segunda-feira, 30 de maio de 2016

Capítulo 147

Nós acabamos pegando no sono e só acordamos a noite. Eu ainda sentia sono, mas realmente preciso levantar e comer alguma coisa.

- Vou pedir um japa tá? - Luan disse assim que sentei no sofá ainda sonolenta. Apenas concordei com a cabeça. - Ainda tá com sono, preguiça? - riu.

- Tô. - Fechei os olhos e deitei no sofá. Ouvi ele rir mais uma vez e logo em seguida ouvi ele fazer o pedido pelo telefone.

- Pronto. - abri os olhos e ele segurou minhas pernas, as afastou do sofá em seguida sentou as colocando em cima do seu colo. - Vamos fazer o jantar amanhã mesmo?

- Almoço, Rafa. Eu já disse que vai ser um almoço. - decidimos fazer isso para comunicar aos nossos famíliares.

- Calma! - me olhou entediado.

- Amanhã eu vou ligar pra doutora na parte da manhã.

- Faz isso mesmo.

- Vou ligar antes da minha mãe vir. - ele começou a massagear meus pés.

- Se não fosse sua mãe vir te ajudar, adeus almoço. - riu me zoando.

- Eu vou aprender! - sorri.

- Tá meio atrasadinha pra isso né?

- Nunca é tarde pra nada. - falei com ar de superioridade e ele gargalhou. Sentei, mas minhas pernas continuaram no seu colo,  passei meu braço em volta do seu ombro e o outro em volta do seu peito.
- Amor, desculpa por te estragado nossa última noite lá em Bali. - eu devo isso à ele.

- Tudo bem, eu nem lembrava mais disso. Esse trenzinho trouxe tanta felicidade pra mim que eu esqueci de tudo. Inclusive que amanhã eu vou ter que madrugar no Dudu. - fez careta e eu fiz junto.

- Sério? Vou dormir sozinha?

- Não uai, cê vai dormir com ele, ou ela. - pousou sua mão na minha barriga e eu sorri. - Qualquer coisa pode me ligar também viu?

- Tá certo.

- Cê ficou grávida em um momento de correria. Em cerca de três meses eu vou gravar o DVD e eu mal vou para em casa.

- Eu sei. - suspirei e ele selou nossos lábios.

- Mesmo nas vezes que eu tiver longe, cê sabe que tô com você né?!

- Sei. - sorri e procurei sua boca, o beijei e logo minha língua estava em sua boca a dele de encontro com a minha em total sincronia. Eu nunca beijei ninguém que tivesse um beijo desses. Ele aprofundou o beijo, segurando firme meus cabelos. Ah, como eu amo essa pegada! Porra, eu amo! Me aproximei mais dele e acariciei seu cabelo próximo a nuca. Chupou minha língua e antes que dessemos continuidade, nossa comida chegou. Nos afastamos um do outro e percebi que seu olhar já contia um certo tesão e isso me deu vontade de rir. Homens incansáveis...

- Vai lá atender. - falei baixo e só assim percebi que seu beijo também me afetou da mesma maneira que nele. Quando ele levantou me permeti olhar sua bunda. Ele tem um bunda grande e garanto; é muito bonita! Depois de pagar o cara ele entrou.

- Nosso jantar. - sorriu. Como é lindo, senhor! O chamei com a duas mãos e ele sentou do meu lado. Segurei seu rosto e beijei todo ele ligeiramente. Ele começou a rir e eu não parava. As vezes tá vontade de esmagá-lo, morder, beijar muito, de tão lindo que ele é. Mordi forte sua bochecha e ele reclamou.
- Isso dói! - dessa vez quem riu foi eu.

- Vamos comer, lindo? - o chamei sorrindo.

- Tô só esperando você me soltar. - olhei sua boca enquanto ele falava e beijei rapidamente.

- Pronto! - sorri e o soltei. Enfim nós fomos comer.

(...)

Acordamos cedo, aliás eu acordei, já que o Rafael chegou a abrir os olhos, mas quando eu saí do banheiro ele já estava dormindo novamente. Desci e liguei para a doutora, marcamos a primeira consulta pra depois de amanhã. Com pouquíssimos minutos minha mãe chegou com a Gabi e já foi perguntando como foi nossa viagem, fazendo um verdadeiro questionamento sobre o lugar e tudo que vimos. Entre conversas eu comia uma besteira ou outra, enquanto minha mãe já começava a preparar o almoço.

- Porque esse almoço em? - me olhou desconfiada.

- Temos uma notícia pra dar à vocês. - não segurei o sorriso e ela encolheu olhos, voltando sua atenção para o fogão, enquanto eu cortava alguns legumes que usaremos. Olhei ao redor rapidamente e senti falta da pessoa mais tagarela da vida; Gabi.

- Onde tá a Gabi?

- Ela não tá mais aqui? - minha mãe olhou rápido e antes que eu respondesse, vi Rafa adentrar a cozinha com ela nos braços, descabelado, com o rosto amassado e somente com uma cueca samba canção azul escuro.

- Bom dia! - ele nos cumprimentou com um sorriso.

- Você foi acordar o Luan, filha! - Minha mãe a repreendeu.

- O tio Rafa demorou pra descer, e... E... - ficou toda sem graça tentando se explicar, o que nos fez cair em gargalhadas.

- Eu tinha que acordar mesmo, dona Carol. - ele a colocou no chão. Se aproximou de mim e colocou a mão na lateral do meu rosto em seguida me beijou rapidamente.
- Tá tudo bem? - perguntou baixinho.

- Tá. - eu sorria desde a hora que ele entrou. Se afastou e foi até minha mãe, lhe deu um abraço.

 - Sogra, a senhora me desculpa os trages. - ele disse rindo, após o abraço e minha mãe riu também.

- Sem problemas, querido.
- Ele sentou em uma das cadeiras da mesa e já foi pegando um pedaço de bolo que minha mãe havia trazido.

- A Bele disse que hoje vai aprender tudo! - fez graça me olhando.

- Já passou da hora! - Minha mãe entrou na dele, me zoando também.

- Eu sei, gente. Mas nunca é tarde. - tentei me defender e Rafa mastigava um pedaço do bolo me olhando sorrindo com os olhos.

- Para de cortar esses trem e vai fazer outra coisa, porque isso até eu sei fazer. - Luan continou implicando, após está de boca vazia.

- Até eu sei. - Gabi se meteu, toda convencida.

- Bulling agora? - Soltei a faca e os olhei entediada, a primeira gargalhada foi da minha mãe, seguida de Luan e Gabi. Ridículos!

- Vem cá. - Ele chamou a Gabi, que sentou em seu colo. - Já comeu? - perguntou todo carinhoso e minha imaginação foi longe... O imaginei com nosso filho, ou filha que virá.

- Já, mas eu quero um pedaço desse bolo. - o olhou sapeca e ele riu de leve. Cortou um pedaço pra ela e começaram a comer juntos, em silêncio.

(...)

A manhã correu rapidamente e quando me dei conta, todos já estavam na sala; Bubu, meus sogros, Mari, João, meu pai, minha mãe, Vitório e Gabi estavam sentados no chão, brincando. Desci as escadas depois de um merecido banho, vesti um vestido longo que contém um nó na área da barriga. Era preto.

- Vamos almoçar? - os chamei.

- Sinceramente? Eu tô louca pra saber o porque desse almoço. - Mari disse, me fazendo rir.

- Cadê o Luan? - perguntei ao me dar conta de sua ausência.

- Tá na cozinha, alguém ligou pra ele. - Minha sogra respondeu.

- Então venham. - sorri e assim fomos todos, quando chegamos, Rafa havia acabado de encerrar a ligação. Todos se sentaram e eu estava ansiosa pra contar logo. Nos servimos e eu comi como nunca! Tudo estava muito bom. A conversa rolava solta e eu estava tão feliz em tê-los comigo novamente. Rolavam algumas histórias ainda do nosso casamento e isso nos trouxe boas risadas.
Chegou a hora da sobremesa.

- Eu fiz praticamente sozinha tá? - trouxe o recipiente com mousse de morango para a mesa toda convencida.

- Dona Carol ficou o tempo todo em cima, supervisionando. - Rafa cortou meu barato, fazendo todos rirem.

- Sem graça. - revirei os olhos e voltei ao meu lugar, ao seu lado. Ele selou nosso lábios e depois de nos servimos, comemos. E eu fui muito elogiada, pois todos gostaram da sobremesa.

- Acabamos de comer, falamos sobre o casamento, sobre a viagem... Mas e agora? - Bubu foi direta, sorrindo. - Podem nos dizer o porque do almoço? Acho que não era só saudade...

- Não, não era só saudade. - eu disse e Rafa entrelaçou sua mão na minha debaixo da mesa. - Você fala ou eu falo? - olhei meu marido sorrindo.

- Fala você, uai. - ele sorriu de volta.

- Bom, nós descobrimos ontem e estamos muito felizes! Eu tô grávida! - as reações foram as mais diferentes possíveis. Meu pai engasgou rapidamente com a água que bebia, Bubu ficou com a boca entreaberta como Mari. Meus sogros sorriram, como se já esperassem por aquilo e minha mãe estava com a mão no coração totalmente surpresa, assim como meu irmão.

- Sério? - João perguntou, como se não acreditasse.

- Sim, sério. - respondi sorrindo.

- Minha princesa realmente cresceu. - meu pai disse com um pequeno sorriso emocionado. Levantou e veio de encontro a mim, levantei também e ele me abraçou, me surpreendi ao ver que ele derramou algumas lágrimas. A cozinha estava uma loucura, um falatório, abraços e mais abraços, minha mãe outra boba que chorava e sorria ao mesmo tempo. Todos falando ao mesmo tempo e um de cada vez passou as mãos em minha barriga. Que família maravilhosa! Que amor!

- Só sei que essa gostosura já tem madrinha. - Bubu disse, se alto convidando.

- Com certeza já tem madrinha. - Mari retrucou e eu acabei rindo. Logo veio Lô em minha mente, ela também vai querer ser madrinha.

- Eu ainda não escolhi. - me pronunciei.

- E precisa? Eu não tem dúvidas de quem será a escolhida. - Bubu disse convencida, nos fazendo rir.

- Quanto tempo filha? - Minha mãe perguntou.

- Dois meses.

- Nossa, mas sua barriga não cresceu nadinha! - ela se surpreendeu.

- Eu tô me achando mais gorda. - fiz careta e vi Rafa revirar os olhos ao lado da mãe.

- Não tá não, mas vai ficar. - ele disse.

- Vai ser por um bom motivo. - sorri.

- E nomes, já pensaram? - Mari perguntou.

- Ainda não. Descobrimos ontem. Não deu tempo de falar sobre quase nada.

- Bora pra sala? - Rafa chamou todos e então fomos. Sentei de lado no solo do meu marido, Mari e João sentaram do nosso lado no mesmo sofá e no outro ficaram minha mãe e minha sogra, meu pai e meu sogro ficaram nas duas poltronas. Enquanto Gabi e Vitório corriam pelo meio da sala, mas afastados de nós.

- Pai aos 28 em, Luan?! - meu sogro comentou rindo.

- Na verdade quando ele ou ela nascer, eu vou tá com 29. - Rafa disse sorrindo.
Entramos em outros assuntos como o natal que está pra chegar o que resultou em horas de conversas.

- Eles ficaram bem surpresos... E felizes! - Rafa disse enquanto subiamos as escadas.

- Eu não imaginei a reação deles de outra maneira. - Ri de leve. - Só meu pai que me surpreendeu, chorou até. Você viu? - chegamos em frente ao nosso quarto e ele abriu a porta.

- Eu vi. Nada dele baixar a guarda comigo né? - sentou na cama.

- É, mas ele evoluiu. Ficou de boa o tempo todo na sua presença.

- É verdade. Mas eu dou toda a razão a ele. Eu dei motivos.

- Vamos esquecer isso? - passei a mão em volta do seu pescoço, de pé em frente dele e ele curvou a cabeça para baixo e beijou minha barriga.

- Quando vai ser a consulta? - mudou de assunto.

- Depois de amanhã.

- Vou com você. - sorriu pra mim e eu concordei com a cabeça.

- Quer vir tomar um banho de banheira comigo? - Sim, minha intenções vão muito além de um banho inocente.

- Não. - negou e eu o olhei sem entender. - Pode te machucar, eu sei que você não quer só banho.

- Deixa de ser bobo, é claro que não vai me machucar. - eu o desejo agora com todas as minhas forças e não posso acreditar que ele tá me negando.

- Na consulta a gente tira a dúvida.

- Não, Luan! - fiquei irritada, muito irritada.

- Eu não vou transar com você sem saber se preciso tomar algum cuidado, sei lá.

- Rafael... - Gemi frustrada.

- Não e fim de papo. - pousou suas mãos em minha bunda e eu o xinguei muito em pensamento. Que machucar o quê? É claro que não vai me machucar! Saí de perto dele bruscamente e entrei no banheiro com tanta raiva!

* Luan narrando.

Ela entrou no banheiro toda irritadinha e eu sorri sozinho. Eu tô com vontade também, mas não vou arriscar até ouvir da doutora que não tem problema algum, ou se tem alguma restrição. Sei que ela vai dormir brava comigo, ultimamente quando ela tem raiva é no nível máximo. Deitei na cama e fiquei imaginado o que aconteceu nas últimas 24 horas. Recebi a melhor notícia de toda minha vida! Um filho com minha pinguinho. Me peguei sorrindo mais uma vez e as imagens das reações da nossa família vieram imediatamente em minha cabeça. Eles ficaram tão felizes... Todos muito felizes!
Com alguns minutos ela saiu do banheiro somente de toalha e a tirou no meio do quarto só para me provocar foi até o quarda roupa e pegou um conjunto de lingerie. Que mulher mais linda, Jesus! Senti meu membro se animar, mas meus olhos não conseguiam sair do corpo dela. Vestiu a calcinha e o sutiã de costas pra mim e quando virou percebi que não era pra me provocar, sua cara dizia tudo e ela ainda estava puta de raiva. Saiu do quarto e com pouquíssimos minutos voltou uma caneca cheia de mousse. Veio pra cama e ligou a televisão, colocou no canal de filmes e mesmo sabendo que ela está brava me aninhei ao seu corpo. Passei o braço em volta da sua barriga e pousei minha cabeça ali. Tão cheirosa... Ela estava sentada com as costas encostada na cabeceira da cama. Logo percebi que o filme era muito bom! Tomou toda minha atenção.

(...)

Acordei e vi que já não tinha mais sol, já era noite. Merda! Dormi demais! Bele continuava na mesma posição e eu também. Agora passava outro filme e me perguntei quantos ela assistiu. Peguei meu celular e assustei com a hora. Puta merda! Já era pra eu está saindo de casa para ir ao estúdio. Levantei rápido e percebi ela me acompanhar com o olhar. Depois de banhado e vestido, devidamente pronto, eu fui me despedir dela. A beijei rapidamente e ela correspondeu.

- Fiquem com Deus. Qualquer coisa é só me ligar. Seus pais, meus pais moram bem perto, você sabe. - ela apenas assentiu e ainda parecia estar brava. - Te amo. - sussurrei.

- Eu também. - falou olhando em meus olhos.

- Bravinha! - sorri e ela revirou os olhos. Beijei sua testa e mesmo querendo ficar fui criar umas modas, deixando meus dois amores em casa.





Eu pensei que não fosse sair hoje, mas consegui terminar! 🙆 Queria responder os comentários também, mas se eu fosse fazer isso demoraria mais e com certeza meu celular apagaria. As meninas do grupo preferiram que eu postasse logo e pronto. O que acharam? Todos ficaram felizes e Bele ficou muuiiito brava!!! Hahahha essa gravidez.... 
Fiquei muito feliz com os comentários e feliz por ver que atingi as expectativas de vocês. Muito obrigada! 
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Bjs, Jéssica. ❤

sábado, 28 de maio de 2016

Capítulo 146

Antes de sairmos insisti muito para Bele comer a comida que eu trouxe, mas ela recusou irredutível. Então depois de ela tomar um banho, fomos para o consultório do meu médico. No caminho a todo momento eu a olhava pra garantir que ela estava bem. Fomos em silêncio e nas paradas nos sinais eu acariciava sua perna coberta por sua calça jeans.

- Boa tarde, doutor Marcos! - apertei sua mão.

- Boa tarde, Luan! Então é ela que está com problemas? - olhou minha esposa e ela assentiu sorrindo de lado enquanto nossos mãos estavam entrelaçadas. - Sentem-se. - assim fizemos e eu não soltava a mão dela. Confesso que meus pensamentos não eram tão positivos.
- Pode me dizer o que está sentindo? - o médico perguntou.

- Eu ando vomitando... Isso é o que acontece com mais frequência, tem pausa de dias e volta a acontecer.

- Entendo. Desde quando? - perguntou a olhando atensiosamente.

- Desde um de dezembro.

- Não tem mais nenhum sintoma?

- Eu acho que não. - me olhou e voltou a olhar o doutor. Ela estava tensa, eu conseguia ver.

- Eu vou passar um exame de sangue, você pode fazer agora mesmo e dentro de vinte minutos o resultado sairá. A partir do resultado vamos ver o faremos. - Bele assentiu e ele nos acompanhou até a frente da sala onde ela fará o exame, esperamos por cerca de cinco minutos.

- Mabele Santana? - Uma mulher apareceu a chamando e ela levantou, entrando na sala em seguida. Me peguei pedindo a Deus para que não fosse nada grave, com cerca de quatro minutos ela saiu.

- E ai? Foi tudo bem?

- Foi normal. - sorriu fechado. - Eu tô preocupada. - sentou do meu lado e eu a abracei.

- Calma, amor. Não vai ser nada demais. - acariciava seus cabelos. Ficamos na espera do exame e tanto ela quanto eu não conseguiamos conversar, estamos nervosos e isso é perceptível.
Em exatos vinte minutos depois chamaram Mabele novamente e desta vez ela voltou com um envelope lacrado na mão. Fomos para a sala do doutor mais uma vez, que nos atendeu prontamente. Sentamos de frente e ele, como anteriormente. Com sua postura séria, totalmente profissional abria o envelope. Senti Bele apertar minha mão e eu apertei de volta como forma de acalmá-la. Doutor Marcos sorriu enquanto lia e isso nos deixou visivelmente confusos.

- O que foi? - Bele riu fraco.

- Como eu desconfiava... Você está grávida de nove semanas. - foi direto, com um sorriso no rosto. Meu queixo caiu no mesmo instante e meu coração percorreu todo meu corpo e voltou para seu lugar. Porra! Grávida! Um filho! Respirei fundo tentando assimila a notícia. Finalmente olhei Bele e ela tinha lágrimas escorrendo pelo rosto, parada como uma estátua.

- Amor, tudo bem?

- Vocês não esperavam? - O doutor perguntou agora com um tom preocupado.

- Não. - sussurrei.

- Mas como eu tô grávida se minha menstruação continuou vindo? - Bele estava completamente perplexa. E eu nunca senti algo parecido dentro de mim. Só sei que é bom, muito bom e surpreendente.

- O que ocorre é que muitas mulheres tem sangramentos no início dá gravidez que podem se parecer muito com uma menstruação normal. Esse tipo de sangramento é conhecido como sangramentos de escape ou sporting. Os primeiros sintomas de gravidez também podem ser muito parecidos com os da menstruação, até com um pouco de cólica. Creio que veio menos não é?

- Sim. - ela falava em um fio de voz.

- Já tem como saber se é menino ou menina? - perguntei visivelmente ansioso.

- Ainda não. - ele sorriu. - Bom, senhora, eu vou indicar uma amiga minha que acompanhará sua gravidez. - procurava algo em uma das gavetas próximas a ele e entregou um cartão. - esse é o contato dela, pode dizer que foi indicação minha.

- Tá, tá bom. - Bele tinha os olhos arregalados, diria que está assustada. Pegou o cartão e limpou as lágrimas.

- A partir de agora ela será responsável por você e pelo bebê. É isso. - ele levantou e nós fizemos o mesmo. Que felicidade é essa que tô sentindo, Jesus? Nunca, nunca senti nada que chegasse perto a isso.

- Obrigado, doutor Marcos. - estendi minha mão a ele e então apertamos as mãos.

- Que venha com muita saúde!

- Obrigada. - Desta vez Bele agradeceu, ainda em um fio de voz. Ela estava completamente perplexa desde que recebemos a notícia. Saímos dali e eu não sabia o que estava se passando na cabeça dela.

- Um filho, amor! Ou uma filha né? - Sorri animado e ela passou a mão pelo cabelos. - Não acredito que vou ser pai...

- Não era pra ser agora. - suspirou e entramos no elevador. Meu sorriso se desfez, então ela não estava feliz?

- Mas Deus quis assim, Mabele. - procurava seu olhar, mas ela parecia está com o pensamento muito distante.

- Isso não tem nada haver com Deus, Luan. Isso foi desleixo nosso. - respirou fundo. - Um filho, meu Deus! É muita responsabilidade... - decidi me calar e assim fomos até chegar em casa. Eu não esperava essa atitude dela. Tratar da gravidez, de um fruto nosso como desleixo?
Entramos em casa e ela sentou no sofá e me olhava.

* Mabele narrando.

Eu fiquei complementamente assustada e surpreendida com a notícia. Eu grávida... Eu mãe...! Acabei me expressando mal na saída do consultório quando falei com Luan. Ele parece estar tão feliz, um brilho nos olhos, mas depois do que eu disse ele pareceu ficar um pouco chateado e não falou mais comigo. Eu não sei o que estou sentindo, mas com certeza medo é que mais sinto. Medo de tudo que vou ter que enfrentar durante a gravidez e após ela, um filho é pra vida toda! E eu não tenho ideia do me que espera. Sinto medo do desconhecido.

- Senta aqui. - pedi e assim ele fiz. - Desculpa pela minha reação, eu tô muito assustada com a notícia. Você sabe que eu mal tenho tempo pra mim e um filho agora vai agravar tudo. - decidi me esclarecer.

- Sei...

- Não fica chateado ou pensando que eu não queria ter filhos com você, eu quero, é claro que eu quero. E vou ter! Só me dá um tempo pra eu me acostumar com a ideia de está carregando um ser que vai depender tanto de mim. - pousei minha mão em minha barriga e ele concordou com a cabeça.

- Nós vamos enfrentar tudo juntos. Eu tô com você, cê sabe.

- É claro que eu sei. - me aproximei mais e segurei seu rosto, o beijando com ternura. De repente a calma me invadiu. Eu vou tê-lo comigo, vou ter minha família, não vou estar sozinha. - Te amo. - falei com o rosto bem próximo ao dele e selei nossos lábios.

- Eu também te amo. Eu tô muito feliz. - sorriu lindamente me fazendo sorrir também. - continuei segurando seu rosto e ele acariciava minha perna. Nossos rostos estão bem próximos ainda.

- Eu sei que você tá, era tudo que você queria. - sorri também.

- E você tá feliz? - quando ele me fez essa perguntou foi como se clareasse um pouco o que eu estava sentindo e sim, eu me sinto feliz também.

- Óbvio! É um fruto do nosso amor. - beijei sua bochecha e ele respirou aliviado. - Que foi? Pensou que eu não tivesse ficado feliz, maluco?

- Cê falou de um jeito quando a gente saiu do consultório, pensei que não tivesse...

- Ali eu estava confusa, só agora eu tô conseguindo entender. A ficha caiu por completo. Eu tô feliz e com medo também. - o interrompi sorrindo.

- Medo de que?

- De tudo, Luan. Eu nunca fiquei grávida, nunca fui mãe. Vou ter que aprender a lidar com muitas situações e sentimentos desconhecidos. Eu já sinto de agora sabe? Me sinto no dever de proteger, de evita que todo e qualquer mal aconteça ele, ou ela.

- Você vai ser a melhor mãe! - ele afirmou com uma certeza contagiosa.

- Vou me esforçar pra isso. Tenho que estar a altura sua altura, que com certeza vai ser um pai incrível! - senti meus olhos lacrimejarem.

- Te amo tanto, Mabele. Tanto! - falou de olhou fechado e eu o beijei. É, nós vamos ter nossa família e vai ser linda! - Você precisa comer. - falou após o beijo.

- Vamos lá. - me conscientizei que agora não sou só eu. Esquentei a comida no microondas e sentei na mesa ao lado dele.

- Acho que meus pais já desconfiavam. - Comentou e eu olhei surpresa.

- Sério?

- É, agora eu entendo os olhares que eles trocaram hoje no almoço quando eu contei do seu humor maluco. - Eu ri.

- Grávidaz ficam assim?

- Acho que sim. - deu de ombros.

- Então se prepara neguinho. Só se passaram dois meses, ainda temos muito pela frente até nosso filho, ou filha nascer. - ele sorriu bobo.

- Eu aguento por vocês. - rimos.

- Você lembra a onde transamos à nove semanas atrás? - Perguntei sorrindo.

- Dois meses atrás... - ficou em silêncio pensando, enquanto eu fazia o mesmo. - Já sei! - Falou alto animado.

- Onde? - eu já estava rindo de seu jeito.

- No meu jatinho! Foi a única vez que vacilamos depois que você parou de tomar sua pílula. Foi no dia que você parou, por isso a gente esqueceu que não podia transar sem camisinha e nem gozar dentro.

- Verdade! Pensei que fizesse menos tempo que eu tinha parado.... Então foi no jatinho. Eu gostei daquele dia. - sorri maliciosa e ele riu.

- Eu também, muito!

- Quando vamos contar? - perguntei.

- Pra quem?

- Pra nossa família, ué. Pra quem séria?

- Pra empressa. - suspirei ao lembrar disso.

- Primeiro nossa família, só depois a empressa.

- Beleza! Mas quando vamos contar?

- Pra família logo né?! Hoje se possível. - ri de leve e ele concordou animado. Sua animação é contagiante! Depois disso eu enfim, comecei a comer e ele me olhava o tempo todo, me deixando sem graça.
- Para de me olhar assim! - pedi depois de um tempo.

- Me deixa! - ele sorriu e eu revirei os olhos voltando a comer.

Quando terminei fomos pro quarto e deitamos na cama um de frente pro outro.

- Eu tô muito bobo, cê não tem noção!

- Sua cara diz tudo por você. - acariciei sua bochecha.

- A mãe dos meus filhos! Eu sabia que séria você. - falou me fazendo sorriso e então me aproximei mais ainda sem deixar nenhum espaço entre nós.

- Você pare de ser tão lindo viu? - ele riu e me beijou.
Depois do beijo levantou minha blusa deixando-a abaixo dos meus seios. Passou a mão por toda minha barriga e logo se afastou de mim ficando com o rosto a altura da minha barriga ainda deitado, passou o braço em volta da minha cintura e ficou de lado, de frente pra minha barriga. Sorri completamente emocionada e eu tive que segurar as lágrimas quando ele começou a conversar com nosso filho, ou filha.

- E ai meu trenzinho, como tá aí dentro? Você é uma princesa ou um molequinho? Papai tá louco pra saber! - ele estava totalmente concentrado na " conversa". - Nós já te amamos muito viu? Vamos cuidar muito bem de você. - beijou minha barriga, uma, duas, três vezes. - Cê fica calminho ou calminha viu? Pra mamãe não dar trabalho pro papai. - inclinou a cabeça me olhando sorrindo, enquanto eu enxugava minhas lágrimas. Tô parecendo uma idiota que chora por tudo, mas essa cena está tão linda! Meus dois maiores bens juntinhos, separados somente por minha barriga. - Mamãe tá chorando de novo acredita? Cê tá deixando ela muito chorona! - não segurei o riso. Bobo! - Vê se cresce viu? Quero ver sua mãe com um barrigão enorme!

- Quer me ver mais gorda ainda? - Falei e ele riu.

- Vai ficar linda, pinguinho. Agora nós temos outro pinguinho aqui dentro. - falou olhando minha barriga. - Nosso pinguinho. - beijou minha barriga demoradamente. E eu suspirei sentindo sentimentos tão fortes como nunca antes. Fiquei assustada nos primeiros minutos e agora me vejo morrendo de amores por essa gravidez. Me vejo morrendo de curiosidade pra saber se é um menino ou menina e para ver seu rostinho. Acho que é o amor de mãe florescendo, eu nunca senti algo tão forte. Sinto que tenho que defendê-lo, cuidá-lo como minha própria vida, e é porque só tem algumas horas e eu já estou amando como nunca amei nada ou ninguém! Amando esse ser que eu nunca vi, mas que depende de mim, que vai se desenvolver dentro de mim, meu filho! Ou filha... Fruto do verdadeiro amor existente entre eu e Rafael. É, daqui a sete meses eu vou ser oficialmente mãe e mal posso esperar para que chegue esse momento!







Oooooonw, descobriraaam!!! Luan ficou extremamente feliz!!! Bele de inicio ficou assustada mas agora tá toda boba também né?! 🙆 E ai gostaram? 😍
PS: não postei antes porque peguei conjuntivite e incomoda muito, não consegui escrever e eu estava terminando o capítulo ontem quando meu celular apagou. Ele tá assim, apaga e só volta depois de algumas vaaarias horas, só deu pra postar agora, peço desculpas pela demora e AGRADEÇO DEMAAAIS POR TODOS OS COMENTÁRIOS, SUAS LINDAS! 😍😍😍 
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Bjs, Jéssica. ❤

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Capítulo 145

Hoje é nosso quinto dia aqui e o último, amanhã voltamos para o Brasil. Vamos a um jantar ao ar livre. Colocam-se mesas por todas as pontes e na ponte central e redonda, fica um cantor, não sei bem que tipo de música ele canta, mas estou ansioso para saber.
Bele está muito bem, não sentiu mais nada, o que me fez agradecer aos céus. Estava começando a ficar preocupado. Enquanto ela quase casava com o espelho, me maquiando e se olhando de cinco em cinco segundos, eu me distrai com o instagram e me deparei com uma foto dela na praia que fomos mais cedo:
                                 " ☀ "
Sorri ao lembrar que ela escolheu esse maiô preto, por está se achando gorda. Eu acho que está tudo no lugar, do mesmo jeitinho.

- Eu não tô gostando desse vestido. - falou e eu a olhei, mais uma vez ela se analisava na frente do espelho.

- Porque, uai?

- Tô gorda nele. - fez careta. - Você não acha? - colocou as mãos na cintura e ficou de frente pra mim.

- Não, amor. Cê tá como você sempre foi.

- Gorda? Eu sempre fui gorda?

- Mabele, desde cedo cê tá com essa paranóia. Para com isso! - a repreendi.

- Eu acho que não quero ir mais jantar. - veio toda bicuda sentar do meu lado.

- Por causa disso?

- É. - me olhou triste.

- Cê tá linda, amor. Troca por outra roupa então. - a olhei e ela já chorava. Ah, meu Deus!

- Eu não quero ir mais.

- Larga de ser mimada! Cê vai sim, eu fiz reserva pra nós e você vai nem que eu te leve carregada. - falei firme e ela continuava a chorar. - Levanta e veste outra roupa. - falei com jeito e ela me limpou as lágrimas e levantou, fazendo o que eu disse. Passei a mão no rosto pedindo paciência pra aturar esse humor  dela que ultimamente muda de repente.
Demorou mais um século e escolheu um vestido de manga longa, preto que marcava seu corpo. Até sei o porque da escolha da cor... Mulheres!

- Vamos? - falou ainda com a voz baixa e o nariz vermelhinho por conta do choro, que agora estava contido. Levantei e segurei as laterais de seu rosto.

- Cê tá linda, meu bem. Muito linda, viu? - ela me olhava ainda com um semblante de descontento. - Viu? - insisti e ela somente assentiu com a cabeça, nem um pouco convencida do que eu disse. A beijei calmamente, sentindo o seu sabor e a sensação magnífica que é beijá-lá. - Sorri pra mim? - pedi após o beijo, com a testa encostada na dela.

- Vamos logo, Rafa. - desviou o olhar do meu.

- Sorri, vai. - insisti sorrindo e ela me olhou contendo o sorriso. Fiz cócegas em sua barriga e ela gargalhou tentando sair dos meus braços.

- Para seu puto! - me xingou, quase sem ar. E então parei sorrindo ao vê-lá feliz novamente.

- Bem melhor assim. - entrelacei nossas mãos e fomos atrás de nossa mesa que ficava próxima ao cantor, eu quis assim e paguei mais caro por isso. Do nosso lado tinha uma mesa somente com mulheres e elas falavam inglês, pareciam amigas.

- A Gabi reclamou tanto de saudade hoje durante a ligação que eu fiz. - Bele disse.

- Minha princesa... Tô morrendo de saudade dela também. O que vai querer comer?

- Não vou comer muito, vou dar uma segurada. - revirei os olhos. Ela ainda tá no negócio de que tá gorda.

- Beleza, escolhe aí. - apontei para o cardápio que estava em sua frente e ela o pegou. Nós estávamos sentados um do lado do outro.  Logo o cantor apareceu e deu boa noite, ele falava espanhol, tinha por volta de 40 anos e seus cabelos eram longos, na altura dos ombros. Tinha um banco, o violão e um microfone junto dele.

- Acho que vou querer experimentar isso. - Bele chamou minha atenção e eu olhei onde seu dedo estava marcando no cardápio, um nome esquisito demais.

- Vou querer isso também. - beijei seus cabelos. O cantor começou a cantar sua primeira música e ele tem uma voz magnífica!

- Nossa, que voz! - Bele disse totalmente encantada o olhando, enquanto eu chamei o garçom com a mão e ele nos cumprimentou com um sorriso e já tinha um bloquinho junto com uma caneta na mão. Apontei para o que escolhemos e ele assentiu anotando, disse em inglês que dentro de vinte minutos ele trará, perguntou se queríamos alguma bebida e Bele escolheu um suco, decidi acompanhá-lá.

- Nossa senhora, se não fosse você aqui... - ri de leve.

- Você tem que aprender inglês, amor. - ela riu de mim. Passou o braço em volta do meus ombros e me surpreendeu com um beijo, mas não qualquer beijo. Era um beijão! Sua língua dançando dentro da minha boca. Acariciando minha nuca com sua mão e ela prolongou muito! Até que finalizou com uma mordidinha em meu lábio.

- Que foi isso? - Sorri.

- Um beijo, ué. - falou olhando as mulheres da mesa ao lado.

- Que beijo em? Pode repetir viu? - falei brincalhão, quando o garçom apareceu com nossos sucos, os deixou e logo se foi novamente. Eu ouvia a música atentamente enquanto tomava meu suco, Bele também. Nós dois em silêncio, curtindo a paz que a voz daquele cara trás.

* Mabele narrando.

Eu acordei com a alto estima lá em baixo, me achando gorda. E eu sei, eu tô gorda. Conheço meu corpo, apesar do Rafa discordar comigo. Perdi a vontade total de ir pro jantar que havíamos planejado, mas depois de receber uma repreensão dele e perceber que eu não poderia estragar nossa última noite aqui, eu troquei de roupa e mesmo não me sentindo tão bem comigo mesma, eu fui. Para piorar tudo, ficamos ao lado de uma mesa repleta de piranhas. E elas eram cheias de risinhos e olhares pro Rafa. Aquilo me encheu de raiva de um jeito... Na primeira oportunidade eu dei um beijão em meu marido, confesso que foi somente para marcar território. Eu fingia estar concentrada na apresentação do cantor, mas não conseguia. Elas continuavam querendo chamar atenção, não se contentaram em ficarem sentadas e então levantaram, foram para bem próximo do cantor e começaram a dançar. Rafa riu, achando tudo aquilo divertido sem tirar os olhos de lá, me remexi na cadeira totalmente incomodada.

- Para de olhar. - pedi baixo.

- Que? - me olhou sem entender.

- Para de olhar pra essas piranhas. - falei olhando em seus olhos e ele riu desacreditado.

- Todos estão olhando, Mabele. Qual foi?

-Elas estão querendo chamar a atenção dos homens, e entre eles está você. - ele riu novamente como se eu fosse uma louca.

- Cê tá bem paranóica hoje né? - me olhou divertido e eu não respondi emburrada. Cruzei os braços e me neguei a olhar pra aquelaszinhas. Os minutos se passaram e o garçom chegou com a nossa comida.
- Isso é bom né? - Rafa comentou após experimentar a comida, como se nada tivesse acontecendo.

- É. - respondi seca e voltei a comer. Ele soltou os talheres e me olhou sério.

- Mabele, você tá insuportável! - a olhei ofendida.

- Que?

- É cara, cê tá chata demais! Te aturei falando que tá gorda desde que acordamos e agora fica com ciúmes besta! - falou irritado e eu já sentia meus olhos encherem de lágrimas, mas as segurei.

- Nossa Rafael, como você é grosso! Então não tem problema, você pode comer sozinho aqui. - fiz menção de levantar e ele segurou meu braço me fazendo sentar na cadeira novamente.

- Se você for embora eu vou ficar muito bravo. - me avisou e eu o enfrentei. Puxei meu braço contra sua mão e ele soltou. Peguei minha bolsa e levantei sentindo uma raiva que só não era maior que minha chateação. Ele precisava mesmo falar daquele jeito comigo? Limpei as malditas lágrimas enquanto caminhava até nosso quarto. Deitei na cama e chorei livremente, soluços e mais soluços. As suas palavras passando na minha cabeça o tempo todo, " insuportável" " chata", e aquele olhar bravo. Dei um soco no colchão com raiva de mim mesma e dele... Talvez eu esteja mesmo insuportável. É, pra ele ter falado eu devo estar muito chata mesmo. Me encolhi toda e abracei minhas pernas, ficando de lado na cama. Tudo anda tão intenso dentro de mim, eu nunca estive assim nem na tmp! Quando sinto raiva, sinto muita raiva e estou mais emotiva, muito mais! O que está acontecendo comigo?
Os minutos se passaram e o Luan não voltou. Filho da mãe, deve tá lá olhando aquelas putas gringas, sem ao menos se importar como eu estou. Levantei e tentei cessar meu choro. Tomei um banho rápido e quando eu pensava que não choraria mais, as lágrimas voltavam... Merda! Vesti uma camisola e deitei. O sono não vinha e com o passar de mais algum tempo eu ouvi ele entrar. Fechei os olhos e fingi está dormindo, não quero mais falar com ele hoje.

* Luan narrando.

Depois de mais um ataque da Mabele, eu explodi e toda a paciência que pedi a Deus havia ido embora. Eu não consigo entender o porque disso tudo! Chorando por qualquer coisa, se achando gorda quando não está, e pra esgotar querer me proibir de olhar pras mulheres dançando. O que tinha demais? Todos estavam olhando e em nenhum momento eu as olhei com malícia. Depois que Mabele se retirou e acabou com nossa noite, eu fiquei mais bravo ainda. Não voltei pro quarto, comi e bebi, aproveitei a última noite de lua de mel sozinho. Quando voltei ela estava deitada de olhos fechados. Graça a Deus está dormindo! Tomei um banho rápido e vesti uma camiseta junto de uma cueca boxe. Quando deitei ao lado dela, me permiti examiná-lá; o nariz vermelhinho, assim todo suas bochechas. Ela havia chora novamente e muito! Suspirei e passei a mão por seus cabelos e em seguida beijei sua testa. Eu não vou dar o braço a torcer, ela está agindo como uma criança mimada!

(...)

Chegamos ao Brasil pro volta do meio dia. Viemos a viagem toda sem trocar uma palavra. Ela parecer estar muito chateada e eu ainda estou bravo, apesar de ficar com dó do seu rostinho triste. Chegamos no condomínio, meu pai foi nos pegar no aeroporto e logo percebeu o climão, mas também não perguntou nada. Chegamos no condomínio, em frente a nossa casa e eu peguei a chave, entramos e encontramos tudo no lugar, bonitinho, como da última vez que viemos aqui, há dois dias antes do nosso casamento. Ela subiu e eu voltei para o carro para pegar nossas malas.
- Vocês brigaram em plena lua de mel? - meu pai perguntou me entregando as malas.

- A Mabele tá com umas coisas de maluca, pai! Me irritou ontem. - suspirei.

- Espero que se resolvam, paciência com ela, filho.

- Certo. - sorri de lado e ele deu um tapinha nas minhas costas.

- Vão almoçar lá em casa!

- Opa! - rimos de leve e ele entrou no carro. Entrei com as malas e fechei a porta, quando entrei no quarto ela estava no banho, quando saiu novamente seu rosto estava vermelho. Chorando de novo! Peguei uma toalha e entrei, quando saí ela estava na cama, assistindo e com um pote de sorvete na mão. Somente com minha camiseta, uma das tantas brancas que tenho. Segurei um sorriso e fui até me vestir.
Quando terminei sentei na cama e a convidei:

- Vamos almoçar lá nos meus pais? - falei com todo o jeito do mundo.

- Não. - me olhou e logo voltou sua atenção a televisão.

- Cê precisa comer, Mabele. Minha mãe fez um almoço e convidou nós dois.

- Eu estou sendo uma companhia insuportável ultimamente. - me olhou completamente chateada e eu suspirei.

- Para com isso...

- Luan, vai almoçar! - falou firme e eu decidi dá-lhe mais um tempo.

- Tudo bem. Eu trago pra você viu?

- Não precisa. - falou quase inaudível olhando a televisao e levando uma colher cheia de sorteve até a boca. Beijei sua bochecha e saí sem dizer mais nenhuma palavra.

Depois do almoço desabafei com meus pais e falei dos acontecidos. Enquanto voltava pra casa  as palavras do meu pai não saiam da minha cabeça: " parecia você quando tava grávida", ele disse pra minha mãe rindo quando eu falei das paranóias da Bele. Será? Sorri ao imaginar. Minha mãe me repreendeu também por não ter falado sobre a vez que Bele vomitou e ainda disse que era preciso levá-lá no médico.Entrei em casa e lembrei de outro fato; os olhares de meus pais enquanto eu falava tudo que Bele andava fazendo ultimamente. Se olhavam como se soubessem o porque daquilo tudo, mas por alguma razão não me disseram o que estavam pensando, e nem eu perguntei. Entrei em nosso quarto e a vi chorando, olhando a tela do celular e o pote de sorvete vazio. Apressei meus passos e sentei ao seu lado, ela me olhou assustada e rapidamente limpou as lágrimas.

- Que foi em? Ainda é por causa de ontem? - coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

- Eu passei mal de novo. - fungou me olhando.

- O que aconteceu? - franzi a testa totalmente preocupado.

- Eu vomitei de novo, acho que porque exagerei no sorvete, eu comi tudo...

- Vamos no médico. Agora! - falei decidido. Precisamos saber o poque disso, não podemos mais adiar.









Mabele tá louquinha não é? Emoções a flor da pele. Dei até dó... 😢 Luan ficou bravrão né? Ela passou mal de novo... E agora vão no médico, quem adivinha o que o médico vai dizer? 👀😂 Meninas, dêem dicas de nomes dapreferência de vocês. Quem sabe não será o escolhido né? Pode ser nome de menina, de menino, de gêmeos, de trigêmeos hahaha...
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Bjs, Jéssica. ❤

domingo, 22 de maio de 2016

Capítulo 144

Chegamos no local do jantar por meio do barco. Era no outro lado da ilha, onde só se via o imenso azul a nossa frente. Um clima completamente romântico e eu sorri de leve ao pensar que ele tivesse esquecido do meu aniversário.

- Senta aqui. - afastou a cadeira pra mim.

- Isso tá lindo demais. - sentei admirada com a imensidão azul a minha frente.

- Pra você, só pra você. - segurou minha mão por cima da mesa. Já sentado de frente pra mim. Suspirei apaixonada demais!

- Seu lindo! - soltei beijo de longe e ele sorriu. Que sorriso mais lindo, Jesus!

- Ó, tem um montão de coisa pra nós aqui. - soltou minha mão e olhou a comida. - Confesso que tem coisa que nem sei o que é. - riu gostoso, me contagiando.

- Bora experimentar né?! - antes que eu pudesse escolher o que provaria primeiro, um cara chegou com uma maquina fotográfica e pediu para que nós fizéssemos pose. Ele se afastou e eu sorri sem entender. Só pode ter sido coisa do Luan. Ficamos olhando um para o outro e o fotógrafo tomou uma distância grande. Em seguida disse que mandaria a foto por email, para o Luan.
- Foi coisa sua né?

- Quero ter uma lembrança de hoje. - ele as vezes conseguia me deixar sem palavras com tanto carinho que me tratava, que falava. Apenas sorri.

- Vamos comer? - perguntei.

- Vamos! - respondeu de imediato e seu celular apitou. - O que será?

- Depois cê olha, amor.

- É rapidinho. - revirei os olhos e fiquei o olhando. Ele sorriu bobo olha a tela do seu iPhone fazendo com que eu franzisse a testa confusa. Começou a digitar e eu me perguntei mentalmente: com quem ele tá falando no meio de um jantar romântico do meu aniversário? Me deixando de lado e sorrindo bobo desse jeito? Esperei mais alguns instantes e nada... Ele continuava digitando sem largar o sorriso.

- Dá pra você largar o celular? - perguntei incomodada.

- Calma. - falou concentrado sem tirar os olhos do celular. Bufei. Mereço!
Passou-se cerca de uns três minutos e eu não acreditava na grosseria do Luan. Me deixar de lado por alguém que o deixa de sorriso bobo, sorriso esse que só vejo pra mim, no dia do meu aniversário, no meio de um jantar.
- Pronto. - finalmente falou e me deu seu celular.

- Que? - fiquei olhando em seus olhos com uma raiva enorme.

- Olha, muié! - balançou o celular em sua mão e eu peguei dando de cara com nossa foto de poucos minutos atrás e o mais emocionante era sua legenda:
" Hoje meu amor completa mais um ano de vida ( não sei que horas são aí no Brasil, mas aqui ainda é dia 2) O dia da mulher que eu escolhi para compartilhar minha vida, para construir uma família, uma das mulheres mais maravilhosa que já conheci. Nunca escondi minha admiração por você, nem tão pouco o quanto eu sou doido de amor por você. Meu bem, eu te amo tanto! Te quero por toda a eternidade. Que Deus te conserve do jeitinho que você é. Com toda sua meiguice, determinação e tantas outras qualidade que eu amo. Continue com seus defeitos também que se encaixam perfeitamente aos meus. Parabéns, minha pinguinhoooo! ❤"

- Amor, para de fazer isso comigo. - eu já chorava de novo. Não consigo entender o porque que ando tão emotiva, sempre fui, mas estou bem pior ultimamente.

- Chorona! - falou sorrindo.

- Para! - falei com a voz embargada, limpando minhas lágrimas. Ele pegou sua cadeira e colocou do meu lado.

- Minha neném chorona. - me dengou, me acolhendo num abraço quentinho.

- Eu te amo. - sussurei.

- Eu sei. - falou naturalmente e beijou meus cabelos. Desfez o abraço e limpou os vestígios de lágrimas.
- Vamos comer agora?

- Finalmente vamos comer. - Ri de leve e enfim nos servimos.

Eu comi muito bem, até que provei a sobremesa. Que negócio estranhou. No mesmo instante eu senti uma vontade de vomitar, olhei pro Luan fazendo careta por não suportar aquilo na minha boca e ele me olhava sem entender.

- Que foi? - levantei e por mais que eu não quisesse, acabei vomitando na areia. Senti as mãos dele segurar meus cabelos para que eu não os sujasse. Merda! Mil vezes merda! Deu uma pausa e logo voltou com tudo, fazendo com que toda a comida fosse despejada.
- Meu Deus... - ouvi Rafa falar aflito. Parou mais uma vez, percebi que não voltaria e então ergui minha cabeça evitando olhar pra ele. Peguei um guardanapo na mesa e passei em meus lábios. Que nojo! - Tá tudo bem? - seus olhos procuraram os meus. O olhei ainda envergonhada.

- Acho que não. Esse negócio é muito ruim. Não tô suportando nem o cheiro disso. - fiz careta e ele rapidamente pegou nossos celulares e minha pequena bolsa.

- Então vamos embora. Você precisa descansar. - tadinho, estava todo preocupado. Pedro nos esperava mais afastado e logo entramos no barco. O balançar do barco me fazia sentir mal, e a vontade voltava, mas eu tentava segurar. Luan me olhava aflito o tempo todo. Não desgrudava seus olhos de mim. Eu não queria estragar o jantar que ele planejou com tanto carinho, mas eu realmente não me sentia bem. Será que tô doente? Me perguntava mentalmente. Não quero preocupar o Rafa. Vou pensar positivo. Amanhã vou acordar e vai estar tudo bem. Fomos calados até chegar em nosso quarto. Entrei na frente, enquanto Rafa acertava o pagamento com o cara. Sentei na cama e coloquei as mãos em meu rosto, ainda me sentindo um pouco mal. Senti ele sentar na cama do meu lado e passou a mão em minhas costas, afetuosamente.

- O que tá acontecendo em? Você ficou doente e não quis me falar, foi isso? - perguntou sereno, o olhei.

- Claro que não. Eu não tô doente, pelo menos eu acho que não. - suspirei. - Desculpa por ter estragado o jantar.

- Que isso, Bele. Isso não importa. Eu só quero você bem. - beijou minha bochecha.

- Obrigada. - sorri.

- Se você continuar sentindo essas coisas, vamos voltar antes pra casa e saber o porque disso. Com essas doenças aparecendo eu fico preocupado. - falou e eu sabia que uma afirmação, então nem me dei o trabalho de contestar.

- Vou tomar banho.

- Quer ajuda? - me permiti rir.

- Não seu exagerado. Eu posso tomar banho sozinha. - levantei e ele deitou na cama de barriga pra cima. O admirei por segundos. Que vista! Expulsei meus pensamentos e fui tomar banho. Fiquei refletindo na causa dos meus vômitos. Pela primeira vez me passou pela cabeça uma possível gravidez. Não, não! Não pode, eu tomava anti-concepcional certinho. É, tomava, porque a mais de um mês eu parei por conta da enorme correria pro casamento, mas desde então Luan usa camisinha, ou goza fora. Não posso está gravida definitivamente. Ri sozinha dos meus pensamentos. Claro que não é isso.

Acordei me sentindo bem melhor, olhei meu marido que dormia somente com sua cueca boxe amarela, sossegado, profundamente. Passei a mão por sua barriga e ele nem se mexeu. Que absurdo de homem! Que absurdo de beleza! Que sorte eu tive, céus. Cheirei sua bochecha lembrando dos seus cuidados ontem, fez questão de dormir colado comigo, cantando no meu ouvido e sempre repetindo que se eu sentisse alguma coisa, o acordasse. Beijei seu pescoço. Eu sabia exatamente o que estava acontecendo comigo, meu desejo despertando, a vontade dele se tornando cada vez maior. Eu quero que ele me foda forte. Sem romantismo algum. Quero e quero agora. Suspirei ao lembrar de sua pegada, dele dentro de mim me fazendo ficar louca.

- Rafa? - o chamei baixinho em seu ouvido alisando seu corpo, sentindo aos pouquinhos minha intimidade ficar úmida. Ah, que poder esse homem tem sobre mim! - Amor. - o chamei mais uma vez e ele remungou. - Acorda. - ele finalmente abriu os olhos e me olhou assustado.

- Aconteceu alguma coisa? Tá sentindo alguma coisa? - disparou.

- Aconteceu sim. - ele ficou ainda mais alerto.

- Que foi? - segurou minha mão que estava repousada em seu peito.

- Quero que você me foda. Muito! E forte! - falei sem vergonha alguma. Eu estava numa vontade louca, como se tivesse passado semanas sem ele. E isso me surpreendeu também. Seu olhar escureceu e ele sorriu de lado.

- Repete. - eu nunca falo desse jeito, mas ele pareceu gostar.

- Me fode, agora! - se colocou em cima de mim imediatamente.

- Forte? - perguntou olhando em meus olhos.

- Muito forte. - só foi eu dizer isso e ele atacou minha boca. Senti sua ereção e gostei de saber que o deixo excitado com facilidade, assim como ele me deixa. Sua língua em total sincronia com a minha, suas mãos apertavam minha cintura. Não existe sensação melhor que essa... Aliás, só é melhor quando ele penetrar e me leva no céu. Sem demorar muito tirou minha camisola de seda branca e jogou longe, me deixando apenas de calcinha, uma bem pequena também branca. Olhou meus seios com os olhos refletindo todo o tesão que ele estava sentindo. Chupou um dos meus seios enquanto massageava o outro. Fazia movimentos circulares em meu mamilo, fazendo com que eles ficassem duros e minha intimidade cada vez mais molhada. Deu uma mordidinha e em seguida o puxou me olhando. Gemi. Puta que pariu, Luan! Minha respiração já estava acelerada e minha intimidade pulsava, louca pra receber ao menos seu toque. Passou para o outro e chupava com vontade, intercalava com algumas mordidas e eu ofegava. Que maravilha! Senti sua mão descer por meu corpo, ele se ergueu minimamente sem deixar meus seios. Sua mão tocou minha intimidade por cima da calcinha, que com certeza se encontrava encharcada! Gemi e puxei de leve seus cabelos, sentindo seu sorriso contra minha pele. Fazia leves movimentos circulares. Deixou meus mamilos e desceu os beijos por minha barriga, sem pressa alguma. Eu me contorcia e olhava tudo que ele fazia. Quando seu rosto ficou de encontro com minha intimidade, abri mais as pernas e ele riu de leve. Sei que com certeza era por minha explícita pressa. Me olhou intensamente, como se pudesse ver minha alma.

- Tá com pressa? - perguntou rouco enquanto afastava minha calcinha.

- Vai logo com isso. - supliquei e ele beijou a parte interna da minha perna, fazendo com que eu soltasse um gemido de frustração. Porra, eu quero que ele me chupe logo! - Por favor, Luan. - implorei e ele passou a língua por toda a extremidade fazendo com que eu erguesse meus quadris espontaneamente, para deixar minha intimidade de encontro com sua boca. Chupou meu clitóris e eu gemi alto, segurando os lençóis. Logo introduziu um dedo me fazendo arfar e mais uma vez erguer meus quadris.

- Tão pronta... - sussurrou e começou com o vai e vem devagarinho, só para me torturar. Eu quero isso forte, caralho! Como se tivessi lido meus pensamentos, aumentou de repente, ficando freneticamente rápido, desta vez eu gritei e meus olhos pesaram muito por conta do alto prazer, eu nessecitava fechá-los e assim fiz. Eu gemia, e agarrafa com força os lençóis. Nesse ritmo eu não demoraria a gozar, ele continuava agindo com sua língua também. Aquilo estava muito, muito intenso. De repente ele parou me deixando frustrada mais uma vez e fazendo com que meu corpo gritasse por um alívio. Tirou sua cueca e seu membro saltou, duro. Sorri e recebi um sorriso de volta. Voltou a ficar com o rosto na altura do meu e olhando meu meus olhos penetrou com força. Ah, como eu queria isso! Gememos e ele investia forte, sem dó algum. Exatamente como eu queria, rápido como eu queria.

- Abre os olhos. - pediu e o olhei, mas quando ele gemeu depois de uma funda e forte investida, eu fechei meus olhos novamente.
- Abre, Mabele. - pediu novamente e assim fiz. Olhá-lo, ver suas expressões de prazer, misturado com seu esforço era de matar. Eu ficava molhada e mais molhada. Sua testa contia gotas de suor e ele encostou sua cabeça em meu colo. Nossos gemidos não sessavam, nosso corpo em um atrito gostoso... E eu? Eu estava pra lá de louca. Meu cérebro totalmente esvaziado, atento somente ao prazer que meu corpo recebia. Eu não conseguia pensar em nada. Rafa saiu de dentro de repente e logo voltou, penetrou fundo e lento. Ergui minha cabeça e gemi, logo em seguida ele tirou novamente e saiu de cima de mim, ficando atrás de mim, deitou-se e passou a mão por minha cintura, logo em seguida segurou minha perna, deixando minha intimidade exposta e logo voltou a penetrar. Seus movimentos eram rápidos, deliciosamente rápidos. Cheirou meu pescoço e gemeu no meu ouvido. Eu sentia que estava perto, ele aumentou ainda mais os movimentos, os tornando incrívelmente rápido. E eu explodi em um grito. Logo em seguida ele gozou também, mas fora, chamando meu nome, inebriado de prazer. Passou a mão por minha cintura e cheirou meus cabelos. Nossas respirações irregulares, coração batendo forte e sentindo um relaxamento gostoso demais.

- Dou razão por todas as vezes que já ouvi falar de você fode muito, porque você fode. - ri de leve.

- Onde cê ouviu isso? - perguntou baixo.

- Meu amor, eu já ouvi muitas coisas a seu respeito desde que comecei a namorar com você. Algumas das suas ex pequetes não são tão discretas. - pousei minha mão em cima da sua. Ele não disse nada. Será que achou que eu nunca tinha visto uma matéria sobre isso? Ou até mesmo ouvido? Ri em pensamento.

- Foi do jeito que você queria? - perguntou e eu sorri.

- Exatamente como eu queria. - virei de frente pra ele e analizei cada pedacinho do sei rosto. - Meu, só meu. - acabei falando em voz alto e só me dei conta quando já tinha falado.

- Teu. - selou nossos lábios. - Te amo. - sussurou ainda com os lábios encostados nos meus.

- Eu também. - cheirei seu pescoço e repousei minha cabeça ali, na curvatura do seu pescoço. Sexo matinal realmente é muito bom!









UOOOOOU, rolou várias coizitaas nesse capítulo né? Bele acha que não tem possibilidade de está grávida, será que pode ser outra coisa, ou ela está enganada? 👀 E esse hot logo pela manhã dos dois, o que acharam? 🙊😏
PS: por favor, os anônimos coloquem o nome no final, ou eu vou me tornar chatinha e só vou aceitar aqueles que tem pelo menos o nome embaixo. O que custa não é? 💋
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Bjs, Jéssica. ❤

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Capítulo 143

Chegamos a Bali com o dia já amanhecendo. E aquilo estava um espetáculo!

- Que nascer de dia mais lindo! - Bele disse encantada, enquanto já estavámos no táxi.

- É de apaixonar mesmo. - olhei seu rosto que agora contia um óculos escuro, assim como eu. Ela estava com o mesmo vestido que deixou a festa e eu troquei minha roupa por uma calça jeans preta e uma blusa estampada de botões.
Chegamos no local onde vamos ficar e é realmente lindo e diferente. Rodeado de natureza, do jeito que gosto:

- Aqui é lindo demais, amor. - Bele disse enquanto abria sua mala em cima da cama.

- É foda demais. - falei olhando pela janela a vista exuberante. Nosso quarto era pequeno, mas muito aconchegante:

- Vou tomar banho, amor.

- Posso ir com você? - a olhei e vi ela segurar o sorriso e balançou a cabeça concordando. Não existe mais linda! Não existe e eu nunca vou me cansar de dizer isso. Ela entrou na frente enquanto eu rapidamente me despi. Quando entrei no banheiro percebi que era realmente pequeno também.
- Apertado né? - passei os braços em volta da sua cintura, sentindo o calor do seu corpo junto do meu, enquanto a água corria entre nós.

- É, mas eu gostei muito daqui. - começou a acariciar meus braços delicadamente e beijou meu queixo.
- Como será que a Lô ficou com o Rober em? - lembrou rindo, me contagiando.

- Se ela não tiver matado ele, podemos agradecer. - minhas mãos saíram de sua cintura e passaram por toda a extensão de seu cabelo, da raíz até as pontas.

- Ela ficou toda boba quando pegou o buquê.

- Quem sabe assim ela desiste dessa coisa de ser pra sempre solteira. - parei por uns instantes ao perceber algo diferente nela. - Você cortou o cabelo né? - ela sorriu e eu segurei seus ombros fazendo com que ela virasse de costas pra mim. Confimei que ela realmente havia cortados seus cabelos. Seus maravilhosos cabelos.
- Porque cê fez isso? - ela virou de frente pra mim.

- Não gostou? - inclinou a cabeça por lado me olhando meiga como sempre.

- Tá lindo, mas eu amava seus cabelos enormes. - Bele passou os braços em volta da minha cintura e pousou a cabeça em meu peito.

- Eu quis cortar, Rafa. - decidi dar o assunto por encerrado. Ela realmente continuou linda, tanto que eu nem ao menos percebi a mudança.

- Temos um passeio de barco pra hoje, você prefere descansar ou ir logo? - perguntei enquanto pegava o sabonete, sem sair dos seus braços.

- Eu quero fazer amor com você aqui e depois deitar agarradinha na cama. Só depois nós vamos pro passeio, pode ser? - suspirei sorrindo. Nossos olhares se encontraram e então pude ver que nossos corpos haviam sidos ligados, reagindo a proximidade e ao olhares escurecidos que nós trocavámos.

- Como você quiser. - ela se montou em sim, passando as pernas em volta da minha cintura.

(...)

Quando acordei senti meu estômago imediatamente reclamar de fome, enquando Bele dormia lindamente ao meu lado de bruços, somente com um braço em volta do meu peito. Sorri bobo. Acho que ela realmente pensa que eu esqueci que hoje é seu aniversário. Não quero acordá-lá, então com muito cuidado eu levantei e liguei para o serviço de quarto, pedi um almoço caprichado. Sei que demorará um pouco, o restaurante fica a alguns quarto dos nossos. Eles fazem somente entregas por também ser um ambiente pequeno, impossível de ser frenquentado por várias pessoas ao mesmo tempo. Vesti uma roupa, afinal eu ainda estava somente com minha cueca boxe. Decidi colocar um boné também, estou com preguiça demais para ir arrumar meu cabelo.
Liguei para minha mãe e comuniquei que havíamos chegado bem. Ela estendeu a ligação por alguns minutos me contando o que aconteceu depois que saímos da festa ontem. Eu ria controladamente, para não perturbar o sono de minha esposa, mas um pouco depois vi que ela começava a despertar. Encerrei a ligação e sentei na cama.

- Oi, preguiça. - falei e ela sorriu lindamente, ainda esfregando os olhos com as mãos.

- Oi. Eu ainda tô com sono. Sono pra mais umas cinco horas no mínimo. - Ri de sua confissão.

- Tão cansada assim?

- É, não esperei que fosse ficar assim, mas eu tô me sentindo sonolenta. - fez um biquinho e eu não resisti. Me inclinei ficando quase deitado, apoiando meu peso em meus braços. Beijei sua boca, com todo o carinho existente, em seguida cheirei sua bochecha.

- Mas nos temos um almoço que está pra chegar. - continuei com meu nariz encostado em sua bochecha.

- É? O que você pediu? - perguntou passando a mão em minhas costas carinhosamente. Antes que eu pudesse responder, ouvi um sino tocar, quando olhei vi que era o almoço que havia chegado. Saí e dei uma boa gorjeta ao rapaz, depois que ele arrumou tudo direitinho na pequena mesa, que estava localizada onde digamos, é nossa varanda. Varanda essa cercada de água. Antes que eu entrasse novamente, Bele saiu com um coque no cabelo e de roupão. Consegue ser sexy até assim.

- Tô com medo de cair aqui. - olhei para a água maravilhosamente azul.

- Deixa de ser bobo. - ela riu de mim e se sentou, repeti sua ação e ficamos de frente um para o outro.
- Isso tá com um cheiro bom. - falou já colocando a primeira garfada na boca.

- Ainda bem que cê tá achando o cheiro bom, pelo menos não vai sair correndo pra vomitar. - fiz graça e ela encolheu os olhos pra mim, enquanto mastigava.

- Eu exagerei ontem. Comi demais. - fez careta após engolir a comida e eu comecei a comer. Algumas pessoas andavam de bicicleta nas extensas pontes, digamos assim, de madeira. Todos estavam com ar de leveza no rosto e consoco não era diferente. Acho que esse lugar acaba trazendo isso. Pela paz ao redor. Estamos ligados a uma ilha, que é onde as várias pontes terminam. Mas sei que há muito para ser desfrutado por aqui.
Depois de estarmos saciados, Bele me chamou para caminharmos um pouco sobre a ponte e quando chegamos em determinado ponto, sentamos.

- Você tem noção de que agora somos eu e você? Uma casa nossa... Vamos formar uma família. - falou acariciando minha mão, com a cabeça encostada em meu ombro olhando para o infinito azul em nossa frente.

- Tenho. E eu me sinto realizado como nunca. Quero logo um molequinho correndo no meio da casa, viu? - ela riu. Que som mais agradável.

- Ainda tá cedo, Rafa.

- Não uai, não vamos esperar muito não. - contestei e ela me olhou segurando o sorriso. - Que foi? - a olhei.

- Você é muito apressadinho. Agora tudo vai triplicar pra mim. Vou ter uma casa pra cuidar, você pra cuidar, a loja, a empresa.

- Tudo isso você já fazia antes. Cuidava do seu apê, de mim e trabalhava.

- É diferente, amor. Agora eu sou casada. Meu cuidado com você vai ser redobrado e vamos morar numa casa enorme. Eu achei exagero, você sabe.

- Mas eu fiz isso pensando nos nossos futuros filhos. E é muito melhor uma no condomínio. Nossas famílias moram lá.

- Eu sei. - selou nosso lábios. - E nosso passeio de barco? - sorriu com o rosto bem próximo ao meu, mudando totalmente de assunto.

- Só tô esperando por você.

- Então vamos. - encostou seu nariz no meu e beijou meu buço.

- Vou ligar pro cara. - peguei meu celular e ela levantou. Passou a mão em seus cabelos e eu observei seu corpo. Que corpo... Sua blusa regata e seu short curtinho o mostrava mais, me fazendo quase babar. Depois de falar com o Pedro, que nos guiará aqui, ficamos aguardando. Em pouquíssimo tempo ele chegou já com o barco. Nos orientou como entrar, eu já sabia, já sou acostumado a entrar em barcos quando vou pescar, mas Bele não. Algumas pessoas também passeavam como nós, era um fim de tarde lindo. Sentamos um ao lado do outro.

- Hoje é um dia especial né? - falei e vi seus olhos brilharem.

- Eu pensei que você tivesse esquecido!

- Dois de Dezembro. Seu dia. Eu nunca esqueceria. - acariciei sua bochecha com meu polegar.

- Amor! - ela sorriu toda derretida. A abracei forte e cheirei seu pescoço. Meu cheiro favorito! O melhor disparado!

- Parabéns, Mabele Santana. Eu te amo. Muito! - afastei meu rosto minimamente e a beijei em meio ao pôr do sol, no balançar leve do barco, enquanto Pedro remava devagar pra nós. A beijei na tentativa de passar todo meu amor, carinho e admiração. Mas isso eu nunca vou conseguir. Nada que eu faça será suficiente para que ela saiba de todo o sentimento lindo que carrego por ela em meu peito.

- Ninguém ligou pra mim. - riu de leve com algumas lágrimas de emoção no rosto.

- Foi de propósito. Ninguém quis atrapalhar, mas quando a gente chegar no quarto, vai ter uma surpresinha pra você.

- Rafa, como você é príncipe! - segurou as laterais do meu rosto e me deu seguidos selinhos me fazendo sorrir. Quando ela parou eu disse:

- Tenho seu presente aqui.

- Então me dá logo! - pediu ansiosa. Tirei a delicada pulseira do bolso que contia um pingente de um coração e o símbolo do infinito dentro dele, significando: amor eterno.

- Eu comprei cinco dessa mesma pulseira.  Duas são menores. - dei-lhe e ela me olhava sem entender, intercalando seu olhar da pulseira pra mim.

- Porque cinco?

- Porque eu quero que nossos filhos também tenham uma. E como o símbolo diz tudo... Eu vou amar vocês eternamente. - ela suspirou contendo um sorriso muito apaixonado.

- Meu amor, que lindo! - me abraçou. - Obrigada viu? Você sempre faz tudo ficar especial e inesquecível. Eu te amo. - beijou meu ombro.

- Eu que te amo. - nos afastamos e ela estendeu o pulso para que eu colocasse a pulseira, assim fiz e em seguida beijei nem em cima do símbolo.

- Porque as outras duas são pequenas? - franziu a testa.

- Porque uma eles vão usar enquanto crianças e quando crescerem e o pulso ficar mais largo, trocam pela outra. Vocês vão usar isso pra vida toda entendeu?

- Claro, entendi. - ela sorria extasiada olhando para a pulseira. - Mas vem cá, quem disse que teremos dois filhos?

- Eu, uai. - dei de ombros e ela riu. Esse som é como música pros meus ouvidos.

- É ouro branco né? - perguntou e eu assenti com a cabeça. Ela se aconchegou em meus braços, colocando a cabeça em meu peito, passei meus braços em volta do seu ombro e em meio a gestos de carinho e alguns planos pro futuro fizemos o restante do passeio.

(...)

Chegamos no quarto e eu já peguei meu
notebook, liguei para Bubu que eu sabia que ainda estava em São Paulo. Bele sentou do meu lado na cama e logo minha irmã atendeu minha chamada de vídeo.

- Até que enfim! Eu tava louca pra falar com minha amiga! - reclamou, nos fazendo rir.

- Ela tá aqui agora. - coloquei o notebook no colo da Bele e continuei ao seu lado.

- Gente, vem cá. - Bubu chamou e de repente todos apareceram na tela, ou tentaram. Bele já estava com os olhos cheios de lágrimas. Como ela anda sensível... Minha família, Gabi, seus pais, Gu, Leila, João, Mari, Lô, todos estavam ali para parabenizá-lá. Começaram a falar um por um e ela se desmanchava em lágrimas. Minha menina emotiva!
Depois de uns bons minutos ali naquela ligação, eles encerraram.

- Nossa, amor. O que deu em mim? Olha meu estado! - ela riu de si mesma, enquanto limpava as lágrimas. Beijei bem acima de seu olho e lhe abracei.

- Daqui a pouco nós temos um jantar, num lugar especial.

- Mais, Rafa? - ela sorria contra meu pescoço.

- Você merece.

(...)

Ficamos deitados enquanto eu falava de alguns assuntos bobos do casamento de ontem, quando olhei pro lado, ela havia dormido. Ela anda tão dorminhoca. Ri sozinho e me aconcheguei ao seu corpo, colocando minha cabeça entre seus seios e como numa mágica, eu dormi rapidamente sentindo seu cheirinho, seu calor e a paz que ela me transmite.





O que acharaaaam? Acho que a Fic vai se estender mais um pouco do que eu pensava. Hahahaha, tô com dificuldade pra colocar um fim. Acho que vai ter uns capítulos a mais. 🙆
Respondi a todas no capítulo anterior. ☺
PS: sempre perguntam quem é a garota que faz a Mabele, quase em todos os capitulos tem pelo menos um comentário perguntando, então para deixar claro mais uma vez, o nome da garota é CAMY BAGANHA. E e ela é um amooooorrrr! 😍
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Bjs, Jéssica. ❤

terça-feira, 17 de maio de 2016

Capítulo 142

Vê-la entrar na igreja extremamente linda me deixou de a boca seca, com o coração agitado. Quando percebi suas lágrimas, não me contive e o meu controle foi pelos ares. As lágrimas de felicidade, emoção, realização, escorreram por meu rosto. Foi um dos momentos mais lindos da minha vida! Agora estamos a caminho do buffet onde vai ser nossa festa, enquanto tentamos conversar sobre um pouco de tudo. Estamos euforicos! Nessas horas agradeço por ter um motorista dirigindo para nós.

- Você também ficou sem celular? - ela riu, me contagiando.

- Fiquei! Tô pegando agora. - falei segurando o celular em minha mão.

- Você foi lindo em tudo que disse. Você é lindo. - seu tom mudou e ela inclinou a cabeça pro lado contendo um sorriso apaixonado.

- Minha pinguinho. - sorri colocando minha mão na lateral do seu rosto, beijando seus lábios. - Te amo. - sussurrei com a boca ainda encostada na sua.

- Eu também te amo, neném. - sussurrou de volta e creio que o motorista não nos ouvia. Voltei a sentar normalmente, mas mantendo minha mão entrelaçada a dela.

- Aquele Anderson teve a cara de pau de vir falar comigo. - comentei ao lembrar do seu amiguinho.

- Amor, você é tão bobo. - falou com jeito e tom de riso.

- Você não tinha que convidar ele. Pedi isso até o último minuto.

- Tinha sim, ele é meu amigo.

- E ex peguete. - ela revirou os olhos e me beijou novamente, fazendo maravilhosos movimentos com sua língua.

- Deixa eu te mostrar algumas fotos que tenho aqui. - pegou seu celular animada e me mostrou algumas e me explicou que foi antes de ir para a igreja. Eu sorria bobo e depois de lhe entregar seu celular a olhei profundamente e ela estava distraida olhando as fotos com um sorriso lindo. Como ela está linda, meu Deus! Alguém ser linda assim deveria ser crime e ter prisão perpétua por fica ainda mais encantadora vestida de noiva. Suspirei totalmente apaixonado com meus pensamentos. Seus olhos encontraram os meus e ela me olhava como se tivesse me interrogando, ainda sorrindo.

- Só tô babando em você, no tanto que você tá linda. - respondi sua pergunta silênciosa, ela abriu ainda mais o sorriso e me abraçou, cheirando meu pescoço, tão delicada.

Chegamos no buffet e tudo estava lindo! Na entrada estava cheio de fotógrafos e quando adentrei ao local, vi a decoração impecável:

Todas as mesas ocupadas por nossos parentes e amigos. Juntamente passamos por cada mesa para cumprimentar, agradecer a presença de cada um é claro, tirar uma selfie. Uma música animada tocava e mais ao fundo percebi que havia uma pista de dança, isso fará parte da segunda parte da nossa festa. Mas ainda estava vazia, todos os convidados sentados esperando por nossa " visita" em suas mesas. Chegamos na mesa de sorocaba, que estava com sua recente nomorada, com seu parceiro de palco Fernando e a esposa de Fernando. Enquanto Bele falava animadamente com eles eu olhei para a mesa onde estava nosso bolo. Sorri ao ver, estava lindo! Um bonequinho me representando com um microfone na mão, enquanto uma bonequinha representava Bele, segurando uma pequena placa rosa, com dificuldade consegui ler o nome pequeno. Estava escrito; luanete. Sorri mais ainda ao entender a mensagem. Aquilo passava sua admiração por meu trabalho, por mim. Minha fã.

- Pinguinho, cê num disse sobre os bonequinhos. - falei chamando sua atenção.

- Era surpresa. Gostou? - ela sorria.

- Muito! - beijei sua bochecha.

- Eu achei muito criativo a mensagem que quis passar. - A esposa de Fernando disse simpática.

- Ficou foda. - Sorocaba disse.

- No nosso casamento eu quero um parecido. - a namorada do Sorocaba disse firme, nos fazendo rir.

- Já tão falando em casamento? - perguntei.

- Tá vendo, cara? - Sorocaba disse, ainda sorrindo.

- Ela disse que o Soro não vai enrolar por muito tempo não. - Fernando deu continuidade, fazendo Sorocaba ficar sem graça por instantes. Ficamos mais alguns segundos com eles e partimos para a próxima mesa.
Depois de cumprimentar todos, Bele e eu " liberamos" a pista de dança. Depois de uma dança comigo ela se retirou para trocar o vestido, enquanto eu peguei Bruna Paiva para uma dancar comigo.
Os minutos se passaram e eu já estava suado, com a blusa branca totalmente grudada em meu corpo. Sentei um pouco e olhei o insta, estava uma loucura muito maior que o normal a primeira foto que vi foi da Bele de segundos atrás, já de vestido trocado:

Antes que eu ao menos pudesse ler a legenda, Marquinhos chegou me arrastando para a pista de dança novamente. Chegando lá procurei minha esposa com o olhar, mas não a encontrei, o que me deixou frustrado. Merda! Abri mais os botões da minha blusa na tentativa de me refrescar enquanto eu tentada dançar com meus amigos. Já havia se passado uns bons momentos. Senti pequenas mãos em torno na minha cintura e logo reconheci. Era ela. Me virei ficando de frente pra minha Bele, olhando toda aquela delicadeza de perto.

- Cê tá linda. - falei alto por conta da música. Ela estava muito delicada com aquele vestidinho simples e um salto nude.

- E você tá suado demais! - ela riu, falando no mesmo tom que eu. Passou a mão por meu peito desnudo. - Se acabando de dançar né? - sorria.

- E você vai se acabar comigo agora. - passei meu braço em volta de sua cintura dando uma juntada nela, fazendo nossos corpos ficarem coladinhos. Tocava um arrocha. Dançamos tanto! A felicidade estampada no nossos rostos.
As horas foram se passando e agora a grande maioria já estavam despenteados, de pés no chão, com as roupas amarrotadas. Aquilo ainda iria muito longe, mas não pra nós. Temos que ir para nossa lua de mel em Bali, Indonesia. A procurei com o olhar e a encontrei conversando com minhas tias, exalando simpatia. Me aproximei, a abraçando por trás, acariciando seu cheiroso pescoço com meu nariz.

- Vamos? - sussurrei em seu ouvido e ela voltou sua atenção para mim.

- Cinco minutos pode ser? - acariciou minhas mãos em sua cintura.

- Tá. - depositei um beijo em seu pescoço e ela não parava de tagarelar com minhas tias e eu acabei rindo do bobo assunto delas. Minha mãe se aproximou com Vitório nos braços, ele tinha um docinho na mão, ofereceu a todos gesticulando com a mão, tão educado. Sorri bobo.

- Espera, esse cheiro não tá legal. - Bele reclamou, cortando totalmente o assunto, enclinei minha cabeça pro lado e olhei seu rosto ela fazia careta.

- Que cheiro? - perguntei franzindo a testa, todos da rodinha a olhavam sem entender nada.

- O cheiro desse doce, gente. Isso não tá bom, Vitório! - Meu afilhado nos olhava confuso e sem saber se comia ou não.

- Não tá não, Bele. - minha mãe disse.

- É, eu comi também. Está ótimo. - uma das minhas tias disse e sem falar nada ela saiu dos meus braços e andou em passos largos saindo do meu campo de visão.

- Ela tá doida. - falei sem entender nada, enquanto minhas tias e minha mãe se olhavam com se desconfiassem de algo que eu não fazia a mínima ideia.

- Vai atrás dela, Luan. - minha mãe me aconselhou. Passei a mão por meus cabelos e fui atrás, procurei, procurei e nada dela. Merda! Onde essa mulher se enfiou? Fiquei parado no meio do salão entre as mesas, quando ela apareceu.

- Onde cê tava? - falei indo ao seu encontro.

- No banheiro.  Vomitei. - fez careta e eu franzi minha testa novamente.

- Amor! - exclamei surpreso. - Por causa do doce?

- Não sei, acho que eu misturei muita coisa hoje. Comida, bebida... Sentir aquele cheiro foi a gota d'agua pro meu estômago. - ela falava baixo, com o rosto um pouco abatido.

- Deve ter sido. Quando eu tô muito cheio não suporto nem ao menos sentir cheiro de nada também. - ri de leve e ela sorriu de leve. - Vem cá, minha neném. - passei meus braços em volta dela, beijando seus cabelos em seguida.

- Gente, tenho um comunicado muito importante. - Lô apareceu animada e descabelada.

- Diz, maluca. - Bele disse, virando um pouco a cabeça para olhá-la, mas continuando abraçada a mim.

- Eu vou matar o Rober. - Bele e eu não seguramos o riso. Pensei que fosse algo sério.

- O que ele fez? - perguntei.

- Aquele puto passou o tempo todo olhando aquela sua prima. - revirou os olhos.

- Ele é solteiro, uai. - alfinetei.

- Olha aqui Luan, se for falar merda fica calada. É claro que ele é solteiro! - falou irritada e eu e minha esposa ainda contiamos um sorriso preso entre os lábios. Mas o meu desapareceu quando o viadinho se aproximou, é, ele mesmo, o Anderson.

- Gente, tô indo embora. Vim me despedir. - sorriu e Bele saiu de meus braços e o abraçou.

- Obrigada por ter vindo viu? Eu amei sua presença. - eu pude ouvi ela agradecer.

- Eu quem agradeço. Foi tudo lindo. - desfezeram o abraço. - Seu sorriso também tornou tudo mais lindo. - Bufei sem acreditar. Sério isso? Lô percebeu e me repreendeu com o olhar. Me controlei e permaneci calado.

- Luan, cuida bem dela viu cara? - falou todo simpático, estendendo a mão pra mim, com educação e pouco gosto apertei sua mão.

- Eu cuido como ninguém. - alfinetei e vi Bele encolher os olhos pra mim. Ignorei.

- Sei disso. - riu de leve sem graça. - Que o amor de vocês só multiplique. - olhou para nós dois. Nosso aperto de mãos já havia sido desfeito.

- Amém. - ela respondeu. - Manda um beijo pra sua namorada viu?

- Mando sim. - se abraçaram novamente. Dois abraços? Pra que isso?

- Bonitão, foi um prazer rever você. - Lô disse assim que eles defezeram o abraço. Eu estava totalmente desconfortável e incomodado com a presença do cara que comeu minha esposa quando ainda eramos namorados, alias, na época estavámos separados e isso me causa uma irritação maior ainda.

- Eu também gostei demais de ver você de novo. - se abraçaram e depois de um aceno para nós ele se foi.

- Luan, você é impossível! - Bele disse e Lô saiu sem dizer nada nos deixando a sós.

- O que? Eu fui muito educado. - eu não vejo razão pra ela me repreender.

- Ficar alfinetando ele é educado? - cruzou os braços.

- Pra quem tava abatida você tá muito bem agora né?

- Idiota! - revirou os olhos.

- Para de me chamar de idiota! - reclamei

- Não precisava daquilo.

- Mabele, ele me incomoda. - me justifiquei, falando firme.

- Todos os caras que me relacionei te incomodam. - retrucou.

- Vai brigar comigo por conta dele? - ela suavizou as expressões de seu rosto e suspirou.

- Não. Mas só porque é nosso casamento. - apontou o dedo indicador pra mim, o mordi e ela sorriu. Que bom, ela voltou ao seu humor.

- Você de sente bem? - segurei sua mão, desta vez beijando-a.

- Sim, Luan. Foi um mal estar, só isso. - sorriu me tranquilizando.

- Certeza? - perguntei ainda em duvida.
- Nós podemos adiar...

- Não! - me interrompeu. - De jeito nenhum. Eu tô doida pra passar esses dias com você naquele paraíso. - sorria maliciosa.

- Não tanto quanto eu. - devolvi o mesmo sorriso.

- Eu posso apostar que sim. - ergueu uma sobranselha, ficando extremamente sexy. Filha da mãe irresistível!

- Então estamos esperando o que para ir embora daqui? - passei meus braços em volta de sua cintura, acariciando afetuosamente suas costas, mantendo nosso contato visual.

- Vamos falar pelo menos com alguém né? Avisar, amor. - acariciava delicadamente meus cabelos com uma de suas mãos, enquanto a outra estava depositada em meu braço.

- Nós somos os noivos, podemos sair á francesa. - plantei um beijo em seu ombro.

- Pelo menos pra uma pessoa, amor. - insistiu.

- Beleza, vamos. - entrelacei nossas mãos e nos viramos indo para a pista de dança,  dando de cara com minha mãe.

- Tá tudo bem, Bele? - perguntou um pouco aflita.

- Tá sim, tia. Eu acho que exagerei na comida. - Bele fez careta com divertimento em seu rosto.

- Só isso? - minha mãe perguntou franzindo a testa.

- Acho que sim, o que mais poderia ser? - Bele riu de leve.

- É, acho que não deve ser nada de mais. Vocês já estão de saída? - mudou de assunto.

- Sim, estavámos indo atrás da senhora. - Eu me pronunciei. - Bele quis avisar a alguém.

- Então já avisaram, agora corram para aproveitar essa lua de mel maravilhosa! - falou com os olhinhos brilhando. Nos abraçamos e em seguida Bele e eu saímos do local sem sermos visto por ninguém, pelo menos eu acho. E agora; nossa lua de mel. Meu corpo está completamente consumido pela espectativa. Creio que será tão bom!






O que acharam da festa? Muito amor, Luan com ciúmes, Bele passando mal... Agora vão para a luan de meeeel! 😍🙆 O que será que vai rolar? 👀 Comentários respondidos!!! 
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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Capítulo 141

Eu acho que nunca estive tão nervosa, ansiosa e feliz como estou hoje. Chegou o grande dia! 1 De dezembro, o dia do meu casamento. Estou com os nervos á flor da pele e ao menos tempo não consigo tirar o sorriso de meu rosto. Como entender tamanha confusão dentro de mim? Não sei. Estou tentando administrar minhas emoções enquanto finalizo minha maquiagem, ouvindo o falatorio de todas as mulheres importantes da minha vida. Minha mãe, Mari, Lô, Bru, Lorrane, Taís, Leila, minha sogra,minhas avós, tias, algumas primas, enfim todas as mulheres que fazem parte da minha vida estão comigo desde o começo do dia. Eu não tenho a mínima noção do que Rafa está fazendo neste momento. Minhas queridas e torturantes amigas, pegaram meu celular desde o começo do meu dia e eu não tive nenhum contato com meu noivo. Nos vimos pela última vez ontem, ainda durante a tarde, onde tivemos um momento magnifico juntos. Onde ele fez questão de preparar um clima todo especial pra nós no meu apartamento, onde declarou seu amor, dividiu sua felicidade e relembrou nossos momentos. Reforçou que casar comigo é uma das decisões mais corretas que ele já tomou. Se choreu? Ah, mais é claro que sim! Eu ando emotiva de mais com tudo e o filho da mãe mais lindo desse mundo me faz ter uma tarde maravilhosa e muito, muito emocionante. Ouvi toda as mulheres em coro, fazendo um: " Anw" totalmente derretidas me tirando de meus pensamentos. Olhei e vi Gabi toda linda vestida de daminha.

- Que coisa mais linda! - falei sentindo meu coração acelerar. Está chegando a hora, meu Deus! Eu vou casar com o homem que amo!

- Mabele, foca aqui. - O maquiador pediu amigável e eu voltei a ficar imovél como estava, com alguns seguindo depois ele disse: - Pronta! Você está pronta pra casar, minha linda. - meus lábios não ressitiram á um sorriso e tenho a impressão de que minha alma sorria alegremente junto com meus lábios. Levantei e eu estava linda! Sim, como eu sempre imaginei. Dei uma olhada em meu cabelos mais curtos, eu preferi cortar um pouco, mas  Luan ainda não sabe disso. Logo as mulheres da minha vida se aproximaram e meu olhos pairaram sobre minha mãe e vi ela conter lágrimas.

- Não vai chorar. - falei baixinho a olhando, sentindo a emoção me invadir mais ainda, querendo transbordar por meus olhos.

- Carol, você vai fazer a Bele chorar! Chega. - Minha sogra disse tentando conter a emoção nos levando a risadas. Logo começei a receber os abraços de cada uma e mais uma vez eu tentava quase falhamente segurar minhas lágrimas, elas falavam tantas palavras lindas em meu ouvido. Depois de todo aquele momento mulherzinha, regado de amor, emoção e algumas lágrimas de minha mãe. O fotográfo me chamou e então como combinado eu começei com as fotos. Não me perguntem como uma noiva consegue fazer uma mini sessão de fotos antes do casamento, porque nem eu sei como estou conseguindo. Mas isso foi uma escolha minha. Tirei sozinha, com Gabi, individualmente com cada uma das convidadas presentes e  também com todos juntos. A iluminação era incrível e depois de ver rapidamente algumas poucas fotos eu sorri boba.

- Nós estamos indo. - Lô chegou até mim e eu mordi os lábios, sentindo uma ansiedade nunca sentida antes.

- Certo. Eu tô muito nervosa. - rimos de leve e ela segurou minhas mãos.

- Vai ser o dia mais lindo que você já viveu.

- Eu sei. - falei baixo, com a plena certeza de realmente será tudo perfeito hoje.
Todas se foram, restando apenas eu, o fotográfo, o maquiador, o cabeleleiro, minha mãe e Gabi

- Vamos, meu amor? - ela me chamou.

- Vamos. Chegou a hora, mãe. - dei um gritinho de felicidade, arrancando risadas de todos, inclusive de Gabi.

- Chegou, filha. O dia que eu sempre esperei. Você se casando. - eu sentia a emoção querer se transformar em lágrimas.

- Vamos para né? Não posso chorar. - suspirei tentando segurá-las.

- Mabele, acabei de editar duas aqui no notbook. - O fotográfo disse.

- Sério? Me manda pelo whatsapp.

- Certo, vou passar para meu celular e em seguida envio pra você. - sorri em agradecimento.

- Vamos. Eu estou enrolando demais. Rafa deve está perdendo todos os cabelos.

- Impossível! É muito cabelo. - minha mãe fez graça me levando a risadas. Agradeci aos funcionários que ainda estavam no recindo, por terem se disponibilizado durante todo o dia e em seguida eu entrei no carro clássico que me esperava. Sentei no banco de trás junto com Gabi minha mãe foi na frente. Eu olhei a lua e ela estava incrivelmente linda hoje. Parecia que brilhava mais que o normal, como se soubesse que hoje é um dia muito especial. Meu celular começou a vibrar sem parar assim que liguei os dados. Várias e várias mensagens, mas nenhuma era do Luan. Talvez fizeram a mesma sacanagem com ele e o deixaram sem celular. O carro parecia está na menor velocidade, eu quero chegar logo! O mais rápido possível. Chegou uma mensagem do fotográfo e logo vi cerca de cinco fotos, mas eram somente as com Gabi e eu sozinha.

- Mãe, estão lindas! - Falei euforica.

- O que, menina?

- As fotos! Eu preciso dividir isso com o mundo! - falei e em seguida ri sozinha de tamanha alegria. Fui para meu instagram e postei uma minha:
 " Estou a caminho da igreja! Já viram noiva mais viciada no celular? Mas o real motivo de eu está postando essa foto enquanto estou a caminho do consagração do meu casamento é querer dividir minha imensa alegria com vocês que me acompanham e me regam de amor. EU TÔ MUITO FIIIILIIIIZZZZ! 😍 "

- Gabi, olha essa nossa. - eu já havia voltado para a galeria.

- Tá linda. - Ela sorria. Está sala caiu perfeitamente para minhas fotos, sem contar com a perfeita iluminação. Que demora para chegar na igreja. Bufei e suspirei em seguida. Calma, Mabele, é só o começo de tudo.

- Acho que vou postar uma nossa. - Comentei com Gabi enquanto minha mãe estava em uma ligação, e pelo que percebi era meu pai.

- Posta, vai. - Minha irmã me encetivou e isso foi o bastante para que eu voltasse ao instagram. Talvez esteja usando isso para tentar ficar menos ansiosa. E sim, eu acabei conseguindo de certa maneira, já que me distraí com os cometários mais lindos da meninas. Procurei uma das tantas, entre Gabi e eu e postei:
" Maaaais uma! Tô muito ansiosa! ( e essa igreja que parece ser no Japão?) " 

Logo meu celular travou de tantos comentários e likes ao mesmo tempo. Uma loucura! O deixei de lado por instantes.

- O que o pai queria? - perguntei a minha mãe.

- Reclamou da demora. Disse que o Luan já está quase careca, o que é impossível. - pude ver ela revirar os olhos. Gargalhei imaginando o quanto os dois devem estarem nervosos. Tanto quanto eu, eu diria...
Lembrei que nosso casamento será transmido pelo G1, é o site da globo. O nosso casamento está sendo um dos assuntos mais falados na empressa. Mas também, é nada mais nada menos que Luan Santana casando. Voltei ao insta e consegui olhar alguns comentários. Eu não vou chegar nunca a igreja?
Postei mais uma foto, desta vez deixando o link de onde as meninas podem ver o casamento, que aliás já está sendo transmitido, mas não, eu não olhei. Apenas peguei de um dos fã clubes que haviam postado:

Depois de deixá-las infomadas, eu senti o carro parar e quanto olhei eu finalmente havia chegado. Respirei fundo, sentindo meu coração na boca. Minha mãe desceu e pediu para que eu aguardasse, ela entrou enquanto eu tentava controlar minhas pernas que insisitam em balançar sem falar. Com certo de três minutos depois ela voltou e disse que a entrada começara. Assenti com a cabeça e então ela sumiu, logo em seguida vi meu pai e junto com sua chegada eu ouvi uma música calma tocar, exatamente a que eu e Rafa escolhemos. Meu pai abriu a porta e eu desci, como estava mais ao lado, ninguém que estava dentro da igreja conseguiria me ver. Ele segurou minha mãe e estava com os olhos mais brilhantes que nunca.

- Você está uma boneca, minha boneca. - sorri de orelha a orelha e ele beijou minha testa.

- Obrigada, pai. - apesar de sua relação com Luan continuar uma merda, ele hoje enfim se mostrava emocionado com meu casamento.

- E eu, não tô bonita? - Gabi se pôs do meu lado, nos fazendo rir.

- Tá linda também. - ele se curvou beijando sua testa.

- Vamos, pai? - o chamei nervosa e ele assentiu sorrindo, um sorriso carregado se calma. Coloquei minha mão entre seu braço e assim que cheguei na porta da igreja a tão clichê música da entrada das noivas tocou. Eu não abri dela. Gabi subiu um degrau e logo eu e meu pai repetimos a ação da minha irmã, ela sorria e eu? Bom, eu já estava com os olhos repletos de lágrimas. Ver meu amor no altar, com o sorriso mais bobo e lindo desse mundo era de matar. As lágrimas escorreram, eu não consegui contê-las. Demos uma pequena parada para a foto de um outro fotográfo, o que cubrirá todo nosso casamento. Olhei para os convidados e vi todos os meus parentes hamoniosamente minutrados com os parentes do Rafa. Meus olhos correram para o altar novamente, como imã. Vi minhas quatro madrinhas no altar juntamente com meus padrinhos. Leila, Gustavo, Mari, João, Lô e um de meus mais chegados primos, Bru com Samuel, meu amigo de faculdade. Nem preciso comentar sobre o quanto Thiago e Victor falaram no meu ouvido por também não serem padrinhos. Sorri ao lembrar disse e com os passos lentos eu me via mais perto do meu amor. Olhei seus quatro casais de padrinhos também, minhas lágrimas não sessaram de maneira alguma e olhando no rosto do Luan, vi que ele também chorava. Céus, quanta emoção! Chegamos no ponto final, onde meu pai entregou minha mão a Luan e lhe disse:

- Eu sei que você fará minha filha ainda mais feliz com o passar dos anos. Mas eu tô de olho. - ele disse de uma forma amigável, me fazendo rir de leve e Luan sorriu. Meu pai me surpreendeu com sua simpatia!

- Pode deixar, seu Joaquim. - meu pai se sentou juntamente com minha mãe na primeira fileira enquanto eu dei meu buquê a Lô.
- Você tá muito linda. - ele falou baixinho, beirando em um sussurro, enquanto limpava as minhas lágrimas. Só consegui sorrir e o padre começou a falar, sem ao menos me deixar devolver o elogio, já que ele também estava lindo com seu terno preto, alinhado e com sua blusa branca com um botão aberto, mantendo seu jeito despojado. Eu finalmente consegui olhar o padre, o padre Marcelo Rossi. Ele foi escolhido por mim, tenho uma grande admiração por eles, desde muito nova. Luan e eu nos olhamos enquanto o padre continuava a falar. Sorrimos um para o outro, deixando transparescer todo nosso amor.
Depois de todas as sábias palavras do padre Marcelo, chegou a hora de trocar as alianças e quem vinha trazendo era Vitório, quem mais poderia não é mesmo? Com o olhar perdido e com os passos desajeitados ele chegou até nós, como ensaiamos várias vezes.

- Padre, eu quero fazer uma coisa antes, posso? - Luan pediu, fazendo com que eu arregalasse levemente os olhos e que meu coração desparasse mais e mais. Ele vai me fazer chorar, puta merda, ele vai.

- É claro que pode. - O padre respondeu com sua serenidade única. De repente, Rober que é seu padrinho lhe deu um microfone.

- O que você vai fazer? - sussurrei em meio a um sorriso ansioso. Vitório já estava no colo do avô, também no primeiro banco, enquanto o padre segurava o pequenina acochoada almofada vermelha com nossas alianças. Ele começou, lendo um papel que tirou de sua calça social:

- Você chegou bagunçando tudo, desarrumando tudo dentro de mim. No começo eu fiquei sem saber o que fazer e tentei lutar com todas as forças para que tudo voltasse a ficar no lugar, mas não ficou, graças a Deus. Eu fui descobrindo aos poucos o quão grande e intenso pode ser o amor. Você me laçou, muié! - todos riram, inclusive eu e ele. - Você arrumou tudo novamente com o tempo, mas de um jeito diferente. Do seu jeito e eu gostei muito. Mabele, eu te amo e mais uma vez eu quero dizer que está casando hoje com você é a coisa mais certa que eu já fiz em toda minha vida. Eu te amo hoje, amanhã, próxima semana, próxima década... Pra sempre eu vou te amar! - eu já chorava horrores. - Obrigada por bagunçar e arrumar minha vida tão bem, obrigada por me amar. Eu te amo tanto, do fundo do coração mesmo. - Ele fechou os olhos com força, como se tentasse passar a verdade de suas palavras. - Será pra sempre nós. - beijou minha testa demoradamente, enquanto todos aplaudiam.

- Eu te amo muito também. - sussurrei, agora com a minha testa encostada nas suas.

- Depois desta linda declaração, você consegue falar alguma coisa? - O padre perguntou com humor. O olhei sorrindo.

- Eu acho que sim. - peguei o microfone e Rafa me olhava atento. - Você sabe o quão importante é na minha vida. - eu já estava com a voz embargada, por conta das lágrimas que vinham com toda força novamente. - ele sorriu e passou a mão por meu braço, como uma forma de me acalmar. - Eu devo tá toda borrada, mas tudo bem. - funguei vontando a falar e todos riram. - Você é parte de mim. Uma das parte mais lindas de mim. Eu te amo com todo o amor que possa existir. - e pronto, eu não consegui falar mais nada. Ele me abraçou apertado, enquanto ei tentava me recompor. Todos aplaudiam novamente.

- Que Deus conserve esse amor tão lindo. - Ouvimos o padre falar e então Rafa desfez o abraço e voltamos a olhar o padre.

- Amém. - Rafa e eu falamos em coro.

- Vamos trocar as alianças? - assentimos sorrindo e então fizemos todo o ritual. Padre nos declarou marido e mulher e então eu pude sentir seus lábios nos meus que sensação mais... Mais... Ah, não consigo descrever. Está cerimônia foi muito mais perfeita do que eu imaginei e ainda temos nossa festa. Ah, que felicidade! Agora eu sou Mabele Santana. Esposa de Luan Santana.





Finalmente o casamento!!! E no próximo a continuidade com a festa, viu? Gostaram? Do hot do cap passado vcs gostaram né? 🙊😂 Fiquei felizzzzz, muito feliz! Respondo os comentários desta cap viu? 
O que achão que vai acontecer nessa fexxxxta? 👀
META: 13 COMENTÁRIOS.
Bjs, Jéssica. ❤