Acordei com alguém batendo a porta do meu quarto.
- Luan, acorda! Já vamos pro local do show. - era meu pai.
- Tô indo. - respondi rouco. Ainda era muito cedo! Olhei as horas e marcavam oito da manhã. Daqui a pouco minha família a alguns amigos devem chegar. Antes de levantar, rezei. Pedi a Deus para que tudo corresse bem hoje. Tomei banho e fui encontrar a cambada do DVD. Fomos olhar como estava tudo no local. E quando eu vi, fiquei encantado! Mais uma vez Joana arrasou.
- Jozinha, cê mandou bem demais, rapaz!
- Você gostou? - sorriu.
- Demais! Tá lindo demais. Cê num acha pai?
- Tá mesmo. Muito bom! - ela começou a me mostrar detalhe por detalhe. É claro que em tudo tinha dedo meu, mas eu não imaginava que ficaria tão lindo! Meus olhos brilhavam ao ver a realização de uma um longo e cansativo trabalho. Todo o esforço valeu a pena demais! Encontrei o pessoal da banda e então todos foram testar os instrumentos, aquilo levou algumas horas, eu tentava ajudar com tudo e recebia as últimas orientações do Dudu. Nós ouviamos os gritos dos fãs que estavam lá fora. Eu entrei por outra entrada, mas elas são ninjas, com certeza já sabiam que eu estava ali, já que gritavam: "Luan, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver"
- Elas já sabem que eu tô aqui. - sorri.
- Séria surpreendente se elas não soubessem né?! - Dudu riu de leve.
- Eu vou falar com elas. Já volto pra gente continuar isso. - desci do palco e ouvia Dudu me chamar, mas eu precisava vê-las e agradecer. Assim que sai, as encontrei em pé.
- Oi meus amores! - quando vi, Well e Rober já estavam comigo. Começou a gritaria e sem nenhuma grade pra nos afastar, começou os abraços. Eu queria aquilo, necessitava! Elas falavam ao mesmo tempo e eu tentava responder aquilo que entendia. Muitas podiam fotos e eu ria daquilo. É uma sensação maravilhosa todo o amor que recebo dos meus fãs.
- Calma gente. Se vocês afastarem vai ser melhor. - Well tentava convencê-los a se afastar.
- É galera, se todos ficarem calmos, podem ser atendidos. - Rober reforçou e eles já foram os afastando.
- Formem filas. - Well orientou e assim eles fizeram. Então, eu comecei a tirar foto, agradecer pela presença e abraçar, pequenos grupo de quatro pessoas.
Quando terminei de atender todas, expliquei que tinha que voltar e que espero todos logo mais a noite.
* Mabele narrando.
Acordei muito bem. Anderson estava abraçado a mim, então eu tentei sair sem acordar ele, mas não deu certo.
- Dorme mais um pouquinho aqui. - continuou de olhos fechados.
- Não, tenho que levantar. Tenho que ligar pra alguém vir fazer uma faxina nesse apartamento. - passei a mão em seus cabelos.
- Depois você faz isso.
- Tem que ser agora dorminhoco. Pode continuar dormindo. - selei nossos lábios e consegui levantar. Fui até o banheiro e depois das higiene matinais, fui até a sala e peguei a agenda com alguns números. Liguei para várias faxineiras até achar uma com horário disponível. Sentei no sofá e meu pensamento foi no Luan novamente. Será que mando mensagem desejo uma boa gravação? Não, é melhor não. Ele vai pensar outra coisa e eu não quero nada com ele. Aliás, não posso. Querer é claro que quero, mas não consigo aceitar tudo que aconteceu. A porta se abriu, era Lô.
- Que susto! As vezes esqueço que você tem a chave daqui. - coloquei a mão no coração e ela riu.
- Trouxe café da manhã pra você. - balançou as sacolas e eu sorri agradecida. Fomos para a cozinha.
- Aqui no armário não tem nada mesmo. Obrigada. - sentamos e eu já fui olhando o que tinha dentro.
- Antes de vir pra cá, eu estava falando com o Rober. - falou enquanto pegava em uma mecha de seu cabelo.
- E?
- Ele me disse que já está trabalhando, que o senhor canalha está todo bobo com tudo lá. É hoje a gravação né?!
- É... Eu até pensei em mandar uma mensagem, mas depois do beijo, ele vai pensar que eu tô dando condição.
- Espera... - Lô arregalou os olhos. - Beijo? Beijo Mabele?
- Não deu tempo de te contar. - fiz careta. - Foi na despedida da Bubu, ele chegou muito perto e eu não resisti. - suspirei alto e mordi o pão.
- Não acredito cara! Depois de tudo que ele fez com você. - negou com a cabeça.
- Eu sei Lô, mas não vai acontecer de novo. - falei aquilo mais pra mim do que pra ela.
- O Anderson um cara legal, carinhoso que te dá atenção e você ainda quer conversa com o galinha do Luan. Eu não vou defender uma volta de vocês porque eu acompanhei todo seu sofrimento. Mexeu com você, mexeu comigo.
- Mas o Anderson não é o Luan. Que culpa eu tenho se meu coração não entende isso? - me lamentei.
- Isso é foda! Por isso eu sigo com minhas regras, sem apego com ninguém.
- Uhum, só abriu uma excessão do Roberzito né?!
- Somos amigos. - deu de ombros.
- Sei... Amigos que beijam, que transam um com o outro. - ela gargalhou.
- Cala a boca!
- Calei! - voltei a comer e ela continuou conversando, contando suas novidades. Tem coisas que só dá pra contar pessoalmente mesmo. A faxineira chegou, começou pela sala e nós continuamos na cozinha. Depois de vários assuntos, Anderson desceu, sem blusa, apenas com uma bermuda.
- Bom dia! - sorriu e selou nossos lábios.
- Bom dia preguiçoso. - falei e recebi um abraço.
- Tô aqui ainda viu? Só pra avisar. - Lô deu um tapinha nas costas dele, que riu.
- E ai, pegadora.
- Só peguei três ontem. - olhou as unhas e ai já viu, continuaram conversando. E começou uma zoeira, sobrou até pra mim. Até que recebi a ligação da Bruna, me afastei para atender.
- Oi minha linda!
- Oi amorzinha. Como você tá?
- Tô bem e você? Como tá no Rio?
- As mil maravilhas! Mas agora eu tô aqui em Goiânia, vai ter a gravação do Pi né.
- Tô sabendo. Os fã clubes não param de postar fotos. - ri de leve.
- É, tá uma loucura! E como está sendo a viajem?
- Bem legal. Apesar das coisas de trabalho pra resolver, você sabe que eu sempre arrumo um tempinho pra me divertir. - ri de leve.
- Ô se sei! O Pi ia ficar tão feliz se você viesse.
- Bruna... - suspirei. - Eu tô trabalhando, você sabe.
- Ok, não está mais aqui quem falou. - no mesmo instante, Anderson gritou.
- Baixinha, olha o que a Lô tá falando de você. - gargalhou enquanto Eloísa deu um tapa nele e se defendeu.
- Mentira do Anderson, não acredita nele. - sorri negando.
- O Anderson tá com você? Ouvi certo?
- Então, não deu tempo de te contar... Foi tudo de última hora. Ele acabou se convidando. - falei totalmente sem graça, já sei que ela não gosta de nós juntos, já deixou isso bem claro.
- Entendi. - respondeu indiferente. - Vou desligar, tenho que ir lá no local da gravação. Quero ver como tudo ficou.
- Tá certo. Que hoje dê tudo certo.
- Vai dar, se Deus quiser.
- Amém. Beijo. Te amo.
- Eu também te amo. Beijo. - desligou e eu voltei pra junto dos dois pensando. Bru odeia eu com o Anderson e Lô, odeia a ideia de Luan e eu voltarmos. Eu entendo ambas. Cada uma com um ponto de vista diferente.
* Luan narrando.
Já estávamos no meio da tarde e agora eu estava no hotel conversando com meus amigos e familiares no meu quarto, mas isso não durou muito, já que Fábio aconselho que eu dormisse um pouco para ficar bem disposto pra mais tarde. Assim fiz, e claro não demorou muito, já que fui dormir tarde ontem e acordei muito cedo.
* Mabele narrando.
Fomos almoçar em um dos melhores restaurantes de Páris. Anderson sentou do meu lado e depois de fazermos os pedidos, ele bateu uma foto de nós dois.
- Posso postar?
- Você vai aguentar todos os xingamentos depois?
- Já disse que não me importo. Elas tem que entender que seu namoro acabou.
- Posta logo Anderson! - Lô reforçou e eu sorri negando.
- A área não tá pegando aqui. Vou lá fora ver se dá certo. - levantou-se e então saiu. Lô e eu continuamos conversando. A comida chegou e nada do Anderson voltar.
- Lô vai chamar aquele maluco, por favor. - pedi e ela levantou, indo até a saída do restaurante. Estava de cabeça baixa, olhando as fotos do meu celular, enquanto eles não voltavam, quando ouvi vários e vários tiros. Uma sequência mesmo. Gritos e logo senti algo arder em meu braço. Me dei conta que era um ataque de terroristas, pelas roupas e tudo mais. Fui pra debaixo da mesa e me fingi de morta, sentindo um medo terrível tomar conta de mim. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu ainda ouvia os gritos e os tiros, eles não paravam. Meu pensamento foi nos meus amigos. Puta que pariu, será que aconteceu algo com eles? Meu Deus! Comecei a rezar em meio ao caos. Se ouvia gemidos, gritos e tiros. Em seguida dois barulhos de bombas pela redondeza. A janela de vidro do restaurante se despedaçou atingindo algumas pessoas. Meu Deus, eu vou morrer. Os tiros sessaram e eles saíram, ouvi mais duas bombas. Levantei a cabeça e olhei. Estava tudo um estrago! Pessoas mortas, outras ainda vivas. O restaurante estava banhado de sangue. Olhei meu braço e vi que fui atingida de raspão. As lágrimas desceram. Eu estava apavorada! Ouvi cirenes da polícia e vi Lô e Anderson, entrando em passos largos com olhares tão assustados quanto os meus.
- Mabele, você tá bem? - Lô perguntou desesperada.
- Me acertaram de raspão no braço, mas tem gente que tá numa situação bem mais grave que a minha. Liguem pro socorro. - fiz careta de dor. E logo algumas pessoas que conseguiram fugir, voltaram e algumas delas encontraram seus conhecidos mortos. Começaram os gritos de desespero e eu não aguentaria mais ver aquela cena horrorizante.
- Anderson, me tira daqui, por favor. - solucei em meio ao choro. Sentei e ele me pegou nos braços. Encontramos a polícia que nos encheram de perguntas, respondi, já que sei falar francês. Logo eles entraram e Lô saiu correndo nos procurando.
- Eu liguei, mas já tá cheio de ambulância. Vamos, entrem no carro, vamos pro hospital. - destravou o carro e então, Anderson entrou comigo no banco de trás. As lágrimas não cessavam, as imagens terríveis se passavam na minha cabeça e meu braço ardia.
- Calma Bele, calma. - Anderson tentava me acalmar.
- Foi horrível. Foi horrível! - encostei minha cabeça no peito dele.
- Calma minha linda. - passou a mão no meu cabelo e beijou minha testa.
- Como vocês conseguiram fugir? - perguntei em meio ao choro.
- A minha mãe ligou e por isso demorei, quando a Lô saiu, nós vimos eles se aproximando e então corremos para o lado contrário. Eles já viam com as armas nas mãos.
- Meu Deus! - voltei a soluçar.
- Calma amiga. Graças a Deus tá tudo bem com você. Eu fiquei tão preocupada com você lá dentro. - fomos o resto do caminho em silêncio, se ouvia apenas meu choro.
O atendimento foi imediato, graças a Deus não foi nada grave. O médico fez os procedimentos necessários e em seguida me tranquilizou, dizendo que minha recuperação será rápida. Perguntou minha nacionalidade e então respondi que era do Brasil. Depois dos procedimentos, com a ajuda da enfermeira ele enfaixou a alto do meu braço, quase no ombro, onde eu fui atingida e disse que era seguro que eh continuasse ali. Pois havia acabado de acontecer outro ataque em uma das mais movimentadas avenidas daqui. Saiu e então Anderson e Lô entraram.
- Você tá bem mesmo? - Anderson perguntou.
- Tô sim. - sorri de lado. - Só não consigo esquecer aquelas imagens das pessoas mortas e agonizando. - Fechei os olhos com força, na tentativa de expulsar aqueles pensamentos.
- Calma meu amor. O pior já passou. - Lô beijou minha testa.
- Preciso ligar pra minha família.
- Agora você vai descansar como o médico pediu. Quando chegarmos em casa você liga e conversa com eles, explica com calma tudo que aconteceu.
- Ela tem razão baixinha. Agora você precisa ficar calma e descansar. - respirei fundo vendo que não tinha outra saída. Eu vi a morte de frente. Não conseguia esquecer tudo que aconteceu.
(...)
No fim da tarde, eu fui embora. Quando cheguei no meu apê, só então olhei meu celular, como imaginava, várias e várias chamadas da minha família e dos meus amigos do Brasil. Retornei primeiro para meus pais, precisava tranquilizá-los. Lô foi embora, pois seu pai ordenou. Ele também estava preocupado. Páris inteira, estava em alerta. E eu? Eu estava consumida pelo medo. Medo do que ainda pudesse acontecer. Só queria minha família, meu pais... Tranquilidade.
Geeeeente do céu! Acho que por essa ninguém esperava né?! Qual será a reação do Luan ao saber disso?
META: 10 COMENTÁRIOS.
Bjs, Jéssica. ❤
Aiiii meuuu Deeeusss, cara q susto em?! Enfim, nao quero a Bele com o Anderson, q angustia Jéssica, quando pensei q meu casal ia voltar, vc mostra que NAOO, mas tudo bem meu pobre core aguenta issoooo.. que as demais leitoras aparecem que quero mais cap em?!
ResponderExcluirMEU DEUS MENINA VC GOSTA É DE ME FAZER SOFRER!!!!!!! PARA DE ME ARRASAR AGORA!!!!!!!
ResponderExcluirAaaii meu curasaum...
ResponderExcluirMal sabe a Jessica que quem ordenou o ataque foi eu.. kkkkk... eu sou muito mal cara kkkk
G-zuuis Luan vai pirar em dose dupla
ResponderExcluirBele tem que voltar logo pra casa e pro Luh
Continua ♡
Que horror gente capítulo emocionante
ResponderExcluirContinua
Ela e o Luan tem que volta. Continuaaa
ResponderExcluirGeeeeeente que sustooo. Naty
ResponderExcluirMds que horror,luan vai pirar! Qual o nome desaa mulher que faz a Mabele??
ResponderExcluirCamy Baganha
ExcluirMARAVILHOOOSOO.
ResponderExcluirMaaais , quero maaaiis
ResponderExcluirNossa tô chocada
ResponderExcluirpor essa eu não esperava mesmo
eita que quando o Luan Souber vai ficar preocupado e mais nervoso
e a bubu também
continua