terça-feira, 28 de junho de 2016

Capítulo 158

Quando já estávamos a caminho de casa, eu finalmente peguei meu celular e percebi a loucura que estava. Haviam vários e vários fã clubes me marcando na foto que postei no snap de Luan e eu, antes de sairmos do rancho:

Me deparei com várias marcações de um snap que Karolaine postou ainda de ontem a noite:
Haviam alguns vídeos também, eu saí curtindo o que deu e logo as marcações triplicaram! Sorri negando e deixei meu celular nas pernas.

- Pra quem não queria vir, a Lô aproveitou muito. - falei e a olhei no banco de trás.

- Você queria que eu ficasse igual vaca pastando? - retrucou, fazendo que Rafa e eu soltassemos gargalhadas.

(...)

Chegamos em casa no meio da manhã, subimos e quando entramos no nosso quarto, Rafa me abraçou pelo pescoço, bem forte.

- Quero conversar com você. - acariciei suas costas e ele suspirou.

- Agora? - me olhou com certo desânimo.

- Sim, eu já adiei muito.

- Tudo bem. - segurou minha mão e me guiou até a cama. - Pode começar. - falou assim que sentamos de pernas cruzadas, um de frente pra outro bem no centro da cama.

- Luan, mais uma vez eu vou te pedir, vou reclamar desse seu ciúme quanto ao Anderson. Não tem necessidade alguma! - enfatizei a última palavra e ele olhava suas mãos, de cabeça baixa. - Olha pra mim. - assim ele fez impassível. - Eu não tenho nada com ele e eu nem preciso te dizer isso. Eu sou casada com você e eu nunca, em hipótese alguma iria te trair. Eu tenho caráter e eu te amo. Ele vai casar também, o que rolou entre nós ficou no passado e deve ser esquecido. Entendeu?

- Eu nunca desconfiei que vocês tivessem alguma coisa.

- Parece que desconfia. - rebati e ele me olhou feio.

- Claro que não, Bele. Eu só não gosto da aproximação dele. Saber que vocês já... - ele não conseguiu terminar a frase.

- Transamos?

- É! - ele disse com certa irritação, mas mantendo seu tom de voz normal. - Não sei se você lembra, mas você me prometeu que de uma próxima vez que fosse ver seu amigo eu iria junto.

- O que eu podia fazer se você estava em outro estado? Nos poupe, Luan! Agora eu vou ter que olhar sua agenda antes de ver meus amigos?

- Seus amigos não, ele. - Ri sem humor algum.

- Não sei o que fazer com você, juro. - confessei, sentindo a raiva crescer dentro de mim. Ele não vai mudar! Por essa conversa está claro.

- Bele, eu tento ao máximo, mas me entende também. - suspirou derrotado. O olhei por segundos de silêncio. - Eu não consigo engolir aquele cara.

- Mas vai engolir. Eu já te disse uma vez e vou repetir: não vou deixar de ser amiga da Anderson, por conta desse seu ciúme bobo. - Seu semblante era de raiva, mas percebi ele tentar se segurar.

- Então pra que me chamou pra conversar? Não estamos chegando em lugar algum! Eu vou ser obrigado a aceitar isso.

- Te chamei porque eu não quero mais saber de show seu quando eu for ver ele. - apontei o dedo em sua cara.

- Tira esse dedo da minha cara. - ele estava irritado, decidi fazer o que ele pediu.

- Ouviu? Estamos conversados?

- Ouvi. - resmungou.

- Se isso voltar a se repetir, eu juro por tudo que é mais sagrado que eu nem durmo junto de você por tempo indeterminado.

- Odeio quando você briga e faz o que fez por causa daquele viad... - o repreendi com o olhar e ele não terminou de falar.

- Eu faço porque é realmente necessário.

- Tá, Mabele. - olhou pro lado e eu sei que ele quer colocar um fim nessa conversa.

- Estamos bem, neném? - segurei sua mão. E ele me olhou parecendo pensar.

- Estamos. - falou quase inaudível.

- Acho que não ouvi. - sorri e ele negou com a cabeça ainda sério.

- Estamos bem. - repetiu em alto e bom som. Sorri satisfeita.

- Então vem cá. - puxou seu braço e ele me olhou ainda relutante.

- Eu preciso tomar banho.

- Posso ir com você?

- Pode. - Ele ainda está bravo, ou chateado, ou os dois. Fomos para o banheiro e eu já sei o que fazer para trazer seu bom humor de volta.

- Deixa eu tirar sua roupa. - coloquei as mãos na barra de sua blusa.

- Eu não tô afim de sexo agora. - foi direto.

- Eu não estou fazendo nada. Só quero tirar sua roupa. Posso? - me fiz de desentendida e ele assentiu. Tirei sua camisa e deixei um beijo em seu peito e mais um e mais um. Procurei o feiche de sua calça e quando achei eu abri, a tirei em seguida me ajoelhando. Ele dei passos para o lado tirando seus pés de dentro da calça. Coloquei no balcão e me aproximei, ficando na ponta dos pés. Passei os braços em volta do seu pescoço.
- Te amo, neném. - beijei sua bochecha em seguida. Senti suas mãos em minhas costas e logo senti minha blusa subir. Me afastei para que ele a tirasse por completo, quando fez isso, se livrou também do meu sutiã, os colocando junto de suas roupas no balcão.

- Você é minha. - segurou as laterais do meu rosto, nossos olhares se cruzando.

- Sua, meu amor. Só sua. - e então ele me beijou, emaranhando suas mãos em meus cabelos, sua língua experiente viajando por minha boca. Conseguia sentir sua ereção se iniciando. É tão gostoso saber o quando ele me deseja! Sorri entre o beijo e chupei sua língua, ouvindo um gemido dele logo após. Encerrou o beijo e procurou a abertura da minha calça e rapidamente se livrou dela, a juntando com as outras roupas. Se inclinou, beijando meu pescoço e deixando algumas mordidinhas me fazendo arrepiar e fazendo também, com que o desejo esquentasse meu corpo. Suas mãos foram para minha bunda e depois de dar um tapinha ele a esmagou com suas mãos, apertando. Tentou se aproximar mais ainda, mas minha barriga entre nós não permitiu. Seus lábios voltaram aos meus e quando eu percebi já estávamos nos amando debaixo do chuveiro.

(...)

Os dias se passaram e infelizmente minha amiga voltou para Páris, eu senti demais, afinal era ela quem ficava comigo enquanto Luan fazia seus shows. No entanto, hoje é um dia de alegria. Vou voltar a doutora e eu espero que já consiga saber o sexo de meus filhos. Ficou marcado para o fim da tarde, já que somente nesse horário será possível Luan ir comigo. Hoje eu passei a manhã na empresa e a tarde na loja, como eu não tinha muito o que fazer, comecei a pesquisar sobre decorações para quartos de bebês, afinal temos que começar as obras aqui, assim que soubermos os sexos.

Quando cheguei em casa, não havia sinal do Rafa. Decidi ir tomar banho e depois de pronta, fui comer. Ah, comer!
Eu já estava acabando quando Luan chegou.

- Me atrasei um pouco. - beijou levemente meus lábios.

- Tudo bem, ainda dá tempo. Mas você vai ter que ir assim, desse jeito.

- Beleza. - pegou um pedaço de bolo que estava sobre a mesa e o comeu em pouquíssimo tempo. Levantamos e fomos em direção ao carro. Admiro tanto essa dedicação dele, faz de tudo para estar presente nas consultas e em tudo que envolve nossos filhos. Como eu sempre imaginei; ele será um bom pai.
Fomos o caminho todo falando sobre o quarto, que eu já tenho algumas idéias.

- Bom tarde! - a doutora nos recebeu.

- Boa tarde. - respondemos juntos.

- Ansiosos para saber os sexos? - ela sorria, sempre simpática.

- Demais! - Luan respondeu de imadiado, com ansiedade, o que nos fez rir.

- Eu estou tranquila. Quero muito saber, mas não tô desesperada igual ele. - o olhei.

- Então, antes de irmos fazer o ultrassom, eu quero saber como anda sua gestação. Sentiu alguma coisa? O que anda comendo? Respouso? Me conte tudo. - Comecei a falar e levei algumas broncas sobre o pouco tempo de repouso, Luan ainda ajudou a doutora, entregando toda minha rotina e meus excessos.
Depois de ser orientada a repousar mais e evitar salto alto todos os dias, ela me levou para a conhecida sala. Segui passo a passo e em seguida deitei na cama.

- Vamos ver se eles estão em uma posição favorável. - começou a passar o treco de sempre na minha barriga, enquanto eu e Rafa olhavamos fixamente para a tela e eu já conseguia vê-los, pelos menos agora eu consigo entender. Sorri sentindo a emoção agora já conhecida de vê-los por essa telinha.

- E ai, doutora? - Luan perguntou, sem esconder sua ansiedade.

- Eles estão em boa posição. Olhe só. - ela apontou para certo ponto. - Aqui mostra que temos uma menininha. - Suspirei totalmente derretida, enquanto as lágrimas já se espalhavam sobre meu rosto. - E aqui, - apontou em outro ponto. - Temos um menininho. - olhei meu marido, que contia um sorriso apaixonante e eu vi vestígios de lágrimas em seus olhos. Ele é sensível, mas quando se trata de nossos filhos ele facilmente se emociona.

- Um casal! - Ele falou com a voz embargada e me olhou, beijando minha testa em seguida.

- Estão felizes? - A doutora perguntou e eu ri, que pergunta... É claro que estamos!

- Eu tenho a sensação que meu coração não vai aguentar tamanha felicidade. - confessei.

- Eu sinto o mesmo. - Rafa sorriu com cumplicidade.

- Esses corações precisam aguentar! - Doutora brincou, nos levando a risadas. - Vamos ver se está tudo bem com os dois. - fez os prpcedimentos de sempre e mais uma vez, nos deixou ouvir os batimentos. Aliás, para Luan foi a primeira vez, já que dá outra vez foi Lô que veio comigo. A reação dele ao ouvir, foi uma das cenas mais lindas que já vi. Sua boca formava um O perfeito, mostrando sua surpresa e as lágrimas desceram por seu rosto. Ele sorria e parecia não acreditar, ao mesmo tempo ficou totalmente bobo.

(...)

- Ouvir as batidinhas deles, foi surreal! - Ele falava enquanto já estávamos a caminho de casa.

- É impossível de descrever a emoção né?!

- Exatamente.

- Eu me sinto assim também. - sorrimos e ele me olhou rapidamente, logo voltando sua atenção ao trânsito, que estava tranquilo.

- E os nomes? A gente tem que começar a pensar, pinguinho.

- Você não chegou a pensar em nenhum, em nenhum momento?

- Sim, mas eu não tinha ideia do que séria.

- Eu também pensei em alguns, mas em nenhum momento cheguei a falar com você sobre isso.

- Pode falar agora.

- Eu pensei muito em nomes de meninas, eu pensei que viriam duas. Pensei em Nicole... - antes que eu continuasse ele me interrompeu.

- Por muito tempo eu quis esse nome, mas hoje em dia eu não curto muito. - fez careta, ainda olhando o trânsito.

- Entendi. Pensei também em Joaquina. - Me fingi de séria e ele me olhou exasperado.

- Não! Nem por cima do meu cadáver. - voltou a se concentrar no volante e eu gargalhei.

- Eu tô brincando, amor.

- Idiota. - ele falou entediado, mas com vestígio de sorriso em seus lábios.

- Acabei de ter uma ideia.

- Qual?

- Vamos fazer assim, você escolhe o do menino e eu escolho o da menina.

- Beleza, já até sei o nome.

- Qual?

- Breno. Eu sempre quis esse nome.

- Ah, não! Esse não.

- Porque uai? - me olhou rapidamente.

- Porque quando eu estava no fundamental, eu fui despresada por anos, por um Breno. Ele era lindo, mas nunca me quis. - suspirei.

- Cê tá falando sério? - ele soltou uma gargalhada.

- Muito sério. Não quero esse nome. - falei firme.

- Que trauma hein? - me zoou.

- Cala a boca, Luan. Se você ficar me zoando por isso, eu vou...

- Vai fazer o que? - me interrompeu mais uma vez, me olhando enquanto nós esperávamos o sinal abrir.

- Paga pra ver. - ergui as sobranselhas.

- Esse Breno deixou uma marca... - fez graça novamente, soltando uma risada alta. Bati em seu braço com força, mas parece que ele nem sentiu nada. Cruzei os braços abaixo dos meus seios, os apoiando em minha barriga. Luan vai me irritar!
- Ei, bravinha. - segurou meu queixo, me forçando a olhá-lo. - Fica tranquila, todo mundo tem trauma de infância. - seu rosto mostrava divertimento e eu não acredito que ele ainda está fazendo graça. Empurrei seu braço para longe do meu rosto.

- Me lembra de não contar certas coisas pra você. - ele conseguiu me deixar emburrada. Talvez se eu não estivesse grávida e ficando brava até por um vendo  forte indevido, eu levaria isso de boa. Mas ele conseguiu me irritar. Fomos o restante do caminho calados, enquanto ouviamos uma rádio qualquer.
Quando chegamos em casa ele disse que iria preparar um sanduiche, perguntou se eu queria, mas eu neguei e subi para contar a novidade aos meus pais, e eu ainda estou brava com ele.

* Luan narrando.

Depois de passar uma emoção indescritivel na consulta, depois de saber que terei um casal de filhos, ainda descobri o trauma de infância da pinguinho. Como é boba, ficou brava quando eu fiz graça. Ela ainda continua uma bipolar, e eu não dou meia hora para ela vir toda manhosa pro meu lado. Sorri sozinho enquanto preparava meu sanduíche. Recebi a ligação de meu pai, querendo saber da consulta e logo lhes dei a notícia, ouvi a voz da minha mãe estérica, me causando risadas. Nossos filhos serão muito amados! Eles nos convidaram para jantar junto deles e mesmo sem falar com Bele, aceitei. Assim que encerrei a ligação e sentei para dar a primeira mordida em meu lanche, ela apareceu. Com o nariz vermelho... Mabele chorando de novo!

- Que foi? - Ela se aproximou e passou o braço em volta do meu ombro, enterrando a cabeça na curvatura do meu pescoço.

- Minha mãe chorou, toda feliz. - sorri ao saber a causa de seu choro.

- Ah, e por isso você chorou também? - ela me olhou e assentiu com a cabeça. - Ô meu Deus, tadinha da minha neném, anda tão sensível. - falei manhoso e ela me abraçou. Eu sabia que sua raiva séria passageira. - Senta aqui pra comer comigo. - me olhou nos olhos e pousou a mão na lateral do meu rosto, me beijando lentamente, sua língua em única e maravilhosa sincronia com a minha. Antes de encerrar o beijo, mordeu meu lábio inferior, me fazendo sorri.
Sentou ao meu lado e eu lhe dei um dos dois sanduíches que preparei e espontâneamente voltamos a falar sobre os nomes de nossos filhos, ficou decido que eu escolherei o nome do nosso moleque, com tanto que não seja Breno e quando ela fez essa objeção, eu segurei a risada. Ela escolherá o nome da princesinha, com tanto que não seja Joaquina. Quando eu pedi, ela gargalhou, me deixando bobo. Existe mais linda rindo? Existe homem mais feliz e realizado que eu?






O que acharaaaam? Vem um casal por aí!!!! Luan zoando a Bele, Luan se amocionando... Bele bipolar, casal paxonadinho! Claro, depois da conversa e o que vocês acharam disso? Será que o Luan vai mudar? 
COMENTÁRIOS RESPONDIDOS.
Bjs, Jéssica. ❤

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Capítulo 157

Os dias passaram voando!
 Hoje já é segunda. Rafa me acordou as cinco da manhã, assim que chegou e enquanto eu ainda estava sonolenta na cama ele foi pro banheiro. Levantei sentindo o maior sono do mundo e liguei para Lô que com certeza estava esperando por minha ligação.

- Acorda, vadiane.

- Acordei. Beijo. - respondeu sonolenta e logo desligou. Fui procurar uma roupa e escolhi uma das calças pretas que vou para a academia e um moletom azul marinho com corações que tenho. Quando sai do closet o encontrei sorrindo, somente com uma toalha amarrada na cintura.

- Minha barrigudinha! - se aproximou e me abraçou, enquanto eu passei meis braços em volta da sua cintura. - Senti tanto sua falta. - beijou meus cabelos e olhou em meus olhos. - Tudo bem? - colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Tá sim. E com você?

- Tudo ótimo. - sorria lindamente!
- E com minhas gostosuras, tá tudo bem?

- Tá. - sorri e pousei minha mão em minha barriga, ao lado da mão dele que já acariciava o local.

- Então vai lá tomar banho, temos pouco tempo. - concordei com a cabeça e ele beijou minha testa. Fui para o banho e quando terminei, ele já não estava mais no quarto.
Fiquei pronta e desci, encontrando ele e Lô convensando na sala.

- Vamos?

- Vamos só esperar o Rober, meu amor. - ele fala tão naturalmente, e é lindo! Sorri e sentei ao lado da minha amiga, que está no sofá oposto que Rafael.

- Vai sentar perto do teu marido! - Lô disparou.

- É uai, senta aqui pra eu ficar sentindo seu cheirinho. - sorri sem graça e sentei ao lado dele, que imediatamente passou o braço em volta dos meus ombros e beijou minha sobrancelha. O olhei e nossos olhares se cruzaram ele sorriu e eu também, em seguida pousei minha cabeça em seu peito. Logo começamos mais uma conversa, até que Rober chegou e nós partimos para o passeio.

Chegamos no rancho pouco mais das sete da manhã, eu dormi durante todo o trajeto. Fiquei fascinada com tanta beleza em um mesmo lugar! Uma casa enorme, com uma varanda bem longa e redes armadas, sem contar com a piscina e a área da churrasqueira e também a extensa área verde. Tem também o local onde fica os cavalos, com certeza Luan vai querer dar uma volta em um deles. Além de Lô, Rober, Rafa e eu, estão conosco mais dois casais.
 Me olhei no espelho mais uma vez e até que o biquíni caiu bem, mesmo com meus seios maiores.

- Amor? - Luan entrou no quarto onde ficaremos.

- Oi? - sorri e ele olhou todo meu corpo.

- A galera tá toda lá fora, só falta você. - ele não vai mesmo tentar me beijar? Ele pode me beijar! Despertando dos meus pensamentos eu assenti com a cabeça e depois de calçar os chinelos, ele entrelaçou nossas mãos e nos direcionamos a varanda.

- Senta aqui. - Luan bateu em sua perna, depois de ter sentado na única cadeira vazia. Assim fiz e sorri para todos que ali estavam.

- Você é muito linda! - Uma loira disse, aparenta ser um pouco mais velha. Senti Luan deixa um beijo em minhas costas, enquanto suas mãos estavam pousadas em minha barriga.

- Obrigada.

- Quantas meses? - a morena perguntou depois de beber um pouco de sua cerveja.

- Vou fazer quatro próxima semana. - sorri.

- E finalmente nós vamos saber os sexos. - Luan disse e eu olhei minha amiga que trocava um beijo com Rober.

- São dois? - um dos amigos do Rober, que estava ao lado da morena perguntou.

- Sim, são. - Rafa repondeu todo feliz.

- Ei, vem tentar tirar uma foto minha aqui na piscina. - Lô me chamou e mesmo sentindo Luan apertar suas mãos em volta da minha barriga, eu levantei, ouvindo o outro cara que é marido da loira falar:

- Sua esposa é muito bonita.

- Sim, ela é. - Ouvi a voz boba do meu marido.

Tiramos várias fotos e depois de muita insistência da Eloísa, eu fiz pose também.

- Olha, você ficou linda. - ela me mostrava as fotos que tirou minha.

- Não ficou tão mal. - reconheci. - Manda pra mim.

- Pinguinho! - Rafa me chamou e virei para olhá-lo. - Cê já passou protetor? - neguei com a cabeça e ele me repreendeu com o olhar. - Então vem passar.

- Vai lá e volta, chama as meninas também. Vamos tomar um sol aqui. - Lô disse e eu assenti, indo para próximo do meu marido.
Tocava Eduardo costa, e um dos amigos de Rober comandava a churrasqueira, cuidando das carnes. Rafa levantou já com o protetor na mão, ele estava somente com uma bermuda de pano mole e sua cueca branca aparecia um pouco, tão branco!

- Deixa eu passar em você. - virei de costas e ele começou por minhas costas.

- A Eloísa vai ficar ali no sol sozinha? - Rober perguntou, enquanto comia um pedaço de picanha.

- Não, eu vou pra lá. - senti as mãos do Rafa em minha bunda, espalhando o produto. - Vamos também, meninas?

- Claro, vamos sim. - A morena respondeu e já tirou o short, ficando somente se biquíni.

- Vira pra mim. - Rafa pediu e quando fiz isso, meus olhos encontraram os dele. - Não vai ficar muito tempo no sol. - falou cuidadoso, enquanto despejava mais um pouco do protetor na mão.

- Tá, amor. - falei e ele sorriu me olhando.

- Amor? - falou bobo e eu revirei os olhos.

- Passa logo, minha amiga e as meninas estão me esperando. - ele despejou em meu colo e espalhou por toda aquela área, indo para meu pescoço também.

- Eles estão bem maiores né? - se referiu aos meus seios.

- Claro, Rafael. Eu tô grávida!

- Deixa de ser grossa! - reclamou me olhando e eu ri. Ele ficou com um biquinho emburrado formado nos lábios e eu me segurava para não beijá-lo. começou a passar por meu rosto e logo em seguida por minha barriga e por fim minhas pernas.

- Tô devidamente protegida do sol agora?

- Agora sim. - virei para a direção da piscina encontrando todas as meninas sentadas na beira da piscina, me aproximei delas e sentei junto.

- Ele olha pra você todo bobo! - a morena se referiu ao Rafa, quando eu sentei junto delas. Olhei para meu marido que ainda mantia seus olhos sobre mim. Voltei minha atenção para as meninas e logo entramos em outros assuntos, até pararmos nas fotos que Lô tirou minha.

- Eu não vou postar! - neguei mais uma vez.

- Num tá linda gente?! - Lô mostrava para as meninas.

- Tá um arraso! - Márcia a loira, disse.

- Deixa de bobeira! - Karolaine, a morena complementou.

- Não, gente. - Ri de leve.

- Posta, Mabele! - Lô insistia. Revirei os olhos e bufei.

- Chata! - postei a tal foto que ela tanto babava:
  " Uma segunda diferente! ☀"

- Pronto, satisfeita? - Lhe mostrei a foto já postada.

- Sim, bem satisfeita. - Sorriu. - Agora que desejo entrar nessa água e me refrescar. - mal terminou de falar e se jogou, logo eu e as meninas fizemos o mesmo e fiquei ali, até que meus filhos imploraram por comida.

- Até que enfim saiu da água, peixinho. - Rafa brincou e eu sorri, enxugando o meu cabelo, agora solto e molhado.

- Eu tô morta de fome! - confessei e Rober riu.

- Tem arroz, um feijão maravilhoso que a Karolaine fez antes de vocês chegarem. - um dos amigos de Rober falou.

- Eu quero. - passei a toalha em volta da minha cintura, amarrando-a em seguida.

- Pode ir lá com ela, Luan. Cê tá em casa. - Rafa levantou e então me guiou até a cozinha.

- Deve tá aqui né? - apontou pras panelas em cima do fogão.

- Deve ser. - dei de ombros.

- Se seca direito, amor. - me olhou preocupado e eu revirei os olhos com seu cuidado as vezes exagerado. Tirei a toalha da cintura e comecei a me secar toda, enquanto ele colocava minha comida em um dos várias pratos que estavam empilhados sobre a mesa. Tão prendado! Sorri com meus pensamentos.
- Que foi? - ele me pegou sorrindo e se aproximou, já com minha comida devidamente no prato.

- Nada, uai. - sorri contido e ele colocou o prato na mesa e passou a mão por meus cabelos.

- Tem uma carninha pra você lá fora. - beijou a ponta do meu nariz.

- Uhum. - eu não queria sair e queria que ele me beijasse. Como se pudesse ler meus pensamentos, ele colocou a parte do meu cabelo que estava sobre os ombros para trás e olhou meus seios, antes de colocar as duas mãos em minha nuca.

- Cê tá a coisa mais linda desse mundo com esse biquíni, gravidinha. - sorri junto com ele, que em seguida beijou o canto da minha boca demoradamente, como eu não protestei, ele selou nossos lábios demoradamente e sua língua pediu passagem em seguida, iniciando um maravilhoso beijo. Minhas mãos pousaram em sua bunda, enquanto sua língua causava deliciosas sensações dentro da minha boca. Porra, que beijo! Como eu consegui ficar tanto tempo sem ele? Ele prolongou, até que o maldito ar nos faltou. Encostou sua testa na minha com a boca entreaberta e com os olhos fechados.
- Cê nem imagina o tanto de saudade que eu senti do seu beijo. - sorri e fechei meus olhos também, sentindo seus lábios nos meus novamente e quando sua língua pediu passagem novamente, eu afastei.

- Rafa, eu realmente preciso comer. - fiz careta ao sentir minha barriga roncar novamente.

- Claro, vamos. - ele riu de leve e levou o prato pra mim, entrelaçou sua mão na minha. Voltamos para junto da galera, e as meninas já estavam juntas de seus companheiros também. Sentei na cadeira. - O que você vai querer? - se referiu as carnes.

- Pode ser picanha e linguiça. - falei com água na boca. Ele colocou e em seguida me deu o prato.

- Luan, toca pra nós rapaz! - Um dos caras pediu e ele concordou, indo até o quarto pegar o violão, enquanto eu nem falava com ninguém, estava muito concentrada comendo. Não existe coisa melhor que comer quando se estar com fome!

* Luan narrando.

A manhã se rapidamente e depois que Bele comeu, ficou em meu colo novamente, com a cabeça encostada em meu ombro, logo percebi que ela dormia. Minha pequenininha mais linda! Tadinha, acordou cedo demais e como está grávida fica bem sonolenta. Nem acredito que ela parou com essa indiferença... Mas algo me diz que não vai parar por aí, ela ainda vai querer conversar sobre o que aconteceu.

- Ela dormiu. - uma das mulheres falou e eu concordei.

- É tratada como uma bebê por esse homem. - Rober disse e eu ri de leve, não posso negar se é verdade. Depois de alguns minutos a levei para a cama nos braços, já que é mais mais confortável e confesso: ela está mais pesadinha.

(...)

A noite chegou e a cantoria rolava solta, assim como as bebidas e Bele ainda nao havia aparecido. Aproveitamos muito a parte da tarde, eu andei a cavalo, me refresquei na piscina. Um dia realmente bom! Enquanto eu cantava vi ela aparecer na varanda e nós estávamos mais afastado, numa roda no meio do verde. Estava linda com um vestido longo verde água. Se aproximou e quando chegou próximo a mim, passou o braço em volta do meu ombro e sorriu para todos.

- Inbernou né, ursinha? - fiz graça e ela riu passando a mão no rosto. Coisa linda!

- Desculpa gente, eu não pensei que fosse dormir tanto.

- Sem problema! - um dos homens que eu ainda não sei o nome falou.

- Qual a próxima, Luan? - logo iniciamos mais uma canção, era animada e as meninas levantaram para dançar, inclusive Bele. Fizeram par de duas.
Assim que acabou a música, Bele voltou para meu lado.

- Tô com frio. - imediatamente tirei minha jaqueta e lhe dei.

- Coloca.

- Obrigada. - se inclinou e me beijou rapidamente, fazendo todos gritarem, nos causando risadas.

Ficamos até a madrugada e então decidimos ir dobeijo.

- Você gostou de hoje? - perguntei enquanto já estávamos deitados, um de frente pro outro.

- Amei, apesar de ter dormido a tarde toda.

- A culpa é deles.

- Ou delas. - sorriu, e então eu me aproximei e quando eu iria lhe beijar, ela colocou a mão no meu peito.

- Que?

- Eu quero conversar com você.

- Conversa amanhã, quando a gente chegar em casa. Eu tô louco pra te amar, agora! - não escondi minha necessidade e ela me olhava, parecendo pensar e por fim, colocou sua mão entre meus cabelos. Sorri e enfim trocamos um beijo. Logo tratei de tirar sua camisola de seda rosa. A deixando totalmente nua. Meu membro pulsou já duro.

- Você já estava com má intenção? - sorri próximo a sua boca, recebendo seu sorriso mais sem vergonha.

- Eu pensei que depois de conversarmos, poderíamos... - acariciou minha barba e eu ri de leve, atacando sua boca novamente, fui pra cima dela e apoiei meu peso em meus cotovelos, por causa de sua barriga. Depois do beijo, eu fiquei de joelhos, ainda em cima dela, com uma perna de cada lado do seu corpo. Apertei seus seios com vontade, eles estão bem maiores!
- Ai! - reclamou e então eu parei. - Vai com cuidado, eles estão doloridos. - assenti e fui com mais cautela, acariciei seus bicos, fazendo voltas com meus dedos neles, ouvindo seus suspiros e ela se remexer. Que saudade de causar essas sensações nela! Que saudade de ver seu olhar repleto de tesão pra mim. - Vai logo lá, amor. - me pediu e eu atendi de imediato, começando com beijos do início da sua barriga até sua intimidade, que se encontra completamente enxarcada! Senti meu membro pulsar mais forte, ao saber que a saudade dela está quadris. Chupei seu clitóris e ela ergueu os quadris, sorri satisfeito a penetrei com um dedo e ela gemeu alto.

- Geme baixinho, tem gente nos quartos do lado. - pedi completamente rouco pelo tesão e ela mordeu os lábios com força, segurando os lençóis firmemente. Começei a movimentar meu dedo, devagarinho e logo minha língua foi para seu clitóris, fazendo movimentos circulares. Eu a olhava e percebia ela segurar os gemidos o máximo que podia, não parava de se remexer. Aumentei a velocidade e penetrei mais um, seus gemidos são maravilhosos! Senti suas paredes apertarem meus dedos e logo soube que ela gozaria e foi isso que aconteceu segundos depois. Limpei tudo e lambi meus dedos, fazendo com que ela gemesse mais uma vez, antes de fechar os olhos.
Voltei a ficar com meu rosto na altura do dela. Beijei delicadamentei todo ele e ao mesmo tempo admirando o quanto ela é linda! Cada pedacinho dela é encantador! Agora eu apoiava meu peso em meus joelhos.

- Foi maravilhoso! - sorriu ainda extasiada, se referindo ao seu orgasmo. Procurou minha boca e me beijou com muita vontade! Logo procurou a barra da minha blusa e a tirou jogando em qualquer lugar do quarto, colocou o rosto na curvatura do meu pescoço e mordeu com força, em seguida arranhou minhas costas do início ao fim. - Quero você dentro de mim. - sussurrou em meu ouvido e em seguida mordeu o lóbulo da minha orelha, gemi e logo tratei de tirar minha calça de moletom juntamente com minha cueca, deitei e pedi:

- Vem, senta. - ela mordeu os lábios em meio a um sorriso e logo eu senti meu membro deslizar dentro dela, um dos meus lugares preferidos é estar dentro dela. Colocou as mãos em meu peito e começou com os movimentos, nós dois soltavámos gemidos e eu segurei suas pernas e ergui meu quadril, comandando os movimentos bem rápidos, incrivelmente e deliciosamente rápidos. Depois de uma série deles, eu dei uma estocada lenta e funda e ele soltou um gemido longo, e abriu seus olhos me olhando. Eu já sentia o suor se fazer presente em minha testa. Eu só tinha vontade de meter mais e mais! Deixei ela comandar mais um pouco, deixando-a rebolar em cima de mim. Sorri com a maravilhosa cena. Essa mulher é de deixar qualquer um louco! Aumentou a velocidade e eu gemi.
- Porra! - não segurei o palavrão e já segurei firme suas pernas novamente fazendo uma série de movimentos rápidos novamente, ouvindo ela falar, palavras incompreendidas. Me olhou com os olhos baixos de tesão e então eu estoquei fundo e lento mais uma vez, logo ela voltou ao comando, tentando falhamente ir no mesmo ritmo que eu estava. Senti que não iria aguentar mais muito tempo e voltei a comandar, com movimentos rápidos, vi ela se estimular com os dedos e eu tentei me segurar ao máximo para não gozar. Estoquei mais algumas vezes e ela extremeceu em cima de mim, gozando mais uma vez e eu explodi logo em seguida. Sorri sentindo um alívio tão gostoso! Que saudade de fazer amor com ela. Saiu de cima de mim e deitou de barriga pra cima ao meu lado.
Que linda, que linda, que linda!







Capítulo enooorme! Finalmente o casal saiu da seca! Luan todo cuidadoso, a coisa mais linda não é?! Bele disse que ainda quer conversar... O que acharam?

LEIAM POR FAVOR: Gente, eu já reclamei e pedi uma vez para que fosse um comentário por pessoa. Eu liberei os anônimos, pois muita gente não tem conta no google. Mas, depois de eu ter comentado aqui que havia uma pessoa que comentava várias vezes anonimamente, eu pensei que não voltaria a se repetir... Mas voltou! E na hora eu confesso que me deu vontade de parar com a fanfic e colocar um ponto final nisso. Ler textão é chato, eu também não queria está fazendo isso, mas é necessário. Isso de comentar várias vezes só pra chegar na meta é desonesto e injusto comigo! Caramba, eu vou postar quando chegar! Não precisa de trapaça. Sei também que a meta é chata, mas eu preciso saber o que estão achando, isso me move a continuar. A partir de hoje, para acabar com isso, não terá mais meta. E nem dia certo pra que eu poste, antes eu me matava pra não deixar vocês na mão e olha o que eu recebo em troca.. Sou enganada! Os comentários tem grande importância e quem escreve sabe! Uma mesma pessoa comentando várias vezes. Isso colocou em jogo também a próxima fanfic, que eu até já estava escrevendo e fazendo montagens. Sinceramente, estou pensando seriamente em não fazer mais. Peço desculpas, para quem não precisava ler isso. Mas realmente eu fiquei muito chateada por descobri que estou sendo enganada esse tempo todo. E eu vou terminar essa fanfic, porque prometi para mim mesma que não iria parar e também por aquelas que acompanham a história e que não tem nada haver com isso. Enfim, é isso.
Bjs, Jéssica. 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Capítulo 156

No dia seguinte no final da tarde, Luan viajou para mais uma cidade e eu me mantive firme e continuei sendo fria, falando somente o necessário.
Quando Lô voltou, fomos ao shopping como já havíamos marcado. Comprar coisinhas para meus gêmeos. Isso rendeu horas de compras. Tentei comprar tudo com cores unissex, já que não sei ainda os sexos. Decidimos almoçar na shopping mesmo, enquanto esperávamos a comida, conversavamos.

- Se for duas meninas, vou aproveitar aquelas várias roupinhas que você trouxe.

- Eu trouxe de menino também, caso seja duas meninas você faz doação das roupinhas de meninos, ou guarda já que o Luan disse que vai tentar o menino, caso não venha.

- Não, vamos fechar aqui! Independente de vir menino ou não. - neguei firme e ela riu.

- É barra né?

- Demais! Enjôos, uma vontade de comer surreal, fora os desejos que estão me atacando essa semana. Sem comentar na vontade de fazer sexo. Amiga, é uma coisa fora do normal! - mais uma vez ela gargalhou.

- Mas o Luan não tem cara de que nega fogo.

- Não nega e ainda atiça. Mas eu ainda tô indiferente com ele por conta do jantar com Anderson. Ele foi um grosso! Pagou de maluco legal.

- Ainda? Nossa Bele, tadinho! - Encolhi os olhos e ela continuou. - É sério cara, senta e conversa.

- Ah e você acha que eu já não tentei isso? Ele não aprende a controlar!

- Então eu acho que você vai ter que conviver com isso. É melhor conviver com o ciúme dele e transando, do que dá esse gelo sabendo que não vai adiantar, que ele vai voltar a repetir. - suspirei. É claro que ela tem toda a razão.

- Não sei... Eu não quero dar o braço a torcer.

- Você acha que isso tudo vai adiantar, sinceramente?

- Pode ser que sim... Eu nunca fiz isso com ele. Nem beijar eu tô beijando, desde o jantar. - ela arregalou os olhos e encostou as costas na cadeira.

- Porra! Você tem coração? Eu sei que ele é sei marido, mas como você consegue ficar perto daquele homem sem ao menos beijar? Ele é lindo, isso é claro e você ama ele. Eu não consigo ficar perto do Rober sem beijar. - ela riu e deixei meu queixo cair.

- Então você ama o Rober?

- Claro que não! - negou imediatamente. - Eu gosto de ficar com ele, é diferente.

- Sei... - falei desconfiada.

- Mabele, nós estamos falando de você e do Luan.

- Você que meteu o Rober.

- Esquece! E para com esse gelo, aproveita aquele homem na cama. - gargalhei. Ela e sua sinceridade sempre. Nossa comida chegou e então depois de estarmos alimentadas, voltamos para casa.
- Você não vai trabalhar hoje? - falou enquanto eu guardava as roupinhas no closet.

- Não. Meu pai e meu irmão estão sendo tão bonzinhos! Me deixam faltar sempre que eu preciso.

- Você faltou para fazer compras, cara de pau!

- Eu nunca tenho tempo, pra ir eu tinha que faltar na empresa e como eu sabia que depois de andar muito meus pés iriam ficar assim, - os mostrei inchados pra ela. - eu faltei na loja também.

* Luan narrando.

Há cerca de dois dias voltei para a estrada e no fundo, mesmo sentindo saudade daquela filha da mãe, eu achei bom não estar perto dela. É muita tentação! E ela continua com isso de indiferença, por causa do maldito Anderson. Esse cara não tinha nada que se meter na nossa vida, comer minha mulher enquanto ela terminou comigo e ainda ficar amiguinho pro resto da vida. Eu ando estressado e muito! Ficar na seca não é nada legal, agora ficar na seca e ainda não ganhar um beijo sequer, um carinho sequer, é de matar qualquer um!

- Bora, boi! - Rober me apressava para irmos para a academia.

- Espera, porra! - falei enquanto terminava de colocar meu tênis. - Pronto, sete meses. Bora! - ele riu e então encontramos He-man e Cirilo no corredor.

Eu estava no meio do treino, quando Rober se aproximou.

- Boi, arrumei um passeio legal pra nós.

- Opa! - He-man que estava ao meu lado se manifestou.

- Um programa pra casais, cara. - Rober o cortou e eu ri de leve.

- Onde que é?

- É um rancho, em Curitiba. É de um amigo meu, chama a Bele e me ajuda a convencer a Eloísa a ir com a gente. - sorri entendendo tudo e olhei He-man.

- Que homem esforçado! - eu disse, He-man e eu rimos.

- Vai ficar se zoa? Se não quer ir, beleza. - virou de costas e eu o chamei.

- Espera, cara! Tá sensível demais. Eu quero ir. Quando? - talvez isso me ajude com a Bele.

- Segunda.

- A Bele trabalha. - fiz careta.

- Um dia cara, na terça mesmo a gente volta.

- Vou ver com ela, beleza?

- Fechou!

- Fim de papo, apaixonados? Precisamos continuar o treino.

Voltamos a treinar e quando eu cheguei no hotel, apaguei, só acordei quando He-man me ligou, avisando sobre o horário do show. Corri pro banheiro e depois de pronto, fui para mais um maravilhoso show.
Enquanto jantavámos no camarim, Rober falou sobre o rancho novamente.
- Cê já falou com a encrenca?

- Esqueci, cara. Quando cheguei no quarto apaguei. - ri de leve.

- Então liga ainda hoje, fiquei de dar a resposta pro meu amigo amanhã.

- Beleza. - voltamos a comer e quando ei terminei, pedi um tempinho pra Lelê, preciso falar com a pinguinho.

- Um tempinho, Luan. Não vai fica pendurado no celular. - me olhou.

- Tá, Lelê. - saiu da sala onde ficam as comidas do camarim e foi para a parte que eu atendo empressa e fãs. Peguei meu celular e depois de chamar umas cem vezes, ela atendeu.

- Oi, Luan?

- Cê tá ocupada?

- Tô saindo pra jantar com a Leila, o Gustavo e a Lô.

- Então depois eu ligo...

- Não, pode falar.

* Mabele narrando.

Coloquei o celular no alto falante, enquanto eu terminava minha make, com Lô do meu lado fazendo o mesmo.

- É que o Rober chamou a gente pra ir passar a segunda em um rancho de um amigo dele. - parei o que estava fazendo e olhei minha amiga que fazia gestos pra que eu aceitasse.

- Não sei, eu trabalho. - ela me repreendeu com o olhar e sussurrou:

- Deixa de fazer cu doce!

- Mas cê não pode faltar um dia?

- Não sei, Luan.

- Ele pediu pra chamar a Lô também. - ela fez careta e eu segurei a risada. Começou a negar com o dedo, dizendo que não vai e então sussurrei:

- Eu vou se você for!

- Eu não vou!

- Então eu vou dizer que não vou também.

- Mabele...

- Amor, cê tá ai? - Luan voltou a falar.

- Eu vou jantar e te ligo quando seu show acabar.

- Tá, liga mesmo. Ele vai dar uma resposta pro cara amanhã.

- Eu vou ligar. Que horas vai acabar?

- Nem sei, amor. - ele riu e eu sorri. Lerdo como sempre.

- Quando cê acabar me liga. - mordi os lábios, é tão bom falar com ele.

- Tá. E como você tá?

- Tô bem.

- E os bebês?

- Estão bem. - passei a mão na minha barriga e tirei do alto falante.

- Graças a Deus. Eu tô com saudade viu?

- Eu também.

- O que?

- Eu também tô com saudade.

- Espera, faz tempo que eu não ouço nada doce de você pra mim. - revirei os olhos e sentei na cama.

- Porque você só faz merda.

- Deixa de ser exagerada. Eu preciso desligar, a Lelê acabou de abrir a porta me olhou e apontou pro relógio imaginário no pulso dela e saiu. - acabei gargalhando e ouvi sua risada também.
- Te amo, muito. - disse tão doce, que eu me derreti toda.

- Eu também.

- Que evolução! Acho que a indiferença acabou. - comemorou.

- Eu ainda quero conversar com você.

- A gente conversa.

- Então tá. Pode desligar.

- Que muié grossa.

- Não! - sorri. - Você tem horarios a cumprir.

- Tá, eu sei. Beijo.

- Outro. Tchau. - desliguei e Lô pegou sua bolsa.

- Vamos? - me olhou.

- Vamos! Espera só eu acabar a maquiagem - Sorri e quando acabei, entramos no carro e ela falava o quanto gostou por eu estar mais doce com Rafa.
- Você vai pra esse rancho? - perguntei quando dei partida no carro.

- Não. - a olhei rapidamente.

- Então nós não vamos.

- Mabele, vai com teu marido!

- Só se você for.

- Você e o Luan ficam querendo pagar de cúpido o tempo todo! - reclamou e eu gargalhei enquanto saíamos do condomínio.

- A única cupido aqui é você, que quer a todo custo me ver bem com o Rafa. Quem te convidou foi o Rober, uai.

- Não sei, vamos jantar não é? Depois falamos sobre isso. - encerramos o assunto e logo ela entrou em outro.

- Sério, ela levou homem lá pra casa. - Gustavo falava enquanto nós esperavámos a comida.

- E o que tem demais? - Leila rebateu, enquanto eu só ria do ciumes dele.

- É falta de respeito! Você não mora sozinha.

- Gustavo, me poupe! Falou quem leva vários caras e fica gritando. - ela revirou os olhos e ele a olhou com o semblante incrédulo.

- Gente, eu acho que os dois tem liberdade pra levar alguém e se divertir. - falei.

- Mas ela tá muito galinha. - Gustavo falou com sua voz fina.

- Cala a boca! - ela disse.

- Quanto amor! - Lô exclamou rindo.
Enquanto eles ainda conversavam, peguei meu celular e postei uma foto que Lô bateu minha, antes de sairmos no closet:
" Jantarzim com os migos, pode! 👯 "

Eles dois sempre se fazem presentes na minha vida, mesmo depois de eu parado com as fotos. Geralmente quando o Luan está viajando, nos vemos. Eles vem aqui, ou nos encontramos. Tivemos um jantar super agradável e muito divertido.

Depois de chegarmos em casa, Lô e eu começamos a debater o que será decidido sobre o passeio na minha cama.

- Eu não quero ir.

- Eu já disse que isso é simples, se você não for eu não vou.

- Tadinho do Luan, Bele.

- Eu mando uma mensagem agora e digo que não vamos?

- Você é muito chantagista! - encolheu os olhos e eu ri. - Tudo bem, nós vamos. - comemorei e a abracei.

- Você tá louca pra ir que eu sei!

- Se você continuar falando, eu desisto. - apontou o dedo e então fingi de fechar minha boca com os dedos. Ela me deu um tapa no braço e em seguida acariciou minha barriga. - Os pais de vocês adoram pagar de cúpido sabiam? - sorri. - A tia sofre com esse dois. - ri.

- Mentira, meus amores. - me defendi e ela me olhou rindo. Ficamos conversando e gravando snaps por um bom tempo, até que recebi a ligação do Luan.

- E ai, amor?

- Nós vamos. - sorri para minha amiga.

- Aí sim! Então até segunda.

- Até, Rafa.

- Vai dormir, bem. Tá tarde, você precisa descansar. - ele sempre tão cuidadoso.

- Eu já tô indo. Fica com Deus.

- Você também. Te amo e manda beijo pra Lô.

- Tá. Te amo também. - soltei beijo e desliguei.

(...)

Os dias passaram voando!
 Hoje já é segunda. Rafa me acordou as cinco da manhã, assim que chegou e enquanto eu ainda estava sonolenta na cama ele foi pro banheiro. Levantei sentindo o maior sono do mundo e liguei para Lô que com certeza estava esperando por minha ligação.

- Acorda, vadiane.

- Acordei. Beijo. - respondeu sonolenta e logo desligou. Fui procurar uma roupa e escolhi uma das calças pretas que vou para a academia e um moletom azul marinho com corações que tenho. Quando sai do closet o encontrei sorrindo, somente com uma toalha amarrada na cintura.

- Minha barrigudinha! - se aproximou e me abraçou, enquanto eu passei meis braços em volta da sua cintura. - Senti tanto sua falta. - beijou meus cabelos e olhou em meus olhos. - Tudo bem? - colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Tá sim. E com você?

- Tudo ótimo. - sorria lindamente!

- E com minhas gostosuras, tá tudo bem?

- Tá. - sorri e pousei minha mão em minha barriga, ao lado da mão dele que já acariciava o local.

- Então vai lá tomar banho, temos pouco tempo. - concordei com a cabeça e ele beijou minha testa. Fui para o banho e quando terminei, ele já não estava mais no quarto.
Fiquei pronta e desci, encontrando ele e Lô convensando na sala.

- Vamos?

- Vamos só esperar o Rober, meu amor. - ele fala tão naturalmente, e é lindo! Sorri e sentei ao lado da minha amiga, que está no sofá oposto que Rafael.

- Vai sentar perto do teu marido! - Lô disparou.

- É uai, senta aqui pra eu ficar sentindo seu cheirinho. - sorri sem graça e sentei ao lado dele, que imediatamente passou o braço em volta dos meus ombros e beijou minha sobrancelha. O olhei e nossos olhares se cruzaram ele sorriu e eu também, em seguida pousei minha cabeça em seu peito. Logo começamos mais uma conversa, até que Rober chegou e nós partimos para o passeio.







Parece que a Mabele vai seguir os conselhos da amiga... Uma querendo pagar de cupido pra outra! Hahaha o que acham que vai rolar nesse rancho?🙊
Comentários respondidos.😍
META: 15 COMENTÁRIOS.
http://cantadals.blogspot.com.br/2016/06/personagens-principais.html. Dêem uma passadinha na fanfic dessa linda! 
Bjs, Jéssica. ❤

domingo, 19 de junho de 2016

Capítulo 155

O episódio onde o Luan foi um ridículo aconteceu no sábado e hoje já é quarta feira e é aniversário do seu produtor, Dudu. Ele vai fazer um jantar a noite e nos convidou. Luan está na estrada e eu na empresa, mas nos encontraremos no final da tarde. Eu contínuo o tratando com indiferença e agora ele reclama que estou exagerando. Ele pegou pesado e eu também vou! Apesar do meu corpo está gritando pelo dele... Malditos hormônios loucos! Se eu não estivesse grávida, conseguiria levar isso tranquilamente.

Quando finalmente cheguei em casa o encontrei no sofá, todo esmarrado.

- Oi, amor! - estendeu sua mão e eu a peguei, ele a beijou. - Tudo bem? - me olhou e acariciou minha barriga.
- Sim. Você comeu? - falei somente o necessário.

- Já. O Élvis deve tá pra chegar do petshop. - apenas assenti com a cabeça me sentindo completamente exausta! Subi e entrei em nosso quarto, tirei meus sapatos e meus pés  agradeceram. Quando deitei na cama, meu corpo também agradeceu. Fechei meus olhos e relaxei pela primeira vez em todo o meu dia. Senti um peso na cama e eu já sabia quem era. Senti seu braço passar em volta da minha cintura e cheirou meu pescoço, fazendo com que eu arrepiasse.

- Cê tá cansada né? Eu disse pra você não exagerar tanto no trabalho. Lembra do que a médica disse? Só por ser uma gravidez de gêmeos, já é de risco, não extrapola.

- Eu sei, Rafael. - suspirei ainda de olhos fechados.

- Bele, não vai ficar me tratando com indiferença lá no jantar do Dudu, por favor.

- Luan, você não tá no direito de me pedir nada! - me irritei. - Quando eu lembro de você pagando de louco, me sobe uma raiva tão grande! Já conversei com você sobre o Anderson e não adiantou então agora vai ser assim. Dá licença. - tirei seu braço do meu corpo e levantei indo para o banheiro.

- Eu já aprendi! - disse assim que eu abri a porta.

- Mentira, na primeira oportunidade você vai voltar a repetir. - o olhei. - Se você não conhecia o Alasca, eu vou te mostrar. - entrei e ouvi o barulho de algo caindo no quarto. Nem me importei, talvez seja ele descontando em alguma coisa. Liguei o chuveiro e quando a água quente correu sobre meu corpo me permitir relaxar novamente.
Demorei tanto no banho, estava tão gostoso. Só saí quando me dei conta das minhas mãos enrrugadas. Quando abri a porta, encontrei Luan somente de roupão preto, concentrado no celular. A parte do seu peito estava bem visível e só isso fez com que meu corpo reagisse. Porra! Logo evitei de olhá-ló e fui para frente do espelho. Tirei meu roupão e quando virei ele já não estava no quarto e logo ouvi o barulho da água do chuveiro. Fui para meu closet e peguei o primeiro vestido que vi. Ele é bem justo, lembro que comprei e nunca usei! Espero que ainda sirva.

(...)

Chegamos na casa do Dudu e toda a sala estava lotada, meus sogros também estavam presentes, Rober e He-man também. Depois de cumprimentar o aniversariante e lhe dar o presente fui para o lado dos meus sogros enquanto Luan já se meteu na rodinha dos vários cantores. Logo a esposa do Jorge e do Gustavo Lima se aproximaram, nos conhecemos dos vários show em que acompanhamos nossos maridos. Depois de nos cumprimentar começamos uma conversa bem feminina, fazendo meu sogro reclamar e ir para o meio dos meninos.

-Aquela parede é ótima pra uma foto. - Andressa, esposa do Gustavo disse.

- Bora lá? - as chamei e minha sogra foi chamada por alguém, que eu não identifiquei. Enquanto eu e as meninas tiramos fotos individuais na tal parede. Sentamos no sofá e nos concentramos em editar, postei a minha:
" O que falar desse vestido que eu nunca vesti e mesmo depois de gravida deu em mim? Só amor por ele! 🙆❤ "

- Você tá de quantos meses? -Ina perguntou.

- Quase quatro. -sorri.

- Nossa, tá grandinha né? Você vai formar um barrigão! - Andressa falou.

- São gêmeos. - confessei e vi o queixo das duas caírem.

- Sério? - Perguntaram ao mesmo tempo e eu não contiver a risada.

- Muito sério. Mas o Rafa só vai anunciar isso próximo mês, quando já soubermos o sexo deles, ou delas.

- Você vai precisar de muita paciência! - Andressa falou. - Eu quase fico maluca com o Guilherme. - se referiu ao seu filho com Gustavo que tem um pouco mais que um ano.

- Eu sei, tento me preparar  psicologicamente e fisicamente todos os dias. - elas riram.

- Continuei tentando! Você vai precisar. - Ina reforçou e logo Luan se aproximou falou com as meninas e perguntou se eu queria comer alguma coisa, se estava com fome.

- Não, eu tô bem.

- Certeza? - me olhou com a testa franzida.

- Sim, Luan. - tentei parecer menos fria na frente das meninas. Ele me olhou duvidoso, ele sabe que ultimamente eu como feito uma maluca, mas eu tenho que me controlar e realmente não sinto fome. - Acredita em mim. - ri de leve e ele sorriu. Acho que desde a nossa discussão é a primeira vez que dou risada pra ele. Se inclinou e beijou minha bochecha, voltando pra junto dos meninos em seguida.

- Ele tá sendo atencioso demais né? - Ina sorriu boba.

- Até demais! - rimos. E os gêmeos de Dudu passaram por nós correndo. Imediatamente imaginei os meus.

- Bora jantar? - Dudu gritou e todos levantaram, procurei meu marido e eu não posso negar que ele está irresistível! Vi ele se aproximar e passou o braço em volta da minha cintura. Seguimos para o jardim onde havia várias mesas e uma decoração simples, um clima rústico. Maravilhoso!

- Bora sentar com meus pais? - me olhou e eu concordei com a cabeça. Quando sentamos, eu percebi que meus sogros realmente não sabiam da nossa discussão. É claro que ele não falou!

- É selfie service, gostei! - minha sogra comentou, enquanto víamos a fila formada.

- Eu tava pensando sobre a participação das fãs pra turnê do novo DVD... - meu sorgro começou a falar e Luan se empolgou, tia Zezete me chamou e então levantamos e fomos para a fila, aguardar nossa vez.

- Eles falam de trabalho em tudo que é canto. - minha sogra disse, me fazendo rir e concordar. Logo iniciamos uma conversa com uma mulher que estava a nossa frente e começamos a colocar o que queríamos em nosso prato.
Quando voltamos a mesa, eles nos olharam.

- Cês já foram atrás? Nem esperaram a gente, pai! - Luan olhou incrédulo.

- Vocês estavam conversando, não queríamos atrapalhar. - Tia Zezete disse. - Vão lá, uai.

- Bora, Luan. Essas muié são ingratas. - gargalhamos.

Depois que comemos, Luan ficou todo dengoso pro meu lado, me dando carinho o tempo todo, só não me beijava. Desde a nossa discussão eu não lhe dei um beijo sequer. Ele está aproveitando a presença de várias pessoas, sabe que eu não vou poder ficar longe, muito menos afastá-lo.

- Para! - sussurrei próximo a sua boca, quando eu olhei em seus olhos.

- Mabele... Não é nada demais. - me olhava com a maior cara de coitado da vida.

- Para, Luan. - Ergui minhas sobrancelhas e ele emburrou imediatamente. Se afastou e cruzou os braços na altura do peito.

- Bele, eu comprei duas roupinhas lindas! Esqueci de te falar. - minha sogra falou super empolgada e eu vi o cantor Daniel vir chamar o Luan, ele foi e puxou seu pai.

- Sério? Ai tia! Eu quero ver!

- São branquinhas, a coisa mais linda!

- Quando a Lô voltar eu vou comprar algumas coisas com ela. - continuamos a conversar, enquanto já rolava mais cantoria dos meninos.

(...)

Voltamos para casa em silêncio, depois da cortada que dei nele, não trocamos nenhuma palavra que não fosse realmente necessária.

- Você vai continuar com isso até quando? - me olhou da cama enquanto eu tirava meus brincos em frente ao espelho

- Até você aprender.

- Eu já aprendi! Não aguento mais sua indiferença. Pelo amor de Deus, amor! - o olhei e fiz um coque em meu cabelo.

- Até você aprender. - repeti e fui para o banheiro e ainda ouvi ele falar:

- Mas que porra! - muito irritado. Que fique mais! Ele tem que mudar e deixar de ser exagerado quando se trata do Anderson. Depois de tomar mais um banho e me sentir de alma lavada voltei para o quarto e vi seu olhar furioso sobre mim, fingi não perceber e fui até o closet onde peguei minha camisola, ficou um pouco curta por conta da minha barriga. Meu cabelo ainda estava em um coque. Voltei e ele ainda estava sentado na cama como antes e mesmo sem olhá-lo sabia que seus olhos estavam sobre mim, deitei na cama e peguei meu celular.

- O que eu preciso fazer pra provar que aprendi? - suspirou e deitou de lado me olhando.

- Vai por mim, você tá falando isso porque eu tô te dando gelo, sem beijo, sem transar. - falei ainda de olho no meu celular e ouvi seu gemido frustrado, jogou sua cabeça no travesseiro, ficando de barriga pra cima. Ele levantou em seguida e foi em passos largos para o banheiro. Não segurei o sorriso. Quero assim, desse jeitinho! E quando eu decidir parar com isso ele ainda vai ouvir um belo e necessário discurso!
Ele deitou ao meu lado seu perfume chegava até mim, que cheiro mais gostoso!

- Que dia que a Eloísa volta? - me olhou e eu não acredito que ele tá querendo puxar papo.

- Não lembro...

- O Testa tá perguntando. - eu sabia que seu olhar ainda estava sobre mim e eu continuei sem olhá-lo e não o respondi mais. Continuou me olhando por mais alguns segundos e em seguida falou: - Mabele, eu tô sentindo falta de você. - quer apelar! Eu também tô sentindo!

- Luan, vamos dormir. - desliguei o abajur do meu lado e ouvir ele resmungar.

- Morangos? - mordi os lábios.

- Uhum, cê quer? - Luan me olhou sorrindo malicioso, fazendo tudo esquentar abaixo da minha cintura.

- Quero. - ele veio para a cama, somente de calça preta.

- Quer que eu te dê na boca? - sussurrou, sem parar de sorri, enquanto eu só ficava mais molhada. Eu tô bem necessitada dele.

(...)

Eu gritava de prazer com suas investidas e suas mãos que sempre apertam o lugar certo. Senti que iria gozar, meus gemidos tomavam conta do quarto, enquanto eu sentia sua respiração ofegante em meu pescoço.
De repente acordei com Luan me sacudindo de leve. O olhei assustada e frustrada por ser só um sonho. Porra! Eu ia gozar!

- Cê tava gemendo e se remexendo. Fiquei preocupado.

- Eu estava tão perto! - falei sem pensar em um suspiro e ele me olhou mais confuso ainda.

- Que?

- Nada, Luan. Não era nada. - olhei as horas no celular e já se passava das três da manhã. Quando iria procurar uma posição favorável para dormir, ele ainda me encarava sorrindo como no ínicio do meu sonho. Ah não! Estava de lado apoiando seu peso no braço.

- Cê tava sonhando com a gente... - não continuou.

- Claro que não! Eu quero dormir. - virei de costas pra ele e ouvi sua risada.

- Era sim, e pelo jeito tava gostoso né? Cê tava gemendo muito e falava meu nome.

- Luan, cala a boca! - fui grossa na temtativa de fazê-lo parar. Senti seu corpo se aproximar do meu.

- Eu poderia te fazer gozar na realidade, sem precisar de sonho. - sussurrou em meu ouvido e porra! As paredes da minha vagina se apertaram e eu sufoquei um gemido. - É só você acabar com essas distância, com essa indiferença. - beijou meu ombro... Não! Eu não posso! Ele tem que aprender a controlar seu ciume e eu não posso fraquejar.

- Eu vou ser obrigada a sair do quarto, ou você vai me deixar dormir? - me forçei ao máximo para que ele não percebesse o efeito que suas palavras tiveram sobre mim e parece que consegui, já que ele se afastou novamente.
Eu até tentei dormir, mas os morangos estavam na minha cabeça o tempo todo assim como o maravilhoso sonho. Estava ficando incontrolável minha vontade de morangos, mesmo contra vontade eu comecei a chamar meu marido.

- Oi, Mabele? - Respondeu mal humorado.

- Eu tô com desejo. - ele me olhou imediatamente.

- Do que? - sorriu e parecia encantado.

- Morangos.

- Não tem aqui?

- Não, Luan. Se tivesse eu não estaria te chamando. - revirei os olhos.

- Então cê quer que a gente vá no mercado?

- Isso.

- Essa hora?

- Sim. - fiz careta e ele sentou, com os pés no chão.

- Tudo bem, vamos lá. - nos trocamos rapidamente e fomos em seu carro, calados. Eu agradeci por ele não tentar puxar papo, porque eu estava começando a ficar mal humorada por conta da demorar pra chegar no bendito mercado. Quando finalmente chegamos, eu saltei para fora do carro e sem esperar Luan entrei, fui direto na sessão onde fica os morangos e peguei uma caixinha cheia deles. Posso apostar que meus olhos brilharam olhando.

- Já achou?

- Uhum. - sorri pra ele e recebi um sorriso de volta. Tomei sua frente e fomos até o caixa, nem preciso comentar o olhar da moça para meu marido, admirada e quase comia ele com os olhos.
Entramos no carro e eu nem esperei mais nada, abri ali mesmo e começei a comer o primeiro, ouvi a risada do Rafael.

- Cê tá parecendo que não come a meses!

- Eu tava com muita vontade. - apertei os olhos e peguei outro, ouvindo sua risada gostosa.

- Linda! - sem que eu esperasse ele segurou meu queixo e mordeu minha bochecha, seguiu beijando meu rosto e desceu para o pescoço.

- Para! - protestei e ao invés de atender meu pedido ele afundou suas mãos em meus cabelos, com a firmeza maravilhosa de sempre e chupou meu pescoço. - Luan Rafael! - falei mesmo com a voz estremecida.

- Eu tô com saudade do teu beijo e de fazer amor com você. - seus olhos procuraram os meus e em seguida seguiu olhando para a minha boca que estava entreaberta.

- Não faz isso. - pedi olhando sua boca também. Eu sabia que ele iria me beijar.

- Seu rosto diz outra coisa. - eu podia senti seu halito de hortelã por conta do chiclete que ele tinha na boca.

- Luan... - quando seu nariz encostou no meu, ele ainda olhava minha boca e procurando força de algum lugar em mim, eu achei e afastei meu rosto do dele. - Vamos pra casa, por favor. - ele suspirou derrotado, me olhou por segundos e ligou o carro. Fomos o restante do caminho em silêncio, enquanto eu acabava com os morangos. Eu tenho que resistir mais um pouco. Isso não poderia ter acontecido! Agora ele sabe o quanto eu também estou sentindo falta dele. Depois do sonho, onde eu mesma me entreguei e depois do quase beijo. Porra, Mabele! Você não faz nada direito! Nem pra dar uma lição no seu marido louco, ciumento, gostoso, você serve!









Eeeeeita quase não resiste! Luan tá penando... Bele irredutível, ou quase hahhaa. E esse sonho? Como vocês acham que vão ficar as coisas daqui pra frente? 
Desculpem a demora, eu realmente não consegui postar antes. Obrigada mais uma vez pelos maravilhosos comentários e pela paciência. Vocês me desculpem por não responder dessa vez, mas eu realmente preciso comer. 😂
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Bjs, Jéssica. ❤

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Capítulo 154

Eloísa e eu fomos convidadas por Anderson que está em São Paulo com sua noiva para um jantar, sim, ele vai casar. Com a vontade enorme de rever meu amigo, eu aceitei, sem ao menos falar com Luan e quando falei, foi uma discussão desnecessária ao meu ver. Quando ele vai parar com esse ciúme sem cabimento? Eu estou casada com ele e logo o Anderson se casará também.

- Mabele, entende também que o Anderson foi o único cara que você ficou quando terminou com ele. - Eloísa o defendia.

- Não quero mais falar daquele filho da mãe! - o silêncio se instalou dentro do carro, enquanto ela dirigia, eu procurei a foto de mais cedo no salão e quando achei postei:
                     " @nucleok ❤ "

Logo chuveu comentários, somente relacionado a minha barriga. Eu não segurava o sorriso ao ler cada comentário, a raiva já estava longe e eu só sentia uma alegria no coração por ser tão querida e por elas aceitarem tão bem minha gravidez.

- Você está incrivelmente linda! - Anderson me elogiou enquanto me abraçava.

- Obrigada, você é muito gentil. Eu sei que estou acima do peso. - ele riu.

- Onde? - se afastou olhando meu corpo. - Só tô vendo essa barriga linda! - Sorri e então sua namorado veio me cumprimentar, enquanto ele cumprimentava Lô.

- Você está muito linda!

- Vocês tiraram a noite pra me deixaram sem graça? - ela riu e então nós sentamos depois de apresentar minha amiga a ela. Fizemos nosso pedido e conversavamos animadamente sobre o casamento deles, sobre minha gravidez e outros assuntos maravilhosamente agradáveis. Meu celular tocou e eu segurei o revirar de olhos quando vi a foto do Luan na tela.

- Só um instante, gente. - levantei e fui até o banheiro, quando entrei atendi.

- Porque essa demora pra atender? - sua voz contia irritação.

- Eu estava vindo para o banheiro, Luan. Qual o motivo da sua ligação?

- Cê tá com aquela roupa da foto que postou?

- Tô. - passei a mão pelos cabelos impaciente.

- Porra, Mabele! Essa saia deixa você com uma bunda muito chamativa! Sem falar que ela está marcando demais sua barriga que tá linda! Eu não quero ele babando em você!

- Deixa de ser maluco! Você tem noção do que tá falando? - me irritei.

- Tenho! Eu não quero ele tocando sua barriga, Mabele. Que porra!

- Para de xingar! - ouvi ele suspirar. - Eu não quero mais discutir, eu vou desligar.

- Não desliga, caralho!

- Você para com esse palavrões, fala comigo direito.

- Eu queria tá com você nesse jantar. - ele lamentou.

- Mas você está trabalhando. Ele vai casar, Luan!

- Não interessa. - ele gruniu. - Isso não muda em nada, quando se trata de te olhar, ele é homem e você tá muito linda hoje. - Ele estava bem agoniado, e se eu não estivesse tão brava, teria sorrido com seu elogio.

- Luan, por favor, vamos deixar pra discutir outra hora? Meus amigos estão me esperando pra jantar. - falei com calma que ainda restava em mim.

- Tchau. - falou seco antes de desligar na minha cara. Jesus, que maluco! Voltei para junto dos meus amigos e fiz de conta que nada aconteceu, fiz de conta de não houve qualquer ligação do meu marido louco, ciumento.

- Sua comida estava esfriando. - Lô me olhou, como se já soubesse o porque da minha demora. É claro que ela sabe. Ela conhece ele e ouviu nossa discussão antes de sairmos.

- Era Vitório querendo falar comigo. - menti enquanto sentava. Comecei a comer.

- Quando você vai no Rio? - Anderson me perguntou.

- Acho que pra ver você, só no seu casamento mesmo. - respondi e ele fez careta arrancando risadas de nós.

* Luan narrando.

A Mabele sabe o quanto eu não gosto daquele cara e insiste em manter amizade com aquele viadinho! Fiquei mais que puto de raiva quando ela ligou dizendo que iria jantar com ele. O que custa esperar um dia que eu possa ir junto? Eu não gosto nem de pensar na possibilidade dele olhando ela. Quando vi sua foto que confesso; me deixou bobo, eu liguei e não acreditei que ela estava mesmo com aquela roupa. Ela estava muito linda pra fica na presença dele. Que se foda se ele vai casar ou o caralho a quatro.
Joguei meu celular no sofá do camarim depois de mais uma vez discutir com ela.

- Cara, cê vai brigar com ela sempre que ela for ver esse cara? - Rober me repreendia.

- Roberval não vem me dá lição de moral, por favor! É a última coisa que eu preciso. - o olhei avisando e ela colocou as mãos pra cima em gesto de rendimento e logo saiu dizendo que iria atrás da Lelê. Perdi completamente a fome eu só consigo pensar no que tá rolando nesse maldito jantar. Sobre o que eles estão conversando, se ele tá elogiando ela muito como de costume e se ele está olhando demais. He-man entrou junto com Rober e com a Lelê.

- Vamos comer? - ela disse e eu levantei mesmo contra minha vontade. Permaneci calado enquanto eles davam risadas de coisas bobas, é claro que já o motivo do meu mau humor deste que saímos do hotel.  Começou os atendimento e tudo que eu queria era terminar esse show e voltar pra casa.

*Mabele narrando.

Chegamos bem tarde em casa e entramos entre risadas.

- Ele não se cansa de ser palhaço! - Lô se jogou no sofá.

- Nunca! - concordei sentando ao seu lado e me deparei com uma foto que temos em nossa sala, minha e do Luan no dia do nosso casamento. Suspirei e joguei minha cabeça para trás.

- É o Luan não é?

- Sim. - suspirei novamente.

- Eu acho que nós devemos dormir, você tá cansada e seus pés estão inchados.

- É, eu também acho. - levantamos e subimos. Quando cheguei em frente ao meu quarto, pedi: - Lô, assiste um filme comigo? Se ficar sozinha não vou dormir, vou ficar pensando nessa discussão e por conta desses hormônios loucos eu vou me desmanchar em lágrimas. - sorri triste e ela de imediato se juntou a mim. Colocou em um qualquer que estava passando e se ofereceu para fazer massagem nos meus pés.

- Você tem que parar de usar salto o tempo todo. - falou enquanto apertava meus pés deliciosamente.

- Você tá falando igual o Luan! - reclamei.

- Temos razão, depois você fica assim, nesse estado. - não respondi mais nada e concentrei no filme que parecia ser ótimo! Quando minha amiga terminou sua maravilhosa massagem deitou-se ao meu lado.

- Nossa, esse protagonista é um gato!

- Sim, ele é. - concordei. Ela e eu já assistíamos o começo do terceiro filme, quando de repente a porta do quarto se abriu e Luan entrou e se surpreendeu ao nos ver acordadas, mas logo formou-se uma carranca em seu rosto.

- Oi Eloísa.

- Oi Luan. - ela respondeu sem graça, ele deixou suas malas no canto do quarto e entrou no banheiro me deixando se queixo caido com sua falta de educação. Ele não falou comigo!

- Você viu isso? - olhei para minha amiga incrédula.

- Vi e ele parece tá bem irritado, vou indo. - beijou minha bochecha e pulou para fora da cama saindo do quarto em seguida. Ele voltou desta vez sem camisa, somente com sua calça jeans.

- É isso mesmo? Não vai falar comigo? - perguntei enquanto ele estava pegando uma toalha no quarda-roupa.

- Oi. - me olhou e seguiu para o banheiro. Rosnei de tanta raiva e levantei imediatamente, entrando no banheiro sem bater o encontrando somente de cueca boxe, dobrando sua calça. Me olhou assustado.

- Você tá sendo muito grosso! - exclamei totalmente irritada.

- Mabele, eu preciso tomar banho, dá pra você sair daqui? - me olhava sério, que vontade de meter a mão nessa cara dele.

- Ridículo!

- Licença? - continuava pedindo pra que eu saísse me aproximei dele sentindo minha raiva aumentar, inclinei minha cabeça um pouco para olhá-lo, já que estou sem chinelo e ele é um poste comparado a mim.

- Você vai se comportar assim por causa de um jantar entre amigos? Você tá sendo um idiota! - minha voz já estava alterada.

- Maluco e agora ridículo, grosso e idiota. O que mais que você acha que estou sendo? - ele falava calmo, apesar de seu rosto mostrar toda sua raiva. Coloquei minhas mãos em seu peito e o empurrei.

- Você tá sendo infantil, - o empurrei novamente, mas ele não saía do lugar. - Incompreensivo e ciumento e irritante! - em cada palavra o empurrava com as mãos em seu peito, mesmo que ele continuasse no mesmo lugar. Segurou meus braços.

- Certo, agora me deixa tomar banho. - senti meus olhos encherem de lágrimas e virei de costas pra ele, antes que ele percebesse. Bati a porta do banheiro com força e deitei em minha cama, chorando. Que ridículo! Ele voltou agora pra que? Pra me tratar assim? Ogro!

Os minutos se passaram e nada do meu choro sessar, eu chorava em silêncio quando ele saiu somente com uma toalha amarrada na cintura e os cabelos molhados. Me olhou e parou de frente a mim, cruzou os braços na altura do peito e perguntou:

- Porque cê tá chorando agora? - o olhei consumida pela raiva e joguei um dos travesseiros nele.

- Não fala comigo! - ele segurava o travesseiro e suspirou se virando e para nosso closet. Voltou com uma calça de moletom cinza.

- Olha só você não tem motivo pra ficar com raiva de mim e nem chateada, se alguém tem motivo, esse alguém sou eu. - em pé ao lado da cama ele disse me olhando.

- Você ser um grosso comigo não é motivo? Discutir comigo por ciúme bobo não é motivo? - o olhava tentando segurar as lágrimas.

- Você foi jantar com aquele viado, mesmo sabendo o quanto eu não gosto dele!

- EU NÃO VOU DEIXAR DE SER AMIGA DELE! ENTENDA DE UMA VEZ POR TODAS! - gritei e por um momento ele me olhou assustado.

- Então deixa pra ver ele quando eu estiver com você, porra!

- Pra que você veio? Não era pra vir só amanhã? Veio somente pra discutir comigo?
- Eu vim porque queria dormir em casa.
- Então dorme, dorme e esquece que eu tô aqui.

- Mabele, não tô acreditando que você vai ficar com raiva de mim, quando quem tem motivo sou eu!

- Vai pro inferno! - virei de costas pra ele ficou de lado na cama e acariciei minha barriga. Eu não posso me irritar assim. Respirei fundo algumas vezes e logo senti ele deitar na cama. Levantei e fui tomar banho, quando sai ele estava de olho no celular e sequer me olhou. Vesti um pijama qualquer e deitei de lado na ponta da cama tentando ficar o máximo distante dele.

- Deixa eu dar boa noite pros meus filhos. - revirei os olhos e fiquei de barriga pra cima ele se aproximou e levantou minha blusa.
- E ai? Como cês tão? Tá quentinho aí dentro? - beijou minha barriga. - Papai tá louco pra saber se vocês são meninas, meninos ou um casal... Se for meninas cês não vai namorar tão cedo! Vou logo avisando. - um sorriso surgiu em meus lábios, mas isso não fez com que minha raiva fosse embora. - Eu também tô louco pra ver os rostinhos de vocês. Papai sentiu saudade de conversar com vocês. - revirei os olhos com seus exagero. Ele viajou a dois dias e já está aqui novamente. - Boa noite pra vocês viu? Eu amo vocês. - beijou minha barriga mais uma vez e acariciou em seguida. Logo colocou minha blusa no lugar e me olhou rapidamente antes de deitar de costas pra mim.

Acordei primeiro que ele e desci encontrando Lô tocando café sentada em uma das cadeiras da mesa na cozinha.

- Bom dia? - me olhou.

- Espero que se torne um bom dia. - suspirei e abri a geladeira.

- Eu ouvi seu grito ontem.

- Ele está sendo ridículo! - sentei junto com ela e comecei a tomar meu suco verde.

- Espero que vocês consigam se resolver logo. Bom, vocês terão a casa só pra vocês, já que daqui a algumas horas eu vou ver minha família no sul.

- Nossa, é verdade! - suspirei ao imaginar que não terei ela comigo e eu vou somente para a loja hoje. - Espero que você volte logo. - Antes que ela respondesse, Luan adentrou o local com uma cara amassada.

- Bom dia! - foi direto na geladeira.

- Bom dia! - Somente Lô respondeu e me repreendeu com o olhar quando eu não respondi.

- Não tem mais patê de atum, Mabele?

- Não.

- Luan, eu tô indo viajar logo mais, quando eu voltar, nós vamos no seu show.

- Fechou! - sorriu. Quando ele sentou eu levantei, e percebi ele me acompanhar com o olhar.

(...)

Depois de deixar Lô no aeroporto, voltei para casa e não troquei uma palavra uma palavra com Luan, que ficou na sala o tempo que estive em casa.

- Tô indo. - falei depois de pronta.

- Espera...- levantou e se aproximou. - Desculpa por ontem, - Me abraçou, enquanto eu continuei imóvel. - Cê sabe quando sua proximidade com aquele Anderson me deixa, eu estrapolei. Desculpa por te magoar e ser um maluco, ridículo e grosso.

- Não, eu ainda tô muito chateada com você. - fui dura e saí de seus braços encontrando seu olhar incredulo, saí daquele ambiente o mais rápido possível. Meu coração doeu ao ver seu rosto depois de eu negar suas desculpas, mas ele tem que aprender que não pode se comportar desta maneira comigo toda vez que eu encontrar o Anderson, já tentei por meio da conversa e eu não aprendeu então agora vai ser por meio da indiferença!





Luanzinho pirou de ciumes em?! Bele vai agir com indiferença... O que acharam disso? Ela está certa?
Obrigada por casa comentário, não consegui responder porque meu celular tá ajudando hoje! 😓
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Bjs, Jéssica. ❤

terça-feira, 14 de junho de 2016

Capítulo 153

Já era fim de tarde quando abri a porta de casa me deparei com alguns balões rosas e azuis amarrados na escada. Que isso? Não é meu aniversário. Olhei o chão e tinha uma frase que dizia " Siga as pegadas " Olhei o chão e tinham coladas no chão adesivos de pé humano fazendo caminho para a cozinha, tinha na escada e também na direção do corredor lado contrário a cozinha, onde tenho um pequeno estúdio e também é onde temos um quarto que quardamos tudo que é ligado a higiene da casa. Isso é coisa da Mabele! Pra onde eu vou seguir se tem várias direções? Soltei minha mala na chão e tirei minha mochila das costas jogando no sofá. Decidi seguir para a cozinha, não tinha ninguém e na mesa as pegadas acabaram. Fiquei mais confuso, olhei um único prato de porcelana que tinha na mesa e percebi que tinha um papel onde metade era azul e a outra rosa, com a frase: " Tem uma surpresa te esperando, mas você escolheu a direção errada..." Franzi minha testa e sorri. O que ela tá aprontando? Tudo azul e rosa? É alguma coisa haver com nosso filho? Será que ela descobriu o sexo? Passei a mão no rosto, sentindo uma ansiedade por minhas desconfianças. Voltei para a sala e decidi subir as escadas desta vez. No inicio do corredor tinha letras no chão formando uma frase; " escolheu subir as escadas... Acho que escolheu certo. "
O sorriso não saía do meu rosto. O restante eram somente setas também coladas no chão da cor vermelha que eu percebi que acabavam na porta do último quarto do corredor, que eu embro que não tem um móvel se quer, eu quis assim já pensado em uma gravidez dela. Finalmente minhas pernas se moveram. Eu tenho certeza que é algo relacionado ao meu trenzinho! Será que ela descobriu o sexo? Essa pergunta não saía da minha cabeça. Quando cheguei em frente ao quarto, li a frase que havia na porta; " Entre e tenha uma maravilhosa descoberta! " Sem esperar nem um segundo, girei a maçaneta quando entrei encontrei o quarto escuro.

- Amor? - de repente o quarto se dividiu em três triângulos de luz. Um totalmente azul, outro rosa e outro azul e rosa. Bele se encontrava no centro do quarto entre eles. - O que é isso? - sorri emocionado, ainda sem entender. E ela sorria me olhando, com seus olhos brilhando tanto!

- Eu tenho uma notícia pra te dar... - Sua voz doce foi como música para meus ouvidos. Fiquei esperando que ela continuasse, mas para minha surpresa ela se virou e foi até uma caixa, em seguida se direcionou até ao triângulo de luz rosa, ficou de joelhos e começou a colocar letra por letra no chão, uma ao lado da outra perfeitamente alinhado. Eu não conseguia me mover, mesmo sem ainda entender eu sabia que isto é sobre nosso bebê, e uma emoção única me invadia, me fazendo ficar paralisado. Quando ela terminou foi ao outro triângulo, desta vez o azul. Li a frase do rosa que dizia: "Seremos meninas?" Voltei meu olhar para onde ela está, sentindo meu coração acelerar cada vez mais. Terminou a frase que dizia: " Seremos meninos? " E por último ela formou a frase no último triângulo: " Seremos um casal?" Senti as lágrimas invadirem meus olhos e ela voltou a ficar em pé, eu acho que entendi e não posso acreditar!

- E ai, papai? O que acha que nossos gêmeos serão? - levei minha mão aos meus olhos e senti as lágrimas banharem meu rosto, ouvi sua risada de leve e em seguida senti suas mãos acariciando meus braços, com movimentos para cima e para baixo. A abracei forte.

- Eu não acredito! - eu contia a voz embargada.

- Meninos, meninas, ou um casal... - A sensação era que meu peito iria explodir a qualquer momento de tanta alegria e amor por essa mulher que me abraça carinhosamente. Afastei meu rosto minimamente, somente para olhar o dela.

-Você não sabe o quanto está me fazendo feliz com essa notícia! - selei nossos lábios demoradamente e agora ela acariciava minhas costas como fez anteriormente em meus braços. - Dois! - a olhei sorrindo.

- Ou duas! - ela riu, me contagiando.

- Como você é linda! Linda! - segurei as laterais do seu rosto e a beijei. Minhas lágrimas já não vinham mais e a alegria só me invadia mais e mais a cada segundo. Ela foi tão bonitinha em se preocupar e preparar tudo isso pra me dizer. Depois do beijo eu pousei minhas mãos em sua barriga que parecia ter triplicado desde o réveillon, não resisti e me inclinei para dar um beijo, mesmo por cima de sua camisa de mangas longas. - Agora entendemos o porque do barrigão. - voltei a postura comum.

- É. - ela inclinou a cabeça pro lado, me olhando toda meiga.

- Deixa de ser linda! - ela gargalhou e me abraçou. - Que trabalhão você teve. - olhei a supresa maravilhosa.

- A Lô me ajudou. Ela quem deu a ideia de supresa pra você. - se afastou e olhou a surpresa comigo.

- Vocês são duas danadinhas! - a olhei e rimos. - Não quero sair daqui. - cruzei os braços na altura do meu peito e vi ela ficar na ponta dos pés para me dar um beijo na bochecha.

- Podemos ficar o tempo que você quiser. - foi gentil. Fiquei mais certo de três minutos olhando aquilo e comentando os pequenos detalhes com ela.

- Gente, não aguentei até que vocês saíssem. - Lô entrou. - Gostou, Luan? - ficou do meu lado.

- Cê tá louca! Até chorei. - rimos de leve.

- Quem diria né? Dois!

- Ou duas! Eu adoraria se fosse duas meninas. - Bele disse.

- Agora cê tem preferência? - perguntei. Ela deu de ombros e não me respondeu.

- Eu prefiro um casal, pelo menos a gente fecha a fábrica.

- Nós vamos fechar a fábrica independente dos sexos. Vão vir dois de uma vez e vão ser suficientes. - rebateu.

- Não! Eu quero um meninão. Se não vier dessa vez nós vamos tentar! - falei firme e ouvi a gargalhada da Lô, enquanto Bele revirou os olhos.
Quando enfim eu consegui sair, lembrei do convite do Rober.
- O Testa chamou a gente pra uma balada. - olhei as meninas, enquanto Bele comia umas bolachas salgadas e Lô que olhava o celular engasgou me olhando.

- Que? - acabei rindo de sua reação.

- Uma balada, nós quatro.

- Não vou. - Eloísa respondeu de imediato.

- Ela tá com medo. - Bele provocou olhando o programa que passava na tv.

- Medo? - franzi a testa.

- É, de não resistir ao Roberzito. - Bele sorriu me olhando maliciosa.

- Claro que não é isso! - Lô se defendeu.

- Então o que é? - Bele ergueu as sobrancelhas.

- Tô indisposta!

- Uhum.

- Eloísa, deixa de bobagem! - Me pronunciei.

- Não quero ir, gente. Podem ir. - Olhei minha esposa entediado.

- Você vai! - Bele levantou. - Tô subindo e quando eu descer é pra você está pronta ou você vai amanhecer com dor de barriga. - Eu e Lô a olhamos assustados. - Praga de grávida pega! - Ela disse segurando o sorriso e eu não me aguentei, soltei uma gargalhada e Lô a olhava assustada.

- Você é impossível! - sua amiga levantou e todos nós subimos.

Bele se despiu e eu a admirava sentado na cama. Como está linda com essa barriguinha! Fez um coque no cabelo, sem parar de falar e eu já não prestava atenção na sua conversa, mas sim em seu corpo e na saudade que estou de senti sua pele na minha.

- Ouviu, Rafael? - me olhou irritada com as mãos na cintura.

- O que?

- Que o a Lô tá apaixonada pelo Rober.

- Vem cá, vem. - a chamei com a mão, com uma voz manhosa.

- Não. Nós não vamos sair? - ergueu as sobrancelhas.

- Eu senti sua falta.

- Eu também, mas eu sei que tarado do jeito que você é, nós vamos nos atrasar. - se afastou indo para o banheiro.

- Se eu pedir pra tomar banho com você, eu vou receber um não?

- Com certeza sim! - riu e entrou, fechando a porta em seguida. Gemi e deitei passando a mão por meus cabelos e só então me dei conta que estou excitado. Porra! Apertei meu membro e fechei os olhos sentindo uma sensação muito boa! Peguei meu celular em seguida na tentativa de me distrair e com alguns minutos, vi resultado. Eu havia me acalmado.

- Cê tá a coisa mais linda nessa foto com essa barriguinha! - Eu disse ao ver sua foto postada a minutos atrás no jardim de casa, quando o sinal fechou:

- Tá mais linda pessoalmente. - Lô disse do banco de trás. - Apesar de... Eu estar puta com ela. - acrescentou, me fazendo rir.

- Nossa amiga... - Bele olhou para trás fazendo uma cara tão bonitinha que eu não resisti em segurar seu rosto e beijar seus lábios seguidas vezes até que ela prolongou.

- Ou! Abriu o sinal! - Lô avisou, fazendo com que eu fosse obrigado a afastar meus lábios dos dela.

Chegamos na casa noturna, onde se apresentará uma dupla sertaneja que está se destacando aqui no estado, segundo Rober. Entrei de mãos dadas com minha esposa e como sempre, recebemos olhares arregalados, surpresos, admirados. Subimos para o camarote e mandei uma mensagem para o Rober, algumas ( várias) mulheres pediram fotos comigo, até que eu encontrasse meu amigo.

- Oi Lô. - Foi a primeira pessoa que ele cumprimentou e ela sem graça o abraçou, em seguida falou conosco. - Os caras vão entrar dentro de vinte minutos.

- Beleza, uma bebidinha pro esquenta? - Antes que ele falasse, chegou mais duas meninas pedindo foto. Atendi e logo elas se afastaram.

 - Bora no bar.

- Vai lá com a Lô, eu espero aqui com a pinguinho. Tenho uma novidade pra te contar! - sorri animado ao lembrar da surpresa de mais cedo.

- Beleza. - mesmo relutante Eloísa foi junto de meu amigo e abracei minha pinguinho por trás.

- Que cheirosa! - falei após cheirar seu pescoço e cabelos. Pude ver seu sorriso.

- Obrigada! - beijei sua bochecha e a virei de frente pra mim em seguida.

- Que saudade você me fez! - cheirei sua bochecha e mordi em seguida.

- Eu também senti muita saudade. - procurou minha boca iniciando um beijo maravilhoso! Que necessidade eu estava dele! Sua língua acariciava a minha, e suas unhas arranhavam de leve minha nuca, me trazendo arrepios. Segurei mais firme sua cintura, trazendo seu corpo ainda mais perto, como se fosse possível... Minhas mão logo procuraram um dos lugares preferidos na hora do beijo; seus cabelos que deslizavam entre meus dedos. Ela tem um jeito de beijar que eu nunca vi igual! Senti meu membro se animar novamente. Merda! Será que até um beijo dela vai me deixar duro? É claro que vai!

- Você tá ficando excitado? - falou contra minha boca, enquanto um funk tocava. Que porra de jeito de olhar é esse, Mabele? Suspirei e desviei meu olhar do dela, ouvindo sua risada. Segurou meu rosto e mordeu seus lábios me beijando novamente. Ah, que delícia! Desta vez minhas mãos procuraram sua bunda e eu apertei com vontade, precionando seu corpo contra minha ereção. E ela encerrou o beijo e riu com a cabeça na curvatura do meu pescoço.

- Que foi? - minha voz já contia um puto tesão.

- Você é muito sem vergonha. - minhas mãos ainda estavam em sua bunda. Acabei rindo.

- Quero te levar pra nossa cama agora.

- Eu sei que você quer. - gemi frustado por saber que não vou realizar meu desejo agora. - Não geme! - me repreendeu e eu sorri ao perceber que não era só eu que sentia tesão.

- Que fila infernal! - Rober voltou com nossas bebidas, para Bele somente um coquetel sem álcool. Quando estava comente com seu copo, passou a mão em volta da cintura da Eloísa. Bele e eu sorriso um pro outro, vendo sua amiga nos metralhar com o olhar em seguida. Rober beijou o pescoço dela e eu aproveita para abraçar Mabele novamente ficando de costas pra eles.

- Eu necessito de você agora. - falei em seu ouvido, vendo ela se arrepiar. Sorri.

- Para! - me olhou com as sobrancelhas erguidas e em seguida olhou minha boca e engoliu seco. Sorri ao perceber o quão doidinha ela está.

 - Aposto que cê tá molhadinha. - Sua boca ficou levemente aberta e ela mordeu os lábios em seguida. Porra! Ela está molhada! Isso fez meu membro pulsar dentro das calças.

- Eu vou no banheiro.

- Isso é um convite? - olhei sua boca.

- Não, pervertido! - saiu de meus braços e chamou a amiga, me deixando de pau duro. Vi uma parte da grade vazia e logo me aproximei na tentativa de disfarçar minha situação, Rober me acompanhou.

- Já beijou? - me referi a Lô na tentativa de tirar a grávida mais gostosa da minha cabeça.

- Já uai! - riu, me contagiando. Esses dois... - O que cê tinha pra me dizer?

- Vou ser pai de gêmeos! - fui direto e ele arregalou os olhos, me divertindo.

- Porra! Que massa!

- Pois é, fiquei muito feliz. - provei meu whisque e continuamos a conversar sobre isso enquanto eu sentia meu membro morrer aos poucos pela segunda vez na noite.

* Mabele narrando.

Quando chegamos no banheiro suspirei aliviada. Eu sentia minha calcinha molhada depois dos beijos, da pegada e das coisas que o Luan disse pra mim. Lô falava algo sobre o Rober enquanto eu me tentava me acalmar, mas só conseguia pensar na maravilha que meu marido é na cama! Gruni e passei a mão por meus cabelos.

- O que foi? - ela parou o que estava falando, depois da minha reação.

- Nada, amiga. Pode continua. - a incentivei e desta vez eu ouvia suas desculpas por ficar com Roberval mais uma vez, enquanto eu passava meu batom nude, Luan tirou todo!
Depois de ela e eu retocarmos a maquiagem voltamos para junto dos meninos e tinha um grupo de mulheres quase nuas tirando foto com Luan, me aproximei, mas fiquei distante dele esperando que elas se afastassem.

- Quero selfie também! - eu disse quando elas se foram, ele sorriu lindamente! Existe mais lindo? Não, absolutamente não! - Tira pra mim, eu tô nervosa. - continuei fazendo graça e ele riu.

- Palhaça! - pegou meu celular e nós fizemos pose.

- Obrigada! Você é lindo! - continuei e ele riu me abraçando pelo pescoço e beijando minha testa. Editei e já postei em seguida:
  " Achei esse lindo na balada... Acho que vou levar pra casa! 🙈😍 @luansantana "

Ficamos por horas curtindo a noite e só fomos embora quando eu não aguentei mais a dor dos meus pés, que ficaram inchados. Lô foi com o Rober e então Luan e eu tivemos a casa toda nossa! Depois de me dar uma massagem nos pés, me levou ao céus por horas! E logo em seguida eu praticamente desmaiei de tanto cansaço.... Um maravilhoso cansaço!






Alcancei as expectativas de vocês com a surpresa pro Luan? E esse Rober com a Eloísa no chove não molha... Eeeeeee, nosso casal mais safado da vida! 😂 Tadinhos, estavam necessitados um do outro. Comentários respondidos!
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BJs, Jéssica. ❤

domingo, 12 de junho de 2016

Capítulo 152

Janeiro chegou e com ele, meu terceiro mês de gestação e ainda mais... Lô chega hoje ao Brasil! É sempre uma alegria recebê-lá, tê-lá por perto. Rafa está viajando, desde o réveillon que não nos vemos e hoje já é dia 15. Minha saudade está incalculável!

- Sim Luan, já comi hoje. - suspirei dentro do carro a caminho do aeroporto esperando o sinal abrir, enquanto conversava com Luan pelo celular.

- Vai com cuidado, amor.

- Pode deixa, eu vou com cuidado. O sinal vai abrir, você precisa desligar.

- Tá. - suspirou. - Te amo, manda beijo pro meu trenzinho.

- Tá, - ri de leve. - Te amo também.

- Tô com saudade. - sorri toda boba.

- Eu também, benzinho. O sinal abriu, preciso desligar.

- Tá, beijo. - desliguei e voltei toda minha atenção ao trânsito.

- Que barrigudinha mais linda, papai do céu! - Lô disse totalmente intusiasmada quando me viu. - Pessoalmente tá muito mais linda! - me abraçou em seguida e eu só sabia sorri.

- Senti tanto sua falta, amiga.

- Eu também, mas agora eu tô aqui e vou aproveitar com você e com minha princesinha. - desfez o abraço e acariciou minha barriga.

- Quem te disse que vai ser menina?

- Confie em mim, vai ser uma menina. - falou confiante.

- Nossa, quanta certeza! - arregalei os olhos e nós gargalhamos. Fomos para meu carro e fomos o caminho inteirinho conversando incansávelmente. Quando chegamos em casa, fomos para o quarto que ela ficará durante todo o mês que passará comigo.

- Eu trouxe várias coisinha de Páris pra minha afilhada. - acabei rindo.

- Eu não escolhi quem será a madrinha e outra, ninguém sabe o sexo do bebê ainda. - ela revirou os olhos e já foi me mostrando animadamente várias roupinhas e acessórios, trouxe peças masculinas também, e nós gastamos mais algumas horas de conversas e planos para esse mês.

Quando a noite chegou, fomos ao supermercado, pois hoje teremos uma noite somente de meninas, Bru está em São Paulo e já vai começar outra novela na globo. É, ela se destacou por seu grande talento. Mari e Leila também se juntarão a nós.

- Me explica esse lance de que você ainda não escolheu madrinha? - Lô voltou ao assunto de horas atrás.

- Amiga, é só um filho pra muitas amigas! - peguei três barras de chocolate.

- Hum, quero só ver quem será a escolhida.

- Amorzinha, achei! - Bru apareceu balançando um saco cheio de bombons de chocolate.

- Que bom! Eu estava numa vontade louca deles. - peguei e coloquei no carrinho.

- Você tá numa vontade louca por todos os chocolates né? Tá levando todos que vê pela frente. - Lô fez graça.

- Me deixa! - mostrei minha língua pra ela que negou com a cabeça.

Chegamos em casa e dentro de poucos minutos Mari chegou com Leila, começamos a arrumar a mesa que logo ficou cheia de doces. Olhei para aquilo com os olhos brilhando, eu ando bem necessitada de doce, mesmo com minha médica pedindo pra eu dar uma segurada neste quesito, hoje eu vou enfiar o pé na jaca.

- Leila, onde estão os filmes? - perguntei, enquanto pegava uns bombons.

- Na minha bolsa. Trouxe vários antigos, do jeito que combinamos.

- Que ótimo! - Lô disse enquanto nós todas nos acabavamos de comer todos os tipos de chocolates e claro, conversavamos sobre a vida, desabafos e risadas incontáveis!
Depois fomos para a sala, trouxe colchões, travesseiros, cobertas, pois fazia frio. Eu não tenho ideia de que horas já são, mas creio que se aproxima da meia noite, ou já passa disso.
Não estava nem na metade do filme e eu sentia meus olhos pesarem, muito!

(...)

Acordei ouvindo a voz das meninas da cozinha, olhei o ambiente ao meu redor e sim, eu ainda me encontro no colchão de ontem a noite. Levantei e me senti tonta por uns instantes. Segurei no sofá, até me sentir bem. Eu só comi chocolates ontem, se o Luan estivesse aqui eu ouviria um discurso de séculos por não ter comido nada saudável ontem a noite.

- Eu não sou pra namorar! - ouvi Lô falar quando eu me aproximava da cozinha.

- Claro que é. Isso é uma coisa que você colocou na sua cabeça. - Bru disse.

- É, o Rober te pediu em namoro, então você é pra namorar sim! - Mari reforçou e eu as vi na mesa, rodeadas de alimentos saudáveis, pararam de falar assim que me viram.

- Bom dia! - Lô sorriu.

- Bom dia, suas lindas! Eloísa, só pra complementar; você é pra namorar, pra namorar com o Rober. - falei enquanto fazia um coque no cabelo e vi ela revirar os olhos e as meninas rirem. Sentei junto delas e enchi meu copo de suco verde. - Vocês me deixaram dormindo sozinha naquele colchão? - Encolhi os olhos as olhando.

- Claro que não! - Bru disse rindo de leve. - Todas nós dormimos ali.

- Sério?

- Sim, acho que não temos mais o pique de passar a noite toda em claro. - Mari falou, nos causando risadas. Seu celular tocou. - João... - Revirou os olhos. Atendeu na mesa mesmo, enquanto eu conversava com Bru e Lô. A ligação não durou muito, quando encerrou ela levantou. - Tenho que ir, ele precisa ir pra loja e eu tenho que ficar com o Vitório. - passou por cada uma de nós, beijando nossos rosto.

- Manda beijo pro meu bebezinho. - eu disse. - E diz ao Jô que amanhã eu vou passar o dia na loja pra descontar esses dois dias que não apareci.

- Sem exageros, Bele! - me repreendeu e eu não rebati. Depois de dar tchau, ela se foi.

- Quando vai ser o próxima consulta, cunha? - Bru já começou mais um assunto, enquanto comia seu pão integral.

- Daqui a uma semana. Quero entender o porque desse crescimento desenfreado.

- Vai ver minha afilhada vai nascer grande igual o pai. - Lô disse.

- Você já escolheu a madrinha? - minha cunhada perguntou.

- Não! Ela que tá com essa ideia na cabeça. Eu ainda vou conversar com o Rafa.

- Quero saber logo se vem uma menina ou menino. - Bru sorriu entusiasmada.

- Eu confesso que estou curiosa também. Desde que Luan anunciou a gravidez já ganhamos tantas coisinhas das meninas. Mas eu quero começar a comprar também, tava pensando em por enquanto comprar cor unissex de roupas.

- É uma boa. - Lô concordou e continuamos conversando sobre meu amorzinho, enquanto comiamos.

(...)

- Como assim você não vem? - eu sentia meus olhos encherem de lágrimas.

- Tá uma chuva forte aqui em Salvador, amor. Desculpa!

- Logo hoje, Luan, no dia da consulta, eu queria tanto que você fosse.

- Imagina o quanto eu queria também?! Tô puto de raiva, mas não liberaram nosso vôo de maneira alguma. - suspirei.

- Tudo bem, eu vou com a Lô.

- Desculpa, pinguinho.

- Não precisa se desculpar, não é culpa sua. Tenho que desligar, ir tomar banho e ir na doutora.

- Tá. Te amo!

- Eu também. Beijo. - desliguei e sentei na cama, sentindo a tristeza tomar conta de mim. Eu tô quase louca de tanta saudade! Ainda não nos vimos esse mês e quando eu penso que vou vê-lo novamente, que vamos a consulta juntos, ele me diz isso.

- Amiga, não fica assim. - Lô me consolava enquanto já estávamos no carro a caminho do consultório.

- Eu tô com muita saudade, Lô. Pelo o amor de Deus! - passei a mãos por meus cabelos enquanto ela olhava dirigia.

- Eu sei, deve ser bem difícil. Mais um motivo pra eu não querer namorar.

- Com o Rober?

- Com qualquer pessoa, Mabele. - revirou os olhos e eu não segurei a risada.

- Quero ver quando vocês se encontrarem.

- Não pretendo encontrar ele dessa vez.

- Aham, tá, tá bom. - o sinal chegou e ela me olhou entediada.

- Odeio quando você não me leva a sério.

- Tá parecendo o Luan falando assim. - ri mais uma vez e ela bufou.

Chegamos no consultório e eu fui muito bem recebida pela doutora, como sempre.

- Como você anda se sentindo?

- Muitos enjôos e uma fome fora do comum, sem contar com o sono. - ela riu.

- É normal.

- Eu ando preocupada com uma coisa.

- Com o que?

- Eu acho que minha barriga está crescendo muito rápido, a cada dia que acordo parece que ela salta mais pra fora. - A doutora franziu a testa.

- Te respondo depois do ultrassom, certo? - concordei com a cabeça e logo em seguida nos direcionamos para a sala que fui da outra vez e todo aquele mesmo procedimento foi feito. Ela olhava para o aparelho ao lado da tela que mostrava meu filho, Lô olhava atentamente como eu. Logo vi a expressão da doutora mudar e isso me preocupou.

- Doutora, tudo bem? - ela me olhou com a testa franzida.

- Só um minuto. - ao dizer isso saiu da sala.

- O que será que aconteceu? - falei totalmente assustada. Não, não suportaria saber que algo ruim está acontecendo com meu filho, ou filha.

- Calma, amiga. Não se agita, espera ela voltar. - Lô tentava me acalmar, mas era visível sua tensão. Meu coração já estava na boca, o medo me consumiu completamente! Senti as lágrimas querendo vir. Não, não posso chorar por precipitação.
A porta foi aberta e ela entrou com outro doutor. Voltou a passar o treco na minha barriga.

- Está vendo?

- Sim, você não está enganada.

- O que está acontecendo? - Perguntei mais uma vez.

- Você está grávida de gêmeos! - senti cada mínima parte do meu corpo paralisar. Gêmeos? O que?

- Estou... Completamente chocada! - foi o que consegui dizer, quando consegui dizer.

- Acredite, eu também. - olhei minha amiga que ainda não falou nada, apenas tinha a boca entreaberta, olhando a tela. O médico saiu. - Era pra eu ter visto desde a primeira vez que esteve aqui. Não sei como isso aconteceu, passou despercebido por mim. Você tem casos na família?

- Um caso, mas... É um parente muito distante. Foi uma filha da minha bisavó que teve gêmeos idênticos.

- Você usou pilula por muito tempo?

- Sim, desde que comecei a namorar o Luan.

- Anos?

- Sim.

- Me surpreende que tenha conseguido engravidar tão rápido.

- Eu ainda não acredito que estou carregando dois aqui, ou duas, ou um casal. - Ri de leve, sentindo a emoção transbordar por meus olhos.

- Podemos ouvir os corações, você quer?

- É claro! - sorri e lembrei de Luan, ele iria cair duro se estivesse aqui, descobrir que espero dois filhos e ainda ouvir os batimentos deles. Comecei a ouvir o barulho e meu coração se encheu de alegria. Meus filhos! Lô pegou na minha mão e a olhei, percebi que ela derramava lágrimas assim como eu. Foi a sensação mais linda que tive, e sei que outras ainda vão superar essa. Eles ou elas, ainda vão me trazer sensações jamais imaginei. Oh, Deus! Como eu os amo! Como eu quero ver os rostinhos!

- Mamãe, agora nós temos que sair e eu preciso te dar algumas instruções a mais. - assenti com a cabeça, totalmente emocionada.

Consegui me recompor, mas na minha cabeça só se passava a mais nova notícia. Tudo que mais quero é divida-lá com o Rafa.

- Mabele, uma gravidez de gêmeos é uma gravidez de risco, pela grande chance de acontecer um parto prematuro. Você precisará vir aqui mais vezes que o normal. Precisa comer alimentos saudáveis. Quero um encontro com seu nutricionista, nada de exageros! Beba muito líquido e é isso. Cuide-se bem. Tem dois seres que depende de você totalmente! - eu ouvia atentamente e assentia. Vou dobrar os cuidados, Rafael então vai ficar no meu pé mais que nunca. Depois de mais algumas instruções, fomos embora.

- Gêmeos, Eloísa! Gêmeos! - eu repetia com um sorriso no rosto. - Quando eles nascerem eu vou ter me virar com dois, amiga! - ri.

- Eu tô tão feliz! Uma pena que não dar pra saber o sexo ainda.

- Eu estou tão feliz também!Tão realizada! Vou fazer de tudo para que eles venham com muita saúde.

- Isso, se cuida!

- Vou ligar pro Rafa, preciso contar pra ele. - peguei meu celular enquanto ela dirigia.

- Não! - disse de imediato, detendo minha ação. - Não vai dar uma notícia dessas por telefone. Faz uma surpresa!
- Surpresa? Como o que? - ela começou a me dar idéias e outras começaram a surgir na minha cabeça. Fomos planejando tudo até em casa e eu mal posso esperar para encontrá-lo e colocar o que planejei com minha amiga em prática.






Só pra confirmar: GÊMEOOOSSSS MEEEEEESSSSMO! E agora será que vai ser um casal mesmo como muitas de vocês acham? Ou será duas menininha, ou dois menininhos? Aguardem nos próximos capítulos... 🙊 E essa surpresa? Como será? Palpites de como será a reação do Luan? Não podemos esquecer que a gravidez é de risco, será que terá complicações? 
Vou responder os comentários deste capítulo e obrigada a todas que comentaram no anterior!
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BJs, Jéssica. ❤