quinta-feira, 28 de abril de 2016

Capítulo 136

Acordei e logo ouvi a voz do Luan, cantando no banheiro, sorri e fechei meus olhos lembrando de ontem. Nem consigo acreditar que agora estou noiva dele. Foi tudo tão lindo, melhor impossível! Ele saiu com a toalha enrolada na cintura.

- Acordou, preguiça?! - sorrimos e ele veio até mim, me dando um selinho demorado. - Levanta que nós vamos conhecer alguns pontos turísticos. Apenas assenti e com alguns minutos levantei e fui tomar banho, hoje o sol tomava conta e então pudemos vestir roupas mais frescas. Antes de sairmos do quarto, ele quis bater uma foto de nossas mãos.

- Quero mostrar logo pra todos que agora você é minha noiva e que daqui a três meses vamos casar.

- Três meses? Tá maluco? Claro que não, Rafa! - Ri sentando junto dele na cama.

- Depois a gente decidi isso. - vi que ele iria postar a foto e já estava começando uma legenda.

- A Lelê deu carta branca?

- Deu. - falou concentrado e então eu levantei para ligar pra minha família, desde que cheguei eu não falo com eles. Conversei com minha mãe e meu pai estava em casa, amanheceu indisposto, mas nada grave. Lhes contei a novidade e foram as reações que eu já esperava. Meu pai ficou um tanto encimado, se mostrou um pouco frio. A relação dele com Luan hoje em dia é péssima, mas ao contrário de seu Joaquim, minha mãe ficou radiante com a notícia e isso me contagiou, fiquei mais feliz ainda, se possível, no meio da ligação Rafa me chamou e então eu desci ainda ao telefone, ela queria saber dos mínimos detalhes e eu disse que retornaria depois, pois estávamos de saída.

- Ela ficou feliz em?! - Rafa disse, enquanto já saiamos do elevador.

- Muito feliz, só não ultrapassou a minha felicidade. - sorrimos.

- A nossa. - me corrigiu e beijou minha bochecha.

- Olha os pombinhos! - Marquinhos fez graça assim que nos viu. Mostrei minha aliança toda convencida e eles começaram a me zoar. Fomos de encontro com nossa guia e enquanto estávamos no veículo eu contava da emoção que senti ontem para a Lô, que estava feliz por mim, eu conseguia ver em seus olhos. Como nós estávamos em um carro, todos acabavam ouvindo a conversa e participando dela. Conhecemos os pontos turísticos, todos muito lindos. Fomos almoçar em um restaurante que era bem aconchegante. Sem parar fomos no shopping e parecia ser algo de outro planeta! Eu e Lô estávamos apaixonadas! Acabamos nos separando dos meninos, afinal, nossas compras seram diferentes. Gastamos horas comprando várias e várias coisas, pra nós e para nossos familiares e amigos mais próximos. É, eu não consegui me segurar e saí comprando tudo! Já era noite quando chegamos no ponto em que combinamos de encontrar com os meninos, enquanto eles não chegavam, Lô entrou no assunto Rober.

- Eu nunca imaginei que o Rober fosse me pedir em namoro. Você sabia disso?

- Não. - Ri fraco. - Mas ele sempre falava de você com um certo encanto.

- Por isso eu não me envolvo. Tá vendo o que aconteceu? Ele se apaixonou. - suspirou.

- E você não sente nada, nadinha por ele? - Encolhi os olhos.

- Sinto um carinho por ele, somos amigos.

- Sei, Eloísa.

- Para, Mabele! Eu tô falando sério.

- Tá bom. - coloquei as mãos pra cima em forma de rendimento. Ficamos caladas por segundos e eu ouvi a risada do Luan. Eles vinham gravando snap e logo chegaram até nós.

- Ainda sobrou alguma coisa pra vender nas lojas que vocês passaram? - Douglas ironizou.

- Idiota! - Lô respondeu enquanto nós riamos.

- Vem pra selfie. - Luan chamou seus dois amigos e assim fizeram.
- Agora vem cá, amor. - sentamos e Marquinhos bateu um foto nossa, enquanto eu deixei minhas sacolas no chão. Depois de uma pequena sessão de fotos, fomos de encontro a nossa guia e quando chegamos no quarto de hotel, Rafa foi tomar banho. Ainda hoje vamos a uma balada. Enquanto ele estava no banho aproveitei para olhar o instagram e me deparei com algumas postagens dele:
         " @marquinhosewf            @douglascezar_ "

A segunda foi uma comigo:
                             " ❤ "
Encontrei mais algumas da Lô, do Marquinhos e do Douglas, mas quando me deparei com a que Luan postou das nossas mãos já com as alianças, sorri toda boba:
" Tomei uma das mais certas decisões da minha vida. Hoje é minha noiva e logo se tornará minha esposa, mãe dos meus filhos, avó dos meu netos e assim sucessivamente...  Eu encontrei A pessoa. @mabelebricio ❤ "

A confusão de comentários estava enorme, apenas comentei um: eu te amo e não me dei o trabalho de ler a opinião de suas fãs. Fui atrás de uma das fotos do prédio que eu bati e decidi postar:
" Como dizer não quando se tem uma surpresa linda dessa? Quando se tem o amor da sua vida de joelhos em sua frente? Sim, sim, sim! Quantas vezes preciso for. The best @luansantana"

(...)

Los angeles...

Nossa segunda parada. Chegamos e já era noite, Lô falava com o Rober dentro do carro enquanto eu entrei no supermercado junto com os meninos para comprarmos algumas goloseimas. Fazia frio e eu estava com um blusão enorme do Rafa.

- Vem cá, amor. - o chamei já com o celular posicionado, ele sorriu e então bati uma selfie.

- Cê vai querer experimentar isso? - me mostrou um saquinho de bombom.

- Tudo que for doce eu quero experimentar. - rimos e ele voltou a escolher as coisas junto com seus amigos. Aproveitei e postei a foto:
                     " My love ❤ "

Depois de todas as escolhas voltamos para o carro e fomos para o hotel, que mais uma vez era um luxo! Como haviamos marcado de passar a madrugada assistindo filmes, foi isso que fizemos... Ou tentamos. Todos vieram para o meu quarto e do Rafa. Meu noivo estava sentado com as costas encostada na cabeceira da cama e eu estava deitada entre suas pernas com a cabeça em seu peito.

- Vai começar. - Lô voltou e ficou entre os meninos. No começo até que estavámos prestando atenção, mas logo Rafa começou a fazer um cafune em meus cabelos e vez ou outra beijava-os, me deixando sonolenta. Marquinhos não deixava a Lô em paz, ficava zoando-a por conta do Rober, enfim, quando percebi naquele quarto já estava uma baderna.

- Vamos assistir o filme, ou eu coloco a chutes todos pra fora! - reclamei e todos me olharam surpresos.

- Cuidado, gente. Só é pequena, mas é atrevida! - Rafa fez graça e todos soltaram a risada que eu percebi que seguravam desde a hora que reclamei. Revirei os olhos sorrindo. Bobos!
Voltamos a assistir o filme, mas eu não resisti por muito tempo e quando me deu conta já havia dormido.

(...)

Depois de passar mais alguns dias de viajem voltamos ao Brasil e já estavámos no carro de volta para o Alphaville, quando ele me mostrou uma foto que tiramos no aeroporto já postada, enquanto seu pai dirigia: 

             " Tamo de voltaaa! "

- Ficou tão bonitinha. - comentei.

- Também achei. - sorriu e logo voltamos a conversar com meu sogro, falando um pouco como foi tudo e claro, do nosso noivado.

(...)

Um mês se passou e hoje nós estavámos indo para a comemoração de trinta anos de casados do meus pais. Ou se preferirem: bodas de pérolas. Rafa continuava em insistir, que deveriamos casar logo.

- Não agora, Luan! - respondi irritada, pela milésima vez, enquanto estavámos parados no sinal.

- O que você tem de linda, tem de chata e teimosa. - falou irritado também e eu não segurei a risada.

- Vamos esperar pelo menos até o fim do ano, amor. - ele respirou fundo e não me respondeu, dando total atenção ao trânsito. Não é assim como ele pensa. Casamento exige tempo e isso nós não temos. Agora eu entendo meu irmão quando ele falava sobre precisar ter tempo para organizar tudo.
Chegamos e então eu percebi que realmente era A festa. Entramos e a dupla que minha mãe contratou já cantava.

- Eles mandam bem! - falei após ouvir a segunda música.

- Muito bem mesmo. - Rafa concordou e pegou meu salgadinho que eu já levava a minha boca.

- Era meu. - o olhei entediosa.

- Agora não é mais. - disse sorrindo após engolir. Finalmente vi meus pais e logo fomos cumprimentá-los. Meu pai e Luan se trataram educadamente com um aperto de mão e só. Me empolguei conversando com eles, enquanto percebi que Vitório vinha com seus passinhos desequilibrados e claro, com a supervisão da pai. Logo que chegaram até nós, meu afilhado agarrou as pernas do Luan que o colocou no braço. Meu irmão iniciou uma conversa conosco e eu nem percebi que Rafa se distânciou. Logo meus pais foram falar com outros convidados, Jô foi atrás e eu postei a foto que Rafa havia batido minha assim que chegamos:

" Tudo sobre as bodas de pérolas dos meus velhinhos no snap. Veeeem! 🙆 "


Um garcom passou e eu peguei uma taça de champagne fiquei bem próximo ao palco olhando o show dos rapazes e gravando snaps também e aproveitei e fiz uma selfie:

- O que cê tá babando nesses caras? - Rafael falou me assutando.

- Que susto! - sorri. - Não é nada. Só tô vendo o show.

- Sei dona Mabele, sei... - me olhou desconfiado e eu passei o braço em volta do seu pescoço.

- Onde você tava? - perguntei e selei nossos lábios, deixando sua boca com uma manchinha de batom.

- Tava com o meu afilhado e ocê aqui, babando neles. - olhou os caras, me fazendo rir. Passei o dedo por sua boca, limpando a marca de batom.

- Deixa de ser bobo. - ele passou a mão em volta da minha cintura e cheirou meu pescoço.

- Minha cheirosa. - o beijou em seguida, me arrepiando. Sorri e nós trocamos um beijo longo, gostoso.

- Ei, vocês dois! - ouvi a voz da Gabi, interrompendo nosso maravilho beijo.

- Oi? - revirei os olhos.

- Para de beijar na boca. - cruzou os bracinhos, cheia de razão. Rafa deu uma risada gostosa, enquanto eu respirei fundo.

- Cê tem ciúmes do tio, né princesa? - Rafa falou todo dengoso com ela.

- Não. - negou olhando pro lado.

- Como ela pode parecer tanto com você? Olha o jeito igualzinho. - ele sorria.

- É uma imitona isso sim. - falei para irritá-la.

- Não sou imitona. - revirou os olhos e mais uma vez Rafa deu uma risadinha.

- Vem cá. - ele me soltou e a colocou nos braços. É maluco por ela. Começou a beijar sua bochecha seguidas vezes. Fazendo ela rir e me fazendo sorrir.

- Você mima tanto essa menina..- neguei com a cabeça e ela já tinha a cabeça encostada no ombro dele.

- Mimo você também e você não reclama.

- É, não reclama. - Gabi se meteu, me fazendo revirar os olhos. De repente ouvimos um dos cantores chamar Luan para fazer uma participação e ele foi, ainda com Gabi nos braços. Escolheram uma música do Zezé de camago e Luciano e começaram a cantar. Não perdi tempo e já estava gravando snaps. O garçom voltou a passar e pegou minha taça já vazia. Meu pai logo foi para o centro e começou a dançar com minha mãe. Gustavo fez o mesmo com a Leila e eu tentava entender qual era a mulher na dança. Logo meus tios pegaram suas mulheres e os maridos das minhas tias as tiraram para dançar. Logo aquilo estava cheio de casais se divertindo e dançando. Eu me divertia olhando aquilo tudo. Olhei para o palco e Rafa " dançava" com Gabi. Vi um dos cantores vir em minha direção e estendeu a mão quando chegou mais próximo. Olhei de relance e vi que Rafa havia parado de cantar e com a cara fechada olhava aquela cena. Eu não poderia fazer a desfeita com o moço e então, aceitei. Ele me levou para o meio da galera e dançamos a música toda. Quando a música acabou, ele disse:

- Foi um prazer. - beijou minha mão e eu sorri sem graça.

- Amor? - Só então vi Luan chegar, o cara o olhou arregalado e com um sorriso sem graça se afastou, voltando ao palco. - Não posso dar mole né? Caralho! Tanta mulher solteira aqui e ele vem em você.

- Foi só uma dança, Rafael.

- Pra você, por que pra ele era o começo de uma fisgada. - acabei rindo e ele continuou sério, olhando para um ponto qualquer do ambiente. Segurei seu rosto e selei nossos lábios, ele não correspondeu. Beijei novamente e mais uma vez não fui correspondida. Ainda com minha boca próxima a dele, olhei em seus olhos:
- Para, Rafa. - sussurrei e ele me olhava nos olhos também. - Só um beijinho? Só um? - fiz bico e surgiu um sorriso contido em seus lábios. Sorri e selei nossos lábios, desta vez sendo correspondida. Ele logo emaranhou suas mãos em meus cabelos e trocamos um beijo intenso. Me deu vontade de rir ao perceber que consigo fazer sua raiva ir embora tão facilmente. Eu o amo mesmo com esse ciúme, as vezes exagerado. Mas eu o amo com todas as qualidades e principalmente com todos os seus defeitos que se encaixam perfeitamente aos meus.




Postado, lindaaas!!! 
Obrigada por cada comentário viu?! 😍 fico mtoooo feliz! De verdade mesmo.
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Bjs, Jéssica. ❤

terça-feira, 26 de abril de 2016

Capítulo 135

Depois de dormimos um pouco... Um pouco não, muito! Fomos comer algo no restaurante do hotel mesmo. Tudo era um luxo e eu estava encantada. Enquanto conversavamos, Rafa se manteve mais calado e me observava. Isso não é tipico dele, mas eu não o questionei.

- Bora dá umas voltas numas lojas? - Marquinhos deu a ideia.

- Bora! Quero comprar uns trem. - Douglas disse.

- Nós não precisamos nem responder. - eu disse rindo de leve, me referindo a minha amiga e eu.

- Bora, Luan? - Marquinhos o chamou e ele assentiu com a cabeça em meio a um sorriso pequeno.

Depois de estarmos satisfeitos fomos para nossos quartos, enquanto eu procurava uma roupa, Rafa disse:

- Amor, depois que a gente comprar os trem, eu quero dar uma volta, só nós dois.

- Tudo bem. - o olhei sorrindo e logo voltei minha atenção para procurar a roupa.

Depois de um banho juntos e depois de ficarmos prontos, fomos encontrar o restante da galera no hall do hotel. Entramos no elevador e ele me abraçou por trás.

- Cê tá tão linda! - me olhou através do espelho. Sorri toda derretida.

- Obrigada, amor. Você também tá um gato com essa jaqueta. - continuamos nos olhando através do espelho. Ele riu e beijou minha bochecha.

* Luan narrando.

Fomos caminhando após a nossa guia turística nos deixar até certo ponto. Eu estou num nervoso... Antes de sairmos eu peguei as alianças e liguei para meus contatos pra saber se tudo estava certo. É, eu vou pedi-lá em casamento e acho que isso não se passa pela cabeça dela.

- Amor, aqui é muito lindo. - ela me olhava como uma criança, com um brilho no olhar e um sorriso mais lindo que o comum, enquanto caminhavamos de mãos dadas.

- É, é muito massa. - sorri e a beijei rapidamente.

- Amiga! Olha só! - Lô fez um pequeno escândalo parando em frente a uma loja.

- Meu Deus! - Bele falou boquiaberta enquanto eu e os meninos as olhava sem entender.

- Vem. - Eloísa puxou minha namorada pela mão e ela foram em passos largos.

- Endoidaram.  - Marquinhos riu, nos levando a risadas também. O que nos restou foi acompanhá-las até dentro da loja. e enquanto elas escolhiam as roupas a gente mofava no sofá que havia. Aproveitei para gravar snaps falando da nossa espera. Mostrei as duas também, completamente distraídas. Eu tentava fazer de tudo para fazer com que o nervoso, a ansiedade fosse embora e sem me segurar contei para meus amigos que ainda não sabiam da minha intenção.

- Preciso falar com vocês. - eles me olharam sem entender e com uma certa preocupação.

- Fala, pô. - Douglas disse.

- Eu vou pedir a Bele em casamento. - fui direto e eles ficaram boquiaberto no mesmo instante.

- O que? - Marquinhos falou quase em um grito, sem acreditar.

- Fala baixo, caralho! - antes de continuarmos, Bele se aproximou.

- Amor, você acha melhor esse ou esse? - me mostrou dois vestidos idênticos, só mudava a cor.

- Tanto faz, uai. É o mesmo vestido. - dei de ombros e ela revirou os olhos.

- Mas a cor, Luan. Qual combina mais?

- Combina com o que?

- Bele, cê vai ficar linda com qualquer um. - Douglas disse e ela sorriu.

- Quero saber qual combina mais com meu tom de pele. O que vocês acham? - colocou um em frente ao corpo e logo em seguida outro.

- Tanto faz. - nós três falamos juntos e ela revirou os olhos mais uma vez e deu as costas, voltando para próximo de sua amiga.

- Cê falou sério quando disse que vai pedir ela em casamento? - Douglas perguntou ainda desacreditado.

- É sério, viado. - acabei rindo dos rostos assustados que eles mantiam.

- Cê tá bem, boi? - Marquinhos perguntou.

- Tô cara! É tão absurdo assim que querer casar?

- Não, claro que não. Mas... - Antes que Marquinhos terminasse, Douglas disse:

- A gente só pensou que não viveria pra ver isso.  - Eles riram me levando a risadas também.

- Cês vão até presenciar meu casamento.- Eles continuaram me olhando como se a ficha de que aquilo era verdade ainda não tivesse caído. E eu acabei me divertindo com isso.

Não sei por quanto tempo ficamos ali, mas sei que foi muito tempo esperando as duas e só quando elas pagaram tudo que compraram, percebemos que haviam coisas pra homens também.

- Amanhã a gente vê isso, cara. - falei com Maquinhos que olhava os sapatos. Eu tenho horários!

- Espera, viado. - insistiu e me deu vontade de enforcá-lo. Ele quer atrapalhar meus planos mesmo?

- Vamos embora! - Chamei com uma certa ansiedade. Fiquei com medo de não dar certo.

- Calma, amor. Deixa ele escolher. - Bele me olhou toda meiga me fazendo suspirar.

- Vocês vão ter a noite toda. - Eloísa disse maliciosa.

- Não é isso... - respirei fundo.

- Algum problema, Rafa? - Bele me olhou com uma certa preocupação.

- A gente combinou de ficar um tempo juntos, lembra? - tentei falar do modo que só ela ouvisse, mas foi impossível.

- Vai lá, amiga. Os meninos e eu vamos para o hotel depois. - Eloísa disse.

- Porque essa pressa? Nós podemos esperar. - me repreendeu com o olhar e minha vontade foi de xingá-lá. Mas me segurei mesmo em pensamento. Ótimo Luan, tá saindo tudo como planejado! Douglas me olhou como se tentasse entender minha pressa e eu tentei me comunicar com o olhar e graças aos céus ele percebeu.

- Marquinhos, vambora cara. - o puxava pelo braço.

- É, bora logo. - falei e ele nos olhou feio, enfim saímos da loja.

- Você tá gelado. - Bele disse ao entrelaçar nossas mãos.

- É o frio, amor. - menti. É claro que não é frio, é nervoso mesmo. - Nós vamos por aqui.... Eu acho. - falei incerto.

- Tá certo. Meninos vocês podem levar pra mim. - se referiu as sacolas com roupas e bolsas, com um sorriso amarelo.

- Podemos. - Douglas riu de leve e dividiu as sacolas com Marquinhos, enquanto eu sentia meu coracão quase sair pela boca.

Eles foram pelo caminho contrário ao nosso.

- E então, onde vamos? - ela me olhou sorrindo, enquanto mexia no cabelo.

- Andar. Vamos caminhar um pouco. - sorri, tentando passar naturalidade.

- Andar sem rumo? - ela riu.

- Não, amor. É claro que não. - a olhei e ela tinha um olhar de que não estava entendendo nada. Mas graças a Deus ela não insistiu em perguntas. Do jeito que estou nervoso, acabaria me enrolando. Ela passou o braço em volta da minha cintura e eu passei o meu em volta dos seus ombros. Meu celular tocou e logo vi que era a ligação que eu esperava. Atendi sobre seus olhares.

- Oi?

- Luan, te liguei pra avisar que o prédio é à três quarteirões da loja onde vocês estavam. - minha guia turística me passava as informações necessárias e eu ouvia a voz da Eloísa falando sem parar que não acreditava que eu ia pedir a Bele em casamento.

- Beleza. Tô na direção certa né?

- Foi contrário ao caminho dos meninos não é?

- Uhum. - eu já não me aguentava de nervoso.

- Então está certo.

- Então tá, beijo linda.

- Beijo. - desliguei e Bele já foi perguntando:

- Quem era?

- A nossa guia, esqueci o nome dela. - fingi não dar importância.

- E que papo estranho foi esse de direção certa? - respirei fundo. Ê Mabele, você poderia facilitar mais...

- Nada, amor. Eu quero te levar em um lugar. - selei nossos lábios e ela me olhou desconfiada.

- Você tá muito nervoso, tá gelado... O que você tá aprontando, Luan? - foi direta e tinha um olhar intimidador.

- Eu não tô nervoso. Tô frio porque aqui faz frio, você pensou nisso? - tentei desconversar e logo puxei outro assunto, ela se distraiu e nós dávamos altas risadas lembrando de alguns momentos do nosso namoro, quando eu percebi que já havíamos chegado em frente ao prédio que me ajudará no meu pedido.

- Espera, amor. - segurei suas duas mãos e parei em sua frente, interrompendo o que ela estava falando. - Nós já vivemos muitos momentos lindos não é?

- Sim, muitos. - ela sorriu toda boba com a cabeça inclinada pro lado. É, ela ainda não desconfia.

- E são desses momentos que eu lembro quando tô distante, são eles que me ajudam nas horas de solidão em algum quarto de hotel. São eles que me fazem te amar a cada dia mais. - algumas luzes do prédio à nossa frente se acenderam formando um enorme coração. Ela olhou para aquilo com a boca entreaberta.

- Amor, o que é isso? - voltou a me olhar com um sorriso lindo e um olhar meio perdido.

- Eu quero dividir muitos momentos lindos no futuro com você. Eu sei que é você e que vai ser você pra sempre. Seja pra dividir coisas boas, ruim... Será você..- me ajoelhei em frente a ela e ela tinha uma mão na boca, totalmente surpresa, algumas pessoas passavam e ficavam bobas com o momento. Procurei as alianças e quando as achei abri a caixinha: - Mabele, minha pinguinho, você quer casar comigo? - ela já tinha alguma lágrimas escorrendo pelo rosto.

- É claro que eu aceito, meu amor. - falou com a voz embargada. E então levantei e nós nos abraçamos apertado. - Eu te amo. - falou com a voz abafada e eu sorri.

- Eu que te amo. - ela afastou o rosto minimamente e segurou meu rosto me beijando, a tirei do chão e nós trocamos um beijo apaixonado entre suas lágrimas de felicidade. Se prolongou até que eu encerrei com selinhos.

- Tenho que colocar a aliança né?! - nós rimos e desfezemos o abraço. - Deixa eu acabar com essas lágrimas desse rostinho lindo. - ela só me olhava totalmente encantada, enquanto eu secava suas lágrimas.

- Como eu não desconfei? Você é perfeito mesmo! Fez isso tudo. - olhou para o prédio ainda com o formato de coração.

- Você foi mais lerda que eu. - fiz graça e ela bateu de leve em meu ombro rindo.

- Coloca logo essa aliança, vai. - falou toda convencida, nos fazendo rir novamente. Assim fiz, coloquei a aliança lentamente e eu sentia uma sensação de certeza tão grande, uma certeza de que tomei a decisão certa. Talvez a decisão mais certa da minha vida. Beijei seu dedo já com a aliança e em seguida ela fez o mesmo comigo. Incrivelmente o sorriso continuava em nossos rosto, é muita felicidade, é muito amor! Beijou meu dedo já com a aliança e logo em seguida trocamos mais um beijo lento, molhado, repleto de paixão. Assim que encerramos ela disse:

- Preciso bater uma foto disso. - se referiu ao prédio e logo pegou o celular e tirou algumas fotos seguidamente, enquanto eu mantia meu olhar nela. Como eu amo essa mulher!

- Quem sabe disso, amor?

- Disso o que? - ela voltou a me olhar, guardando o celular.

- De que você iria me pedir em casamento, lerdo. - revirou os olhos e eu acabei rindo de mim mesmo.

- Meus pais, o Rober e a Lelê.

- Nem os meninos sabiam? - ela perguntou surpresa.

- Não. Eles souberam enquanto a gente tava na loja.

- Como você é danadinho! - ela encolheu os olhos me olhando e eu passei os braços em volta da sua cintura e beijei deu queixo o mordendo em seguida.

- Vamos voltar pro hotel, minha noiva? Tem um lindo jantar nos esperando. - falei e seus olhos brilhavam de tanta felicidade.

- Vamos, meu noivo. - falou toda convencida e selou nossos lábios.
Liguei para a minha guia turística e pedi para que ela falasse com a galera que produziu o coração no prédio, já podiam desligar as luzes.
- Esse anel é muito lindo. É de brilhante, que chique! - rimos e ela estava tão boba, eu não ficava atrás.
Ao chegarmos no hotel com a ajuda do motorista que moça que estava sendo nossa guia mandou. Eu não lembro o nome dela, sou péssimos pra nome. Ao entramos em nosso quarto tiramos nossos casacos.

- Vem cá. - segurei sua mão e fomos até o varanda onde jantamos em meio a vista linda de Las Vegas, trocando olhares apaixonados e sorrisos sem fim. Ela me cobrou uma explicação de como eu fiz tudo. Os assuntos nos renderam boas risadas, principalmente ao lembrar do Marquinhos atrapalhando mesmo sem querer os meus planos e ainda com uma certa " ajuda" da própria Mabele. Nossa felicidade era quase palpável e eu não sei até que horas ficamos conversando e planejando coisas sobre o casamento. Eu tenho pressa, ao contrario dela. Eu quero casar logo, não precisamos esperar mais um ano para casar. Ficamos tentando entrar em um consenso, quando ela me interrompeu.

- Vamos encerrar esse assunto? - levantou e sentou de lado em meu colo.

- Me convença a encerrar esse assunto. - sorrimos maliciosos e ela levou seu rosto até meu ouvido e sussurrou:

- Vem pro quarto, neguinho. Lá a gente conversa. - mordeu a pontinha da minha orelha me fazendo arrepiar. Saiu do meu logo e logo levantei. Entre beijos fomos para o quarto, onde nos amamos calmamente, apaixonadamente. Um encontro de almas!





OS MAIS NOVOS NOIVOS DO MOMENTOOOOO!!! Vocês acertam em? O PEDIDO FOI FEITOOO! fiz com muito amor e espero que eu tenho agradado vocês. O que acharam? 
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Bjs, Jéssica. ❤

domingo, 24 de abril de 2016

Capítulo 134

Faltando um dia pro natal e diferente do ano passado, eu não estava na correria. Pelo contrário, estou até tranquila, mas só ficaria tranquila completamente se Luan não fosse passar o natal tão próximo daquela Clara. Por muita insistência da Gabi, a levei no shopping, até porque hoje eu não fui para a loja. Fomos ela e eu ver o papai noel. Ninguém estava com tempo então sobrou pra mim essa missão. Acabamos nos divertindo bastante e eté eu bati foto com o bom velhinho. Chegamos em casa já a tarde e eu aproveitei para postar minha foto:
  " Com o velhinho mais bonzinho desse mundo! 😍 "

Fui na casa dos meus sogros mesmo sabendo que Luan não está. Acabei ficando com eles até o comecinho da noite e foi impossível não tocar no assunto Clara. Eles tentaram me tranquiliazar, dizendo que Luan jamais seria capaz de fazer algo parecido, até porque ele sofreu muito quando terminamos.

(...)

Já era noite do dia 24, véspera de natal. Esperei um sinal de vida do Luan o dia todo! Ele não me ligou e eu não fui atrás também. Pode parecer infantil, aliás isso é infantil. Mas eu quero que ele ligue, quero saber que ele sente falta e que lembra de mim. Também não quero bancar a possessiva ligando pra ele. Vai pensar que é por causa do ciúmes da tal Clara. Confesso que não tá fácil, essa situação tá me incomodando até o último fio do meu cabelo. Confesso outra coisa: se eu pudesse teria passado o dia pendurada ao celular conversando com ele e sabendo cada coisinha que ele estava fazendo. Estou parecendo uma louca não é? Muitos podem achar que é exagero, outros entenderiam que ele vai estar próximo a menina com quem me traiu. Não importa se foi um selinho, foi uma traição do mesmo jeito. Merda, borrei meu delineado! É isso que dá Mabele, pensar nessas coisas enquanto faz sua maquiagem. Expulsei meus pensamentos voltando toda minha concentração ao que estava fazendo.

Quando fiquei pronto me olhei no espelho gostando do que estava vendo. Bateram na porta e eu atendi, era Gabi toda princesa dizendo que o papai noel estava lá embaixo. Me puxou toda animada e eu fui ver do meu tio disfarçado. Acabamos fazendo alguns vídeos e aproveitei para postar uma foto no snap também:
A música rolava solta e todos estavam muito animados.
Encontrei minhas duas avós sentadinhas comendo. Sentei ao lado delas e logo perguntaram por Luan.

- Ele não me ligou hoje. - sorri pequeno sem esconder meu descontento.

- E porque essa carinha? - minha vó materna perguntou.

- Ah vó, eu sei que ele tá aproveitando a família, mas o que custa ligar nem que seja pra desejar feliz natal?

- Então liga você, menina! - minha vó paterna disse. - No meu tempo, quando o moço não tinha iniciativa eu tomava. - não segurei o riso.

- Deixa de bobagem, liga pra ele. - minha outra vó falou.

- Não vou ligar não. - falei decidida.

- Olha, não vai falar pro seu vô que eu te disse isso, mas quem teve a iniciativa do primeiro beijo foi eu. Ele sempre foi muito molenga. - Minha vó paterna falou, me fazendo rir mais uma vez. - O Luan é um molenga também né? Ainda não te pediu em casamento.

- Pois é, acho que ele corre de casamento. - sorri.

- Mas que ele ama você, ele ama. Ah, isso é visível a qualquer um. - minha vó materna falou com um sorriso lindo.

- Eu sei que ele ama. Eu também amo ele, mas acho que casamento tão cedo ele não vai pedir. - Ri desacreditada. - Ele até já tocou no assunto, mas eu acho que vai demorar. - Ficamos conversando sobre relacionamento durante um bom tempo! Principalmente sobre o meu e como eu amo ouvi-lás, sinto falta de tê-las no meus dias. Uma tão doce e a outra tão direta, sem papas na língua... As duas maravilhosas!
Encerramos nosso animado papo quando minha tia me puxou para dançar. Foi uma verdadeira palhaçada! Ela já estava animadinha e trocava os passos, me fazendo rir e me fazendo esquecer o Rafa por alguns minutos. Agora eu dançava com meu pai, quando ouvi minha mãe me chamar.

- O Luan. - mostrou meu celular pra mim e o meu sorriso foi de orelha a orelha, o coração acelerou. Deixei meu pai e em passos largos fui até minha mãe.

* Luan narrando.

Meu dia foi curtindo muito minha família, nem peguei no celular. Clara chegou a aparecer com sua vó, dona Luiza. Mas nós não trocamos uma palavra. Dona Luiza como sempre simpática perguntou por Mabele e cobrou explicações da última vez que estivemos em sua casa. Inventei uma desculpa qualquer e logo ela cobrou outra visita da Bele. Minha pequena sempre encantando a todos.
A noite chegou e depois do jantar eu fui ligar pra ela, já que não nos falamos hoje. Sei que ela anda bem enciumada com esse reencontro meu e da Clara. Mas não sou o babaca de um ano atrás.

- Oi amor! - ela atendeu animada e eu ouvia a música alta junto com risadas e conversas.

- Tudo bem?

- Tudo e com você?

- Também. Tudo numa boa. - sorri sentindo uma leveza que só ela me causa. Uma calma no coração incomum.

- Tá muito animado aí?

- Tá sim! Nem preciso perguntar como tá aí, tô ouvindo tudo. - rimos de leve e ela ficou em silêncio por alguns segundos.

- Pois é... - falou totalmente sem assunto. Sei o que tanto ela quer saber.

- Ela apareceu aqui hoje. Mas não nos falamos, fica tranquila.

- Ela quem? - se fez de desentendida.

- A Clara, Bele. - revirei os olhos.

- Ah, nem lembrei disso hoje. Estava muito ocupada pra pensar nessa menina. - fez pouco caso.

- Sério? - me surpreendi, já que chegamos até a discutir por conta do seu ciúme.

- Sério! - respondeu com a maior naturalidade, me fazendo estranhar.

- Hum. Mas então, que roupa que cê tá? - perguntei bobo.

- Um vestido simples, vermelho e um salto nude. - Fechei os olhos imaginando o tanto que ele deve estar linda.

- Deve tá linda. Cheirosa também. - ouvi sua linda risada.

- E você? Não comprou roupa mesmo?

- Não, vesti uma blusa e uma calça que nunca usei. - dei de ombros.

- Deve tá tão cheiroso também... - sorri.

- Tô gostoso, maravilhoso... Um pedaço de mal caminho. Tudo seu!

- Só meu. - ela afirmou cheia de certeza e antes que eu pudesse falar algo, Bruna apareceu na sala com minha prima Mariana e minha tia, fazendo a maior baderna.

- Dá pra calarem a boca? - reclamei e minha tia que já estava bêbada gargalhou alto. Sempre tem desses parentes nas festas.

- Cê tá falando com minha cunha? - Bru perguntou como se já desconfiasse. Afirmei com a cabeça e ela logo veio toda serelepe pegando meu celular na cara dura.
- Meu amor, feliz natal! - falou e depois riu, ficou calada por alguns segundos e voltou a falar: - A Bru aqui que te ama. Ama muito!

- Agora vai longe... - reclamei com Mariana que riu e logo acompanhou sua mãe até a cozinha.

(...)

Meu natal foi tranquilo e logo voltei para fazer os shows. Esse ano a virada foi em São Paulo mesmo e então todos passaram juntos. Minha família junto com a família da minha Bele. Foi uma animação sem fim! A maior novidade de todas, foi o Rober que pediu a Lô em namoro e levou um não. Ninguém sabe disso, há não ser Bele e eu, os mais próximos deles. Confesso que fiquei com dó do meu amigo, ele ficou arrasado! Talvez ela não gosta dele o suficiente ou a distância atrapalharia muito ao ver dela. Mas ela sugeriu que eles continuassem ficando. Não sei como vai ficar esses dois. Hoje nós vamos viajar. E eu estou tão animado! Vamos eu, Bele, Marquinhos, Douglas e Lô. Infelizmente minha irmã não vai conosco por conta das gravações da novela.

- O que será que eles tanto conversam em?! - Bele perguntou enquanto andávamos pelo aeroporto, Rober e Lô andavam na frente conversando.

- Não sei, amor. Não faço a mínima ideia. - respondi e selei nossos lábios.

- Ou, dá oi aqui! - Marquinhos nos chamou enquanto gravava um snap. Assim fizemos.

Na hora de embarcar, Rober foi para seu destino: Itália. E nós fomos para o nosso, para minha surpresa Bele não sentou na mesma fileira de assentos que eu.

- Que merda é essa? - eu já iria reclamar quando ela disse:

- Amor, sem necessidade. Eu sento aqui de boa. - então ela sentou na fileira a frente da minha com Lô e um cara loiro, enquanto eu fiquei com meus dois amigos. Antes mesmo do avião decolar percebi que o cara conversava com elas, ele falava inglês. Gringo.
Decolamos e eles não paravam de conversar e soltar risadinhas. Que porra é essa?

- O que eles tanto conversam? - Perguntei ao Douglas que deu de ombros. Sem me segurar levantei e fui até eles. Marcar território. - Amor, cê não tá sentindo nenhum enjôo? - o gringo estava entre as duas e Lô estava no assento do lado da janela.

- Não, Rafael. Eu nunca sinto enjôo. - me olhou com as sobrancelhas franzidas.

- Senhor, por favor, para sua segurança peço que volte ao seu assento. - a aeromoça chegou até mim e Bele continuava a me olhar com uma cara de que não estava entendendo minha atitude.

- Tô indo, moça. - sorri para a aeromoça e aproveitei para dar um beijo rápido na Bele. Era só isso que eu queria fazer. Agora esse loiro aguado já sabe que ela é comprometida. Voltei a sentar no meu lugar e meus amigos me olhanram sorrindo e negando com a cabeça. Para meu descontento as conversas não pararam e eu já estava irritado por não saber porra nenhuma do que eles falavam.
- Quando a gente voltar ao Brasil me lembra de fazer aula de inglês. - falei e Marquinhos riu, voltando sua atenção para o filme que passava na pequena telinha em frente ao assento dele.

(...)

Chegamos e o sol já estava nascendo. Eu tinha a cara mais fechada desse mundo. A Mabele não calou a boca um segundo com aquele cara. Descemos e eu sequer peguei na mão dela e ela parecia não perceber nada já que ria com Eloísa. Entramos no táxi e só então ela falou comigo.

- Tá tudo bem? - passou a mão por meus cabelos.

- Tá sim. - a olhei com meu semblante sério.

- Certeza, Rafa?

- Uhum. - ela tirou a mão do meu cabelo e se calou. É claro que ela percebeu que eu menti, não fiz questão de disfarçar. Ao chegarmos no hotel fomos para nossos quartos. Joguei minhas malas em qualquer lugar e fui ver a vista da sacada do hotel. Vegas é realmente linda! Sim, nossa primeira parada é Las Vegas. Decidimos isso com alguns dias antes de vir. Eu estava distraído olhando aquela coisa linda na minha frente, quando senti seus braços em volta da minha cintura e logo em seguida sua cabeça repousar nas minhas costas. Começou a acariciar minha barricar mesmo por cima da blusa, subindo e descendo suas pequenas mãos.

- Aqui é lindo. - falou serena e eu respirei fundo por perceber que até seu tom de voz me deixa encantado.

- É... - respondi vagamente. Ela deu um beijo em meu ombro.

- O que você tem? Me fala, amor. - continuou com seus carinhos em minha barriga.

- Nada, uai.

- Foi alguma coisa sim. Olha pra mim. - segurou meu braço na tentativa de me virar de frente pra ela. Assim fiz. - Foi porque não sentamos juntos?

- Não. - ri de leve. Isso não seria motivo para que eu ficasse com raiva. Ela sorriu.

- E o que foi?

- Já disse que não foi nada.

- Mentiroso. - encolheu os olhos e ficamos nos olhando por segundos, quando ela disparou: Já sei! Foi por causa do gringo né? - olhei pro lado e ela riu. - Amor, não precisa de ciúmes.

- Você não se calou um minuto falando com aquele loiro aguado. - Não escondi minha irritação.

- Não tem nada demais. - passou a mão no meu rosto e selou nossos lábios, mas eu não correspondi. Ela riu novamente. - Não acredito que você ficou com ciúmes de um cara que eu nunca mais vou ver na minha vida!

- Vai ficar fazendo pouco do meu ciúme? - perguntei irritado e tentei sair dali, mas ela se colocou em minha frente novamente.

- Desculpa. Esqueci que o meu neném é muito ciumento. - passou a mão por minha barba. Minha da mãe, tá querendo me dobrar.

- Espera, Mabele. - segurei suas mãos e as afastei, tentando passar, mas mais uma vez ela ficou na minha frente de novo.

- Então me abraça? Se você me abraçar eu deixo você passar e ficar bicudinho na sua. - me olhava risonha. Respirei fundo.

- Tô bravo, amor. Depois. - depois que falei, me dei conta que já não estava tão bravo assim. Afastei pro lado e ela se pôs na minha frente de novo. - Porra! - ela sorria.

- Me abraça. - abriu os braços e vi que não tinha saída, a abracei e para minha surpresa ela passou suas pernas em volta da minha cintura.

- Cê disse que era só um abraço. - sorri e ela afastou o rosto minimamente me olhando com um sorriso no rosto também.

- Passou a raiva? - olhou minha boca.

- Só depois que cê me disser o que vocês conversaram.

- Eu vou te contar. - revirou os olhos sorrindo e então saiu dos meus braços, entrelaçou nossas mãos e fomos pro quarto, sentamos na cama um de frente pro outro e então ela começou a contar e só eram assuntos bobos sobre o Brasil e as experiências que ele havia vivimos lá.

- Só isso mesmo? - perguntei depois que ela acabou de contar tudo.

- Só isso.- sorriu e se aproximou, colocando uma de suas mãos em meus cabelos, próximo a minha nuca. Começou a roçar seus lábios nos meus, de olhos fechados, continuei a olhando. Mordeu meu lábios e logo em seguida me beijou. É ela que eu quero pra sempre. A cada minuto eu tenho mais certeza disso e eu vou fazer o que planejei pra essa viajem!




Os dois com ciúmes, Mabele mentindo ao dizer que nem lembrou da Clara hahaha, Luan se rendendo fácil pra ela e o mais inesperado. Essa última frase do Luan. O que será que ele planejou? Dou um pirulito pra quem acertar! HAHAHA 
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Bjs, Jéssica. ❤

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Capítulo 133

• Dias depois...

Como eu não tenho muito tempo, aproveitei o sábado livre para ir ao shopping comprar os presentes de natal com minha amiga, cunhada e cumadre, Mari. Vitório ficou com minha mãe e a cada dia está mais sapeca e maior. Enquanto caminhavamos olhando as coisas eu falava com minha amiga sobre o incomodo que estou sentindo sobre Rafa ficar perto daquela Clara no natal. É, novamente a família do Luan vai passar o natal na chacará dele.

- Amiga, não precisa ficar insegura. O Luan não é doido.

- É, mas não é confortavel pra mim, entende? Se ponhe no meu lugar.

- Eu sei, te entendo. Mas tudo tem que ter confiança. - suspirei derrotada e entramos numa loja.

- É, eu sei. - demos o assunto por encerrado, já que ela se encantou por um vestido que disse ser a cara da mãe dela. O que me resta é confiar no Luan. Nós discutimos á poucos dias por conta disso. Ele se sentiu ofendido por eu ficar incomodada, disse que eu não confio nele. Mas também depois da merda que ele fez, vai ficar cara a cara com aquelazinha novamente, sim, porque eu tenho certeza que eles vão se ver. As famíias são muito amigas.

- Olha esse, vê se não é a cara da minha sogra. - Mari me mostrou outro vestido e logo expulsei meus pensamentos. Andamos muito, mas compramos tudo que era necessário. Meu aniversário está chegando, mas diferente do ano passado ninguém está insistindo para fazer festa, o que me faz agradecer a Deus. Não quero nada demais. Alías, esse ano acho que vou passar junto do Rafa. Ele anda tentando me convencer.

Saímos do shopping já a noite e no estacionamento pedi para que Mari batesse uma foto minha, em seguida postei no snap:

Assim que coloquei os pés dentro do meu apartamento Rafa me ligou. Conversamos por poucos minutos, porque eu precisava tomar um banho e embalar todos os presentes. Quando terminei tudo que tinha pra fazer, deitei na cama e fiquei olhando as fotos, mais especificamente as fotos da minha família. Me deparei com umas do meu afilhado ainda muito pequenininho. Decidi postar uma dele com poucos meses de vida, em cima de um urso enorme que Rafa deu de presente:
" Mó Deuzu, coisinha linda com o primeiro presente do dindo! Como cresce rápido, daqui a pouco já faz um ano. Meu Vitório ❤ "

Logo as meninas enloqueceram e falavam que estava na hora de eu engravidar, me fazendo sorrir. Olhei meu enorme urso que ganhei do meu amor no dia dos namorados e me veio uma saudade dele que anda por esse mundão de Deus, tão longe de mim. Bati uma foto dos meus pés no urso e postei: 
" Não tem o meu bem, mas tem essa coisa gostosa aqui. ❤ "

As meninas foram á loucura mais uma vez. Fiquei olhando tudo, até que o sono me vencer.

(...)

Mais dias se passaram e o dia do meu aniversário chegou! Acordei animada e já recebendo ligações e mensagens lindas. Vou mesmo passar o noite ao lado do Rafa, por que o dia vai ser com minha família e amigos. Vai ter um almoço na casa dos meus pais.
Já estava a caminho e quando parei no sinal decidi postar uma foto no snap:
Quando cheguei me deparei com uma decoração linda! E o mais incrível, toda a minha família presente e todos os meus amigos também.

- Gente! Que coisa linda! - falei totalmente encantada. Deixei minha bolsa em um banquinho e logo fui abraçar e receber carinho de todo mundo.

- Agora vem cá, temos um look especial. - Leila me puxou pelo braço e logo Gu nos acompanhou. Fomos até o meu antigo quarto e encontrei um vestido com um salto. Me vestiram toda e Gu ainda fez minha maquiagem. Me olhei no espelho me achando linda! E quando virei encontrei meus dois amigos me olhando com um sorriso no rosto. Os abracei agradecendo e Gu colocou uma coroa na minha cabeça.

- Vem, vamos postar no snap. - Leila chamou.

- Não, hoje meu cabelo não tá legal. - Gu se negou e então Leila e eu fizemos pose e ela postou no snap dela:
O dia logo correu e eu estava extremamente feliz! Rendeu algumas fotos no snap, eu fiz questão de compartilhar:





Já era quase fim de tarde, quando eu me despedia de todos. Eu precisava ir para Espirito Santo, que é onde Luan está. Acabei chamando Gustavo e Leila para irem comigo no shopping, comer. É, eu não consegui comer quase nada! Só queria aproveitar a presença de todos. Mas antes fomos até meu apê, onde eu recebi a ligação da minha cunhada dizendo que já me esperava junto com Rafa. É, ela também foi para Espirito Santo. Tomei banho e já me arrumei toda, sei que vou chegar lá já na hora do show e não vou ter tempo.

Chegamos ao shopping, onde comemos e acabei comprando uma besteirinha para Gabi e Vitório. Quem resiste não é? Isso rendeu snaps também, mais uma vez Gustavo não quis, reclamando do seu cabelo:


Me deixaram no aeroporto e o jatinho do Rafael já estava no aeroporto. É, o maluco foi se incomodar com isso. Pouco antes de decolar eu postei uma foto da deliciosa " surpresa" que fizeram:
  "Coisa boa é ser amada!!! Tô muito feliz com todo o carinho que recebi hoje. Sei que ainda vai ter muito mais! HAHAHA Amo vcssssss! Bora pra segunda parte do melhor jeitinho. ❤ "

Decolamos e em algumas poucas horas eu cheguei na cidade. Como eu previa, já era noite e com certeza Rafa já estava quase saindo. Peguei um taxi, não queria atrapalhar ninguém. No caminho, eu postei uma foto do shopping, até pra mostrar o look que estou:
" Eu não posso com esse clima natalino, gente! Fico mto paxonadinha!!! ❤❤❤ look: @missesmoda "

Entrei um tanto apressada no hotel encontrando alguns da banda na recepção, os cumprimentei e eles me parabenizaram, me abraçando.
Quando virei para ir deixar minha mala no quarto do Rafa, o encontrei parado me olhando. Tão lindo!

- Pode tirar esses "zói" de vocês. - falou com os meninos e os olhei sorrindo e negando com a cabeça. Como o Rafa é bobo! Cheguei até ele e o abracei. O melhor lugar do mundo!

- Parabéns, minha linda! Muitos anos de vida, felicidade, saúde e muito amor. Eu te amo. - beijou minha bochecha em seguida. Haviam algumas pessoas na recepção que ficaram nos olhando, mas eu não me importei.

- Obrigada, amor. - o apertei mais ainda.

- Agora meu beijo.

- Não, você vai tirar meu batom.

- Deixa de coisa, muié. - afastou o rosto e me olhou.

- Não, amor. É sério. - sorri. Eu não queria chegar igual uma maluca com o batom borrado no show. Ele negou com a cabeça e me soltou.

- Leva a mala dela lá, Cirilo? - perdiu com um jeitinho e assim Well atendeu seu pedido. - Como foi hoje?

- Foi muito mais do que eu imaginei! - meu sorriso era gigantesco ao lembrar do dia maravilhoso. - Tudo tão lindo!

- E mais uma vez eu ausente. - ele falou cabisbaixo.

- Mas agora nós estamos juntos. - segurei suas mãos.

- Porque cê veio até aqui. Só por isso.

- Rafael! - o repreendi. - Para com isso. - o abracei novamente. - Cadê a Bubu?

- Deve tá descendo. Cê tá um pedaço de mal caminho nessa roupa. Cê já é né?! Mas hoje... - acabei rindo de leve e ouvi a voz da minha cunhada, ela desceu junto com o Well e assim poderíamos ir para o show. Depois de me parabenizar, fomos para a van onde ela sentou do meu lado e nós já começamos a contar as novidades uma à outra. Rafa chegou depois do atendimento as meninas e reclamou:

- Eu passo um tempão longe Bele e cê ainda senta com ela. - falou em pé parado nos olhando.

- Pode passar reto. Eu não vou sair daqui. - eu olhava aqueles dois sorrindo.

- Então vem, amor. - esticou a mão e eu fiquei sem saber o que fazer.

- Luan, deixa de ser chato! - Bru falou segurando minha mão, na tentativa de fazer com que eu não saísse dali. Ele bufou e foi pra trás ouvindo as zoações dos meninos. Esses dois... Continuamos conversando e eu mal ouvia a voz do Luan. O que é estranho. Chegamos no local e ele parou para atender algumas meninas, enquanto eu fui na frente com Bubu, Rober e He-man. Eles foram jantar, mas eu não quis, ainda me sentia satisfeita com a lanche do shopping.

Luan entrou com Lelê e Well.

- Cê não vai comer? - foi a primeira coisa que perguntou ao ver todos comendo menos eu.

- Eu fui no shopping e comi um lanche, tô cheia.

- Tem que comer, Bele! - me repreendeu.

- Eu tô satisfeita, Luan. - ele me reprovou com o olhar e em seguida foi atrás do jantar. As conversas se misturavam e ele sentou do meu lado desta vez.

Logo chegou a hora do show e eu assisti do camarote junto com minha cunhada. Quando acabou, com alguns minutos ele chegou junto com alguns da equipe. Me abraçou apertado e eu fechei os olhos, retribuindo seu abraço. Abri os olhos e me deparei com um bolo chegando, todos eles cantando parabéns.

- Não acredito! - desfiz o abraço e coloquei as mãos no rosto sem segurar a emoção. O pessoal do camarote olhava a alguns também cantavam parabéns e batiam palmas. Chegou a hora de apagar a vela e assim fiz. - Vocês me surpreenderam. - Falei olhando Leide que segurava o bolo, aproveitei para limpar minhas lágrimas.

- Trás o negócio pra cortar aqui. - Rafa pediu e logo senti suas mãos em volta da minha cintura, me abraçando por trás.

- Cortar um bolo no meio da balada, amor?

- Quê que tem? Quero comer, uai. - disse me fazendo rir. Virei de frente pra ele, enquanto alguém cortava o bolo.

- Isso foi ideia sua né? Queria me deixar assim igual uma maluca com a maquiagem borrada.

- A ideia foi minha e não, essa não era minha intenção. Mas cê fica linda de tudo que é jeito, então sem problemas. - me olhava intensamente, fazendo com que um sorriso surgisse em meus lábios.

- Aqui, amorzinha! Pra quem vai o primeiro pedaço? - Bru falou e então saí dos braços do Luan.

- Não sei gente, tô em dúvida. - fiz graça e eles riram.

- Ninguém sabe pra quem é. - Diego disse.

- Pro meu neguinho. - lhe entreguei o pedaço de bolo e em seguida selei nossos lábios. É, nós comemos bolo no meio de uma balada. Só podia ser coisa do Luan.

Eu estava distraída conversando depois de já ter comido meu pedaço quando senti ele esfregar um negócio branco em minha bochecha. Quando peguei para ver o que era, não acreditei. Chantilly!

- Você é muito retardado! - tentei lhe acertar um tapa e ele se afastava rindo e eu acabei rindo também. - Não acredito, Rafael! Se sair alguma foto minha desse jeito, eu te mato! - algumas pessoas nos olhavam sorrindo e ele se aproximou ainda rindo e me abraçou mantendo nosso contato visual.

- Deixa eu tirar. - passou a língua na minha bochecha, me fazendo rir.

- Tá todo mundo olhando. - encostei a parte do meu rosto que não estava suja em seu peito, envergonhada.

- Deixa esse povo pra lá. Olha aqui. - segurou as laterais do meu rosto e começou a tirar todo o chantilly com a boca devagarinho, todo delicado. Vi minha cunhada, assim como a equipe e até alguns desconhecidos nos olhar com um certo encantamento.

- Vocês tem guardanapo? - pedi, até porque só a boca do Luan não vai dar jeito.

- Eu tenho na bolsa. - Bru disse e Rafa parou de " limpar" minha bochecha.

- Pronto. - ele falou sorrindo.

- Crianção! - ele riu e então peguei o guardanapo e realmente limpei meu rosto. Ele me olhava sorrindo e então coloquei o guardanapo sujo dentro da bolsa. Não tinha onde colocar. Ele emaranhou suas mãos delicadamente por meus cabelos deixando seu rosto bem próximo ao meu.

- Te amo muito! Cê não tem noção nem dá metade. - sorriamos.

- Eu que te amo. - ele encostou seu nariz no meu e fez aquele beijinho de esquimó. MC Biel entrou no palco e então em meio a alguns gritos eufóricos do público eu tomei a iniciativa de um beijo. Sentindo uma paz impossível de ser narrada.
Ele conseguiu fazer mais uma noite ser inesquecível pra mim. Quantos momentos bons esse cara já me trouxe! Se fosse contar eu levaria dias e dias. Eu realmente tenho uma sorte enorme em tê-lo comigo. Com certeza é o homem da minha vida!






Oiiii meninas! E esses dois estão num Amorzinho não é? Em breve vamos entrar em uma nova fase. 👀🙊
Obrigadaaaa por todos os comentários, vou tentar responder os deste capítulo viu?
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Bjs, Jéssica. ❤

terça-feira, 19 de abril de 2016

Capítulo 132

Acordei com o celular despertando. Luan estava com o braço em volta da minha cintura, com o rosto na curvatura do meu pescoço e uma das pernas em cima das minhas.

- Acorda, amor. - passei a mão por seus cabelos lembrando da nossa madrugada maravilhosa! Lembrei também do meu ciúme, que parando pra pensar foi exagero. Quem nunca né?

- Espera mais um pouco. - se aconhegou mais ao meu corpo.

- Nada de esperar. Seus pais já devem estar chegando. - continuei acariciando seus cabelos. Sentindo uma paz que só ele trás.

(...)

Chegamos ao local onde ele fará as fotos, junto com a Sabrina Sato para a Sawary jeans. Ela já estava lá com sua mãe e eu já tive a oportunidade de conhecê-lá antes, nos cumprimentamos e em seguida eu sentei junto com meus sogros no sofá mais afastado. Uma mulher apareceu e falou algo com Luan que a acompanhou. Voltou já vestido com roupas da loja, assim como Sabrina. Passaram um pó nele e logo começaram a fotografar. Eu babava nas caras que ele fazia. Gostoso! Acabava me distraindo quando meus sogros falavam algo e assim foi até que eles terminaram. O dono da marca estava presente e entre as fotos com a galera da produção, chamaram a Lelê para a foto. Tiraram duas, em uma delas o Luan ficou tão lindinho! Acabaram chamando nós também e então fomos. Fiquei ao lado da minha sogra, me tornando a mais baixa de todos só pra variar. Eles foram olhar o resultado das fotos enquanto eu fiquei conversando com minha mãe e com a Mari pelo whatsapp.

- Bora, amor? - ouvi sua voz e em seguida senti seu braço em volta da minha cintura.

- Bora. - o olhei e ele selou nossos lábios.

- Ó, ganhei de presente. - mostrou a última calça que ele bateu as fotos e que ainda estava em seu corpo. - Ainda tem mais um monte.

- Ô Luan, leva pra ela e pra sua irmã também. - o dono da marca chegou próximo de nós com mais sacolas. Sorri e agradeci, assim como meu namorado. Sabrina acabou gravando uns snaps onde ela me mostrava e eu escondia meu rosto com as mãos. Depois de todas despedidas fomos rumo ao hotel. Já no caminho Rafa recebeu algumas das fotos que tiraram no celular mesmo.

- Vou postar essa com vocês. - como minha cabeça estava encostada em seu eu vi de qual foto ele falava:
  " Preciosidades! Só faltou você, @brusantanarel. ❤ "

- Eu sou a mais baixinha dessa foto. Que injustiça. - ele deu aquela risada gostosa e Amarildo o acompanhou.

- Você é a mais baixinha em qualquer foto, amor.

- Vai, me arrasa mais, Rafael. - ele riu mais ainda, assim como meus sogros.
Voltamos para o hotel e depois de um banho, ficamos na varanda. Eu sentada de lado em seu colo, enquanto ele estava sentado em um tipo de poltrona. Peguei meu celular e percebi que o instagram estava uma confusão. Alguém bateu na porta e eu saí do colo do Rafael para que ele fosse atender. Fui lendo os comentários e acabei rindo. As meninas estavam fazendo o maior "auê" por conta do foto que Luan postou. Diziam que eu estava gravida por conta da barriguinha saliente. Meu Deus! Mereço! Tenho culpa se a foto não me valorizou? Se uma barriguinha apareceu? Grávida eu tenho certeza que não estou. Acho que a roupa não me ajudou muito, porque essa barriga eu também não tenho. Luan voltou com meus sogros que ficaram conosco, lhes contei da confusão e em pouco tempo o celular do meu sogro tocou. Era Leide. A fofoca já estava rolando em vários sites.

- Rafa! - arregalei os olhos assustada. Ele gargalhou.

- Acho que foi a roupa, amor. - ele olhava a foto.

- Vocês tem certeza que não pode ser mesmo uma gravidez? - minha sogra perguntou enquanto tio Amarildo ainda falava ao telefone.

- Tenho! Eu não descuido, tia. Tomo anticoncepcional.

- Isso é verdade, Mamusca. Não tem possibilidade. - Rafa disse sério.

- Já falei para a Arleide descarta gravidez. - Tio falou, após encerrar a ligação.

- Nossa gente, que confusão. - passei a mão por meus cabelos, me sentindo um pouco nervosa pelo desentendimento.

- Calma, Bele. Já eles esquecem. - meu sogro me tranquilizou com um sorriso no rosto. Meu celular tocou, entrei no quarto e vi era meu pai querendo saber da história.

- Mabele que história é essa que você tá grávida? - ele falou afobado.

- É mentira, pai! Isso tudo foi por causa de uma foto. Calma.

- Tem certeza que isso não é verdade?

- Tenho, paizinho. Tá tudo bem. - sorri.

- Não me mata do coração, filha. Ainda não tô preparado pra ter outro neto. - acabei rindo.

- Nem se preocupa, eu me cuido. Tá tudo bem?

- Agora está!

- Ótimo. A noite eu já estou em São Paulo de novo tá?

- Tá. Te amo viu?! Se cuida e fica com Deus.

- Você também. Te amo. - desliguei e voltei para a varanda.

- Meu pai teve uma ideia pra acabar com essas fofocas de vez, Bele.

- Qual?

- Vão a praia. Cê posta uma foto de biquíni e tudo fica mais que esclarecido. - tio Amarildo disse.

- Verdade! Ótima ideia! Meu pai já me ligou aqui super agoniado com as notícias que estão rolando na internet. - acabei rindo de leve.

- Pois é bom ele ir preparando o coração poque a qualquer momento pode vir um netinho. - Rafa sorriu sapeca.

- Filho antes do casamento, Luan? Tá maluco? - Agora tia Zezete foi quem ficou agoniada, nos causando gargalhadas.

Acabou ficando combinado de irmos juntos a praia, mesmo sabendo que Rafa sofrerá com o assédio das pessoas.

Descemos do carro de mãos dadas, assim como seus pais estavam. Já desci somente com meu cropped e a parte debaixo do biquíni. Nós estávamos caminhando na areia, enquanto alguns olhavam e tinham o celular apontados pra nós, com certeza vão sair muitas fotos de hoje. Claro que Rafa estava atendendo as várias pessoas que pediam foto. Enquanto ele fazia mais um atendimento pedi para que minha sogra batesse uma foto minha. Quando eu chegar no hotel eu posto. Fomos até uma barraca e pedimos uma água de côco, bebemos entre conversas e ainda caminhando. Eu estava achando tudo muito bom! Estar assim com o Rafa, como um casal de namorados normais. Acabei rindo sozinha dos meus pensamentos.

- Que foi? - ele perguntou.

- Nada, só tava pensando bobagem. - ele não insistiu e logo voltei a participar do papo deles. A ideia foi para acabar com as fofocas, mas nós acabamos nos divertindo. Paramos no local menos movimentado da praia. Meus sogros entraram no mar, enquanto Rafa e eu ficamos sentados na areia.

- Tira essa blusa, amor. - falou.

- Não tô afim. - tirei meu óculos deixando do lado junto com as roupas dos meus sogros.

- Cê vai ficar bronzeada da metade da barriga pra baixo. - disse isso me fazendo rir e então decidi tirar. - Doeu? - ironizou e eu lhe acertei um tapa no braço. Ele me agarrou pela cintura fazendo com que eu deitasse na areia e ele ficou com metade do corpo em cima do meu.

- Rafael, seu maluco! - falei rindo, enquanto ele sorria. Logo seus lábios procuraram os meus e então trocamos um delicioso beijo. Depois do beijo ele continuou com o rosto próximo ao meu me olhando em silêncio enquanto eu acariciava seu rosto delicadamente. Nossos olhares se cruzavam e neles passávamos um pro outro o quanto nos amamos. Ouvimos as risadas da tia Zezete e ele olhou curioso, me fazendo olhar também. Amarildo tentava abraçá-la e ela tentava se sair dele.

- Olha esses dois. - Rafa falou com um certo encanto.

- Parecem dois jovens. Eu acho tão lindo casais assim. - passei a mão por seu cabelo.

- Nós vamos ser assim. - me olhou. - Eu sempre vou te amar do mesmo jeitinho, na mesma intensidade. Quando a gente tiver bem velhinhos eu ainda vou te zoar muito até você ficar brava e ai depois eu vou te encher de beijo pra você sorrir pra mim de novo. - sorri totalmente apaixonada e então lhe beijei. Como Deus é tão maravilhoso de me mandar esse homem? Só consigo agradecer, agradecer... Agradecer!

(...)

* Luan narrando.

Já no fim do dia, estávamos arrumando nossas malas para voltarmos à São Paulo. Aliás,  Bele estava arrumando as dela. Eu já estava prontinho e então fiquei no celular e me deparei com a foto dela:
" Eu vou ser eternamente apaixonada por esse lugar. "

É uma gata mesmo. As notícias já tinham mudado, agora na maioria das matérias tinha: "Luan Santana vai à praia no Rio de Janeiro na companhia dos pais e da modelo e empresária Mabele Brício, sua namorada. A morena mostrou que está com tudo em cima e que não tem barriguinha saliente não! A assessoria do cantor descartou a suposta gravidez. Acho que a foto onde ela aparece com uma barriguinha não a valorizou. Acontece né gente? " Agora Bele estava tranquila com tudo esclarecido porque eu não esquento com isso. Há muitos anos eu sou vítima de notícias mentirosas.

- Amor, você viu aquele meu óculos? - Bele perguntou.

- Qual? O que cê tava na praia?

- Não, aquele outro. - colocou as mãos na cintura.

- Nossa ajudou muito. Com essa sua descrição já sei que qual é o óculos. - ironizei e ela bufou voltando a procurar dentro da mala. - Deve tá aí na mala, amor.

(...)

Chegamos no aero e o piloto estava aprontando os últimos detalhes do bicuço.

- Quando que a gente vai transar ali dentro em?! - perguntei baixinho ao lembrar do seu desejo e ela me olhou envergonhada. Olhou pro lado e viu que todos que iriam conosco estavam distraídos.

- Luan! - me repreendeu. Acabei rindo e antes que pudesse falar algo minha mãe falou:

- Bubu acabou de me ligar perguntando se ainda estávamos no hotel.

- Ela ia ver a gente? - perguntei.

- É, só agora ela teve tempo. - minha mãe falou com uma certa tristeza, eu entendo, ela sente muita saudade da minha irmã.

- Assim que ela tiver um tempo ela vai à Sampa, Xumba.

- É tia. - Bele complementou me abraçando de lado pela cintura. Minha mãe sorriu pequeno e voltou para perto do meu pai.

- Tadinha, ela sente falta demais.- Eu disse.

- Mas tudo tá valendo a pena. A Bru tá se destacando no papel dela.

- É verdade.

- Vem cá, vamos bater uma selfie. - me curvei e ela bateu algumas.

- Tá tudo pronto, gente. - o piloto disse e então entramos. Sentei ao lado da pinguinho e olhei o que ela tanto fazia no celular e percebi que escrevia uma legenda para uma das fotos que tiramos. Postou:
  " A pessoa mais linda do mundo! ❤ " 

- Coisa linda! - falei e ela me olhou sorrindo. Segurei seu queixo e dei um selinho demorado. Fomos durante a pequena viajem dormindo, afinal acordamos bem cedo.

Deixamos Bele no seu prédio e em seguida fomos para o condomínio. Depois de um banho e uma meia hora dormindo eu fui para o Dudu, nós já temos que pensar e compor as músicas da nova turnê do ano que vem. Isso resultou em uma madrugada longa e produtiva.

* Bele narrando.

Pouco tempo depois que cheguei minha mãe veio deixar o Élvis e Gabi que dormirá comigo. Conversamos um pouco e eu tentei dividir tudo sobre a viagem com meus amigos e comentamos também sobre as falsas notícias de uma suposta gravidez minha. Contei também da viagem que eu, Rafa e a turma vamos fazer nas férias, contei o lugar e tudo mais. Enfim, dividimos todas as novidades. Depois que ela foi embora decidi ir comer uma pizza com minha princesa, eu morri de saudade dela!
Enquanto esperávamos a pizza eu aproveitei para postar uma foto nossa no snap:

Foi uma noite agradável, aliás minha vida está muito agradável. Agradável séria pouco não é? Está maravilhosa! Eu me sinto tão bem, tão feliz, completa e realizada!





Bom gente esses foram os dois capítulos e eu espero que tenham gostado! 
META: 12 COMENTÁRIOS.
Bjs, Jéssica. ❤

Capítulo 131

Sai de Bonito e fui direto encontrar com meu amor. Cheguei no Rio quase na hora do show, quando entrei no quarto, Rafa estava dando uma entrevista na varanda. Sem trapalhar fui tomar banho e comecei a me arrumar dentro do banheiro mesmo, depois de alguns minutos, ouvi ele bater na porta, já que estava trancada.

- Amor? - chamou e então sorri, acabei de terminar a maquiagem, eu ainda estava com o roupão e abri a porta. Logo nos abraçamos forte. - Que saudade, minha baixinha. - beijou minha bochecha seguidas vezes, enquanto eu estava na ponta dos pés. Afastei minimamente meu rosto e o olhei. O beijei em seguida, seu gosto sempre será o melhor, seu jeitinho, seus lábios que beijam maravilhosamente. Encerrei e ele segurou as laterais do meu rosto, me olhou por segundos e selou nossos lábios. - Cê chegou faz tempo?

- Você tava dando entrevista quando eu cheguei. - Ele ficou me olhando sorrindo. - Que foi?

- Nada uai.

- Como nada, Rafa? Você me olha e sorri.

- Não é nada. - mordeu minha bochecha. Encolhi meus olhos o olhando e ele riu.

- Então deixa terminar aqui. - coloquei minhas mãos em minha cintura. E ele começou à me dar selinhos sem parar, me fazendo rir. - Rafa, a gente vai se atrasar. - coloquei a mão em sua boca, na tentativa da fazê-lo parar. Senti suas mãos tentarem abrir meu roupão enquanto me olhava com um sorriso indecente. Me afastei dele rindo. - Para! - ele continuava a se aproximar enquanto eu andava para trás, até que encostei no vidro do box. Ele voltou com suas mãos para abrir meu roupão. Tentei impedir, mas em vão. Ele abriu e se deparou com meu conjunto de lingerie azul marinho. Seu olhar percorreu todo meu corpo com um sorriso no rosto. Aproximou mais ainda se rosto do meu, sua boca da minha. - Amor... - sussurrei e antes que eu terminasse ele me beijou, passou seu braço em volta da minha cintura, me dando uma juntada, colando seu corpo ao meu. Minhas mãos foram para seus fortes braços e as dele desceram para minha bunda, colocou a mão por dentro da minha calcinha e logo tirou a mão, arrumando minha calcinha à deixando como estava. Tratei de encerrar o beijo incrível, cheio de pegada, porque eu sei qual seria o resultado.

- Saí daqui! - falei rindo, enquanto ele me abraçava, me impedindo de me afastar. - Rafael, você tem horário. Eu ainda não teminei. -  Ele me olhou com aquele sorriso de menino.

- Deixa de ser chata. Isso que dá, quando vem pros shows fica de papinho com a Lelê.

- Ah, então a Leide é chata? - ri.

- As vezes. - fez careta. - Cê tá ficando igual ela, pinguinho. - me falou em tom de aviso, me fazendo cair na gargalhada. Como esse retardado me faz bem. Ele sorriu e tentou me beijar novamente.

- Rafael, eu preciso terminar, poxa! - coloquei as mãos em seu peitoral.

- Então dá só um beijinho aqui, vai. - fez um bico lindo e eu beijei, na verdade foi somente um selinho demorado de língua.

- Pronto, agora vai. - tentei o afastar e ele mesmo se deu por vencido, saindo do banheiro. Antes de fechar a porta eu disse: - Eu vou falar pra ela o que você disse. - o ameacei sorrindo e ele deu de ombros, deitando na cama. Com mais alguns minutos eu enfim consegui terminar. Antes de sairmos pedi para Luan bater uma foto minha e no elevador postei:
"Pro show do neguinho. Tô bem, meninas?"

(...)

Estávamos a caminho do show, as cortinas da van deixavam tudo mais escurinho. Rafa que não queria desgrudar de mim, acariciava meus cabelos perto da minha nuca, esquanto distribuía beijos calmos, lentamente em meu pescoço, me fazendo fechar os olhos.

- Ou, para com esses estalos de beijos aí! - Rober reclamou do banco atrás do nosso. Luan riu e cheirou meu pescoço. Sorri. Segurou a lateral do meu rosto e me fez olhá-lo, sem esperar me beijou. Sua língua logo pediu passagem, explorando toda minha boca calmamente.

- Esses barulhos de beijo não tá muito legal não! - desta vez He-man e nós nem ligamos, continuamos a trocar nosso maravilhoso beijo. Chupei sua língua e abri meus olhos, encontrando os dele fechados. Lindo! Voltei a fechar meus olhos e pousei minha mão em sua perna, continuando nosso beijo. Ele afundou suas mãos entre meus cabelos e começou um carinho gostoso de poucos segundos atrás. Aquilo estava tão bom, mas ele encerrou com um selinho demorado.

- Cês tão reclamando demais. - ele disse rindo, sentando normalmente.

- A gente não é obrigado a ficar vendo e ouvindo vocês se pegarem. - He-man disse.

- Isso é coisa de encalhado. - Rafa retrucou.

- Quando a Eloísa chegar tudo bem, mas por enquanto não. - Rober se manisfestou atrás, nos fazendo rir.

- Quem vê pensa que não pega ninguém além da minha amiga. - falei sorrindo e percebi Rafa me olhar sorrindo com uma carinha de apaixonado.

- Cala a boca, encreca. - olhei para o Rafa com um sorriso contido. Ele mordeu o lábio inferior e em seguida selou nossos lábios seguidas vezes demoradamente. Que saudade do seus beijos, seus carinhos, do seu cheiro maravilhoso!

- Well, acende a luz aqui cara. - he-man pediu. Sim, só estávamos nós na van. Leide foi na frente, segundo Rafa acertar alguns detalhes e a banda estava dividida em outras duas vans.

- Deixa de ser estraga prazer. - Reclamei e joguei uma almofada nele. Well ligou a luz.

- Apaga isso, Cirilo! Quem te paga sou eu, porra! - Rafa disse rindo.

- Não, tá ótimo assim. Posso até ler meu livro sem ouvi o barulho do beijo desses dois. - Rober disse.

- Cê tá vendo? Não me respeitam mais. - Rafa falou pra mim, fazendo drama. Meus olhos só focaram na sua boca.

- Boca gostosa. - falei baixinho, sussurrando. Ele sorriu. - Deu até vontade de morder, sabia?

- Pode morder. - mordi seu lábio inferior com força e puxei em seguida, logo depois soltei. - Cê quer me deixar sem lábio? Se quiser pode dizer. - falou olhando minha boca, passei meu dedo delicadamente por seu lábio inferior.

- Não, amor. - respondi sua pergunta sorrindo e em seguida chupei seu lábio. Sem resistir lhe beijei em seguida.

Fomos o restante do caminho todo ouvindo as reclamações e zoações de Rober, He-man e Well.
Já no camarim, enquanto Rafa e eu jantavamos um ao lado do outro, tentávamos definir pra onde iriramos nas férias e ficou decidido rapidamente, será Los Angeles. Ele ficou todo animado dizendo que já vai entrar em contanto com Douglas e Marquinhos, com a Bru e eu falei que era provável Lô ir também, já que nas datas que vamos ela ainda estará no Brasil.

Os atendimentos começaram e eu fiquei de canto com Lelê. Percebi que alguns dos repórteres me olhavam, mas eu não me importava. Estava atenta em tudo que Rafa dizia em mais uma entrevista. Entrou no assunto do nosso namoro.

- E o namoro como vai?

- Vai muito bem. - sorriu. - Graças a Deus, estamos muito bem.

- Você namora a Mabele à quanto tempo?

- Mês que vem já vai fazer dois anos. Mas eu conheci ela antes, acho que já tem quase três anos que nos conhecemos.

- Como vocês se conheceram?  - ele riu fraco.

- Eu acho que foi coisa de Deus mesmo sabe? Uma amiga dela é nossa amiga em comum, minha irmã decidiu viajar com essa nossa amiga. Foram para Páris e acabaram ficando na casa Mabele, ela morava lá na época. Desde então ela e minha irmã inciaram uma amizade e isso acabou nos aproximando. - sorri ao lembrar do enrolado começo que tivemos.

- Foi amor a primeira vista? - a repórter perguntou.

- A primeira vez que vi ela pessoalmente foi numa balada. Onde ela estava justamente com minha irmã. Eu acabei indo para o mesmo lugar sem saber que ela estava lá. Quando cheguei vi ela e já gostei de cara. Ela é linda! Mas a princípio eu não queria nada sério, muito menos ela. Mas com o passar do tempo a gente viu que não tinha saída. - riu de leve, enquanto eu tinha um sorriso bobo no rosto ao ver ele falar da nossa história. - Pedi ela em namoro e em pouco tempo assumimos.

- E deu muito certo né?!

- Muito!

- E o casamento?

- Não vai demorar não. - riu de leve mais uma vez.

- Podemos ter um noivado anunciado em breve?

- Acho que sim em?!

- Ele é louco! - comentei com a Lelê que riu. Ela se aproximou fazendo sinal pra que acabasse com a entrevista, que o tempo havia se encerrado. A mulher que o entrevistava logo encerrou e em seguida se despediu com um abraço e fez uma selfie. Logo chegou a vez de outra intrevista e mais uma vez, aquelas repetitivas perguntas. Acabei me distraindo com meu celular. Vi que alguns da galera da faculdade haviam postado fotos ainda da nossa viajem.

denisemesquita:
" Depois da foto perfeitas, todos de cara na lagoa! HAHAHAHA "

taissbarbosa:

                    "My girls! ❤"

pinheirovictor:
          " É pra vida toda sim! "

lorraneazevedo:
  "Da faculdade pra vidaaaa! "

thiagolinharess:
                " #oreencontro ❤ "

brenadias:
" Era pra ser uma selfie de duas pessoas. Apenas! Haha #oreencontro #jaquerodenovo "

Me deu uma saudade das maluquices deles e de todas as risadas que dividimos. Comentei as fotos em que eu estava e decidi postar uma:
" Estão pra sempre no meu ❤ #jatocomsaudade #oreencontro "

Depois Rafa começou com os atendimentos aos fãs, mas antes veio beber uma água.

- Você é maluco né? Agora vão ficar falando que a gente vai casar amanhã. - falei sorrindo.

- Se você quiser eu caso. - falou e bebeu sua água em seguida. Neguei com a cabeça contendo o sorriso. - Não vai demorar muito mesmo. A gente já tem quase dois anos de namoro. Eu sei que é você. - sorri encantada e ele selou nossos lábios demoradamente, em seguida foi para o local das fotos. Será que ele tá pensando mesmo em me pedir em casamento? Logo meus pensamentos foram interrompidos pela ligação da Lô. Acabamos conversando e acertando pequenos detalhes da sua vinda ao Brasil. Quando desliguei, He-man já auxiliava Luan no aquecimento corporal, em seguida foi o aquecimento de voz e ele ficou sozinho no camarim. Quando voltamos fizemos a oração e em seguida fomos assistir seu espetaculo. Nessa turnê, mais uma vez não tinha participação de fãs no palco, elas participavam sim, mas era uma coisa diferente. Eram escolhidas algumas sortudas antes de show elas falam em pouquíssimas palavras o que o Rafa representava para elas. Era na hora onde ele trocava de roupa e o pequenos depoimentos passavam no telão. Eu ficava boba em todos os shows que presenciava e via a emoção delas. Mas hoje, para minha surpresa ele chamou uma loirinha, não, não era fã. Ela estava ao lado do palco, mas no lado oposto ao meu.

- Quem é ela? - franzi as sobrancelhas.

- É uma apresentadora da filial da globo, daqui do Rio. Pediram pra que a gente abrisse uma excessão. - Lelê me explicou e eu suspirei inaudível. Ela era muito atirada. Se esfregava mesmo e Rafa ria, sorria. Ele adora isso! Pensa que eu não sei. Cachorro! Minhas sobrancelhas estavam erguidas e minha cara não disfarçava meu incomodo. Palhaçada! Logo depois da desnecessária cena que eu presenciei o show continuou normalmente. Mas minha raiva do Luan não. Ele se aproveitou da situação e muito! Quando o show acabou voltamos para o hotel. A van estava escurinha novamente e todos estavam distraídos no celular, inclusive eu. O único que não estava de olho no celular era o Luan. Estava com o braço em volta de minha barriga e a cabeça encostada em minha ombro.

- Amanhã tem sessão de fotos. Meu pai e a Xumba vão vir pra cá.

- É? Legal. - respondi.

- Que foi em? Cê tá distante desde o fim do show. - tirou a cabeça do meu ombro me olhando.

- Nada, Luan. - respondi fria o olhando.

- Como nada? Vai, diz logo! - comecei a bater meu pé no chão freneticamente, sentindo um nervoso pela sua burrice. Ele não se toca que a culpa é dele. Voltei a atenção ao celular sem respondê-lo. Sei que ele odeia quando faço isso. - Mabele, eu tô falando com você. - segurou me rosto e me forçou a olhá-lo. Tirei sua mão do meu rosto.

- Você se aproveitou da situação pra tirar casquinha daquele piranha que dançou com você. - ele sorriu e eu não vi graça nenhuma. - Não foi uma piada pra você tá com esse sorriso idiota.

- Eu não me aproveitei. Dancei normal, uai.

- Tá, Luan, tá. - voltei a mexer no meu celular e ouvi sua risada. O olhei e ele encostou a cabeça no seu assento e olhava para o lado oposto que eu estou. Não sei o que ele quer rindo. Filho da mãe! Vem com papo de casamento e fica de assanhamento com aquela galinha.

* Luan narrando.

Depois de saber que a cara fechada da Bele se tratava de ciúmes, a deixei de lado. Não segurei o riso. Ela fica muito bonitinha com ciúmes. Não sei de onde ela tirou que eu me aproveitei. Eu dancei normal, isso é coisa da cabeça dela. Mais uma vez sorri sozinho. Maluca! Chegamos no hotel e ela foi na frente, sem ao menos falar comigo. Atendi as meninas que estavam ali e pedi a um taxi que fosse deixá-las em casa, afinal já era madrugada. Cada um foi para seu quarto e eu quando entrei a encontrei somente de lingerie, já com o penteado desfeito, fazendo um coque. Que corpo, meu Deus!

- Cê vai tomar banho, amor? - tentei puxar papo.

- Não vem falar comigo como se nada tivesse acontecido. - falou irritada e começou a caminhar em direção ao banheiro. Tentei alcança-la em passos largos e já em frente ao banheiro a abracei por trás.

- Deixa de ciúmes, meu amor. - beijei sua bochecha, enquanto ela tentava se sair dos meus braços.

- Você que provoca, Luan! É você.

- Desculpa? - pedi desculpa, mesmo sabendo que não estava errado.

- Não. - acabei sorrindo. Ela fica mais linda ainda irritada. A virei de frente pra mim.

- Cê não vai me desculpar? - continuei sorrindo. Ela continuou calada me olhando.

- Me solta.

- Só se você me desculpar.

- Não.

- Então eu não te solto. - dei de ombro e beijei seu ombro.

- Saí, Luan. - colocou suas mãos em cima das minhas tentando fazer com que eu a soltasse. Comecei a caminhar, forçando a ela a caminhar também. Abri a porta do banheiro. - O que você tá fazendo?

- Tô tentando fazer as pazes com você. - entramos no banheiro e em seguida entramos dentro do box. Beijei se pescoço. A soltei e voltei até a porta. Tranquei e coloquei a chave no ponto mais alto do banheiro. Ela não alcançaria.

- O que você tá fazendo? - perguntou parada na porta do box.

- Nada. Vem cá. - me aproximei e passei os braços em volta de sua cintura a beijando. De início ela ficou imóvel, me beijando mas sem me tocar. Não demorou muito e ela se rendeu. Acabamos nos amando na banheira e dormindo agarradinhos.






Gente, vou postar mais um ainda hoje viu? Comenteem muitooooo!