para meu braço, depois de se afastar.

- É meu amor. Vou passar um mês com isso. - fiz careta.

- Isso tudo? - minha mãe perguntou.

- Sim dona Carol. Onde tá a Jojô?

- Foi no mercado, já deve está voltando. Vem cá, anda, vem comer. - já pegou minha mão me levando para a cozinha. Que alivio de saber que eu estou em segurança do lado das pessoas que me amam. Sentei enquanto minha mãe cortava um pedaço de bolo.

- Onde tá meu filho? Tô morrendo de saudade.

- Tá dormindo na sua cama.

- Ai que amor! - sorri e então comecei a comer o pedaço de bolo, enquanto Gabi não parava de falar. Terminei e continuamos conversando, até que o telefone fixo tocou. Gabi correu para atender.

- Gabi, espera! - minha mãe falou, mas ela nem ligou e atendeu. Levantei junto com minha mãe e fomos pra sala  ouvindo ela falar.

- Oi tia! A Bebele acabou de chegar! - falou super animada. Será que é alguma de nossas tias? - Ela tá aqui em casa ué. - riu.

- Quem é Gabi?

- Tia Marizete. - sorriu e então minha mãe pediu o telefone.

- Oi Mari! Desculpa, essa menina anda muito mal educada. - ficou calada ouvindo o que a tia falava e riu de leve. - Tá bem sim, graças a Deus. - me olhou sorrindo. - Eu falo pra ela. Falo sim. - se calou novamente. - Pode deixar. - Tia falou mais alguma coisa e então minha mãe respondeu. - Então, eu iria, mas a Jojô já foi pra mim. - riu de leve - Tá. Beijo. - desligou em seguida.

- O que ela queria, mãe?

- Queria saber se eu iria no mercado. Ela quer ver você. Disse que não pode vir que está cuidando do almoço, mas que desde já, está te esperando lá. - sorri.

- O Luan tá lá? - fiz careta.

- Ah filha, disso eu não sei. Mas depois você vai lá. Fica mais um pouco com a mamãe. - me abraçou, beijando minha testa.
Decidimos subir para meu quarto e eu estava sendo muito, mas muito mimada por minha mãe. Matei um pouco da saudade do meu filho e no almoço encontrei Jojô e meu pai, que veio almoçar em casa. Almoçamos todos juntos e eu não me aguentava de tanto mimo. Meu pai quase não queria voltar para o trabalho, mas o dever, fez com que ele voltasse para a empresa.

- Mãe, acho que vou ver minha tia. - falei enquanto colocava meu prato na pia.

- Vai lá, ela tá te esperando desde cedo. - riu de leve.

- Vamos comigo Gabi?

- Vamos...

- Não vai não! - minha mãe logo a cortou, fazendo um bico aparecer nos lábios da minha irmã.

- Por que, mãe?

- Você faltou aula hoje pra receber a Bele, mas lembra do nosso combinado?

- Você é chata! - saiu correndo em direção as escadas. Super irritada.

- Eu combinei que ela, que ela ficaria estudando a tarde. - me explicou.

- Ah, então eu vou sozinha mesmo. Já volto. Beijo. - soltei beijo e passei por Jojô beijando seu rosto.

Logo cheguei em frente a casa dos Santanas. Minha tia abriu a porta e quando me viu, um sorriso lindo surgiu em seus lábios.

- Minha filha! - me abraçou apertado. - Que susto que você me deu em?! Nossa senhora! - se afastou e me olhou beijando minha bochecha seguidas vezes. - Vem entra. - sorri e entrei, encontrando o Luan vindo da cozinha pegando na barriga por baixo da blusa, enquanto olhava o celular.

- Mamusca, quem era? - olhou em nossa direção e parou por segundos me olhando.

- Oi! - decidi falar e ele deu um sorriso gigantesco e se aproximou me abraçando forte. Uma de suas mãos em minhas costas e a outra na parte de trás da minha cabeça.

- Nem acredito que cê tá aqui. - falou baixinho e eu permitir fechar meu olhos, sentindo o relaxamento de estar em seus braços. - Nunca mais me assusta assim, por favor! - suspirou.

- Eu prometo. - sorri e então ele afastou seu rosto para me olhar, segurando minhas mãos. Olhou cada mínimo detalhe, como se verificasse se estava tudo bem mesmo. Me abraçou novamente e ouvi a risada leve da tia Zezete.

- Luan, espera! - pedi rindo, ele não me soltaria tão cedo.

- Que saudade de você. Cê me deixou muito preocupado cara! - desfez o abraço, mas continuou segurando uma de minhas mãos.

- Já passou, eu já tô aqui.

- Foi ai o tiro? - olhou a parte do meu braço enfaixada. Assenti com a cabeça.

- Você quer comer, Bebele? - Tia falou.

- Não, obrigada. Eu acabei de almoçar. - sorri agradecida. Luan não parava de me olhar e não soltava minha mão. Acho que nem ele se dava conta do que estava fazendo.

- Quando você chegou? Vem, senta aqui. - tia Zezete perguntou e então Luan enfim soltou minha mão, mas sentou do meu lado no sofá.

- Cheguei pela manhã. - sorri.

- Esse menino quase fica maluco quando soube. - tia suspirou e eu o olhei sorrindo.

- Não era pra menos, Xumba. - passou a mão no cabelo. Lindo!

- Exagero dele. Querer desistir da gravação.. - o repreendi ainda o olhando e então ele me olhou.

- Cê não tem noção do quanto é importante pra mim não né?! Fiquei preocupado demais. Você lá com aqueles malucos atirando e bombardeando os lugares e as pessoas. - franziu as sombrancelhas como se imaginasse a cena.

- O que importa é que você está viva e muito bem! - Tia Zezete ressaltou.

- Verdade. - sorri e coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Luan pegou um chiclete do bolso de sua bermuda e colocou na boca e me deu outro em seguida. - Onde que tá o tio? - perguntei e coloquei o chiclete na boca.

- Foi no mercado. Eu iria, mas ele se ofereceu e eu não neguei né?! - rimos.

- Aqui fica tão estanho sem a Bubu. - fiz careta.

- Nem me fale, aquela pentelha tá fazendo falta. - Luan disse.

- Mas a distância faz parte do sonho dela... - Tia Mari suspirou. - Vou preparar aquele suco de maracujá que você adora! - Não vão cansar de me mimar hoje? Eu sorri e ela levantou indo pra cozinha.

- E ai, como foi a gravação? - perguntei ao Luan, que respondeu animado.

- Foi massa demais! Fiz ela toda pensando em você. - olhou no fundo dos meus olhos.

- E o repertório? - tentei fugir do clima que se formaria.

- Tá muito bom.

- Não duvido. - sorri e ele sorriu junto.

- Espera... Tem alguma coisa diferente em você! - me olhou, tentando procurar. Que lerdo! Ele não percebeu meu cabelo mais escuro.

- E o que séria? - ri de leve. E ele me olhou procurando mais um pouco.

- Seu cabelo! Claro! Como eu não precebi antes? Cê escureceu eles. - pegou uma mecha nas mãos. - Eu gostava das mechas loiras. - fez careta.

- Ah, então tá feio? Nossa Luan, obrigada. - fiz drama e levantei, fingindo estar brava. Ele levantou junto, me olhando assustado.

- Calma! Eu não disse isso. Só comentei que gostava do loiro, mas cê continua linda. Mais linda se duvidar... - enclinou a cabeça e sorriu, me deixando sem graça.

- Vamos ver se a tia já fez o suco? - eu tentando fugir do clima que ele tentava formar. Virei as costas andando e ele riu fraco.

- Foge não Mabele! - senti sua mão segurar meu braço, fazendo com que eu virasse de frente pra ele.

- Luan, pode parar! - o repreeendi sentindo meu coração acelerado. Ele sorriu totalmente despreocupado, sem me levar a sério. Colocou a mão entre meu cabelos e pôs a outra minha em volta da minha cintura me dando um juntada. Ele tinha um sorriso tão sem vergonha. Sem esperar mais nada me beijou, mas beijou com muita vontade! sua língua viajava em minha boca. Que sensação gostosa! Puxava meu cabelo de leve, enquanto seu corpo estava totalmente colado ao meu. Sem ter poder, nem forças para afastá-lo eu coloquei uma de minhas mãos em sua nuca, arranhando de leve. Ele sorriu entre o beijo e logo em seguida mordeu lábio inferior o puxando. Filho da puta do beijo gostoso!

- Eu te amo. - falou com os lábios encostados nos meus e voltou a me beijar. Agora suas duas mãos estavam na minha cintura, e eu fiquei ainda mais na ponta dos pés ( se possível) e agarrei seus cabelos. Senti suas mãos descerem para minha bunda, apertando e acariciando. Aquilo estava bom demais. E meu corpo já começava a pedir pelo dele. Eu não tinha poder nenhum sobre minha razão, não com ele me beijando desse jeito. Suas mãos subiram para minhas costas e logo desceram novamente para minha bunda. Sua língua percorrendo cada lugarzinho da minha boca. A chupei. E ele tentou me juntar ainda mais a seu corpo. É, pelo visto, não era só meu corpo que estava pedindo pelo dele. Acontecia o mesmo com ele. E eu não conseguia parar. Não tinha força alguma. Já sem fôlego seus beijos desceram para meu pescoço me arrepiando.

- Luan... - eu tentava falar, pedir para que ele parasse, mas não conseguia. Senti ele subir seus beijos para meu rosto e novamente atacou minha boca, em um beijo rápido, como o outro. Nós estávamos nos pegando no meio da sala! E pra quem não iria voltar a beijá-lo... Encerrou o beijo e deu uma lambida meu pescoço. Filho da mãe!

- Bele... - falou em meu ouvido, o mordendo em seguida.

- Oi? - eu mal tinha voz. Ouvi a alguém abrir a porta e antes que isso acontecesse por completo, eu o afastei e logo o tio entrou cheio de sacolas. Eu não tinha reação, muito menos Luan. Ficamos o olhando. Passei um dedo na parte inferior da minha boca, que com certeza estava vermelha depois dos beijos dele.

- Bele, você por aqui! - sorriu e eu sorri também. - Ô Luan, me ajuda com essas sacolas! - Luan foi, como se acordasse de um transe e eu passei a mão por meus cabelos. O que eu fiz? Puta que pariu! Antes que eu pudesse raciocinar, tio começou a puxar papo sobre o que aconteceu comigo e então nos juntamos a minha tia na cozinha. Bebi meu suco. Por mim, eu sairia correndo dali. Eu estava com vergonha e me achando uma trouxa! Como eu posso deixar isso acontecer depois do que o Luan fez comigo? Se eu penso assim, imagina o que as outras pessoas que sabem da traição dele pensariam se soubesse que ando beijando meu ex namorado galinha. Isso tem que parar! Suspirei em meio aos meus pensamentos. Mas o beijo dele é tão bom... Eu amo esse filho da mãe! Eu estava confusa demais, só pra variar. Mais uma vez minha razão entrava numa briga com meus sentimentos. Um lado dizia: eu não posso. Já o outro... Ah, o outro: implorava por ele. Enquanto eu fico sem saber o que fazer, qual lado seguir... Merda!





Rolou beijão de novo!!! E ai meninas, o que a Mabele deve seguir? O coração, ou a razão? OBRIGADAAAA POR TODOS OS COMENTÁRIOS! FICO FELIZ DEMAIS! ❤
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Bjs, Jéssica. ♥